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ÍNDICE

AGRADECIMENTO........................................................................................................2
INTRODUÇÃO.................................................................................................................3
A FILOSOFIA DO PAN-AFRICANISMO......................................................................4
OCUPAÇÃO TERRITORIAL......................................................................................5
CONCLUSÃO...................................................................................................................7
BIBLIOGRAFIA...............................................................................................................8
AGRADECIMENTO

Gostava de agradecer ao Omnipotente Deus pelo suporte de vida que me


tem dado dia e noite pois sem o qual não teríamos sequer uma História,
Agradecer também a minha família por serem meus ombros amigos. Meus
extensivo agradecimento vão também Para a meu excelentíssimo Professor
Afonso Simba, que tornou possível a investigação e apresentação deste
trabalho e aos demais minhas profundas considerações.

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INTRODUÇÃO

“A África é um paradoxo que ilustra e evidencia o neo-colonialismo. Seu


solo é rico, embora os produtos que dele saem, tanto de baixo quanto de
cima, continuam a enriquecer, não aos africanos, predominantemente, mas
os grupos e indivíduos que manobram para o empobrecimento do
continente.” (Kwame Nkrumah, 1965, in Neo-colonialism, cap. 1).
O Pan-africanismo nasceu da luta de ativistas negros na África e,
sobretudo, na diáspora americana, em prol da valorização de sua
coletividade. Sua marca inicial, entre fins do século XVIII e meados do
século XX, foi a construção de visões positivas e internacionalistas acerca
de sua identidade étnico-racial, entendida como comunidade negra:
africana e afrodescendente.
Nesta primeira fase do movimento, destacam-se nomes como E.
Blyden, S. Williams, J. Hayford, B. Crowther, J. Horton, M. Garvey e W.
E. Du Bois. A partir de 1945, o Pan-africanismo entrou num segundo
momento, como parte integrante das lutas de independência nacional e
contra o neocolonialismo na África. Neste momento, sobressaíram-se
intelectuais e ativistas como G. Padmore, C. A. Diop, L. S. Senghor, A.
Césaire, F. Fanon, K. N’Krumah, N. Azikiwe, A. Cabral e J. Nyerere. Por
sua importância histórica, este movimento político e de ideias foi alvo de
uma série de análises acadêmicas ao longo do século XX.

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A FILOSOFIA DO PAN-AFRICANISMO

O pan-africanismo é uma doutrina que originalmente propunha a


unidade política de toda a África e o reagrupamento das diferentes etnias,
divididas pelas imposições dos colonizadores. Valorizavam a realização de
cultos aos ancestrais e defendiam a ampliação do uso das línguas e dialetos
africanos, proibidos ou limitados pelos colonizadores. Em outras palavras,
o pan-africanismo é também um movimento político, filosófico e social que
promove a defesa dos direitos dos povos africanos e da unidade do
continente africano no âmbito de um único Estado soberano, para todos os
africanos, tanto na África como dos povos da diáspora
A filosofia pan-africanista foi desenvolvida principalmente pelos
indivíduos da diáspora americana (descendentes de africanos escravizados)
e por pessoas nascidas na África a partir de meados do final do século XIX,
como William Edward Burghardt Du Bois[1] e Marcus Mosiah Garvey,
entre outros. Posteriormente, essas ideias foram levadas para a arena
política por africanos, como Kwame Nkrumah. No Brasil, o pan-
africanismo foi divulgado amplamente por Abdias Nascimento.
Em geral, consideram-se Henry Sylvester-Williams e o Dr. William
Edward Burghardt Du Bois como os pais da pan-africanismo. No entanto,
esse movimento social tem várias vertentes, cuja história remonta ao início
do século XIX. O pan-africanismo tem influenciado a África a ponto de
alterar radicalmente a sua paisagem política e de ter sido decisivo na luta
pela independência de vários países do continente.

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OCUPAÇÃO TERRITORIAL

No período de expansão havia um acerto sobre as regras de ocupação


de territórios na África e as modalidades do seu reconhecimento pelas
potências colonizadoras europeias, a partilha da África, iniciada antes da
Conferência de Berlim pela França e pela Inglaterra, se acelerou. Os
objetivos da colonização visaram o monopólio do comércio internacional
dos países africanos. Esse processo, entretanto, não se deu pacificamente.
A resistência partiu, geralmente, dos povos do interior, mais que dos povos
do litoral. Estes, comprometidos com o tráfico, estavam em transição para
outras atividades.
O procedimento para controlar os territórios africanos através da
assinatura de tratados de protetorados, que pretendia dar tranquilidade ao
processo de ocupação entre os colonizados, provocou uma corrida às
aldeias para “chegar primeiro” e “vender proteção e exclusividade de
comércio” aos reis locais, e assim, “comprovar” no âmbito internacional
europeu a extensão do seu domínio. Isso provocou muitas vezes conflitos
entre os colonizadores. Na África oriental entre alemães e ingleses, e na
ocidental entre franceses e ingleses. Esses conflitos, porém, nunca
resultaram em choques militares, sendo sempre resolvidos, na Europa, pela
via política, pois existia um “acordo de cavalheiros” entre colonizadores
para não dar aos africanos mostra de contradição entre eles.

Porem face os movimentos divisórios de África pelas potências


europeias no início do século XIX, a escravatura ainda estava em vigor no
sul dos Estados Unidos, mas não no norte, graças um decreto de 1787, que
estabelecia o limite legal no Rio Ohio. Uma minoria de negros no norte
tinha atingido uma posição socioeconômica próspera e alguns dos
representantes desta classe começaram a desenvolver um sentimento de
fraternidade racial que resultou no movimento "de volta para a África".
Entre eles Paul Cuffe, um negro nascido livre, de pai africano e mãe
ameríndia, que promoveu em 1815 uma tímida experiência de
repatriamento para a África, antecessora da Sociedade Americana de
Colonização fundadora da Libéria, mas os custos da empreitada
dissuadiram-no.

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No substrato intelectual que propiciou os movimentos abolicionistas,
surgiram desde o início duas tendências na América do Norte: por um lado,
os que acreditavam que a escravatura iria acabar, de uma forma ou de
outra, e que era necessário encontrar uma casa para ex-escravos na África,
a sua terra de origem. Os britânicos tinham estabelecido uma colônia na
Serra Leoa entre 1787 e 1808, que se destinava às pessoas libertas dos
barcos escravistas que capturavam.
O outro ponto de vista era dos que afirmavam que os descendentes dos
escravos deviam permanecer na América e que inclusive tinham que ser
capazes de uma subsistência independente. Mas, entre os mais acirrados
abolicionista, não se acreditava que a raça negra e a raça branca podiam
viver no mesmo espaço e prosperar sem um perpétuo conflito. Foi levado
em consideração e pensado pelas próprias pessoas negras que, de uma
forma ou de outra, seriam exploradas pelo sistema do homem branco,
enquanto não tivessem a sua própria pátria. O elevado custo de envio de
tantas pessoas para a África, fez com que a a segunda opção prevalecesse.

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CONCLUSÃO

Por outro lado, em relação à teoria social, para além desta


interpretação específica, o Pan-africanismo tem outra contribuição
importante a destacar. Isto porque, para além da diversidade das posições
que o formam, esta tradição tem, por premissa, buscar uma essência
projetiva, que visa à totalidade da experiência negro-africana.
É certo que se trata de hipóteses, que necessitam comprovação. Mas é
o desenvolvimento de percepção dialética da sociedade que, com
mostraram H. Marcuse (Razão e revolução) e G. Lukács (História e
consciência de classe) é o cerne da teoria social moderna. Desta
perspectiva, os dilemas que o Pan-africanismo buscou responder não são
tão diferentes daqueles enfrentados pelos autores clássicos que fundaram as
ciências humanas, de Hegel à Weber. Sua contribuição, neste sentido, é
universal.
Por fim, politicamente, uma ressurreição do Pan-Africanismo hoje,
como conclama Ahmed Mohiddin (1981), depende da capacidade de se
construir uma visão contemporânea do estilo de vida “tradicional” africano,
fundado numa base coletivista e na mútua responsabilidade social entre os
indivíduos. Como pensar e realizar este novo comunalismo é a tarefa de
uma geração de intelectuais negros e não negros, no sentido mais amplo
que esta palavra “intelectual” possa ter.

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BIBLIOGRAFIA

 www.wikipedia.com
 BITTENCOURT, Marcelo (2003). “Partilha, resistência e
colonialismo”. In BELLUCCI, B. [Coord.]. Introdução à história da
África e da cultura afro-brasileira. Rio de Janeiro: CEAA-Ucam e
CCBB.
 www.unifal-mg.edu.br/remadih/pan-africanismo-e-negritude/
 Livro “Nkrumah – O Pan Africano.

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