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Baptista 2017
Francisco
Certos autores propuseram 1870 como data do início da “corrida” europeia para a Africa e da
imposição do domínio colonial. Porem esta data, no entanto, parece um pouco recuada.
Parece, portanto, que 1880 e um ponto de partida mais apropriado do que 1870. De 1880 ate a
derrocada do colonialismo, nas décadas de 1960 e 1970, o estudo da dominação colonial, das
reacções e das iniciativas africanas deveria ser dividido em três períodos a saber:
a) O primeiro Período
O primeiro iria de 1880 a 1919 (com duas subdivisões: 1880‑1900 e 1900‑1919, correspondendo
respectivamente a conquista e a ocupação). E aquilo que chamaríamos de período da defesa
da soberania e da independência africanas mediante o recurso a estratégia do confronto, da
aliança ou da submissão temporária.
b) O segundo Período
c) O Terceiro Período
O terceiro, com início em 1935, é o período dos movimentos de independência, sendo de acção
concreta a estratégia.
Conclusão
Porem, o período que vai de 1880 ate cerca de 1919 – dito de pacificação, segundo certos
historiadores – assistiu, sob a perspectiva europeia, a realização da partilha em cima de mapas,
da distribuição das tropas destinadas a concretiza‑ la em campo, depois a ocupação efectiva das
regiões conquistadas, representada pela introdução de diversas medidas administrativas e de uma
infra-estrutura rodoviária, ferroviária e telegráfica, voltada para a exploração dos recursos
coloniais. Da perspectiva africana, como já vimos, durante esse período, os reis,
rainhas, chefes de linhagens e de clãs acham‑ se todos dominados por uma única e
imperiosa consideração: manter ou recuperar a soberania, seu património e sua
cultura, qualquer que seja a estratégia adoptada – confronta, Aliança ou submissão.
Como data de encerramento do período estudado neste trabalho também preferimos 1935 a 1945,
pois 1935 e o ano da invasão e da ocupação da Etiópia pelas forcas fascistas
de Mussolini. Essa situação critica transtorna e indigna profundamente os
africanos, particularmente os intelectuais e, de modo geral, os negros do
mundo inteiro. Ela lhes faz tomar consciência, igualmente – de modo ainda mais
dramático e bem mais que a Segunda Guerra Mundial –, da natureza desumana, racista
e opressiva do colonialismo.
guerras contínuas, embora em geral sublinhem que se tratou de uma época de transformações
revolucionárias fundamentais. A importância dessa fase histórica, no entanto, vai muito além da
guerra e das transformações que a caracterizaram. No passado, impérios ergueram‑se e
desmoronaram, conquistas e usurpações também são tao antigas como a própria historia, e, desde
há muito, diversos modelos de administração e de integração coloniais tem sido experimentados.
A Africa foi o último continente subjugado pela Europa.
O bom‑ senso faz‑se necessário, portanto, para que se possa introduzir um pouco de ordem na
confusão de teorias a que essa mutação capital da historia africana deu origem. Essas teorias
podem ser classificadas em: teoria económica, teorias psicológicas, teorias
diplomáticas e teoria da dimensão africana.
A teoria económica
A formulação clássica dessa teoria, no entanto – alias, a mais clara –, e a den John Atkinson
Hobson.
Afirma ele que a superprodução, os excedentes de capital e o subconsumo dos países
industrializados levaram‑ nos a colocar uma parte crescente de seus recursos
económicos fora de sua esfera política actual e a aplicar activamente uma
estratégia de expansão política com vistas a se apossar de novos territórios para
exploração da matéria prima e o mercado para comercialização de seus excedentes
de produção.
As teorias Psicológicas
Preferimos analisar aqui em termos psicológicos as teorias que comumente se classificam como
darwinismo social, cristianismo evangélico e atavismo social, porque seus adeptos acreditam na
supremacia da ―raça branca‖.
O darwinismo social
A obra de Darwin, A origem das especies por meio da selecao natural, ou a conservação das
raças favorecidas na luta pela vida publicada em inglês em Novembro de 1859, parecia fornecer
caução científica aos partidários da supremacia da raça branca, tema que, depois do seculo XVII,
jamais deixou de estar presente, sob diversas formas, na tradição literária europeia. Os pos‑
Darwinianos ficaram, portanto, encantados: iam justificar a conquista do que eles
chamavam de “raças sujeitas”, ou “raças não evoluídas”, pela “raça superior” ,
invocando o processo inelutável da “selecção natural”, em que o forte domina o fraco
na luta pela existência. Pregando que “a forca prima sobre o direito”, eles achavam
que a partilha da Africa punha em relevo esse processo natural e inevitável.
Cristianismo Evangélico
O cristianismo evangélico, para o qual A origem das espécies era uma heresia diabólica, nao
tinha, por sua vez, o menor escrúpulo em aceitar as implicações racistas da obra. As conotações
raciais do cristianismo evangélico eram moderadas, todavia, por uma boa dose de zelo
humanitário e filantrópico sentimento muito disseminado entre os estadistas europeus durante a
conquista da Africa. Sustentava‑ se, assim, que a partilha da Africa se devia,
em parte não desprezível, a um impulso “missionário”, em sentido lato, e
humanitário, com o objectivo de “regenerar” evangelizar os povos
africanos.
Actavismo social
Foi Joseph Schumpeter o primeiro a explicar o novo imperialismo em termos sociológicos.
Para ele, o imperialismo seria a consequência de certos elementos
psicológicos imponderáveis e não de pressões económicas. Seu raciocínio,
Elaborado por João Baptista Francisco 2016 - 2017 Página 4
Apostila de História Geral de Africa III- Elaborado por: J. Baptista 2017
Francisco
exposto em termos antes humanistas do que da preponderância racial europeia, funda‑ se no que
ele considera ser um desejo natural do homem: dominar o próximo pelo prazer de domina ‑ lo.
Essa pulsão agressiva inata seria comandada pelo desejo de apropriação, próprio do ser
humano. O imperialismo seria, portanto, um egoísmo nacional colectivo: “a
disposição, desprovida de objectivos, que um Estado manifesta de
expandir‑ se ilimitadamente pela forca”.
Importante: Por mais sedutora que seja, essa tese apresenta um defeito grave: e
nebulosa e a‑ histórica.
Isto porque as teorias psicológicas, embora possam conter algumas
verdades que ajudam a compreender a partilha da Africa, não conseguem
explicar por que essa partilha se deu num determinado momento
histórico. No entanto, fornecem elementos para explicar por que a
partilha foi possível e considerada desejável.
Teorias Diplomáticas
Essas teorias oferecem a explicação puramente política da partilha, e talvez a mais comumente
aceita. Mas – e interessantíssimo – fornecem suporte especifico e concreto as teorias
psicológicas. Permitem ver os egoísmos nacionais dos Estados europeus, seja em conflito uns
com os outros, seja agindo em acordo para se defenderem, seja ainda reagindo de maneira
decisiva contra as forcas dos nacionalistas africanos radicais. Propomos, assim, tratar essas
teorias abordando sucessivamente o prestígio nacional, o equilíbrio de forcas e a estratégia
global.
Prestígio nacional
O principal defensor desta teoria e Carlton Hayes, que, num texto de grande lucidez, sustenta:
A Franca procurava uma compensação para as perdas na Europa com ganhos
no ultramar. O Reino Unido aspirava compensar seu isolamento na Europa
engrandecendo e exaltando o império britânico. A Rússia, bloqueada nos
Balcas, voltava‑ Se de novo para a Asia. Quanto a Alemanha e a Itália, queriam
mostrar ao mundo que tinham o direito de realçar seu prestígio, obtido a forca
na Europa por façanhas imperiais em outros continentes. As potências de
menor importância, que não tinham prestigia a defender, la conseguiram viver
sem se lançarem na aventura imperialista, a não ser Portugal e Holanda, que
demonstraram renovado interesse pelos impérios que já possuíam, esta ultima
principalmente, administrando o seu com redobrado vigor.
Equilíbrio de Forca
F. H. Hinsley sublinha, por sua vez, que o desejo de paz e de estabilidade dos Estados europeus
foi a causa principal da partilha da Africa. Segundo diz, a data decisiva, de verdadeira passagem
para a era extra-europeia – a era do imperialismo –, foi 1878. A partir dai, no congresso de
Berlim, a rivalidade russo‑britânica nos Balcãs e no Imperio Otomano quase levou as nações
europeias a um conflito generalizado. Mas os estadistas, voltando atras, souberam evitar essa
crise na política de poder. Dai em diante, ate a crise da Bósnia, em 1908, tal política, banida da
Europa, correu livremente na Africa e na Asia.
Estratégia Global
Uma terceira escola sustenta que o interesse da Europa pela Africa – o qual provocou a invasão e
a partilha – era de fato ditado por uma estratégia global e nao pela economia. Os grandes
defensores dessa teoria, Ronald Robinson e John Gallagher, que acentuam a importância
estratégica, para o Reino Unido, do eixo Africa‑ India, atribuem a responsabilidade da partilha a
influência dos movimentos atávicos ―protonacionalistas‖ na Africa, que ameaçavam os interesses
estrategicos globes das nachos Europeans. Essas ―lutas românticas e reaccionárias‖ galantes
anacronismos, na opinião deles – teriam compelido os relutantes estadistas europeus, ate então
contentes com o exercício de uma discreta hegemonia e o recurso a persuasão, a partilhar e
conquistar a Africa contra a vontade.
Importante: Portanto segundo esta teoria a Africa teria sido ocupada, não porque
tivesse riquezas materiais a oferecer aos europeus – pois então não tinham valor do
ponto de vista económico –, mas porque ameaçava os interesses dos europeus alhures.
NB: Um objectivo básico tanto das teorias psicológicas como das diplomáticas, a elas
aparentadas, e acabar com a ideia de que a partilha da Africa se deve a motivos económicos. Mas
a tese do prestigio nacional mostra‑ se pouco convincente precisamente quando os factores
económicos a ele concomitantes são eliminados ou minimizados demais. Carlton Hayes, por
exemplo, documentou pormenorizadamente a guerra tarifária a que se lançaram as nações
europeias durante o período crucial da partilha.
O autor do presente concorda com a maior parte dos historiadores desta escola. Como
eles, explica a partilha levando em consideração tanto os factores europeus como os
africanos e, assim procedendo, acredita que se completam dessa forma as teorias eurocêntricas
examinadas anteriormente com a da dimensão africana. Rejeita a ideia de que a partilha e a
conquista eram inevitáveis para a Africa, como dado inscrito na sua história. Pelo contrário,
considera‑as a consequência logica de um processo de devoração da Africa pela Europa, iniciado
bem antes do seculo XIX. Admite que foram motivos de ordem essencialmente económica que
animaram os europeus e que a resistência africana a invasão crescente da Europa precipitou a
conquista militar efectiva. Parece, de fato, que a teoria da dimensão africana
oferece um quadro global e histórico que explana melhor a Partilha do que
todas as teorias puramente eurocêntricas.
Resistível devido à força das populações africanas e porque na ocasião a Europa não
empregou na batalha recursos muito abundantes nem em homens nem em tecnologia.
De fato, os brancos compensavam a escassez de homens recrutando auxiliares africanos. Mas
eles não eram manipuladores diabolicamente inteligentes de negros divididos e atrasados.
O impacto de agressão colonial decorre de 1880— 1900 na altura o africano não podia impedir
essa agressão, pois estava-se numa altura em que já se vislumbrava uma ruptura do
desenvolvimento em relação a Europa, mas podia resistir.
Ele afirma que nos últimos 30 anos do século XX, começava a registar estudos sobre a
historiografia africana como reflexo de incidência de muitas tecnologias e do desenvolvimento
das investigações cada vez mais crescentes.
Em seu conjunto, as pesquisas dessas duas décadas são serias, detalhadas e eruditas, não
evitando as ambiguidades características de grande número dos movimentos de resistência. Mas,
na maior parte, apoiam‑ se ou servem para demonstrar três postulados doutrinários, que, a meu
ver, continuam verdadeiros em essência, embora recentes trabalhos de pesquisa e analise os
tenham corrigido.
Em primeiro lugar, afirmou‑ se que a resistência africana era importante, já que provava
que os africanos nunca se haviam resignado à ―pacificação‖ europeia;
Em segundo lugar, sugeriu‑ se que, longe de ser desesperada ou ilógica, essa resistência era
muitas vezes movida por ideologias racionais e inovadoras.
Por fim, em terceiro, argumentou ‑ se que os movimentos de resistência não eram
insignificantes; pelo contrário, tiveram consequências importantes em seu tempo, e têm,
ainda hoje, notável ressonância. É interessante rever esses três postulados, com as
correcções que lhes foram propostas.
Generalização da Resistência
Elaborado por João Baptista Francisco 2016 - 2017 Página 9
Apostila de História Geral de Africa III- Elaborado por: J. Baptista 2017
Francisco
Em 1965, o historiador soviético A. B. Davidson fez um apelo aos estudiosos do assunto para
que refutassem ―as concepções da historiografia europeia tradicional‖, segundo as quais ―os
povos africanos viram na chegada dos colonialistas um feliz acaso, que os libertava das guerras
fratricidas, da tirania das tribos vizinhas, das epidemias e das fomes periódicas‖. De acordo com
essa tradição, os povos que não ofereceram resistência foram considerados “pacíficos”, e os que
resistiram, “sedentos de sangue”. Davidson observa que ―os defensores da dominação colonial
recusavam‑ se a considerar as rebeliões fenómenos organizados‖. Referiam‑ nas como reacções
“primitivas e irracionais‖, ou atribuíam-nas a agitação da minoria ―sedenta de sangue‖.
―Recusavam‑ se a admitir a única interpretação correta – que se tratava de guerras justas de
libertação, motivo pelo qual recebiam o apoio da imensa maioria dos africanos.
Os críticos do colonialismo que afirmam que os africanos tinham que resistir e que
no seu pequeno modo de pensar eles encontraram sempre uma maneira de responder os
ataques contra o seu modo de viver.
1ª Posição Advoga a existência de povos africanos amantes de paz (pacíficos) e que esses não
tinham como resistir.
Ele considera a necessidade de fazer tal reflexão pois existiam os que consideravam a resistência
como um processo primitivo de resposta agitada pelos considerados sangrentos: Muitas revoltas
estabelecidas por africanos até hoje não são consideradas propriamente resistências, mas sim
banditismo social, e o objectivo de quem assim defende é escamotear ao máximo o facto de ter
existido uma resistência em Africa.
1º Postulado que a resistência em África era importante o que prova que os africanos nunca se
haviam resignados a «pacificação» europeia o que torna irrelevante a concepção da historiografia
tradicional europeia segundo os quais « os povos africanos viram na chegada dos europeus um
feliz acaso que os labutava das guerras fratricidas da tirania das tribos vizinhas, das epidemias e
das fomes periódicas »
2º Postulado Sugere que longe de ser desesperada e lógica as resistências foram trabalhadas por
todos por isso relevantes e racionais.
3º Postulado: que os movimentos de resistência não eram insignificantes pelo contrário, tiveram
consequências importantes em seu tempo e ainda hoje tem notável ressonância (efeitos), segundo
Obenga, a resistência é um facto praticamente todos os tipos de sociedade africana registaram e a
resistência manifestou –se em quase todas as regiões de penetração europeia assumindo diversos
graus de intensidade.(Estes postulados são resultados dos estudos que são feitos hoje pelos
historiadores).
Obenga afirma que estudiosos das resistências africanas descobriram que as doutrinas e
símbolos religiosos, regra geral, apoiavam-se directamente nas questões de soberania e de
legitimidade. A legitimidade dos dirigentes africanos era conservada por uma investidura ritual,
quando um dirigente e o seu povo decidiram defender a sua soberania apoiaram-se muito
naturalmente nos símbolos e conceitos.
Por exemplo: segundo Walter Rodney no artigo sobre as resistências no estado de Gaza
afirmou que os Nguni sofreram não só a destruição da sua capital política mas também a
profanação do seu principal Santuário o que teria provocado um sentimento generalizado de
crise espiritual. Foi portanto dessas coisas de legitimidade que nasceram os grandes movimentos
para tentar redefinir a soberania. Esses movimentos tinham a seu favor chefes espirituais para
exprimir a mensagem de uma unidade mais ampla.
Este fenómeno segundo Obenga ou se verificava no contexto do Islão como por exemplo
ideologias Islâmicas do Milenarismo e resistência nos cinturão Sudanês do Oeste e do
Leste, ora derivava da influencia crista, (sobretudo protestantes ou mesmo até no contexto de
religião africana).
As mensagens proféticas constituíram assim um esforço sistemático para duplicar e redefinir a
ideia de deidade e a sua relação com ordem moral implicando grandes alterações nos conceitos e
nas relações internas oferecendo ao mesmo tempo «Alicerce á ideologia da resistência».
De acordo com Ogote, e essência dos movimentos proféticos consistem em que eles são«
agentes de mudanças espiritual e social» criando comunidades novas capazes de enfrentar os
desafios do mundo moderno. As grandes ideologias proféticas de resistências de uma nova base
moral param a sociedade.
Desde 1880 até 1914 assiste-se a ocupação de África. A questão que sempre surgiu foi: Que tipo
de aparato político-administrativo se devia montar por cada potência colonial.
NB: Embora as diferentes potenciam tivessem divergências, elas tinham pontos comuns em
termos de ideias principais na colonização:
(1) Após a conquista, todas as potências faziam a entrega das bandeiras dos
colonizadores aos povos controlados por tal potência. Seguia-se depois, a
Administração Directa
A Bélgica, França e Portugal foram os grandes defensores desta política. Para eles, estavam a
fazer uma política de assimilação e argumentavam que nas suas sociedades coloniais, a sua
política permitia que o africano considerado indígena, não civilizado mediante um processo de
assimilação, poderia tornar-se civilizado ou cidadão (que devia ter o direito a educação, saúde,
emprego e viver a modelo europeu).
Eles já não são regidos pelo direito consuetudinário mas do direito metropolitano. Por esta razão,
segundo esta teoria o africano não tinha o desejo de ter a representação no governo colonial. Para
o caso de Portugal, esta política era vista como forma de alargamento do seu império a custa de
territórios africanos (Portugal além mar).
Administração indirecta
Este bloco era encabeçado pela Grã Bretanha, e defendia: Enquanto os europeus tem o seu
desenvolvimento, o seu modo de vida (cultura), os africanos também dentro de África deviam
viver na base da sua cultura (tradição) ou seja, devia haver uma administração de africano para
africano. Por esta razão, os africanos deviam ter um representante no governo afim de defender
os interesses africanos.
Neste período de 1920 a 1945, nenhuma vez os colonizadores europeus pensaram em atribuir a
autonomia e independência aos africanos. Estes territórios eram vistos como parte integrante das
metrópoles.
Como colonizar?
Distrito: encontramos um administrador, cabia a ele garantir que haja a colecta de impostos,
recenseamento, recrutamento da força de trabalho. Tinha também a responsabilidade de manter a
paz e resolver litígios. A figura do administrador devia ser um branco (europeu) que passava por
uma pequena formação. Era auxiliado por dois assistentes e por um corpo técnico (especialistas)
constituídos por um agrónomo, veterinário, médico... O administrador recebia todas as leis e
ordens da província.
Província: Era dirigida por um governador-geral, que era um branco europeu. Vinha de um
estrato social elitizado com uma formação e grande experiência colonial. No exercício do seu
trabalho, tinha auxiliares de gabinetes e um concelho consultivo não deliberativo constituído
para além dos membros do gabinete, mas também de personalidades escolhidas pelo
administrador.
Ministério das colónias: Era a ligação da província com a metrópole. O ministro das colónias
servia de elo de ligação entre as leis e ordens da metrópole para as províncias.
Ainda em elaboração!!!!