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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................................. 5
1. Introdução
O presente trabalho que aborda sobre as etapas de elaboração de uma pesquisa científica.
A pesquisa científica é uma pesquisa feita a partir de um método, uma espécie de passo a passo
que guia o pesquisador da sua dúvida até uma resposta para ela. Ainda, para uma pesquisa ser
considerada científica, ela deve usar como base da sua estrutura dada e informações
comprovadamente verdadeiras pela ciência. Essa condição é a maneira como a sociedade se
encontra para desenvolver o conhecimento humano, que deve ser regido pela verdade. E o
mesmo, segue a seguinte estrutura: a Introdução, o desenvolvimento, a conclusão e as referências
bibliográficas.
1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo geral
1.2 Metodologia
Segundo Gil (2002), a metodologia é um processo que permite mostrar ao investigador os passos
da pesquisa. Para a realização do presente trabalho, recorreu-se a consultas bibliográficas,
através deste meio procurou-se encontrar estudos, obras, módulo, manuais que versam diferentes
abordagens que discutem sobre o tema em destaque.
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2.1.1 Etapa
Uma etapa é uma divisão delimitada da realidade que o ser humano fez, e que
historicamente, isto é, ao longo do nosso tempo- as sociedades impõem ao funcionamento da
natureza de várias maneiras. Assim, a função mais importante dessa categoria é possibilitar a
medição para objectivar a natureza.
Segundo o filósofo alemão Martin Heidegger, o tempo implica uma forma de ordenar os
acontecimentos a partir da identificação e relação do momento em que ocorreram, estabelecendo
assim uma posição histórica para cada um.
O termo pesquisa deriva do latim, “perquirere - que significa perquirir, buscar com
cuidado, informar-se de” (Silva, 2004, p. 1038).
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A pesquisa científica também pode ser realizada como uma actividade em nosso contexto
profissional para responder a demandas do quotidiano. Nesse caso, os resultados obtidos poderão
alterar rotinas de trabalho, sugerir mudanças no contexto e no fluxo profissional, entre outros
contextos, como em empresas, escolas, universidades etc.
Segundo Minayo (1994, p. 26 apud Lakatos; Marconi, 1990, p.15), pesquisa tem a
seguinte definição: é um labor artesanal, que não se prescinde da criatividade, se realiza
fundamentalmente por uma linguagem fundada em conceitos, proposições, métodos, técnicas,
linguagem esta que se constrói com um ritmo particular. A esse ritmo denominamos ciclo de
pesquisa, ou seja, um processo de trabalho espiral que começa com um problema ou uma
pergunta e termina com um produto provisório capaz de dar origem a novas interrogações.
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Conforme argumenta Gil (2002, p. 17), “realizar a pesquisa pura, dissociada da pesquisa
aplicada, é inadequado, tendo em vista que a ciência objectiva tanto o conhecimento em si
mesmo quanto as contribuições práticas decorrentes desse conhecimento”.
Entretanto, existem autores que realizam pesquisa pura, também conhecida como
pesquisa básica. O objectivo principal, como aponta Appolinário (2011, p. 146), é o “avanço do
conhecimento científico sem nenhuma preocupação, a priori, com a aplicabilidade imediata dos
resultados a serem colhidos”.
Conforme ressalta Severino (2007, p. 15), a pesquisa científica tem carácter pessoal e
acrescido a isso:
[...] em uma dimensão social, o que confere o seu sentido político. Esta exigência
de uma significação política englobante, implica que, antes de buscar-se um
objecto de pesquisa, o pós-graduando pesquisador já deve ter pensado o mundo,
indagando-se criticamente a respeito de sua situação, bem como da situação de
seu projeto e de seu trabalho nas tramas políticas de qualquer realidade social.
Por isso, sugere-se que reflicta-se nas temáticas que trazem preocupação e inquietação
em prática pedagógica, no seu trabalho educativo com estudantes que apresentam dificuldades
acentuadas de aprendizagem, ou alguma deficiência.
Segundo Demo (2003, p. 2), a pesquisa científica tem como condição primeira, na escola,
que o profissional da educação seja pesquisador, ou seja, maneje a pesquisa como princípio
científico. Ele deve munir-se de método específico e procedimentos reconhecidos
cientificamente, para não correr o risco de uma pesquisa de senso comum.
Factível – A pesquisa da maneira como está sendo planejada é possível de ser realizada? Os
pesquisadores envolvidos têm domínio do assunto e experiência suficientes para realizá-la?
O tempo e os recursos disponíveis são suficientes? Estas são algumas perguntas que deverão
ser feitas e respondidas, antes de iniciar qualquer tipo de pesquisa. De modo geral, as
investigações científicas trabalham com mais de uma questão, mas é sempre aconselhável
enfocar aquela de maior relevância ao delinear um estudo.
Esta será a questão principal que deverá servir como base para o plano de estudo e para o
cálculo do tamanho da amostra. Um pesquisador deve conhecer seus limites, assim como os
recursos disponíveis, antes de enveredar por um caminho que não pode trilhar. Isso evita o gasto
de tempo e de recursos materiais e financeiros. Se a pesquisa não lhe parece factível, reavalie-a.
Se o estudo lhe parece muito amplo e abrangente, é sempre possível escolher um conjunto menor
de variáveis para o novo estudo ou restringir os seus objectivos.
Caso o número de sujeitos disponíveis para o estudo seja insuficiente, devemos rever
nossas estratégias de selecção, tais como: aumentar os critérios de inclusão e modificar os
critérios de exclusão; procurar por outras fontes de sujeitos; expandir a duração do estudo;
reavaliar a estratégia para o cálculo do tamanho da amostra.
Se suas habilidades estão aquém daquelas exigidas pelo protocolo, aprenda-as, associe-se a
pesquisadores mais experientes ou procure métodos alternativos na literatura especializada.
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Finalmente, se o estudo proposto tem custo muito elevado, impossível de ser realizado,
reconsidere seus gastos, procure métodos menos dispendiosos e reduza o número das medições.
É sempre bom lembrar que todas estas medidas não devem comprometer a qualidade do estudo,
sob pena de invalidá-lo.
Relevância – Este é, sem dúvida, o requisito mais importante de uma boa questão de
pesquisa. Sua relevância está no fato de mostrar e justificar como o estudo pretendido
poderá ser inserido em um contexto mais amplo. Por que essa questão é importante e como
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suas respostas poderão contribuir para os avanços científico e tecnológico, de tal modo que
possa influenciar em futuras decisões no âmbito do desenvolvimento social.
Para tornar o processo de revisão mais produtivo, o autor da pesquisa deverá adotar uma postura
metódica, sistematizada, inerente à pesquisa bibliográfica, a qual é baseada na literatura
publicada em forma de livros, em revistas especializadas, escritas ou eletrônicas; em jornais e
revistas, em sites da Internet, especializados ou de busca etc. Outras importantes fontes de
pesquisa são os eventos científicos, como congressos e seminários, ou mesmo, a consulta direta a
pesquisadores mais experientes, com reconhecido saber sobre a área de interesse.
2.4 Justificativa
Nesta etapa, o pesquisador mostra “o porquê” da realização do estudo. É nesta parte do protocolo
que deverá, de maneira bastante satisfatória, justificar e convencer quem for avaliar o projeto,
sobre a importância da realização da pesquisa, em especial, para a agência de fomento que for
disponibilizar o suporte financeiro. Tem que mostrar quais os seus pontos positivos e porque
chegar à verdade sobre o assunto escolhido é interessante para a ciência.
No objectivo geral, o pesquisador propõe uma síntese dos resultados que pretende alcançar com
a pesquisa; nos objectivos específicos, ele detalha as propostas desdobradas a partir do objectivo
geral. A princípio, a boa técnica para enunciar o objectivo é começar a sua redacção com um
verbo no infinitivo, o qual deverá exprimir uma acção bem definida, possível de ser executada e
de ser mensurada.
Essa comparação pode ocorrer em um determinado ponto no tempo ou, em alguns casos, entre
um grupo antes e depois de receber uma intervenção ou ter sido exposto a um determinado factor
de risco, assim como, permitir que uma possível diferença seja quantificada em termos absolutos
e relativos. Outra função importante do delineamento é minimizar os erros (vieses), evitar os
factores de confundimento e outras intercorrências que possam interferir na interpretação dos
resultados.
É nesta etapa, portanto, que o pesquisador deverá decidir a respeito da população e dos sujeitos
que serão estudados, sobre o tipo de estudo que será aplicado no projecto, se experimental ou
observacional, se prospectivo ou retrospectivo, e escolher, dentre os diversos delineamentos,
qual aquele que melhor se aplica à sua pesquisa.
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Estes textos também poderão ser, a critério do autor, publicados na íntegra, sob a forma de livro,
ou, de maneira resumida, publicados em revistas especializadas sob a forma de artigos originais.
Não esquecer que uma pesquisa que não tem os seus resultados publicados, não cumpriu sua
função social, e é, portanto, destituída de qualquer valor científico.
Com base neste princípio, podemos observar que um mesmo tipo de pesquisa pode ser delineado
de diferentes maneiras. Tomemos, com exemplo, um estudo observacional (tipo de pesquisa).
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Este pode ser delineado como um estudo de coorte ou como um estudo caso-controle, ambos
definidos como delineamentos de características diferentes.
Assim, como vimos, existem várias maneiras de classificar uma pesquisa, e os autores não são
unânimes quanto à padronização desta classificação. Por esse motivo, propomos uma maneira
mais simples e mais objectiva, como mostrado no quadro II.
As pesquisas observacionais podem ser conduzidas sob a forma de quatro tipos de estudo,
conforme o delineamento. São eles: série de casos, estudo de corte transversal, estudo de coorte e
estudo caso-controle.
Pesquisa experimental – É toda pesquisa que envolve algum tipo de experimento. Neste tipo de
estudo, o pesquisador participa activamente na condução do fenómeno, processo ou do fato
avaliado, isto é, ele atua na causa, modificando-a, e avalia as mudanças no desfecho. Neste tipo
de pesquisa, o investigador selecciona as variáveis que serão estudadas, define a forma de
controle sobre elas e observa os efeitos sobre o objecto de estudo, em condições pré-
estabelecidas. Assim, pelo fato das variáveis, ou da variável, poderem ser manipuladas pelo
pesquisador, equívocos e vieses praticamente desaparecem, sendo, por esta razão, considerada
como o melhor tipo de pesquisa científica, pois proporciona maior confiabilidade em seus
resultados.
Pesquisa quantitativa – É aquela que trabalha com variáveis expressas sob a forma de dados
numéricos e emprega rígidos recursos e técnicas estatísticas para classificá-los e analisá-los, tais
como a porcentagem, a média, o desvio padrão, o coeficiente de correlação e as regressões, entre
outros.
Em razão de sua maior precisão e confiabilidade, os estudos quantitativos são mais indicados
para o planejamento de ações coletivas, pois seus resultados são passíveis de generalização,
principalmente quando as amostras pesquisadas representam, com fidelidade, a população de
onde foram retiradas.
Pesquisa descritiva – É aquela que visa apenas a observar, registar e descrever as características
de um determinado fenómeno ocorrido em uma amostra ou população, sem, no entanto, analisar
o mérito de seu conteúdo. Geralmente, na pesquisa quantitativa do tipo descritiva, o
delineamento escolhido pelo pesquisador não permite que os dados possam ser utilizados para
testes de hipóteses, embora hipóteses possam ser formuladas a posteriori, uma vez que o objetivo
do estudo é apenas descrever o fato em si8,9.
Pesquisa analítica – É o tipo de pesquisa quantitativa que envolve uma avaliação mais
aprofundada das informações colectadas em um determinado estudo, observacional ou
experimental, na tentativa de explicar o contexto de um fenómeno no âmbito de um grupo,
grupos ou população. É mais complexa do que a pesquisa descritiva, uma vez que procura
explicar a relação entre a causa e o efeito8,9.
problema a ser estudado. No estudo, o investigador irá buscar subsídios, não apenas para
determinar a relação existente, mas, sobretudo, para conhecer o tipo de relação.
Pesquisa explicativa – Tem por objectivo central explicar os factores determinantes para a
ocorrência de um fenómeno, processo ou fato, ou seja, visa explicar o “porquê” das coisas. É
uma consequência lógica da pesquisa exploratória.
Pesquisa documental – É o tipo de pesquisa que tem o levantamento de documentos como base.
É uma valiosa técnica de colecta de dados qualitativos. Assemelha-se à pesquisa bibliográfica, a
qual utiliza a contribuição fornecida por diversos autores sobre um determinado assunto,
enquanto na pesquisa documental, a colecta de informações é realizada em materiais que não
receberam qualquer tipo de análise crítica.
Neste tipo de pesquisa, os documentos consultados são, geralmente, classificados como fontes
primárias e fontes secundárias. No primeiro caso, são as fontes cuja origem remonta à época que
se está pesquisando, ainda não analisadas e que, frequentemente, foram produzidas pelas
próprias pessoas estudadas, tais como correspondências, diários, textos literários e outros
documentos mantidos em órgãos públicos e instituições privadas de qualquer natureza; no
segundo, correspondem às fontes cujos trabalhos escritos se baseiam na fonte primária, e tem
como característica o fato de não produzir informações originais, mas, apenas, uma análise,
ampliação e comparação das informações contidas na fonte original.
Pesquisa de campo – Uma pesquisa de campo procura colectar dados que lhe permitam
responder aos problemas relacionados a grupos, comunidades ou instituições, com o objectivo de
compreender os mais diferentes aspectos de uma determinada realidade, sendo mais
frequentemente utilizada pelas áreas das ciências humanas e sociais, mediante técnicas
observacionais e com a utilização de questionários para a coleta de dados3.
4 Considerações Finais
Em virtude do que foi mencionado, a pesquisa científica objectiva encontrar respostas a
respeito de um determinado problema para o qual não se têm informações concretas para
solucioná-lo. Para o seu desenvolvimento é necessário realizar todos os procedimentos,
estruturar e respeitar as fases do protocolo.
Contudo, o entendimento dos diferentes tipos de estudos e suas classificações, assim como a
escolha e a combinação que melhor se aplica à questão e aos objectivos do estudo são
fundamentais para a obtenção de sucesso na realização da pesquisa científica.
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5 Referencias Bibliográficas
Appolinário, Fabio. Dicionário de Metodologia Científica. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 295p.
Borba, Francisco da Silva. (Org.). Dicionário UNESP de Português Contemporâneo. São Paulo:
Editora Unesp, 2004. 1.470p.
Gil, Antonio Carlos. Como elaborar projeto de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002. 176p.
Lakatos, Eva Maria; Marconi, Marina Andrade. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.
205p.
Lakatos, Eva Maria; Marconi, Marina Andrade. Técnicas de Pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.
205p.
Severino, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 2007.
Silva, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. 24. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2004. 1.501p.