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UNIVERSIDADE CATOLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distancia

O Estudo do Verbo: Analise Semântica e Morfologia

Vanessa Carlos Extermo - 708236275

Curso: Licenciatura em Administração Pulica


Cadeira: Técnicas de Expressão
Ano de Frequência: 1º Ano
Turma: T
Tutor: Sérgio António Omar

Quelimane, Maio de 2023


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Critério de Avaliação

Vanessa Carlos Extermo 1º ano

Especialização: Administração Publica Turma: T

Trabalho de: Técnicas de Expressão Código: 708236275

Dirigido ao docente: Sérgio António Número de páginas: 13


Omar

Confirmado pelo responsável do Data de entrega:


CED

ASPECTOS A CONSIDERAR NA Cotação Cotação


CORREÇÃO:

INTRODUÇÃO: exposição e 2,0v


delimitação do assunto em análise.

Desenvolvimento: 5,0v 10v

Fundamentação teórica (definição de


conceitos e termos e apresentação dos
pontos de vista dos autores).
5,0v
Interligação entre teoria e prática
(argumentos/ contra-argumentos e
exemplificação)

Clareza expositiva 2,0

Citações bibliográficas (directas e 2,0v


indirectas)

Conclusão 2,0

Referências bibliográficas (normas 2,0


APA)

Cotação Total: 20v

Assinatura do docente:

Assinatura do Assistente Pedagógico


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Folha de Feedback……………………………………………………………………………

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Sumário
Introdução ................................................................................................................................... 5

Objectivo .................................................................................................................................... 5

Geral ........................................................................................................................................ 5

Específicos .............................................................................................................................. 5

Metodologia ................................................................................................................................ 5

1. O Estudo do verbo: Análise Semântica e Morfológica ....................................................... 6

1.1. Definição de conceitos..................................................................................................... 6

1.1.1. Verbo ........................................................................................................................ 6

1.1.2. Semântica ................................................................................................................. 6

1.1.3. Morfologia................................................................................................................ 7

1.2. O Verbos .......................................................................................................................... 7

1.2.1. Estrutura do verbo .................................................................................................... 8

1.2.1.1. Estrutura interna das formas verbais .................................................................... 8

1.2.1.2. Estrutura interna das formas verbais .................................................................... 8

1.2.2. Vozes do Verbo ........................................................................................................ 9

1.2.3. Classificação dos Verbos ......................................................................................... 9

Conclusão ................................................................................................................................. 12

Referencias Bibliográficas ........................................................................................................ 13


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Introdução

O verbo é uma classe de palavra dentre as muitas outras da Língua Portuguesa. É ele que
apresenta as noções de ação, estado, fenômeno da natureza e também de processo. Em quase
todas as construções gramaticais que criamos utilizamos algum verbo. O processo de
conjugação verbal está presente na vida de qualquer indivíduo falante do vernáculo brasileiro,
independente do seu grau de escolarização. Entretanto, por ser uma ação natural, muitos não se
dão conta de que, por trás desse processo, existem diversos elementos estruturais que permitem
a existência dessa construção. Assim neste trabalho abordarei a estrutura semântica e
morfologia do verbo.

Objectivo
Geral
 Analisar semanticamente e morfologicamente o verbo tendo em conta a sua função
frásica.

Específicos
 Definir os conceitos de verbo, semântica e morfologia;

 Descrever as características morfológicas dos verbos;

 Distinguir os tipos de verbos e sua função na frase;

 Aplicar correctamente os verbos em frases ou textos.

Metodologia
De acordo com (Paul, 1976), "A metodologia é o corpo de regras e procedimentos
estabelecidos para realizar uma pesquisa; científica deriva de ciência, a qual compreende o
conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado
domínio do saber".
Para a realização do presente trabalho usou se o método de pesquisa bibliográfica,
buscando conteúdos e fundamentações a partir de livros e artigos científicos que versam sobre
o assunto em destaque, cujos autores estão devidamente referenciados no fim do trabalho.
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1. O Estudo do verbo: Análise Semântica e Morfológica

1.1.Definição de conceitos
1.1.1. Verbo
Segunda Maria (2010) Os verbos são palavras que indicam as acções, estados, processos
praticados ou sofridos pelo sujeito, ou que fazem afirmações a seu respeito com indicações de
tempo – Presente, Pretérito (passado) ou Futuro.
Verbo é a classe de palavra que, do ponto de vista semântico, expressa ação, estado, mudança
de estado ou [um] fenômeno. Verbo aponta, também, do ponto de vista sintático, a organização
das orações. Além de, morfologicamente, ou seja, do ponto de vista morfológico, possuir
flexões que indicam pessoa, número, tempo, modo, voz, aspecto e gênero.

1.1.2. Semântica
A semântica estuda as relações entre o signo e a coisa significada, sem qualquer
referência aos falantes e a sintaxe, as relações formais entre os signos, com independência das
pessoas que falam e as relações com as coisas significadas (Cunha, 2008).
Os estudos semânticos podem ser descritivos ou sincrônicos, quando se referem à
significação das formas linguísticas e às relações significativas que mantêm entre si num
determinado espaço de tempo, e históricos ou diacrônicos, quando se referem às significações
no decorrer do tempo (ou seja, as transformações de sentido de uma forma ou às mudanças que
se verificam entre as relações significativas que mantêm entre si).
Para estudar, usar e falar de semântica, o estudioso, no caso o professor, deve dominar
alguns conceitos que levam à semântica, como por exemplo: conotação, denotação, homonímia,
lexema, metassemia, onomasiologia, dentre outros.
As relações de sentido dentro da semântica lexical nos levam a algumas definições muito
importantes:

 Sinonímia Os sinônimos são palavras de sentido igual ou aproximado.

 Antonímia São palavras de significação oposta.

 Homonímia Os homônimos são palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a


mesma grafia, mas sentido diferente. O mais impressionante nos homônimos, segundo
Cegalla (2008) é o seu aspecto gráfico e fonético, por isso serem divididos em:

 Homógrafos heterofônicos – iguais na escrita e diferentes no timbre ou na intensidade


das vogais. Ex: rego (substantivo) e rego (verbo) para (verbo parar) e para (preposição)
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 Homófonos heterográficos – iguais na pronúncia e diferentes na escrita. Ex: acender


(atear, pôr fogo) e ascender (subir) paço (palácio) e passo (andar)

 Homófonos homográficos – iguais na escrita e na pronúncia. Ex: somem (verbo somar)


e somem (verbo sumir) Cedo (verbo) e cedo (advérbio)

 Parônimia São palavras parecidas na escrita e na pronúncia. Ex: coro e couro; cesta e
sesta; osso e ouço; infligir e infrigir 2.5 Polissemia Acontece quando uma palavra pode
ter mais de uma significação. A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia.

1.1.3. Morfologia
Morfologia deriva da palavra morfema que está definido em Ferreira (2004) como “o
elemento que confere o aspecto gramatical ao semantema, relacionando-o na oração e
delimitando sua função e seu significado”.
Numa linguagem bem simples pode-se dizer que a Morfologia tem por objeto ou
objetivo de estudo, as palavras dentro da nossa Língua, as quais são agrupadas em classes
gramaticais ou classes de palavras. Em outras palavras, “é o estudo da estrutura e dos processos
de flexão e formação dos vocábulos, bem como a classificação dos mesmos” (Almeida, 1983,
p. 80).
A morfologia está agrupada em dez classes, as quais são chamadas classes de palavras
ou classes gramaticais. Elas são: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo,
advérbio, preposição, conjunção e interjeição.

1.2.O Verbos
É a palavra variável que exprime um acontecimento representado no tempo, seja ação,
estado ou fenômeno da natureza. Os verbos apresentam três conjugações. Em função da vogal
temática, podem-se criar três paradigmas verbais. De acordo com a relação dos verbos com
esses paradigmas, obtém-se a seguinte classificação:
 Regulares: seguem o paradigma verbal de sua conjugação;
 Irregulares: não seguem o paradigma verbal da conjugação a que pertencem.
As irregularidades podem aparecer no radical ou nas desinências (ouvir -
ouço/ouve, estar - estou/estão); Entre os verbos irregulares, destacam-se os
anômalos que apresentam profundas irregularidades. São classificados como
anômalos em todas as gramáticas os verbos ser e ir.
 Defectivos: não são conjugados em determinadas pessoas, tempo ou modo (falir
- no presente do indicativo só apresenta a 1ª e a 2ª pessoa do plural). Os
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defectivos distribuem-se em três grupos: impessoais, unipessoais (vozes ou


ruídos de animais, só conjugados nas 3ª pessoas) por eufonia ou possibilidade
de confusão com outros verbos;
 Abundantes - apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. Mais
frequente no particípio, devendo-se usar o particípio regular com ter e haver; já
o irregular com ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso - tenho/hei aceitado
≠ é/está aceito);
 Auxiliares: juntam-se ao verbo principal ampliando sua significação. Presentes
nos tempos compostos e locuções verbais; certos verbos possuem pronomes
pessoais átonos que se tornam partes integrantes deles. Nesses casos, o pronome
não tem função sintática (suicidarse, apiedar-se, queixar-se etc.).
Temos também as formas rizotônicas (tonicidade no radical - eu canto) e formas
arrizotônicas (tonicidade fora do radical - nós cantaríamos).

1.2.1. Estrutura do verbo


As formas verbais são formadas por uma estrutura morfológica complexa, que se
caracteriza pela combinação, a um radical, de uma vogal temática e de desinências modo-
temporais e desinências número pessoais.
Ex: trabalh-a-sse-m V = R + VT + DMT + DNP
Conjugar um verbo significa apresentar todas as formas em que um determinado radical
pode se manifestar ao flexionar-se, isto é, ao receber a vogal temática da conjugação a que
pertence, as desinências modo-temporais e as desinências número-pessoais.
1.2.1.1.Estrutura interna das formas verbais
A vogal temática indica a que conjugação o verbo pertence. Vogal temática –a: 1ª
conjugação: viajar, pesquisar, arrumar. Vogal temática –e: 2ª conjugação: ter, beber, ver. Vogal
temática –i: 3ª conjugação: partir, fingir, vir.
1.2.1.2.Estrutura interna das formas verbais
Os verbos têm as seguintes categorias de flexão: Número: singular e plural. Pessoa:
primeira, segunda e terceira. Modo: indicativo, subjuntivo, imperativo. Tempo: presente,
pretéritos e futuros.
a) Número: Há duas flexões: singular e plural. Ex: Vendo – singular; Venderam –
plural. Note que número e pessoa estão interligados: Eu falo – 1ª pessoa do
singular; Eles falam – 3ª pessoa do plural.
1ª Pessoa – é aquela que fala. Ex: eu falo, nós falamos. 2ª Pessoa – é aquela com
quem se fala. Ex: tu falas, vós falais. 3ª Pessoa – é aquela de quem se fala.
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b) Modo: Os modos verbais indicam diferentes maneiras de um fato ser expresso.


É dividido em:
 Modo indicativo: Indica um fato certo. Expressa certeza absoluta
apresentando o fato de uma maneira real, certa, positiva. Ex: Ele canta no
teatro hoje à noite. Ele come frutas.
 Modo subjuntivo: Indica um fato duvidoso, hipotético, incerto. Ex: Espero
que ele volte cedo. Se me falasse, eu te ajudaria.
 Modo imperativo: Indica ordem, proibição, pedido, conselho, solicitação,
mando. É formado por afirmativo e negativo. Ex: Fique aqui. (ordem); Não
entre na sala. (pedido)
c) Tempo: Tomando como ponto de referência o momento da declaração, os fatos
expressos pelo verbo podem referir-se a um momento presente (o momento em
que se fala), a um momento passado ou pretérito (anterior ao momento em que
se fala), ou ainda a um momento futuro (posterior ao momento em que se fala).

1.2.2. Vozes do Verbo


Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar se o sujeito é agente ou
paciente da acção. São três as vozes verbais:
a) Activa: Quando o sujeito é agente, isto é, pratica a acção expressa pelo verbo.
b) Passiva: Quando o sujeito é paciente, recebendo a acção expressa pelo verbo.
c) Reflexiva: Quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e
recebe a acção.

1.2.3. Classificação dos Verbos


Os verbos em língua portuguesa são classificados em regulares, irregulares, defectivos ou
abundantes. A classificação está condicionada à flexão verbal e não ao significado. Verbo é a
classe de palavras que tem o maior número de flexões na língua portuguesa. Ou seja,
Classificam-se em:
a) Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e cuja
flexão não provoca alterações no radical. Por exemplo:
 Canto
 Cantei
 Cantarei
 Cantava
 Cantasse
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b) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no radical ou nas desinências.
Por exemplo:
 Faço
 Fiz
 Farei
 Fizesse
c) Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação completa. Classificam-se em
impessoais, unipessoais e pessoais.
d) Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmente, são usados na terceira
pessoa do singular. Os principais verbos impessoais são: a) Haver, quando sinónimo de
existir, acontecer, realizar-se ou fazer (em orações temporais). Por exemplo:
 Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam);
 Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
 Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão)
 Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz)
Fazer, ser e estar (quando indicam tempo). Por exemplo:
 Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.

 Era primavera quando a conheci.

 Estava frio naquele dia.

Todos os verbos que indicam fenómenos da natureza são impessoais: chover, ventar,
nevar, gear, trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, "Amanheci mal-
humorado", usa-se o verbo "amanhecer" em sentido figurado. Qualquer verbo impessoal,
empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal. Por exemplo:
 Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
 Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
 Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
São impessoais, ainda:
1. O verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo. Ex.: Já passa das seis.

2. Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indicando suficiência. Ex.: Basta de
tolices. Chega de blasfêmias.
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3. Os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem,
Fica mal, sem referência a sujeito expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso,
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.

4. O verbo deu + para da língua popular, equivalente de "ser possível". Por exemplo:

 Não deu para chegar mais cedo.

 Dá para me arrumar uns trocados?


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Conclusão

Conclui-se que, um verbo é uma palavra que indica acontecimentos representados no


tempo, como uma acção, um estado, um processo ou um fenómeno. Os verbos flexionam-se
em número, pessoa, modo, tempo, aspecto e voz. As orações e os períodos desenvolvem-se em
torno de um verbo. Falamos agora mesmo que o verbo é justamente o que transforma uma frase
ou período em uma oração. Por isso, dizemos que ele é um dos termos essenciais da oração,
fazendo parte do predicado. De modo geral, estamos acostumados a pensar o verbo como a
palavra que indica uma acção.

Dá-se ao conjunto formado pelo radical e pela vogal temática de um verbo o nome de
tema. Por fim, a desinência (ou terminação), elemento que, acrescentado ao tema, indica as
flexões do verbo, que podem ser de número, pessoa, modo e tempo.
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Referencias Bibliográficas

Almeida, N. M. (1983). Gramática metódica da Língua Portuguesa. 32a ed. São Paulo:
Saraiva.
Costa M. J. (2010). Na Companhia das Letras. São Paulo, Porto Editora.
Cunha, C.; Pereira, C. C. (2007). Gramática do português contemporâneo. Porto
Alegre: L & PM.
Ferreira, A. B. H. (2004). Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa – século XXI. 3 ed.
1 reimp. Editora Positivo, CDRom.
Luísa O.; Leonor S. (2005). Saber Português Hoje. São Paulo, Didáctica Editora.
Paul, E. (1976). Manual de metodologia científica. São Paulo: Resenha Universitária.
Rocha, L. C. A (1999). Estruturas morfológicas do português. Belo Horizonte: UFMG.

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