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Introdução

Este trabalho serve de uma mera oportunidade de indagar nos conhecimentos que
norteiam as questões ligadas ao passado, na perspectiva do Reforço da Exploração
Colonial, os movimentos que protagonizaram a independência dos países e seus
habitantes, bem como fazer uma análise em volta daquilo que é o Pan-africanismo.

O interesse no estudo do tema proposto, não só focaliza-se naquilo que é a informação


produzida pelos diversos meios ou diversas fontes de consulta, mas também serve-me de
princípio para a iniciativa de uma análise naquilo que são os fundamentos da luta pela
independência dos estados africanos, partindo do ponto de vista das vantagens e
desvantagens da exploração colonial, sabendo de ante-mão que a ocupação dos territórios
africanos em geral e em particular de Angola, baseou-se no interesse dos estrangeiros em
apropriar-se daquilo que era o potencial económico dos povos colonizados.

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O reforço da exploração colonial em África

Foi uma consequência do crescimento das necessidades produtivas e dos conflitos entre
as nações industrializadas europeias, de modo que tanto se expandiu a extração de
matérias-primas, muitas vezes com custos humanos intoleráveis, quanto se usou a
população nativa como "bucha de canhão" em disputas internacionais.

A situação cada vez mais crítica dos países do continente, que eram tratados como
"inferiores" por suas "metrópoles coloniais", associado com o avanço das ideologias
nacionalistas e pan-africanistas, fez com que movimentos políticos organizados, tanto
de natureza civil quanto de natureza militar, se espalhassem pelo continente, de modo
que já a partir da década de 1950 começam a surgir as primeiras nações independentes
do continente

O REFORÇO DA EXPLORAÇÃO COLONIAL

Todo o processo de ocupação territorial, exploração económica e o domínio político do


continente africano por potências europeias iniciou-se no século XV, quando alguns
impérios e/ou reinosafricanos importantes, na zona ocidental, nomeadamente ode Ghana e
do Mali haviam já desaparecido, e estende-se até à metade do século XX. De acordo com
Ferro (1996), é salientado que se mais mundohouvera lá chegara. Esta ufana apóstrofe em
que os descobrimentos portugueses se espelham diz-nos bem o que foram as viagens
desses grandes exploradores cuja tradição ainda hoje é glorificada.

O movimento anticolonial Roger Casement, na luta contra o trabalho forçado, denuncia


soldados ao serviço do rei Belga, no Congo em finais do século XIX, que tinham
torturado e espancado um homem, e dirige-se a um deles: “Se este rapaz morrer por
culpa das chicotadas, carregará um crime na sua consciência”. O soldado da Força
Pública responde-lhe: “– Quando vim para o Congo tomei a precaução de deixar a
minha consciência no meu país – disse o oficial.” Mário Vargas Llosa, O Sonho do

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Celta (2010). Nem os EUA nem a URSS tinham colônias. Como se veio a revelar
durante a Guerra Fria, tinham todo o interesse em disputar esses territórios, mercados de
matérias-primas e de força de trabalho, aos velhos impérios inglês, francês, português e
holandês. Com a conscrição para a guerra dos povos coloniais, há uma expansão das
ideias que vingaram contra o nazismo: o antirracismo (Vadney, 1998, p. 90); o direito à
autodeterminação. Direitos que se tinham aprofundado com a ideologia socialista, já na
Primeira Guerra Mundial, mas que na Segunda Guerra Mundial vão ampliar-se. Na
ONU mais do que duplicam, após as revoluções do pós-45, nas colônias, o número de
novos Estados representados. É difícil, porém, falar de um único movimento
anticolonial. Eles são muito distintos e remetem à relação de forças internas dos
Estados. E às relações entre os Estados no mundo global. Amílcar Cabral, do Partido
Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) na Guiné portuguesa,
espelha a ideia socialista mais do que a pan-africanista de um Sékou Touré ou a
nacionalista-religiosa da Frente de Libertação da Argélia (Castanheira, 1995); o grito
internacionalista de Che Guevara na XIX Assembleia da ONU em 1964, “Um, dois, três
Vietnãs!”, traduzia a vontade de levar a revolução socialista ao “terceiro mundo”, pelo
apoio à construção de partidos-guerrilha locais Quais foram os movimentos de
independência da África?

Os processos de independência no continente africano ocorreram em momentos


diferentes. Por exemplo, as nações do norte da África Ocidental e Oriental estavam
livres a partir da década de 1950. Já os pertencentes à África Subsaariana, em 1960, os
integrantes da África Austral e região do Oceano Índico entre 1970 e 1980
Quais foram os principais fatores que levaram a descolonização da África?

Suas causas foram a grande baixa populacional e do poderio europeu, dando margem a
lutas por autonomia nas colônias e ao advento de novas potências mundiais fora da
Europa: a saber, EUA e URSS

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A Importância Dos Movimentos Nacionalistas Africanos

Esse movimento foi uma resposta directa ao colonialismo europeu e buscava libertar os
países africanos do domínio e da exploração colonial. O nacionalismo africano foi
impulsionado por líderes carismáticos e intelectuais africanos, que mobilizaram as
massas e despertaram o orgulho étnico e cultural.

A descolonização da África foi um processo de independência das nações africanas,


colonizadas por potências europeias desde o século XV, tendo seu ápice no século XIX.

Os colonizadores vieram de diversos países - França, Portugal, Alemanha, Bélgica, só


para citar alguns europeus. O primeiro momento de colonização do continente ocorreu
entre 1880 e 1910 (veja o mapa abaixo). Antes da chegada deles, o que existia eram
sociedades tribais organizadas, e não estados nacionais

Quem colonizou a África primeiro?

Os colonizadores vieram de diversos países – França, Portugal, Alemanha, Bélgica, só


para citar alguns europeus. O primeiro momento de colonização do continente ocorreu
entre 1880 e 1910 (veja o mapa abaixo). Antes da chegada deles, o que existia eram
sociedades tribais organizadas, e não estados nacionais

O processo de exploração do continente africano

A ocupação desses continentes aconteceu no processo de crescimento industrial


vivenciado pela Europa após a Segunda Revolução Industrial, no século XIX. Os
interesses das potências europeias pela África resultaram na realização da Conferência
de Berlim, entre 1884-1885
Como se deu o processo de exploração do continente africano?

A ocupação desses continentes aconteceu no processo de crescimento industrial


vivenciado pela Europa após a Segunda Revolução Industrial, no século XIX. Os

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interesses das potências europeias pela África resultaram na realização da Conferência
de Berlim, entre 1884-1885
História da colonização da África

 A colonização fenícia.
 A colonização grega.
 A colonização romana.
 A colonização árabe

A Fenícia foi um antigo reino cujo centro se situava na planície costeira do que é hoje
o Líbano, no Mediterrâneo oriental. Esta civilização desenvolveu-se entre
os séculos X e V a.C., estabelecendo colónias em todo o norte de África. Uma das
colônias fenícias mais importantes desta região foi Cartago.

A partir de 750 a.C. os gregos iniciaram um longo processo de expansão, formando


colônias em várias regiões, como Sicília e sul da Itália, no sul da França, na costa
da Península Ibérica, no norte de África, principalmente no Egito, e nas costas do mar
Negro. Entre os séculos VIII e VI a.C. fundaram aí novas cidades, as colónias, as quais
chamavam de apoíkias, palavra que pode ser traduzida por "nova casa".

A colonização romana

Em 146 a.C. Cartago foi destruída por Roma no que se pode considerar a
implantação daquele império no Norte de África. O Império Romano dominou toda
a África Mediterrânica, ou seja, a parte do norte da África e que rodeia o Mar
Mediterrâneo, quando ocorreu a descolonização na África.

A colonização árabe

A colonização dos árabes ocorreu durante os séculos VIII e IX e abrangeu todas as


terras que formam o Deserto do Saara e grande parte da África Ocidental e a zona
costeira da África Oriental.[1]

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Como se desenvolveu a política de exploração das colônias na África?

As potências europeias, para garantir matéria-prima, ocuparam os territórios


contidos no continente africano. Logo depois, promoveram a partilha do continente
entre os principais países europeus da época, dando direito de explorar a parte que
coube a cada nação

Qual a principal característica da colonização na África?

Esse processo foi marcado por muita violência e intensa exploração das riquezas dos
países africanos que, após conquistarem a independência, ficaram instáveis
politicamente e economicamente, visto que os colonizadores simplesmente
abandonaram a região em meio a diversos conflitos étnicos e separatistas

Para justificar as ações de dominação imperialistas sobre a África e a Ásia, os europeus


utilizaram argumentos racistas, baseados na ideologia racial europeia doséculo XIX que
colocava os habitantes da Europa em um patamar desuperioridade quando comparados
com outras raças, as quais eram vistas como inferiores

Qual o primeiro país europeu a iniciar o processo de exploração no continente


africano?

A invasão do continente africano por nações europeias ganhou força a partir da segunda
metade do século XIX, e ações realizadas pela Bélgica, França e Portugal incentivaram
uma corrida pela ocupação do continente
Os dois tipos de colonização que existem são: de exploração e de povoamento. Na
primeira são retirados os recursos naturais e minerais do país, os quais são
comercializados pelos colonizadores. No segundo, o interesse é desenvolver a região
colonizada

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Colonialismo de exploração

É a política econômica nacional de um país conquistador para explorar os recursos


naturais de sua população nativa. Contrasta-se com a colonização de povoamento, onde
um grande número de colonos eram envolvidos, geralmente à procura de terras férteis
para cultivar. Já a prática de exploração colonialismo envolvia menos colonos,
normalmente interessados em extrair recursos de exportação para a metrópole. Esta
categoria inclui entrepostos, mas aplicam-se mais para as colônias muito maiores, onde
os colonos proporcionariam grande parte da administração e possuíriam a maioria das
terras e do capital, mas dependiam de povos indígenas para o trabalho.[1]

As potências colonialistas usam o colonialismo colonizador para aliviar as pressões do


excesso de população nacional da pátria sobre a economia e o território, e para estender
seu território e cultura, reproduzindo a sua sociedade em outras partes do mundo. Uma
razão para que um país possa praticar o colonialismo de exploração é o ganho financeiro
imediato produzido pela extracção de baixo custo de matérias-primas por meio de povos
nativos escravizados, geralmente administrados por um governo colonial.[1][2]

A geopolítica de uma potência imperialista pode determinar o tipo de prática colonial,


seja colonialismo colonizador ou colonialismo de exploração. Por exemplo, no Império
Britânico, muitos colonos de pele branca eram assentados principalmente ao norte
da América do Norte e na Austrália, onde eles exterminariam as populações indígenas a
fim de estabelecer uma nova sociedade em acordo com sua pátria (metrópole).
Considerando a ocupação britânica nos países densamente povoados como a Índia
britânica (1858-1947), no subcontinente indiano e Egito e África do Sul, eram
governados por uma pequena população de administradores coloniais (governo
colonial) que redirecionou as economias locais à gestão de exploração para suprir a
pátria do Reino Unido, além de outras colônias, com provisões de alimentos, matérias-
primas e até produtos acabados

A África foi a maior vítima da ação imperialista europeia no século XIX: seu território
foi completamente partilhado entre as potências industriais, seus recursos foram
largamente explorados e sua população violentamente subjugada, provocando graves
problemas que se refletem na atualidade do continente.

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Iniciada a partir da segunda metade do século XIX, a efetiva partilha da África atingiu
seu ponto máximo nos finais do século XIX e inícios do século XX,

A divisão do território africano entre os países industrializados do Ocidente não levou


em consideração a realidade geográfica e humana do continente, desrespeitando
características naturais e tradições que acabaram por desestruturar a forma de vida
nativa. Tal fato até hoje causa problemas aos africanos como a imprensa denuncia
constantemente.

Talvez o pior legado do Colonialismo tenha sido a divisão da África em mais de 50


Estados cujas fronteiras foram demarcadas sem dar a menor importância aonde as
pessoas viviam e como organizavam sua própria divisão política.

As fronteiras atuais, em geral, dividem uma única comunidade étnica em duas ou mais
nações. Por exemplo: embora a maioria dos Somalis vivam na Somália, eles constituem
uma significativa minoria no Quénia e na Etiópia e muitos deles gostariam de ser
cidadãos da Somália

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Conclusão

O colonialismo refere-se a ocupação de territórios (colônias) na América e na Costa


Africana por países europeus (Portugal, Espanha e França) e pela Inglaterra, durante os
séculos XIV e XVII.

O colonialismo foi mais do que um sistema de exploração econômica e dominação


política, e pode mesmo ser entendido como um modo de percepção do mundo.
Produziu.

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Referência Bibliografica

HEMINGWAY, Ernest. On the Quai at Smyrna. In: The Complete Short Stories of
Ernest Hemingway. The Finca Vigía Edition. Nova York: Scribner, 2003.

HOBSBWAM, Eric. A Era dos Extremos. Lisboa: Presença, 1996.

LOUÇÃ, António. Hitler e Salazar: comércio em tempos de guerra, 1940-1944. Lisboa:


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MAKDISI, Karim; PRASHAD, Vijay (eds.). Land of Blue Helmets: The United Nations
and the Arab World. Oakland: University of California Press, 2017.

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MONTAÑO, Carlos. Terceiro setor e questão social. Crítica ao padrão emergente de


intervenção social. São Paulo: Cortez, 2002.

NEALE, Jonathan. La Otra Historia de la Guerra de Vietname. Madrid: El Viejo Topo,


2003.

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