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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Conceitos Básicos da Linguística Geral

Nome do Estudante: Evaltina Valmora Raul Bila


Código: 708208743
Nome do Docente: Hugo Mualava

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Disciplina: Linguística Geral
Ano de Frequência: 1º Ano

Quelimane, Abril, 2020


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Pontuação Nota Subtotal
Máxima do
Tutor
Estrutura Aspectos  Capa 0.5
organizacionais  Índice 0.5
 Introdução 0.5
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Conteúdo Introdução  Contextualização 1.0
(indicação clara do
problema)
 Descrição dos 1.0
objectivos
 Metodologia adequada 2.0
ao objecto de trabalho

Análise e  Articulação e domínio 2.0


discussão do discurso académico
(expressão escrita
cuidada,
coerência/coesão
textual)
 Revisão bibliográfica 2.0
nacional e internacional
relevantes na área de
estudo
 Exploração de dados 2.0
Conclusão  Contributos teórico 2.0
práticos
Aspectos Formatação  Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
parágrafo, espaçamento
entre linhas
Referências Normas APA 6ª  Rigor e coerência das 4.0
bibliográficas edição em citações/referências
citações e bibliográficas
bibliografia
Recomendações para melhoria:

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Índice
Introdução...................................................................................................................................4

Objectivo geral:...........................................................................................................................4

Objectivos específicos:...............................................................................................................4

Metodologia................................................................................................................................4

Unidade 1....................................................................................................................................5

Unidade 2....................................................................................................................................5

Unidade 3....................................................................................................................................6

Unidade 4....................................................................................................................................6

Unidade 5....................................................................................................................................7

Unidade 6....................................................................................................................................7

Unidade 7....................................................................................................................................8

Unidade 8....................................................................................................................................8

Unidade 9....................................................................................................................................8

Unidade 10..................................................................................................................................9

Unidade 11..................................................................................................................................9

Unidade 12..................................................................................................................................9

Conclusão..................................................................................................................................11

Bibliografia...............................................................................................................................12
Introdução
Denomina-se linguística à disciplina que aborda o estudo da capacidade do homem de
comunicar-se através da linguagem. No entanto, constitui um conjunto sistematizado de
conhecimentos e apresenta um objecto específico, sendo assim pode-se dizer que a linguística
é uma ciência. Desta maneira, dada à complexidade de analisar e quantificar o processo da
comunicação oral através de toda sua amplitude, a linguística deve ser excluída das ciências
exactas. Na verdade, suas considerações são imensuráveis em certas ocasiões.

Entretanto, têm conquistado avanços importantes em muitas de suas observações e que lhe
permitiram conhecimentos sobre línguas mortas. Durante seu período de existência, a
linguística foi caracterizada por apresentar diversas teorias e pontos de vista que tinham por
finalidade explicar os diferentes aspectos da linguagem humana; que não são necessariamente
contraditórios, mas que por vezes são complementares.

Objectivo geral:
Analisar conceitos básicos da linguística geral.

Objectivos específicos:
 Definir alguns conceitos;
 Descrever aspectos importantes sobre a linguística;
 Resumir as Unidade 1-12;
 Relacionar as unidades entre si;

Metodologia
Para o alcance destes objectivos foi adoptada uma metodologia assente numa pesquisa
bibliográfica baseada em diversos autores que aparecem devidamente citados ao longo do
texto e mencionados na bibliografia final deste trabalho.

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Unidade 1
Se pode definir Linguística como uma área de estudo científico sobre a linguagem humana em
suas diversas manifestações. O estudo da linguística é feito através dos vários componentes da
gramática, a saber: a fonética, a fonologia, a morfologia, a sintaxe, semântica e pragmática,
estilística, terminologia, a filologia, a psicolinguística e a sociolinguística.
A Linguística enquanto ciência da linguagem nasceu do estudo das línguas românicas e das
germânicas. Esse estudo aproximou a ciência de seu objecto de estudo, ou seja, a Linguística
da linguagem.
As principais componentes da gramática são: a fonética, a fonologia, a morfologia, a sintaxe,
a lexicologia, a terminologia, a estilística, semântica, pragmática, filologia, sociolinguística e
psicolinguística.
Os principais ramos da linguística são: linguística descritiva que trabalha na análise e
descrição da língua e linguística aplicada que é um campo interdisciplinar de estudo que
identifica, investiga e oferece soluções para os problemas relacionados com a linguagem da
vida real.
A linguística tem três principais tarefas: a de descrever a história das línguas, determinar as
leis gerais a que possam se referir os fenómenos da língua e definir a si própria. Ela relaciona-
se com a com outras ciências, tais como a Antropologia, a Psicologia, Filosofia, História,
Filologia, Sociologia, entre outras.

Unidade 2
Quando fazemos estudos linguísticos, é inevitável reflectir sobre as competências. Em síntese,
competência é a capacidade, a aptidão que um indivíduo tem de realizar “bem” uma
determinada actividade. Podemos distinguir competência comunicativa da competência
linguística.
Na primeira faz-se referência à capacidade de usar a língua de acordo com a situação e local
onde o falante se encontra, variando o seu discurso consoante seja necessário para se fazer
entender através dos vários níveis de língua; a segunda refere-se à capacidade de usar
conscientemente as diversas estruturas da língua. Na óptica de CHOMSKY, competência
linguística é a capacidade que o falante tem de a partir de um número finito de regras,
produzir um número infinito de frases. A gramática é a descrição estrutural do
funcionamento dos sistemas de elementos de uma linguagem particular, portanto, beneficia da

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investigação linguística, abrange as grandes da língua e deve permitir uma difusão adequada
dos conhecimentos alcançados no campo teórico e na aplicação a essa língua.
Sobre os tipos de gramática é importante reter que existem três tipos: gramática tradicional,
gramática prescritiva ou normativa e a gramática descritiva e gramática interiorizada (que tem
muito a ver com competência).
Sobre universais linguísticos deves ter compreendido que a pressuposição é que existem
propriedades universais na linguagem humana que permitiriam a obtenção de importantes e
profundos entendimentos sobre a mente humana..

Unidade 3
Nesta unidade destacamos as quatros teorias mais sonantes nos estudos linguísticos: a
primeira justifica a origem da linguagem humana por conta da força divina; a segunda,
sustenta a ideia de que a intervenção do homem foi fundamental; a terceira teoria, afirma que
a linguagem humana resulta do conhecimento natural; e a quarta, a monogenética defende que
a linguagem humana surgiu duma única língua. É importante salientar que das teorias acima
apresentadas não existe uma teoria modelo que explique satisfatoriamente este dilema. Falar
da origem da linguagem é mesmo que falar da origem do universo e da origem do homem.

Unidade 4
A linguagem humana compõe-se por: linguagem verbal, que se manifesta através da escrita e
fala e linguagem não-verbal, que se manifesta através de símbolos, de gestos e pelos códigos
não linguísticos. O Homem quando usa a língua para se comunicar está usando os códigos
pertencentes à sociedade na qual se insere, usa sinais, índices e necessita de certo
conhecimento da língua.
Códigos conjunto de sinais vocais ou visuais que permitem a comunicação dos membros
duma dada sociedade. Ex: linguagem da estrada; dos autistas; linguagem jurídica, médica e
científica. Os códigos pela sua natureza, dividem-se em sinais e índices.
Sinais, factos produzidos artificialmente que têm como objectivo a intenção de comunicar.
Ex: A bandeira vermelha numa praia, franzir a testa, placas de sinalização nas estradas.
Índices, factos perceptíveis que transmitem alguma mensagem, embora não tenham intenção
de comunicar. Ex: nuvens negras no céu; as pegadas.

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A diferença que existe entre os termos acima, é que enquanto os sinais, são factos artificiais
(produzidos pelo homem), os índices em algum momento são naturais. Todos estes elementos
fazem parte de um código.
A principal característica das linguagens humana e animal é o aspecto criativo, enquanto o
homem pode criar o animal não pode. O alfabeto grego contem vinte e seis sons, que a partir
dos quais podemos formar palavras obedecendo certas regras, e daí podemos formar as
unidades maiores (frases). Sendo assim, admite-se que o homem tem o conhecimento
linguístico.

Unidade 5
O signo linguístico constitui-se numa combinação de significante e significado, como se
fossem dois lados de uma moeda. O significante do signo linguístico é uma "imagem
acústica" (cadeia de sons). Consiste no plano da forma. O significado é o conceito, reside no
plano do conteúdo.
Contudo, indubitavelmente, a teoria do valor é um dos conceitos cardeais do pensamento de
Saussure. Sumariamente, esta teoria postula que os signos linguísticos estão em relação entre
si no sistema de língua. Entretanto, essa relação é diferencial e negativa, pois um signo só tem
o seu valor na medida em que não é um outro signo qualquer: um signo é aquilo que os outros
signos não são.
Em termos sumários, um signo linguístico é toda unidade portadora de sentido. Os signos são
entidades em que sons ou sequências de sons - ou as suas correspondências gráficas - estão
ligados com significados ou conteúdos. (...) Os signos são assim instrumentos de
comunicação e representação, na medida em que, com eles, configuramos linguisticamente a
realidade e distinguimos os objectos entre si.

Unidade 6
Podemos definir competência linguística como o conhecimento implícito que o locutor tem da
gramática da sua língua.
Ela é estática nos indivíduos e permite que cada um dos falantes de uma determinada língua
reconheça se as frases são ou não da nossa língua e se são gramaticais ou agramaticais.
A performance linguística é a utilização real em situações concretas da competência de
indivíduo. Ela é variável.

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Língua é um sistema de valores que se opõem uns aos outros e que está depositado como
produto social na mente de cada falante de uma comunidade. A fala é a realização concreta da
língua; é um acto individual e está sujeita a factores externos.

Unidade 7
A fonética nos fornece os meios conducentes à descrição dos sons da fala. Ela divide-se em
três componentes: fonética articulatória, fonética física e fonética auditiva ou perceptiva.
O aparelho fonador humano está composto pelos seguintes órgãos: pulmões, traqueia, laringe
(cordas vocais e glote), lábios, dentes, alvéolos, palato duro, palato mole (véu palatino e
úvula), parede rinofarínge, ápice da língua, raiz da língua.

Unidade 8
Os sons da fala humana classificam-se em três (3) categorias, a saber: vogais, consoantes e
semivogais.
As vogais da língua portuguesa podem ser classificadas quanto à região de articulação, ao
grau de abertura, ao arredondamento ou não dos lábios e ao papel das cavidades bucal e nasal.
As consoantes são classificadas dependendo do modo de articulação, do ponto ou zona de
articulação, do papel das cordas vocais e do papel da cavidade bucal e nasal.

Unidade 9
A fonologia estuda a maneira segundo a qual os sons da linguagem formam sistemas e
modelos. Ela procura explicar como é que o falante ouvinte consegue reconhecer uma
infinitude de sons, que fazem parte da sua língua. Sendo assim, a fonologia é o estudo da
organização dos sons da fala em sistemas e modelos numa determinada língua particular.
Os fonemas quando se realizam fisicamente já não têm esta designação, são os fones, que
correspondem às representações físicas dos fonemas. Além dos fonemas e fones, temos os
alofones que correspondem às diversas realizações fonéticas de um mesmo som ou fonema.
Ex:
[´kalu] e [ʹkaɫdu] verificamos duas realizações diferentes do som /l/ que são /l/ e /ɫ/. No
entanto estas duas pronúncias não correspondem à dois fonemas distintos, visto que nunca
podemos opô-los em pares mínimos.

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Os alofones dependem da posição do fonema na palavra. Então, como os dois sons nunca
ocorrem na mesma posição estão distribuídos em contextos diferentes diz-se que estão em
distribuição complementar.

Unidade 10
O objecto específico da morfologia consiste no conhecimento das palavras, enquanto
unidades de análise linguística, dos seus elementos constituintes e das relações existentes
entre os constituintes da palavra, ou seja, da sua estrutura interna, bem como das relações
existentes entre as palavras.
A Palavra é a unidade menor de som e significado dentro de uma frase.
As unidades ainda menores, que apresentam apenas a face significante são fonemas. Os
morfemas são unidade significativa mínima (dentro duma palavras).
Existem dois tipos de morfemas: morfemas lexicais que têm significação externa e morfemas
gramáticas são de significação interna.

Unidade 11
Podemos definir a palavra como sendo a unidade menor de som e significado dentro de uma
frase. Ela está composta por vários elementos, por exemplo, os afixos.
Os afixos são os elementos que se juntam ao radical para formar novas palavras. Existem três
tipos de afixos: prefixo (que se coloca antes do radica), infixo (que se aplica entre dois
morfemas) e sufixo (que se coloca depois do radical).
Numa palavra, radical é a parte que contém o sentido básico do vocábulo; aquilo que
permanece intacto, quando a palavra for modificada. O tema é a junção do radical com a
vogal temática.
Palavra simples é aquela que possui apenas um único radical, independentemente de possuir
desinência ou não. Palavras complexas são aquelas que possuem mais de um radical ligados,
normalmente separado por um hífen.

Unidade 12
A escrita é um dos instrumentos básicos da civilização. A primeira escrita foi “escrita
rupestre” que utilizava pictograma para representar directamente objectos.

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Os Sumérios criaram um sistema de escrita pictográfica para registar as suas transacções
comerciais. Essa escrita foi chamada escrita cuneiforme. Por sua vez, os egípcios
desenvolveram um sistema pictográfico que ficou reconhecido por hieróglifo.
Há três tipos de sistemas de escrita: escrita por palavras, escrita silábica e escrita alfabética.
Apesar da enorme falta de correspondência entre o som e a ortografia, a ortografia reflecte o
conhecimento morfológico e tecnológico dos falantes de uma língua.

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Conclusão
Saussure se referiu a estes conceitos no início de uma rota teórica conhecida como
estruturalismo, corrente que inclusive transcendeu o campo da linguística em sua forma de
analisar fenômenos.
Podemos dizer que outra grande contribuição da linguística foi dada pelo linguista Noam
Chomsky. Se Saussure deu ênfase à linguagem como fenômeno social, para Chomsky foi
como um fenômeno geneticamente determinado. Na verdade, a partir desta perspectiva, todos
os homens compartilham da faculdade de uma linguagem genética, e esta faculdade se torna
concreta a partir de uma determinada linguagem. Isto significa que todas as línguas do mundo
compartem uma série de elementos comuns, uma espécie de sintaxe que todos respeitam e que
cada um tem com certas variantes. Esta contribuição foi de grande importância na linguística
e se estende com vigor até os dias de hoje, embora com algumas variantes. De fato, o próprio
Chomsky foi reformulando seu modelo em várias oportunidades e talvez este processo
continue no futuro.

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Bibliografia
CAMARA, J: M. Princípios da Linguística Geral. Rio de Janeiro, Padrão Padrão-Livraria
Editora Ltd. s/d.
CAMPOS, M.H.C, & XAVIER. (1991). Sintaxe e Semântica do Português. Lisboa:
Universidade Aberta.
DUCROT, O & TODOROV, T. (1982). Dicionário das Ciências da Linguagem. Lisboa:
Publicações Dom Quixote.
FARIA, I. H et al. (1996). Introdução à Linguística Geral e Portuguesa. Lisboa: Editorial
Caminho.
FROMKIN, V & RODMAN, R. (1993). Introdução à Linguagem. Coimbra: Livraria
Almedina.
KRISTEVA, Júlia. (1988). História da Linguagem, Lisboa, Edições 70.
MATEUS, Maria Helena, e tal, (2003). Gramática da Língua Portuguesa. Lisboa. Caminho.
SCLIAR CABRAL, Leonor (1991). Introdução à Psicolinguística. Madrid: Editora Ática.
WARDHAUGH, R. (1989). An Introduction to Sociolinguistics. Oxford: Basil Blackwell.

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