Você está na página 1de 8

Escola Secundaria de Massinga

Tema: Pan-Africanismo

 Renascimento Negro E Renascimento Africano


 Negritude (Filosofia Cultural)

Nomes: Números:
Jéssica Figueredo Cuetsele 31 Regina André Macuácua 48
José Maurício Mapule 32 Ricardo Artur Ugembe 49
Julio Alexandre Mupoco 33 Rogério Palo Merico 50
Kelvenen Arcenio laita 34 Samuel Sergio Mazive 51
Lavinea Da Vilma 35 Sheila Tomas Cume 52
Maikel Artur Zunguze 36 Sheila Zito Mazive 53
Manito Argentino Cuetsele 37 Silva Rute Maculane 54
Melânia António Pechisso 39 Stelio Alfredo Banze 55
Momed Manuel Mute 40 Uilza Ernesto Sumbane 56
Neida Da Eunisia 41 Ussman Nordino Amade 57
Neves Andricio Vilanculos 44 Venancia Avelino Sitoe 58
Olinda Enedito Culima 45 Xamila Rossy F.P.Ebal 59
Quijaquelcia Gustavo Uquisso 46 Zinaida Rogerio Mapute 60
Rassul Alredo Massinguile 47

Professor: PECHISSO

Massinga
2022
Índice

Introdução ............................................................................................................................... 3

1. Pan-africanismo .................................................................................................................. 4

2. Renascimento Negro (Black Renaissance) e Renascimento Africano (African


Renaissance) ........................................................................................................................... 4

3. Filosofia cultural (Negritude) ............................................................................................. 5

Conclusão................................................................................................................................ 7

Bibliografia: ............................................................................................................................ 8
3

Introdução
No presente trabalho vamos falar do pan-africanismo, onde veremos onde surgiu, onde teve a
sua primeira conferência, os congressos e os filósofos que ocuparam-se em busca da
identidade africana. No renascimento negro e renascimento africano, veremos o surgimento, a
corrente do pensamento e o âmbito de renascimento. E por fim a filosofia cultural (negritude),
veremos como partiram as circunstâncias do desprezo do negro como inseriu-se no espírito do
pan-africanismo e os seus evolucionistas.
4

1. Pan-africanismo
O pan-africanismo surge como manifestação da solidariedade entre os africanos e os povos de
descendência africana. O seu objectivo principal era a unidade política dos Estados africanos.
O pan-africanismo teve uma palavra de ordem: “Unir-se para resistir”.

A primeira conferência pan-africana teve lugar em Londres, em 1900. O seu objectivo era
procurar uma forma de protecção contra os agressores imperialistas brancos e contra a política
colonial que até então submetia os negros. Entendia-se que, por esta via, o africano
conquistaria o direito sua própria terra, sua personalidade. Tratava-se, portanto, de uma luta
pelo direito de todos os africanos serem tratados como homens, dai o conceito de pan-
africanismo.

O pan-africanismo teve vários congressos, dos quais o Vº congresso esteve sob a presidência
de Du Bois. Neste congresso, ele reivindica a independência dos africanos. É por isso que ele
é considerado pai do pan - africanismo. E ainda neste congresso Du Bois faz a passagem de
liderança do congresso para Kwame Nkrumah (de Ghana). Foi a passagem de liderança do
afro-americano para africano.

Os filósofos ocuparam-se em busca da identidade africana, outros ainda preocuparam-se na


criação de um futuro sócio-económico e político para África. Fazem parte deles Kwame
Nkrumah, Július Nyerere, Kenneth Kaunda, Leopold Senghor.

2. Renascimento Negro (Black Renaissance) e Renascimento Africano (African


Renaissance)
Foi dentro do espírito emergente de revolta contra o colonialismo que surgiu o Black
Renaissance, cujo fundador foi Du Bois.

Esta corrente do pensamento teve repercussões sociais, que consistiam em incutir no homem
negro a ideia de ser igual aos brancos. Este movimento difundia ideologias contra a
discriminação do povo negro. Defendia que os negros não podiam continuar a assistir
passivamente sua própria discriminação e que deviam reagir perante os tratamentos
desumanos. Du Bois afirmava: que os brancos saibam que por cada porrada que o branco der
a um negro, nós lhes vamos dar duas; por um negro morto, nos vamos matar dois brancos.»

No renascimento negro pede-se a igualdade entre o negro e branco; procura-se a emancipação


do negro.
5

Foi no âmbito do renascimento africano que se desenvolveu o conceito de personalidade


africana. A personalidade africana defende que existem características comuns, atributos
essenciais e únicos que fazem parte do ser de todos os africanos. A ideia de «African
Personality" teve as suas raízes em Edward Wilmont Blyden e foi retomada por Kwame
Nkrumah.

Blyden fundou a dignidade do africano na mesma linha do movimento negritude, procurando


provar que a negra tinha uma história e uma cultura das quais se podia orgulhar. E segundo o
mesmo os costumes e as instituições da África negra estão em consonância com as
necessidades dos africanos. Ademais, África pode dar um contributo ao mundo nas questões
de ordem espiritual. A civilização europeia é dura, individualista, competitiva, materialista e
foi fundada sobre o culto da ciência e da técnica. A civilização africana é doce e Humana.

Para Nkrumah, o homem africano é um ser espiritual, dotado de dignidade, integridade e


valor intrínseco.

3. Filosofia cultural (Negritude)


Foi a partir das circunstâncias do desprezo do negro que surgiu a negritude para reivindicar os
direitos humanos para os africanos, reivindicar a dignidade do africano como pessoa,
reivindicar a liberdade no processo de descolonização política e económica em forma de luta
contra o racismo.

A negritude insere-se no espírito pan-africanista da união e solidariedade entre os africanos,


com a simples diferença de se revestir de um carácter cultural e literário. Tal como o pan-
africanismo, a negritude nasceu fora do continente africano, como resultado dos esforços
emancipatórios da comunidade negra radicada em França. Os mentores deste projecto eram
membros de profissões liberais, estudantes, eclesiásticos, intelectuais e políticos.

A negritude pretendia a união de todos os negros. Os principais fundadores da negritude,


foram:

Leon Damas – A sua doutrina manifestava-se na negação da assimilação e defendia as


qualidades do negro.
Aimé Césaire – Preocupava-se em resolver o problema do regresso e assunção do
destino da raça. E a tomada da consciência de ser negro significava o reconhecimento
de um facto que implicava aceitação, um assumir do seu próprio destino, da sua
história, da sua cultura.
6

Leopold Sedar Senghor- esforça-se na descoberta, defesa e ilustração do património


racial e do espírito da civilização.

A maior parte dos evolucionistas, como Tylor e Morgan, e os etnocentristas, como, por
exemplo, Levy Brhul, não admitiam a possibilidade de haver culturas que não fossem
europeias. Estes consideravam a Vida cultural das outras sociedades como estádios arcaicos
de um único processo cultural, no qual a Europa representava o estádio mais completo.

Os maiores impulsionadores da negritude foram: Césaire, Senghor e Damas. E resumiram


o projecto em três conceitos:

Identidade – consiste em o negro assumir plenamente a sua condição;


Fidelidade – atitude que traduz a ligação do homem negro terra-mãe;
Solidariedade – sentimento que liga secretamente todos os irmãos negros.

A negritude era um movimento principalmente cultural e literário, mas com pretensões


também políticas, conquanto protestava contra a atitude colonialista, lutando pela
emancipação do povo

No mundo da lusofonia, o movimento foi difundido por vários órgãos, como, por exemplo, a
Junta de Defesa dos Direitos de África, a Tribunu de África e A Mensagem, formadas por
africanos e europeus favorável promoção da cultura negro-africana.
7

Conclusão
Tendo terminado o trabalho, concluímos os movimentos Pan– africanismo, Renascimento e
Negritude tinha como objectivo a união dos africanos no que se refere se aos domínios
políticos e culturais. Os negros eram considerados racialmente inferiores, culturalmente não
civilizados.

O pan-africanismo surge como manifestação da solidariedade entre os africanos e os povos da


descendência africana. Esta corrente liderada pelo Kwame Nkrumah lutava pela causa dos
negros de todo o mundo. Du Bois é considerado pai do Pan-africanismo porque quando ele
ascendeu ao poder de liderança imediatamente começou a exigir a independência dos
africanos.

O renascimento negro consistia em incutir no negro, que apenas soubera ser escravo, a ideia
de que era igual ao branco (seu escravizador).O renascimento negro aparece como movimento
que a exemplo da negritude luta pela igualdade entre o negro e o branco. O representante
máximo do renascimento negro é Du Bois.

A negritude foi um movimento de união dos africanos do ponto de vista cultural. A negritude
surge como movimento de reivindicação da condição do homem negro no luta pelo seu
reconhecimento, como ser humano, lutar pela dignidade do africano. Os fundadores da
negritude são: Leon Damas; Aimé Césaire e Leopoldo Senghor.
8

Bibliografia:
GEQUE, Eduardo; BIRIATE, Manuel. Filosofia 12ª Classe – Pré-universitário. Longman
Moçambique, Maputo, 2010.

Você também pode gostar