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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O Associativismo em Moçambique no período colonial (o Grémio


Africano e o Brado Africano)

Nome do Estudante: Luísa João Mandala

Código do estudante 708223658

Curso: Historia

Disciplina: Historia da Sociedade III,

1
Ano de Frequência: 3o

Docente: Inordine Khadry Muchanga

Quelimame , Março

2024

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problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e
domínio do
discurso
académico
2.0
Análise e (expressão escrita
discussão cuidada,
coerência / coesão
textual)
Revisão
2.
bibliográfica

2
nacional e
internacionais
relevantes na área
de estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
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tamanho de letra,
Aspectos
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gerais
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Referências edição em das
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Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas

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Índice
1. Introdução...............................................................................................................3

1.1. Objectivo geral....................................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos.........................................................................................3

1.1.3. Metodologia.........................................................................................................3

2. História do surgimento do associativismo..............................................................4

2.1.Objectivos perseguidos pelo Associativismo em Moçambique no período em


causa...............................................................................................................................5

2.3. O papel da socialização na sociedade moçambicana..............................................7

2.4. O Associativismo em Moçambique no período colonial (o Grémio Africano e o


Brado Africano).............................................................................................................7

2.5. Influência do associativismo na construção da consciência nacionalista...............9

3. Considerações finais.............................................................................................12

4. Bibliografia...........................................................................................................13

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1. Introdução

A história do associativismo em Moçambique durante o período colonial é fundamental


para entender as dinâmicas sociais, políticas e culturais que moldaram o país antes de
sua independência em 1975. Durante séculos, Moçambique foi submetido ao domínio
colonial português, que impôs uma estrutura de poder que marginalizou e oprimiu a
população nativa africana.

Neste contexto, o associativismo emergiu como uma forma de resistência e mobilização


contra a opressão colonial. Duas organizações destacam-se nesse contexto: o Grémio
Africano e o Brado Africano. Fundado em 1918, o Grémio Africano foi uma das
primeiras organizações formais de africanos nativos em Moçambique, concentrando-se
na defesa dos interesses sociais e económicos da população africana. Por sua vez, o
Brado Africano, estabelecido em 1932, assumiu uma postura mais nacionalista,
buscando a emancipação política e social dos moçambicanos e enfrentando a repressão
colonial.

Portanto, examinar o associativismo durante o período colonial em Moçambique é


essencial para compreender as raízes do nacionalismo moçambicano e os esforços para
superar as injustiças e desigualdades impostas pelo domínio colonial. (Rocha, 2002).

1.1. Objectivo geral


Falar do Associativismo em Moçambique no período colonial (o Grémio
Africano e o Brado Africano)

1.1.2. Objectivos específicos


Apresentar o contexto histórico do surgimento do associativismo;
Descrever os objectivos perseguidos pelo Associativismo em Moçambique no
período em causa;
Analisar a influência do associativismo na construção da consciência
nacionalista.

1.1.3. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho foi necessário o uso de manuais bibliográfico ligado
ao tema e Internet.

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2. História do surgimento do associativismo
Segundo Rocha, 2002, diz que o surgimento do associativismo está profundamente
ligado ao desenvolvimento da sociedade humana ao longo da história. Desde os
primórdios da civilização, os seres humanos têm se organizado em grupos para alcançar
objectivos comuns, seja para protecção mútua, cooperação econômica, defesa contra
ameaças externas ou simplesmente para promover interesses compartilhados.

1. Antiguidade: Já na Antiguidade, vemos formas incipientes de associações. Na


Grécia Antiga, por exemplo, as cidades-estado frequentemente estabeleciam
associações chamadas de "sinédrios", que reuniam cidadãos para deliberar sobre
questões políticas e administrativas. Além disso, havia as "sociedades de ajuda
mútua", que forneciam assistência financeira e social aos seus membros em
tempos de necessidade.

2. Idade Média: Durante a Idade Média, as guildas e corporações surgiram como


formas importantes de associação. As guildas eram associações de artesãos e
comerciantes que regulavam o comércio e a produção em suas respectivas áreas.
Elas estabeleciam padrões de qualidade, protegiam os interesses de seus
membros e forneciam apoio mútuo em caso de necessidade.

3. Era Moderna: O associativismo floresceu ainda mais na Era Moderna,


especialmente com o advento da Revolução Industrial. Com o rápido
crescimento das cidades e a transformação das relações de trabalho, surgiram
sindicatos e cooperativas como formas de os trabalhadores se organizarem para
lutar por melhores condições de trabalho e protecção social. As cooperativas, em
particular, representavam uma alternativa ao modelo capitalista tradicional,
promovendo a propriedade colectivas e a distribuição equitativa de recursos.

4. Século XX: No século XX, o associativismo continuou a desempenhar um papel


importante em várias esferas da sociedade. Movimentos sociais, sindicatos e
organizações não-governamentais proliferaram, lutando por direitos civis, justiça
social, preservação ambiental e muitas outras causas. Além disso, vimos o
surgimento de associações profissionais e comerciais, que representavam os
interesses de grupos específicos dentro de determinadas indústrias ou sectores.

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5. Actualidade: Hoje em dia, o associativismo continua a ser uma força vital na
sociedade, com uma infinidade de organizações atuando em diversos campos,
desde a política e a economia até a cultura e o voluntariado. O advento da
internet e das redes sociais também trouxe novas formas de associação,
permitindo que as pessoas se conectem e colaborem em escala global de
maneiras antes inimagináveis.

Em virtude a associativismo é uma característica fundamental da natureza humana, que


se manifesta de várias formas ao longo da história e desempenha um papel crucial na
promoção do bem-estar coletivo e na busca por objetivos comuns. (MOURAO, 1969).

2.1.Objectivos perseguidos pelo Associativismo em Moçambique no período em


causa

No período em causa, que presumo referir-se ao momento actual em 2024, os objectivos


perseguidos pelo associativismo em Moçambique podem incluir uma série de metas e
aspirações, muitas das quais são consistentes com os princípios gerais do associativismo
em qualquer contexto. HANLON, 1997.
Aqui estão alguns dos principais objectivos que podem ser perseguidos pelo
associativismo em Moçambique:

 Fortalecimento da Sociedade Civil: As associações são fundamentais para


fortalecer a sociedade civil, permitindo que os cidadãos se organizem para
abordar questões comuns, defender interesses compartilhados e participar
activamente na vida democrática do país.
 Empoderamento das Comunidades: O associativismo pode ser uma
ferramenta poderosa para capacitar comunidades locais, permitindo que se
organizem e ajam colectivamente para resolver problemas locais, promover o
desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida.
 Advocacia e Representação: As associações podem desempenhar um papel
crucial na advocacia e representação dos interesses de grupos específicos, tais
como agricultores, trabalhadores, mulheres, jovens, pessoas com deficiência, etc.
Isso pode incluir a defesa por políticas públicas favoráveis, direitos humanos,
justiça social e equidade.

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 Desenvolvimento Económico e Empresarial: O associativismo também pode
ser uma estratégia para promover o desenvolvimento económico e empresarial,
especialmente para pequenas e médias empresas. As associações empresariais
podem oferecer suporte mútuo, facilitar o acesso a recursos, promover a
colaboração entre empresas e representar os interesses do sector empresarial
perante o governo e outras partes interessadas.
 Fortalecimento da Cultura e Identidade: Em um país diversificado como
Moçambique, as associações também desempenham um papel importante na
preservação e promoção da cultura local, bem como na promoção da identidade
nacional e no fortalecimento do tecido social.
 Desenvolvimento Rural: Dada a importância do sector agrícola em
Moçambique, as associações agrícolas desempenham um papel vital no
desenvolvimento rural, proporcionando apoio aos agricultores, promovendo
melhores práticas agrícolas, facilitando o acesso a mercados e tecnologia, e
defendendo políticas agrícolas favoráveis.
 Desenvolvimento Sustentável: O associativismo pode ser uma ferramenta
chave para promover o desenvolvimento sustentável em Moçambique,
abordando questões como conservação ambiental, gestão de recursos naturais,
energia renovável e resiliência às mudanças climáticas.
 Promoção da Paz e Estabilidade: Em um país que enfrentou períodos de
conflito e instabilidade, as associações também podem desempenhar um papel
na promoção da paz, reconciliação e coesão social, trabalhando para resolver
conflitos de forma pacífica e construir uma sociedade mais coesa e harmoniosa.

Os objectivos perseguidos pelo associativismo em Moçambique abrangem uma ampla


gama de áreas, incluindo desenvolvimento comunitário, representação de interesses,
desenvolvimento económico, preservação cultural e promoção da paz e estabilidade.
Esses objectivos reflectem os desafios e oportunidades específicos enfrentados pelo país
e destacam o potencial do associativismo como uma ferramenta poderosa para
promover o progresso e o desenvolvimento sustentável.

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2.3. O papel da socialização na sociedade moçambicana.

A socialização, como processo de transmissão da cultura do grupo a que o indivíduo se


encontra ligado, inclui, naturalmente, a aprendizagem do modelo de organização social
vigente.

O processo de socialização contribui para que os indivíduos se adeqúem e acomodem às


normas do grupo, o que passa pelo respeito das regras, dos papéis e estatutos
socialmente reconhecidos bem como pelo sistema de estratificação social vigente
(MARTINS, 2006, p. 5).

É através da interiorização gradual das normas e valores do grupo (socialização) que o


indivíduo é aceite como membro, com iguais direitos e deveres. Um eficaz processo de
socialização é um factor indispensável à aceitação total das normas e valores do grupo,
contribuindo para a sua reprodução.

A socialização adquire também o estatuto de controlo social, na medida em que ela


impede ou dificulta que os indivíduos actuem de forma diferente da esperada, por tal
actuação ser «anormal» (Ibidem, 2006:9).

Mesmo que inconscientemente, os indivíduos autorregulam os seus comportamentos,


agindo de acordo com os quadros sociais em que foram socializados, a fim de não serem
considerados como marginais e de lhes não serem atribuídos todos os estigmas sociais
que a marginalidade confere.

Porque impede o indivíduo de se afastar da norma, isto é, de ter comportamentos


desviantes, a socialização contribui para a reprodução social, assumindo a natureza de
uma verdadeira forma de controlo social (MARTINS, 2006, p. 10).

Desempenha, assim, um importante papel no processo de aceitação de uma sociedade


estratificada.

2.4. O Associativismo em Moçambique no período colonial (o Grémio Africano e o


Brado Africano)
A história do associativismo em Moçambique durante o período colonial é fundamental
para entender as dinâmicas sociais, políticas e culturais que moldaram o país antes de

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sua independência em 1975. Durante séculos, Moçambique foi submetido ao domínio
colonial português, que impôs uma estrutura de poder que marginalizou e oprimiu a
população nativa africana.

Neste contexto, o associativismo emergiu como uma forma de resistência e mobilização


contra a opressão colonial. Duas organizações destacam-se nesse contexto: o Grémio
Africano e o Brado Africano. Fundado em 1918, o Grémio Africano foi uma das
primeiras organizações formais de africanos nativos em Moçambique, concentrando-se
na defesa dos interesses sociais e económicos da população africana. Por sua vez, o
Brado Africano, estabelecido em 1932, assumiu uma postura mais nacionalista,
buscando a emancipação política e social dos moçambicanos e enfrentando a repressão
colonial.

Apesar das restrições e da perseguição por parte das autoridades coloniais, o


associativismo proporcionou um espaço vital para a articulação de demandas políticas e
sociais, além de promover a conscientização e a resistência entre a população
moçambicana. O legado dessas organizações foi fundamental para o desenvolvimento
posterior do movimento de libertação nacional, que culminou na independência de
Moçambique em 1975.

Portanto, examinar o associativismo durante o período colonial em Moçambique é


essencial para compreender as raízes do nacionalismo moçambicano e os esforços para
superar as injustiças e desigualdades impostas pelo domínio colonial.

Durante o período colonial em Moçambique, o associativismo desempenhou um papel


significativo na mobilização política e social dos moçambicanos, apesar das restrições e
da repressão por parte do governo colonial português.

O Grémio Africano e o Brado Africano foram duas organizações importantes que


surgiram durante esse período, ambas buscando promover os interesses e direitos dos
africanos nativos em Moçambique.

1. Grémio Africano: Fundado em 1918 na cidade de Lourenço Marques (actual


Maputo), o Grémio Africano foi uma das primeiras organizações formais de
africanos na então colónia portuguesa de Moçambique. Ele se concentrou na
defesa dos interesses sociais e económicos da população africana, bem como na
promoção da educação e na resistência à discriminação racial. O Grémio

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Africano também desempenhou um papel importante na formação da
consciência política entre os moçambicanos, embora fosse restrito pela
legislação colonial portuguesa.

2. Brado Africano: O Brado Africano foi fundado em 1932 como uma


organização nacionalista que buscava a emancipação política e social dos
moçambicanos. Seu surgimento reflectiu a crescente consciência política entre
os africanos e uma demanda por maior autonomia e igualdade dentro do
contexto colonial.

O Brado Africano desempenhou um papel crucial na articulação das aspirações políticas


dos moçambicanos e na denúncia das injustiças do regime colonial, enfrentando
constantemente a repressão por parte das autoridades coloniais.

Ambas as organizações enfrentaram desafios significativos devido à repressão colonial,


que visava suprimir qualquer forma de mobilização política que ameaçasse a autoridade
colonial. No entanto, o legado do Grémio Africano e do Brado Africano foi
fundamental para o desenvolvimento posterior do movimento de libertação nacional em
Moçambique, que eventualmente levou à independência do país em 1975. Essas
organizações representam exemplos importantes do papel do associativismo na luta
contra o colonialismo e na busca pela emancipação política e social.

2.5. Influência do associativismo na construção da consciência nacionalista


O associativismo, entendido como a prática de associação voluntária de indivíduos com
interesses comuns para alcançar objectivos compartilhados, tem desempenhado um
papel significativo na construção da consciência nacionalista em várias sociedades ao
longo da história. Aqui estão algumas maneiras pelas quais o associativismo influenciou
a construção da consciência nacionalista:

Formação de Identidade Colectiva: As associações fornecem um espaço onde as


pessoas podem se reunir e compartilhar experiências, valores e objectivos comuns. Isso
contribui para a formação de uma identidade colectiva, que é fundamental para o
desenvolvimento do sentimento nacionalista. Por meio da participação em associações,
os indivíduos podem desenvolver um senso de pertencimento a uma comunidade maior,
fortalecendo assim sua identidade nacional.

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Solidariedade e Coesão Social: O associativismo promove a solidariedade e a coesão
social entre os membros de uma sociedade. Ao trabalharem juntos para alcançar
objectivos comuns, os indivíduos desenvolvem laços mais fortes uns com os outros e
com a comunidade em geral. Esses laços de solidariedade e coesão podem ser
estendidos para além das fronteiras regionais ou étnicas, contribuindo para a união e
coesão nacional.

Mobilização Política: As associações muitas vezes servem como plataformas para a


mobilização política. Grupos com interesses comuns podem se unir para promover
causas específicas ou buscar mudanças sociais e políticas. Esse tipo de activismo
colectivo pode alimentar o sentimento nacionalista ao enfatizar a importância da
unidade e da acção colectivas em prol do bem-estar da nação como um todo.

Preservação Cultural e Histórica: Muitas associações se dedicam à preservação e


promoção da cultura e história de uma determinada nação ou grupo étnico. Ao celebrar
tradições, costumes e conquistas compartilhadas, essas associações ajudam a fortalecer
a identidade cultural e histórica de uma comunidade, reforçando assim o sentimento de
orgulho nacional.

Educação e Conscientização: Associações também desempenham um papel


importante na educação e conscientização dos cidadãos sobre questões relacionadas à
identidade nacional, história, valores e desafios enfrentados pela nação. Ao fornecer
oportunidades de aprendizado e discussão, as associações podem ajudar a moldar a
consciência nacionalista dos membros e promover um maior entendimento e apreço
pela própria nação.

O associativismo desempenha um papel vital na construção da consciência nacionalista


ao promover a formação de identidade colectiva, solidariedade e coesão social,
mobilização política, preservação cultural e histórica, e educação e conscientização
sobre questões nacionais. Ao reunir indivíduos com interesses comuns e promover o
engajamento cívico e social, as associações ajudam a fortalecer os laços que unem uma
nação e a nutrir o sentimento de pertencimento e lealdade à comunidade nacional.

Em última análise, a influência do associativismo na construção da consciência


nacionalista é profunda e multifacetada. As associações fornecem não apenas um espaço
para a expressão de identidades colectivas, mas também atuam como motores de

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solidariedade, mobilização política, preservação cultural e educação cívica. Através do
associativismo, os indivíduos encontram uma plataforma para se conectar com outros
membros da sua comunidade, compartilhar valores e objectivos comuns, e contribuir
para o desenvolvimento e fortalecimento da nação.

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3. Considerações finais
No entanto, é importante reconhecer que o associativismo pode ter tanto aspectos
positivos quanto negativos na formação da consciência nacionalista. Enquanto algumas
associações promovem a inclusão, a diversidade e o respeito pelos direitos individuais,
outras podem ser exclusivistas, promovendo divisões e preconceitos dentro da
sociedade. Portanto, é essencial que a promoção do associativismo seja acompanhada
por um compromisso com os valores democráticos, a justiça social e os direitos
humanos.

Além disso, é importante notar que a consciência nacionalista pode assumir diferentes
formas em diferentes contextos históricos e culturais. Enquanto em algumas sociedades
o nacionalismo pode ser um catalisador para a união e o progresso, em outras pode ser
explorado para alimentar conflitos e divisões. Portanto, é fundamental que qualquer
análise da influência do associativismo na construção da consciência nacionalista leve
em consideração as complexidades e nuances específicas de cada contexto social e
político.

Em última análise, o associativismo desempenha um papel vital na construção e


sustentação da consciência nacionalista, ajudando a fortalecer os laços que unem os
cidadãos de uma nação e a promover um maior entendimento e apreço pela identidade
nacional compartilhada. No entanto, é essencial que esse processo ocorra de maneira
inclusiva, respeitando a diversidade e os direitos de todos os membros da sociedade, e
promovendo valores de igualdade, justiça e solidariedade

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4. Bibliografia
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portugues. Raizes Caixinde. 2005.

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MOURÃO, F. A. As duas vertentes do processo no seculo XIX: idealismo e realismo.


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Pritchard, F. M. Sistemas Políticos Africanos. Lisboa: Fundação Calouste Julbenkian.


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