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ALUNO(A): THIAGO GOMES DE OLIVEIRA | 9° ANO

TEMA 4 – INDÍGENAS E NEGROS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NACIONAL

 A “CONSTRUÇÃO” DOS BRASILEIROS

A ideia de uma identidade nacional não era nova no Brasil. Desde o período regencial,
havia uma preocupação em identificar e valorizar as características dos brasileiros e a
nossa cultura. Essa valorização da nossa cultura e dos tipos humanos esteve presente
na literatura romântica em meados do século XIX.

Ao discutir as tarefas que um país deve cumprir para ter um maior desenvolvimento e
o que era ser um brasileiro, muitas visões foram defendidas. Haviam aqueles que
valorizavam a miscigenação entre povos brancos, indígenas e negros como base de
uma nação forte e aqueles que viam o “branqueamento” da população como chave de
uma nação forte.

 O DISCURSO DO GOVERNO VARGAS

No período de Vargas, prevaleceu o discurso do “homem brasileiro”, cujas


características estavam em sua origem miscigenada, adquirindo virtudes das raças
fundamentais brasileiras. Assim, o mito das três raças colocava todas as raças com o
mesmo nível de importância para a composição do povo.

Com o Estado Novo, a construção de uma identidade nacional brasileira virou uma
política de governo, onde a educação e cultura tiveram papel estratégico. Dessa
maneira, Vargas, redefiniu a noção de “trabalhador”, construindo um poderoso
discurso que homogeneizava as massas em torno da ideia de nação.

No plano cultural, o ministro da saúde e saúde pública, Gustavo Capanema, fez


diálogos com artistas intelectuais, Principalmente os modernistas da chamada Segunda
Geração. Muitos deles que atuaram politicamente, influenciando medidas culturais do
governo. Tais relações permitiram o crescimento dos estudos que visavam identificar,
compreender e selecionar as raízes nacionais, especialmente a indígena, a negra e a
caipira.

 O ÍNDIO COMO PRECURSOR DO BRASIL

O principal objetivo do governo Vargas era incorporar os índios integralmente à


sociedade brasileira como produtores e comprometidos com o enriquecimento da
nação, assim também foi criado no ano de 1934, dia 19 de abril, o Dia do Índio.

 CONSEQUÊNCIAS DA POLÍTICA INDIGENISTA

A iniciativa de políticos e intelectuais de saudar os indígenas, contribuiu para a


destruição de povos de culturas que simbolizavam o passado ancestral do país
brasileiro.
A expansão das “fronteiras de civilização” promoveu maior contato de brancos com
indígenas, o que levou a uma nova crise demográfica entre os indígenas.

A política de integração contribuiu para destruir as tradiçõe indígenas. O estado


continuou a tratar os índios como seres incapazes, desrespeitando seus interesses e
implementando políticas sem consenso de seus líderes.

 OS INDÍGENAS DEPOIS DE VARGAS

As mudanças na vida da população indígena continuaram no governo JK. A nova


marcha para o Oeste caracterizada pela construção de Brasília e o Cruzeiro rodoviário,
propiciou uma nova onda de expansão de frente agrícola.

Essa política também diminuiu os investimentos no serviço de proteção aos índios.

Já no governo Jânio quadros a ação coordenada de políticos e latifundiários para


integrar os indígenas sofreu uma importante. Com a iniciativa dos irmãos Villas-boas,
do antropólogo Darcy Ribeiro e do Marechal Rondon, que criaram o Parque Nacional
do Xingu. Parque esse que contribuiu para proteger as populações indígenas, suas
terras e modos de vidas.

 A VALORIZAÇÃO DO AFRODESCENDENTE

Nos anos 1940, os negros do Brasil começaram a se organizar para superar uma
história de exclusão e conquistar direitos básicos por meio da União dos Homens de
Cor que reivindicava uma política de assistência social.

No campo das artes, foi fundado o Teatro Experimental do Negro com objetivo de
contribuir para alfabetização de negro. Em 1958, no governo JK, ocorreu o primeiro
Congresso Nacional do Negro, em Porto Alegre. O crescimento da atenção da questão
racial no país levou Getúlio Vargas, durante seu segundo governo, a aprovar a lei
Afonso Arinos que tornou crime o preconceito da raça de cor no país.

Todas essas iniciativas de organização do movimento negro foram essenciais para


resgatar e valorizar a história dos afro descendentes em território nacional e não
apenas suas raízes africanas, possibilitando que esses grupos conquistassem espaço e
protagonismo na sociedade brasileira.

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