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Capitalismo Comercial

O capitalismo comercial foi a primeira fase do capitalismo, que surgiu no final da


Idade Média com o desenvolvimento da burguesia.

Contexto histórico

O Capitalismo Comercial é conhecido como a primeira fase do Capitalismo. Sua


gestação começou no Renascimento Comercial dos séculos XIII e XIV. Porém, o
Capitalismo Comercial ganhou força no início no século XV com o desenvolvimento da
burguesia comercial europeia. As grandes navegações e conquistas marítimas dos
séculos XV e XVI foram importantes para o desenvolvimento do capitalismo neste
momento.

Principais características do capitalismo comercial

 Os locais aonde o capitalismo comercial mais se desenvolveu foram: cidades


italianas de Gênova e Veneza, Espanha, Portugal, Alemanha, França, Inglaterra e
Países Baixos;

 Impulso comercial através das conquistas de territórios na África e América,


principalmente por Portugal e Espanha. Estes países colonizaram e exploraram
colônias, retirando recursos naturais (principalmente ouro). Um dos exemplos foi a
exploração feita por Portugal em sua principal colônia, o Brasil;

 Grande poder econômico, social e político da burguesia comercial;

 Uso de mão de obra escrava de origem africana, principalmente nas colônias


portuguesas e espanholas;

 Mercantilismo: política econômica que priorizava o acúmulo primitivo de capital,


metalismo (riqueza através de ouro e prata), protecionismo alfandegário, Pacto
Colonial (relações comerciais exclusivas entre Metrópole e Colônia) e a balança
comercial favorável (mais exportações do que importações);

 Desenvolvimento do sistema bancário que favoreceu o avanço do capitalismo


comercial;

 Desenvolvimento do sistema tributário para aumentar a arrecadação de impostos


por parte das monarquias.

 O capitalismo comercial possibilitou uma significativa separação entre capital e


trabalho.

Enfraquecimento

O capitalismo comercial perdeu força no século XVIII com a Revolução Industrial e


o surgimento do capitalismo industrial. Vale dizer que o comércio (relações comerciais)
não deixou de ter importância, porém as atividades industriais passaram a ganhar mais
relevância econômica a partir de meados do século XVIII.
Imperialismo e Neocolonialismo

As políticas imperalistas e neocolonistas foram usadas pelas potências europeias


para dominar e controlar colonias na África e Ásia no século 19.

O que foi

Na segunda metade do século XIX, países europeus como a Inglaterra, França,


Alemanha, Bélgica e Itália, eram considerados grandes potências industriais. Na América,
eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo
industrial. Todos estes países exerceram atitudes imperialistas, pois estavam
interessados em formar grandes impérios econômicos, levando suas áreas de influência
para outros continentes.

Causas do Imperialismo:
 O expressivo crescimento populacional nos países da Europa. Havia, portanto, a
necessidade dos europeus de encontrar novos territórios para colonizar e enviar o
excedente populacional. Essa medida ajudaria no processo de colonização dos
territórios africanos e asiáticos, pois constituiria em novos indivíduos para a
formação militar (exércitos) e também para pagar impostos para a metrópole.

 Os europeus buscavam também novos negócios para aplicar os capitais


excedentes da industrialização, que vinha se desenvolvendo na Europa desde
meados do século XVIII (Revolução Industrial).

 As potências europeias também buscavam novos territórios para explorar recursos


minerais (matérias-primas) e naturais. Além disso, as novas colônias serviriam de
mercado consumidor para os produtos manufaturados europeus.

 Os europeus também buscavam territórios estratégicos para construírem bases


militares, com o objetivo principal de proteger o comércio marítimo.

 Havia também, entre alguns líderes europeus, a ideia de que o imperialismo era
positivo para os povos africanos e asiáticos. Baseados no eurocentrismo (ideia da
superioridade cultural europeia), muitos viam como uma espécie de filantropia a
ação colonizadora, pois levaria aos “atrasados” africanos e asiáticos, a “superior”
cultura europeia. Essa ideologia foi utilizada também para justificar a política
imperialista e colonialista europeia do século XIX.

Características e objetivos principais do imperialismo e do neocolonialismo:

 Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e também de conseguirem


um custo consideravelmente baixo, as potências europeias se dirigiram à África,
Ásia e Oceania, dominando e explorando os povos destes continentes.

 Não muito diferente do colonialismo dos séculos XV e XVI, que utilizou como
desculpa a divulgação do cristianismo; o neocolonialismo do século XIX usou o
argumento de levar o progresso da ciência e da tecnologia ao mundo "não
civilizado" (como eram considerados os africanos e asiáticos pelos europeus).
 Na verdade, o que as ricas nações europeias realmente queriam era a ampliação
do comércio de seus produtos industriais, e, para isso, foram em busca de locais
onde pudessem encontrar matérias-primas baratas e fontes de energia em
abundância.

 As regiões escolhidas, na África, Ásia e Oceania, foram colonizadas e seus povos


desrespeitados pelos europeus. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto
culminante da dominação neocolonialista, quando países europeus dividiram entre
si os territórios africanos e asiáticos, sem sequer levar em conta as diferenças
éticas e culturais destes povos.

Como aconteceu e exemplos do imperalismo:

Entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885 foi realizado o Congresso de Berlim.


Neste encontro, os países europeus imperialistas organizaram e estabeleceram regras
para a exploração da África. Na divisão territorial que fizeram, a cultura e as diferenças
étnicas dos povos africanos não foram respeitadas.
Devido ao fato de possuírem os mesmos interesses, os colonizadores lutavam
entre si para se sobressaírem comercialmente. O governo dos Estados Unidos, que já
colonizava a América Latina, ao perceber a importância de Cuba no mercado mundial,
invadiu o território, que, até então, era dominado pela Espanha. Após este confronto, as
tropas espanholas tiveram que ceder lugar às tropas norte-americanas. Em 1898, as
tropas espanholas foram novamente vencidas pelas norte-americanas, e, desta vez, a
Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos.
Um outro ponto importante, a se estudar sobre o neocolonialismo, é à entrada dos
ingleses na China, ocorrida após a derrota dos chineses durante a Guerra do Ópio (1840-
1842). Esta guerra foi iniciada pelos ingleses após as autoridades chinesas, que já
sabiam do mal causado por esta substância, terem queimado uma embarcação inglesa
repleta de ópio. Depois de ser derrotada pelas tropas britânicas, a China, foi obrigada a
assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as cláusulas. A
dominação britânica foi marcante por sua crueldade e só teve fim no ano de 1949, ano da
revolução comunista na China.

Conclusão: as principais consequências

Como conclusão, pode-se afirmar que os colonialistas do século XIX, só se


interessavam pelo lucro que eles obtinham através do trabalho que os habitantes das
colônias prestavam para eles. Eles não se importavam com as condições de trabalho e
tampouco se os nativos iriam ou não sobreviver a esta forma de exploração desumana e
capitalista. Foi somente no século XX que as colônias conseguiram suas independências,
porém herdaram dos europeus uma série de conflitos e países marcados pela exploração,
subdesenvolvimento e dificuldades políticas.
Outra consequência do imperialismo e do neocolonialismo foi a rápida e
significativa industrialização dos países europeus colonizadores. Esse fato, começou a
gerar conflitos de interesses políticos e econômicos entre os países industrializados.
Muitos desses conflitos estão presentes nas raízes que levaram esses países à Primeira
Guerra Mundial.

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