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Índice

Introdução....................................................................................................................................2

Principal preocupação da filosofia politica africana....................................................................3

Génese dos nacionalismos...........................................................................................................4

Pan-africanismo versus negritude................................................................................................6

Renascimento africano.................................................................................................................7

Integração politico-regional na União Africana...........................................................................7

Conclusão.....................................................................................................................................9

Bibliografia................................................................................................................................10

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Introdução
No presente trabalho apresentado por nos, falaremos de um tema muito importante. tema este
que denomina o nome de Principal preocupação da filosofia politica africana, e para o leitor
desejamos compreensão do trabalho ca apresentado.

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Principal preocupação da filosofia politica africana
A expressão filosofia africana é usada de múltiplas formas por diferentes filósofos. Embora
diversos filósofos africanos tenham contribuído para diversas áreas, com
a metafísica, epistemologia, filosofia moral e filosofia política, uma grande parte dos filósofos
discute se a filosofia africana de fato existe, embora o registro de pensamento africano remonte a
pelo menos cinco milênios atrás na filosofia egípcia antiga. Um dos mais básicos motivos de
discussão sobre a filosofia africana gira em torno da aplicação do termo "africano", ou sejaː se o
termo se refere ao conteúdo da filosofia ou à identidade dos filósofos. Na primeira visão, a
filosofia africana seria aquela que envolve temas africanos ou que utiliza métodos que são
distintamente africanos. Na segunda visão, a filosofia africana seria qualquer filosofia praticada
por africanos ou pessoas de origem africana.

A elaboração e definição da ideia de filosofia africana tem tido uma trajetória revestida de
problemáticas, algumas dessas herdadas da dificuldade de definição da própria filosofia, e da sua
polissêmia de sentidos.[3], outras, porém, derivam-se da história própria da África e das
especificidades de uma filosofia contextual. Nesse sentido, a ideia de filosofia africana foi sujeita
a muitas formas de questionamento - como o de que não existe nenhuma filosofia comum à todos
os africanos,ou que não há nada de propriamente africano na filosofia feita na África, atribuindo
à filosofia um sentido estritamente universal. Outras questões surgem em relação às formas
escritas e orais de registro e transmissão do pensamento, diante das quais a África se caracteriza
principalmente pela oralidade.Muitos pensadores contemporâneas propuseram esquemas e
distinções a fim de acomodar essas diferentes formas de fazer e transmitir o pensamento
filosófico, como também os diferentes sentidos de filosofia - dividida principalmente entre a
concepção de um sistema de ideias e valores que orientam a vida prática e contemplativa, e um
disciplina e tradição autoconsciente cuja execução é regulada por modelos e instituições. Essas
propostas se diversificaram, recebendo, cada uma, maior ou menor adesão, na sua tentativa de
capturar a polissêmia de sentidos e suas interações. São exemplos:

 filosofia universalista
 filosofia culturalista (Odera Oruka)
 filosofia popular
 filosofia (Kwasi Wiredu)

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 etnofilosofia
 filosofia (Paulin Hountondji)
 filosofia tradicional
 filosofia crítica (T.U. Nwala); pensamento
 filosofia; filosofia implícita
 filosofia explícita

Génese dos nacionalismos


A Filosofia política africana esta estreitamente ligada ao pan-africanismo. O pan-africanismo,
além de lutar pelo reconhecimento dos negros no mundo, traçou, principalmente com Du Bois,
linhas pala uma Filosofia política africana.

Por Filosofia africana entende-se o conjunto de pensamentos relativos emancipação e ao


reconhecimento do homem negro, quer dentro do seu continente, quer fora dele. A Filosofia
política africana contém o pensamento de vários autores e tem como objectivo a libertação física
e psíquica do jugo colonial do continente africano.

No 5º Congresso Pan-Africano, que teve lugar em Manchester, em Inglaterra, em 1945, Du Bois


passou o testemunho político a Nkrumah. Daquele momento cm diante, as principais figuras da
Filosofia africana seriam Nkrumah e Senghor. Estes dois homens esforçaram-se por lançar as
bases da política dos Estados africanos.

Kwame Nkrumah e Leopold Sedar Senghor lideraram dois grupos e dois pontos de vista que não
chegaram a conciliar-se:

Nkrumah defendia a independência imediata dos Estados africanos, enquanto Senghor acreditava
que uma independência gradual dos Estados seria o ideal.

A ideologia adoptada pelos Estados africanos foi o socialismo, talvez pela influência do
«consciencismo» de Nkrumah e de outras conjunturas políticas. Nesta ideologia, hipertrofia-se o
espírito comunitário africano, o que levou Nkrumah a postular o socialismo, como prova o
seguinte excerto: o vulto tradicional da Africa implica uma atitude em Relação ao homem que
nas suas manifestações sociais não pode deixar de ser classificada como socialista.

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O consciencismo constituiu uma autêntica defesa do materialismo, pois alguns africanos
achavam-no incompatível com a espiritualidade africana. Nkrumah defendia que o ateísmo não
era condição indispensável da adesão ao marxismo, ou pelo menos ao materialismo. Por outro
lado, pretendia mostrar que o conteúdo essencial do socialismo, o igualitarismo, era conforme às
tradições socioculturais africanas. O consciencismo pretendia assegurar o desenvolvimento de
cada individuo.

Nkrumah teve o mérito de ser o promotor do conceito African Personality, tendo trabalhado
bastante para conduzir o seu país, o Gana, à independência. Com efeito, o Gana foi a primeira
nação negro-africana a ser independente.

Outros políticos de renome, como Senghor, Luis Cabral, Júlio Nyerere e Agostinho Neto,
aliaram-se também ao socialismo, tendo-o abordado do ponto de vista da real idade africana,
dando origem aquilo que se chama, com o pensamento de Nkrumah, o socialismo africano.
Senghor apoia o socialismo africano, defendendo que a alma negra é essencialmente colectiva e
solidária, por isso, a Africa é, por natureza do Seu povo, socialista.

O verdadeiro mérito de Nkrumah foi o seu ideal de unidade africana. Concebida em 1953, por
Majhernout Diop, a unidade africana baniria as fronteiras traçadas arbitrariamente em Berlim e
traçaria novas fronteiras nacionais, de modo a estabelecer relações económicas entre as grandes
zonas de produção africanas. Nkrumah concebeu urna unidade africana politicamente organizada
que transformaria o continente africano num só Estado, com um governo central, inspirado na
constituição americana. Nkrumah estava convicto de que os Estados africanos, considerados
individualmente, não eram suficientemente fortes para competirem com as grandes potencias do
Ocidente. Segundo Nkrumah, esta fraqueza levava-os a procurar a sua segurança em acordos
com as ex-potências coloniais ou com as potências neocoloniais. Nkrumah partilhava o ponto de
vista de Diop sobre a arbitrariedade com que foram definidas as fronteiras, dividindo as
populações de uma mesma cultura em diferentes Estados, o que poderia o todo o momento
originar conflitos inter-africano.

Na década de 1960, nasceram dais grupos: um de Monrovia (California, EUA) e outro de


Casablanca (Marrocos). O grupo de Monrovia defendia a criação dos Estados Unidos da África e

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o de Casablanca defendia a das nações e assim fundou a OUA – Organização de Unidade
Africana. Este último grupo acabou por ganhar a batalha.

A OUA, criada a 25 de Maio de 1963, em Addis Abeba, Etiópia, através da assinatura da sua
Constituição por representantes de 32 governos de países africanos independentes, tinha os
seguintes objectivos:

Promover a unidade e a solidariedade entre os Estados africanos;

Coordenar e intensificar a cooperação entre os Estados africanos, no sentido de proporcionar


uma Vida melhor aos povos de África;

Defender a soberania, integridade territorial e independência dos Estados africanos (os Estados-
membros não deviam imiscuiu-se nos assuntos internos);

Erradicar todas as formas de colonialismo em África;

Promover a cooperação internacional, respeitando a Carta das Nações Unidas e a Declaração


Universal dos Direitos Humanos;

Coordenar e harmonizar as políticas dos Estados-membros nas esferas política, diplomática,


económica, educacional, cultural, da saúde, bem-estar, ciência, técnica e de defesa.

Todavia, alguns críticos condenaram o carácter fechado dos Estados-membros da OUA, uma vez
que nela não havia inibição de comportamentos ditatoriais, em nome da condição de não se
intrometerem nos assuntos internos. Este facto levou-a que ocorressem muitos golpes de Estado
em África, concretamente no Gana, com Nkrumah, no Congo e em outros países africanos.

A partir da década de 1960, os Estados africanos começaram a ganhar a sua independência,


aderindo ao socialismo africano, à luz das filosofias dos políticos africanos que lideravam o
processo

Pan-africanismo versus negritude


O pan-africanismo e a negritude permitiram a difusão da mensagem dos mentores dos
movimentos de libertação dos africanos.

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Diferentes na abordagem e na denominação, mas com o objectivo comum de lutar pela liberdade,
estes dois movimentos foram desenvolvidos por estudantes e académicos africanos residentes em
Inglaterra e em França, respectivamente. O primeiro, o pan-africanismo, lutava pela
emancipação política de todos africanos, ao passo que o segundo, a negritude, lutava pela
unidade dos negros sob o ponto de vista cultural, como veremos mais pormenorizadamente na
unidade didáctica que fala some a Filosofia africana.

Renascimento africano
O povo africano conheceu várias humilhações, facto que o levou a sentir-se inferiora outros
povos, sobretudo aos europeus que o escravizaram durante séculos. Actualmente ainda há
africanos que se sentem inferiores a outros povos. Ora, uma das grandes dificuldades que os
africanistas tiveram foi precisamente esta: como dizer ao africano, que nunca tinha sido
valorizado, que tinha efectivamente valor, que ele era igual ao seu colonizador, que tinha
dignidade, que ser africano não era uma maldição, etc.

Para tal era necessário desenvolver uma ideologia que levasse o homem africano a renascer e a
sentir-se um homem igual aos outros. Renascer significava tornar a nascer. Depois do
nascimento biológico, o africano precisava de voltar a nascer psicologicamente para recuperar a
autoestima extirpada pelos colonizadores.

Integração politico-regional na União Africana


Os líderes africanos cedo tiveram consciência da necessidade de implementar acções combinadas
com a finalidade de proporcionar melhores condições aos novos Estados africanos. Assim,
concentraram-se na promoção de instituições capazes de promover o desenvolvimento
económico e de criar condições de Vida mais humanas aos indígenas (povos nativos), Este
projecto foi animado por uma série de mudanças institucionais, como a criação da ONU e a
Conferência de Bandung, entre outras. Foi neste contexto que se criou a OUA, com os objectivos
já referidos, a UA, a SADC e a NEPAD.

A UA (União Africana) pretendia dar continuação aos objectivos da OUA, mas com uma
estrutura mais reduzida: com um governo central e um parlamento, semelhança do que tinha
idealizado Kwane Nkrumah na década de 1960.

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Um dos projectos da UA era a NEPAL) – a Nova Parceria para o Desenvolvimento da África,
que pretendia por em prática a visão pan-africanista dos líderes africanos de interajuda entre os
países africanos, com o objectivo de promover o desenvolvimento sustentável de África.

Era Luna visão a longo prazo, baseada na parceria dos países africanos, que estrategicamente
mobilizaria os recursos africanos para a criação de riqueza e em que as funções de planificação e
organização seriam desenvolvidas de ama forma sincronizada com a integração de recursos,
implementação, avaliação e controlo de programas pelos próprios africanos.

Na óptica de Ribeiro, a integração regional em África só seria possível se houvesse estabilidade


política e segurança, permitindo assim a criação de instituições democráticas e a promoção do
desenvolvimento. A NEPAD, considerando este facto, condensou as condições necessárias para
o desenvolvimento de Africa em dois pontos:

a) A paz, a segurança, a democracia e boa governação política;

b) A boa governação económica e corporativa.

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Conclusão
No presente trabalho concluímos que A expressão filosofia africana é usada de múltiplas formas
por diferentes filósofos. Embora diversos filósofos africanos tenham contribuído para diversas
áreas, com a metafísica, epistemologia, filosofia moral e filosofia política, uma grande parte dos
filósofos discute se a filosofia africana de fato existe, embora o registro de pensamento africano
remonte a pelo menos cinco milênios atrás na filosofia egípcia antiga. Um dos mais básicos
motivos de discussão sobre a filosofia africana gira em torno da aplicação do termo "africano",
ou sejaː se o termo se refere ao conteúdo da filosofia ou à identidade dos filósofos. Na primeira
visão, a filosofia africana seria aquela que envolve temas africanos ou que utiliza métodos que
são distintamente africanos. Na segunda visão, a filosofia africana seria qualquer filosofia
praticada por africanos ou pessoas de origem africana.

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Bibliografia
www.com.google

GEQUE, Eduardo; BIRIATE, Manuel. Filosofia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª Edição.


Longman Moçamique, Maputo, 2010.

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