Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A ideia de uma identidade nacional não era nova no Brasil. Desde o período regencial,
havia uma preocupação em identificar e valorizar as características dos brasileiros e a
nossa cultura. Essa valorização da nossa cultura e dos tipos humanos esteve presente
na literatura romântica em meados do século XIX.
Ao discutir as tarefas que um país deve cumprir para ter um maior desenvolvimento e
o que era ser um brasileiro, muitas visões foram defendidas. Haviam aqueles que
valorizavam a miscigenação entre povos brancos, indígenas e negros como base de
uma nação forte e aqueles que viam o “branqueamento” da população como chave de
uma nação forte.
Com o Estado Novo, a construção de uma identidade nacional brasileira virou uma
política de governo, onde a educação e cultura tiveram papel estratégico. Dessa
maneira, Vargas, redefiniu a noção de “trabalhador”, construindo um poderoso
discurso que homogeneizava as massas em torno da ideia de nação.
A VALORIZAÇÃO DO AFRODESCENDENTE
Nos anos 1940, os negros do Brasil começaram a se organizar para superar uma
história de exclusão e conquistar direitos básicos por meio da União dos Homens de
Cor que reivindicava uma política de assistência social.
No campo das artes, foi fundado o Teatro Experimental do Negro com objetivo de
contribuir para alfabetização de negro. Em 1958, no governo JK, ocorreu o primeiro
Congresso Nacional do Negro, em Porto Alegre. O crescimento da atenção da questão
racial no país levou Getúlio Vargas, durante seu segundo governo, a aprovar a lei
Afonso Arinos que tornou crime o preconceito da raça de cor no país.