Pontos de vista da Disciplina Teoria Geral de Administração Pública
Penso que as teorias abordadas na disciplina Teoria Geral da Administração tratam
sobre as diversas formas em que a administração foi sendo implementada nas organizações. Tal estudo possibilita-nos uma visão da administração e do trabalho do gestor, envolvendo-nos com temas de relacionamento humano nas organizações, estruturas organizacionais, comportamentos, visão sistêmica, contingencial, dentre outros.
No entanto, as teorias podem ser apresentadas de acordo com sua ordem
cronológica e acrescentando exemplos práticos para que as mesmas sejam transmitidas da melhor forma e para que os alunos absorvam o máximo possível de conhecimento. Administrar é aplicar o conhecimento à acção, desse modo se faz necessário um bom embasamento teórico para aplicar esse conhecimento à prática. Com isso, o estudo dessa disciplina para os estudantes é de suma importância, pois nele há informações que podem ser de grande proveito para orientações sobre como atuar nas organizações, ou seja, algo que o contador deve dominar para obter sucesso profissional. Portanto como estudante devemos levar em conta que determinado estilo de gestão pode fazer sucesso em uma organização, mas o mesmo pode não acontecer em outra, portanto a visão contingencial é fundamental.
Seguindo a evolução do pensamento administrativo, (Araujo, 2004) apresenta as
abordagens que ele chama de contemporâneas, que são as tecnologias de gestão organizacional, amplamente empregadas nos dias de hoje. O balanced scorecard (BSC) e a terceirização são exemplos dessas tecnologias
De acordo com (Denhardt, 2012), a teoria da administração pública, ao longo de sua
trajetória, foi sendo superada (minada) pelo desenvolvimento das ciências sociais, primeiro pela ciência política, depois pela administração empresarial. Por um lado, os cientistas políticos advogavam uma abordagem que se baseasse na perspectiva filosófica do positivismo lógico, em que as regularidades do comportamento humano, assim como os objetos físicos, poderiam gerar teorias científicas. Por outro lado, os estudiosos das organizações argumentavam que o comportamento organizacional é muito parecido, seja nas organizações públicas ou privadas.
Para Denhardt (2012), as organizações públicas são como um palco de um mundo
pessoal, apesar da burocracia que lhes condiciona relações impessoais. Assim, trabalhar em governos hoje constitui uma oportunidade de participar da solução de problemas públicos e, na análise do autor, em "um lugar muito pessoal".
Para Denhardt (2012), a administração pública deve se fundamentar nas teorias
democráticas que enfocam questões como liberdade, justiça e igualdade, ao contrário das teorias organizacionais que estão interessadas em questões como poder e autoridade, liderança e motivação, e a dinâmica de grupo em ação. Além disso, o autor trata a respeito da herança intelectual, envolvendo Marx, Weber e Freud e as contribuições destes três teóricos para a administração pública, assim como também trabalha com a herança política de Wilson a Waldo e os diferentes posicionamentos como o fundamento teórico que sustentou as iniciativas mais recentes da Reforma do Estado e o Gerencialismo na administração pública.
Referências Araujo, L. C. (2004). Teoria Geral da Administração: aplicação e resultados nas empresas brasileiras. São Paulo: Atlas.
Denhardt, R. (2012). Teorias da Administração Pública. São Paulo: Cengage