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INTRODUÇÃO
O presente trabalho da cadeira de filosofia da 12a classe visa debruçar em torno da filosofia
política e moral africana, que é um campo multifacetado e fascinante que nos convida a
mergulhar nas profundezas das culturas, tradições e legados históricos desse vasto continente.
Nesta jornada intelectual.
No 5º Congresso Pan-Africano, que teve lugar em Manchester, em Inglaterra, em 1945, Du Bois
passou o testemunho político a Nkrumah. Daquele momento cm diante, as principais figuras da
Filosofia africana seriam Nkrumah e Senghor. Estes dois homens esforçaram-se por lançar as
bases da política dos Estados africanos.
O povo africano conheceu várias humilhações, facto que o levou a sentir-se inferiora outros
povos, sobretudo aos europeus que o escravizaram durante séculos. Actualmente ainda há
africanos que se sentem inferiores a outros povos
3. CRÍTICAS PAULIN HOUNTONDJI
Paulin Hountondji (Benin) é um dos grandes críticos e vale-se dos seguintes argumentos,
expressos na obra African Philosophy, Mythe and Reality, de 1974.
Reivindicando que existe uma Filosofia africana, estamos d cair na ratoeira colonialista e
racista que insiste que um africano é diferente de um europeu. Portanto, qualquer
referência à Filosofia africana obriga-nos a definir África em relação Europa. Logo, não
podemos aceitar que haja uma Filosofia africana que claramente nega a Filosofia em
geral.
Filosofia, no seu sentido restrito, é uma disciplina científica, teorética e individual, assim
como a Linguística, a Álgebra e, portanto, não se pode substitui-la por crenças populares,
práticas tradicionais e comportamento popular de um povo qualquer. A Filosofia não se
deve identificar com o mito ou com a religião tradicional.
A Filosofia, enquanto disciplina científica, teorética e individual, emerge sempre em
oposição ao mito, às religiões tradicionais e ao seu respectivo dogmatismo e
conservadorismo.
O que é dogmático não pode ser filosófico. A relação filosófica com o mito e as religiões
tradicionais não é uma relação arquivista ou arqueológica com função de sistematização e
perpetuação, nem sequer é uma protectora desse passado popular, muito pelo contrário
4. CONCLUSÃO
Feito o trabalho conclui-se que o estudo da filosofia política em África revela uma intricada rede
de ideias, movimentos e perspectivas que moldaram a trajectória política e social do continente
ao longo dos anos. A génese dos nacionalismos africanos está profundamente ligada ao pan-
africanismo, um movimento que se esforçou para alcançar o reconhecimento e a emancipação do
povo negro globalmente. Esta busca pelo reconhecimento e libertação dos africanos, tanto dentro
como fora do continente, levou ao desenvolvimento de uma filosofia política africana que tinha
como objectivo central a libertação tanto física quanto psíquica das amarras coloniais.
Portanto, a filosofia política em África reflecte a complexidade das lutas históricas, culturais e
políticas do continente. Ela engloba a busca por reconhecimento, emancipação e dignidade, ao
mesmo tempo em que enfrenta questionamentos sobre a natureza universal da filosofia. Através
da compreensão e análise desses debates e perspectivas, podemos obter insights valiosos não
apenas sobre a história africana, mas também sobre as interconexões profundas entre filosofia,
política e identidade em todo o mundo.
A filosofia política e moral africana é muitas vezes influenciada por diferentes pressões políticas,
sociais e culturais.
Muitos filósofos argumentam que o entendimento da filosofia política e moral africana deve ser
analisado a partir do entendimento das experiências práticas e culturais das pessoas na África.