Imperialismo é a prática através da qual, nações poderosas procuram ampliar e
manter controle ou influência sobre povos ou nações mais pobres. Algumas vezes o imperialismo é associado somente com a expansão econômica dos países capitalistas; outras vezes é usado para designar a expansão européia após 1870. Embora Imperialismo signifique o mesmo que Colonialismo e os dois termos sejam usados da mesma forma, devemos fazer a distinção entre um e outro. Colonialismo normalmente implica em controle político, envolvendo anexação de território e perda da soberania. Imperialismo se refere, em geral, ao controle e influência que é exercido tanto formal como informalmente, direta ou indiretamente, política ou economicamente.
Ações imperialistas na África e na Ásia
- África Na metade do século XIX a presença colonial européia na África estava limitada aos colonos holandeses e britânicos na África do Sul e aos militares britânicos e franceses na África do Norte. A descoberta de diamantes na África do Sul e abertura do Canal de Suez, ambos em 1869, despertaram a atenção da Europa sobre a importância econômica e estratégica do continente. Os países europeus rapidamente começaram a disputar os territórios. Em algumas áreas os europeus usaram forças militares para conquistar os territórios, em outras, os líderes africanos e os europeus entraram em entendimento à respeito do controle em conjunto sobre os territórios. Esses acordos foram decisivos para que os europeus pudessem manter tudo sob controle. Grã Bretanha, França, Portugal e Bélgica controlavam a maior parte do território africano, a Alemanha também possuía lá, muitas terras mas, as perdeu depois da I Guerra Mundial. Os estilos variavam mas, os poderosos colonizadores fizeram poucos esforços para desenvolver suas colônias. Elas eram apenas locais de onde tiravam matérias-primas e para onde vendiam os produtos manufaturados. Talvez o pior legado do Colonialismo tenha sido a divisão da África em mais de 50 Estados cujas fronteiras foram demarcadas sem dar a menor importância aonde as pessoas viviam e como organizavam sua própria divisão política. As fronteiras atuais, em geral, dividem uma única comunidade étnica em duas ou mais nações. Por exemplo: embora a maioria dos Somalis vivam na Somália, eles constituem uma significativa minoria no Kênia e na Etiópia e muitos deles gostariam de ser cidadãos da Somália. Outro legado ruim do Colonialismo foi o seu efeito na vida econômica dos povos africanos. O sistema colonial destruiu o padrão econômico que lá existia. O colonialismo também ligou a África economicamente às grandes potências e os benefícios desse sistema sempre vão para os países poderosos e nunca de volta para África. A história da exploração econômica teve um papel importante na forma como certos governos africanos independentes, se preocuparam em desenvolver suas próprias economias. Alguns países como a Costa do Marfim, criaram uma base econômica orientada para a exportação dentro das regras coloniais. Outros, como a Tânzania, procuraram redirecionar sua economia para a produção de grãos e de bens necessários para o seu povo. O terceiro mal causado pelo colonialismo foi a introdução das idéias européias de superioridade racial e cultural, dando pouco ou nenhum valor às manifestações culturais dos povos africanos. Aos poucos os africanos estão recuperando o orgulho por sua cor, raça e cultura. Ásia O período da conquista européia na Ásia começa por volta de 1500 e continua até a metade do século 20 . Alguns historiadores acreditam que esse período ainda não terminou. O interesse europeu pela Ásia começou com a curiosidade e se tornou o desejo de explorar as riquezas deste continente. Para isso, os europeus tiveram que conquistar e colonizar essas terras, isso aconteceu nos séculos 19 e 20. Na época da I Guerra Mundial, a maior parte da Ásia estava sob controle europeu. Três ou quatro séculos de contato e controle europeu trouxeram boas e más conseqüências para Ásia. As contribuições européias foram, novas idéias e técnicas para agricultura, indústria e comércio, saúde e educação e administração política. Poucas culturas asiáticas estavam aptas para se adaptar a essas novas regras e idéias, mas aquelas que, como o Japão, conseguiram, tiraram muito proveito após sua independência. Dentre os problemas do Colonialismo, a exploração das riquezas, que os europeus levavam para as metrópoles, a divisão da Ásia sem levar em conta suas culturas, povos e regiões físicas. Houve também os problemas políticos e sociais causados pelas minorias estrangeiras, como a cultura francesa na Indochina, que se chocava com a cultura existente nesse país. Até hoje existem problemas desse tipo nas nações asiáticas. Conclusão É assim que podemos compreender as dificuldades que certos países têm até os dias atuais. As marcas profundas deixadas pelo colonialismo se refletem em suas culturas, políticas, economias e são vistas com clareza nas guerras e massacres causados por diferenças étnicas. São países ainda, de certa forma, dominados pelas nações poderosas É a esse domínio que chamamos Imperialismo. O Imperialismo na África determinou a repartição do continente entre as potências européias do final do século XIX e início do século XX. Durante vários séculos o continente foi explorado por colonizadores estrangeiros e até hoje sofre as consequências das intervenções de outrora. Imperialismo na África. O primeiro momento de conquista do território africano na modernidade aconteceu com o avanço das grandes navegações. Inicialmente, Portugal e Espanha foram os colonizadores da África entre os séculos XV e XVII. Esta primeira fase é conhecida como Colonialismo. Até o século XIX a intervenção européia esteve presente apenas no litoral do continente africano, com uma exploração especialmente marcada pelo trafico negreiro que acontecia no Oceano Atlântico. Mas com a ascensão de outras potências européias acirrou a corrida pelo domínio do continente e ampliou a exploração, adentrando no território. A entrada de novos países europeus no cenário de dominação do continente africano causou uma imensa fragmentação das comunidades e das culturas nativas, a exploração passou a ser guiada pelos interesses ligados às riquezas naturais – como ouro, cobre e diamantes – e pelas estratégicas regiões localizadas próximas ao Mar Mediterrâneo visando os privilégios no comércio marítimo. O primeiro país europeu, após Portugal e Espanha, a invadir o continente africano foi a França, que desenvolveu sua conquista imperialista entre 1830 e 1857 na Argélia. Era apenas o começo de uma nova fase de exploração intensa da África. Os franceses prosseguiram a conquista estabelecendo-se na Tunísia, na África Ocidental e na África Equatorial, sendo que o domínio se expandiu ainda até regiões como Madagascar e Marrocos. Em seguida aos franceses vieram os ingleses, os quais promoveram a conquista imperialista no Egito e o domínio do Canal de Suez. Os alemães vieram em seguida conquistando a África Oriental e Camarões, Togo e Namíbia, estes na parte ocidental do continente. Já atrasados, chegaram os italianos promovendo o domínio na Líbia, na Eritréia e na Somália. Os povos europeus tinham grande supremacia no processo de conquista imperialista no continente africano. A capacidade de tais países, pelo crescimento conquistado ao longo dos séculos com base na exploração, era inegável e oferecia condições de enfrentamento com grande poderio. As comunidades africanas, contudo, não deixaram de enfrentar os europeus, é bem verdade que a derrota era quase inevitável, mas o processo de dominação imperialista na África não foi tão fácil quanto se pode parecer. Já entre os países europeus, as disputas por territórios imperialistas no continente africano, onde se pudesse explorar as riquezas e estabelecer a influência ideológica, também foram motivo de atritos. As tensões entre as novas potências européias foram crescendo gradativamente, em simultaneidade com a intensificação do processo de dominação. O ambiente se tornou tão instável que a corrida pela conquista do continente africano e também do asiático foi um dos motivos para a eclosão da Primeira Grande Guerra Mundial em 1914. A partilha da África foi um dos períodos mais violentos da História Contemporânea e existiram quatro motivos principais que levaram os países europeus a realizarem, de fato, os planos de partilhar o continente, concretizados na Conferência de Berlim (1884-1885). O primeiro motivo foi a vontade do rei Leopoldo II da Bélgica de fundar um império ultramarino em 1865 - sua intenção de estudar uma forma de explorar o continente africano. Em 1876 Leopoldo II organizou a Conferência Internacional de Geografia de Bruxelas, com o objetivo de localizar rotas pelo interior do continente africano, além da instalação de postos científicos, hospitaleiros e pacificadores, a fim de estabelecer a paz entre as nações africanas. No fim da Conferência, Leopoldo II, estabeleceu uma “Confederação de Repúblicas Livres” no Congo, que se tornaria o futuro o Estado Livre do Congo, onde ele seria o soberano desse novo estado. O segundo motivo, foi a tentativa dos portugueses de colocarem em prática o projeto do “mapa cor-de-rosa”, que foi anunciado em 1883, estabelecendo o que seria uma província “Angolomoçambicana”. O terceiro motivo foi a política expansionista crescente dos franceses, que tentavam assumir o controle de partes do Norte da África. O quarto motivo, foi a intenção da Grã-Bretanha de dominar do Cairo (Egito) ao Cabo (África do Sul), além de se interessar por uma política de livre comércio e navegação nas bacias do Rio Níger e do Congo. Foi então que França, Grã-Bretanha, Portugal, Alemanha, Bélgica, Itália, Espanha, Áustria-Hungria, Países Baixos, Dinamarca, Suécia e Noruega, Turquia e EUA assinaram a ata da Conferência de Berlim em 1885, com o objetivo de assegurar as vantagens de livre navegação e o livre comércio sobre os principais rios africanos que desaguam no Atlântico e delimitaram os novos territórios africanos para cada país. É necessário entender que os povos africanos não aceitaram de forma passiva, e é importante pensar esses povos como múltiplos, e múltiplas foram as suas reações, sejam elas favoráveis ou contrárias, as resistências à partilha da África foram diversas. Podemos compreender o termo "Partilha da Ásia" como um equivalente à política colonial europeia promovida na África à mesma época, cerca de final do século XIX. Tal período marca o auge do colonialismo europeu, onde praticamente dois terços dos territórios em todo mundo estavam de alguma forma subordinados a alguma potência da Europa Ocidental. Anteriormente, várias regiões do continente asiático já estavam sob ocupação ou influência europeia, especialmente dos portugueses (várias áreas da Índia e Indonésia, Sri Lanka, Malaca (Malásia), Macau (China), Mascate (Omã), Barém, e Nagasaki (Japão)), espanhóis (Filipinas) e holandeses (Indonésia, conhecida como Índias Holandesas). No fim do século XIX e início do XX, porém, tal panorama havia sido bastante modificado. Portugal àquela altura perdera quase todos seus territórios asiáticos, mantendo apenas algumas possessões na Índia, além de Macau e Timor; a Espanha perderia as Filipinas aos americanos em meio às concessões feitas durante a guerra hispano-americana de 1898, e os holandeses conseguiriam preservar suas possessões na Indonésia, tornando-se esta a sua mais importante colônia. Agora, no auge do colonização europeia na Ásia, os verdadeiros senhores do continente eram a Grâ-Bretanha e a França, que estavam em poder das regiões mais importantes. Além destes dois importantes personagens, predominantes no médio oriente e no sul do continente, no extremo oriente surgiam novas potências brigando por espaço e predomínio, como por exemplo o Japão, emerso da Revolução Meiji como um moderno país colonialista, além da Rússia czarista, Estados Unidos e o Império Alemão, que começava a predominar na área Ásia-Pacífico. Ao contrário do que ocorreu na África, não houve uma convenção onde se delimitou a área de influência de cada potência europeia, até porque só tardiamente a África seria plenamente conhecida e mapeada, possibilitando uma colonização racional. É por isso mesmo que a conferência de Berlim acerca do continente africano possuía uma vertente geográfica, que servia realmente para se conhecer os verdadeiros pontos de referência dentro do continente. Com a Ásia, não havia este "problema", pois desde o século XVI ela vinha sendo sistematicamente explorada, ao contrário do continente africano, onde se "aranhava" o litoral, de tal forma bastante semelhante com a colonização do Brasil.
Vale mencionar a situação da China em meio a tal exploração europeia. O país
conseguiu garantir sua independência a duras penas, mas, na prática, era um estado fantoche a serviço dos interesses europeus, que estabeleceram várias áreas arrendadas no litoral chinês, semelhantes a Hong Kong. É a partir da Segunda Guerra Mundial que a descolonização asiática toma forma, com as marcantes independências da Coreia (1954), dando origem às Coreias do Norte e do Sul, Índia (1948), Indonésia (1949) e Indochina Francesa em 1954, dando origem a Laos, Camboja, Vietnã do Norte e Vietnã do Sul. Os países europeus, exauridos por duas guerras mundiais, já não podiam controlar tais extensões de terra, em regiões tão distantes, e lá pelo meio dos anos 60, a quase totalidade do continente asiático estava livre do colonialismo. Introdução (contexto histórico) imperialismo japones
Até a década de 1860, o Japão era um país de economia fechada, sendo a
agricultura a principal atividade econômica. Foi a partir de 1867, que o Japão começou a deixar a estrutura agrária de lado e passou a dar uma guinada socioeconômica com o início da Era Meiji.
Era Meiji e mudança no Japão
No ano de 1867, o último Xogun abdicou em favor do imperador Meiji. Teve início a Era Meiji, com mudanças econômicas, políticas e sociais no Japão. A abertura foi favorável para o desenvolvimento industrial do Japão e sua inserção no mundo capitalista que estava em pleno desenvolvimento. No final do século XIX, o Japão era o país mais desenvolvido do Oriente, com uma economia dinâmica, porém com necessidades para ampliar sua expansão. Em busca de novos mercados consumidores e matérias-primas, o Japão adotou, assim como Inglaterra, França, EUA e Alemanha, uma política imperialista. As guerras foram o meio que os japoneses encontraram para conquistar territórios de outros países do Oriente. Conquistas militares e imperialismo No final do século XIX e começo do XX, o Japão se envolveu em vários conflitos militares, cujo principal objetivo era a conquista territorial no Oriente. Na guerra contra a China, o Japão conquistou a Ilha de Formosa (atual Taiwan). No começo do século XX, o Japão invadiu e conquistou a Coreia. Entre 1904 e 1905, o Japão guerreou contra os russos na Guerra Russo- japonesa. Vencedores, os japoneses conquistaram a Manchúria (atual região nordeste da China) e se tornaram a principal força imperialista da região oriental. Ideologias imperialistas Durante o século XIX, a Europa passava por um processo de industrialização bastante acelerado, que foi, inclusive, o que determinou o fim do monopólio britânico no ramo de atividade econômica. A concorrência entre os países industrializados gerou uma busca incessante por mercados consumidores novos, além de possibilidade de obter matéria-prima mais barata. Esse contexto gerou o imperialismo que acabou resultando em uma imensa exploração de territórios asiáticos e africanos. Por trás disso, no entanto, existe ainda a ideologia que foi construída com ideias compartilhadas entre intelectuais e religiosos como uma forma de unir teses e opiniões que justificaram a entrada europeia nesses espaços.
Havia, no período, um grande interesse não apenas de expandir suas riquezas,
mas o Estado Nacional também objetivava controlar de forma explícita a política nas regiões colonizadas, de forma que as empresas da nação pudessem ser inseridas nesse espaço conduzindo e lucrando por meio da exploração econômica das riquezas do local. O que ascendeu ainda mais esse crescimento, foi o crescimento demográfico da Europa, que fez com que os europeus desejassem mudar-se para essas regiões para encontrar oportunidades econômicas. Ideologia Os ideólogos dos tempos do imperialismo tinham o modelo de civilização europeu como um exemplo para conseguir as melhores condições de vida que o homem poderia ter e, portanto, quem estivesse distante deste teria condições inferiores e não privilegiadas, quando colocadas em contraponto a esse modelo. Dessa forma, a presença dos povos europeus na Ásia e na África deixou de ser vista como uma invasão injusta. Foi feita uma apropriação de forma indevida quanto às teorias darwinistas por parte dos ideólogos, que construíram um modelo de compreensão das culturas em que europeus ocupavam o mais alto posto da hierarquia, e os africanos e asiáticos eram colocados como povos atrasados e selvagens. Diante disso, tornou-se missão do homem “branco” fazer com que essa massa “não-civilizada” tivesse a oportunidade de se modernizar e superar os degraus da escala criada por eles. Consequências A grande consequência desse discurso foi que uma sequência de atrocidades e ações injustas foram cometidas contra os povos desses territórios. A missão, quando colocada em ação, acabou, ao contrário do que, teoricamente, objetivava, aumentando a diferença entre os povos, abrindo caminho para que fosse feita a exploração da mão-de-obra e geraram diversos outros problemas que tem natureza econômica e social.