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1. Introdução
1.1. Objectivos:
Objectivo geral
2. Metodologia do trabalho
A metodologia deste estudo envolve uma pesquisa bibliográfica extensa e análise crítica de fontes
primárias e secundárias relacionadas ao Pan-africanismo, Renascimentos Negro e Africano, e à
filosofia da Negritude. Recorreu-se a obras académicas, artigos, discursos históricos e
documentos originais de figuras-chave desses movimentos.
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3. Pan-africanismo
A sua perspectiva englobava a federação dos países regionais autónomos e o seu enquadramento
num conjunto de Estados Unidos de África. Dito de outra forma, o pan-africanismo lançou as
bases da filosofia política africana, como vimos na unidade 2, no capítulo sobre a filosofia
política africana.
A primeira conferência pan-africana teve lugar em Londres, em 1900. O seu objectivo era
procurar uma forma de protecção contra os agressores imperialistas brancos e contra a política
colonial que até então submetia os negros. Entendia-se que, por esta via, o africano conquistaria o
direito sua própria terra, sua personalidade. Tratava-se, portanto, de uma luta pelo direito de
todos os africanos serem tratados como homens, dai o conceito de pan-africanismo.
Esta corrente do pensamento teve repercussões sociais, que consistiam em incutir no homem
negro a ideia de ser igual aos brancos. Este movimento difundia ideologias contra a
discriminação do povo negro. Defendia que os negros não podiam continuar a assistir
passivamente sua própria discriminação e que deviam reagir perante os tratamentos desumanos.
Du Bois afirmava: que os brancos saibam que por cada porrada que o branco der a um negro, nós
lhes vamos dar duas; por um negro morto, nos vamos matar dois brancos.»
Para Nkrumah, o homem africano é um ser espiritual, dotado de dignidade, integridade e valor
intrínseco.
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3.1.1. Filosofia cultural (Negritude)
A negritude insere-se no espírito pan-africanista da união e solidariedade entre os africanos, com
a simples diferença de se revestir de um carácter cultural e literário. Tal como o pan-
africanismo, a negritude nasceu fora do continente africano, como resultado dos esforços
emancipatórios da comunidade negra radicada em França. Os mentores deste projecto eram
membros de profissões liberais, estudantes, eclesiásticos, intelectuais e políticos.
A negritude pretendia a união de todos os negros. Césaire, depois Senghor e, mais tarde, a
revista Présence Atricaine e os congressos de escritores e artistas negros, que aquela organizou
cm 1956 e 1959, dão expressão à ideia da unidade africana sob a forma cultural, O
evolucionismo, classificando as sociedades segundo o seu grau de desenvolvimento técnico,
confirmou a visão etnocêntrica da elite ocidental e facilitou o colonialismo.
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4. Conclusão
O pan-africanismo, originado no início do século XX, buscou a unidade política dos Estados
africanos como meio de resistir ao imperialismo e à colonização. Essa filosofia político-social
lançou as bases para a formação dos Estados Unidos da África, buscando a emancipação e a
autodeterminação dos africanos.
O Renascimento Negro, liderado por figuras como Du Bois, promoveu a igualdade e combateu a
discriminação racial nos Estados Unidos. Este movimento defendia que os negros não deveriam
mais tolerar passivamente a injustiça e deveriam reagir a tratamentos desumanos. Representou
um impulso para os direitos civis e a afirmação da identidade negra.
A Negritude, por sua vez, teve sua origem na comunidade negra radicada na França e concentrou-
se na dimensão cultural e literária da negritude. Os proponentes da Negritude, como Césaire e
Senghor, buscaram a unidade dos negros através da celebração de sua identidade cultural,
fidelidade à terra-mãe e solidariedade entre irmãos negros.
Esses movimentos, cada um à sua maneira, desempenharam papéis cruciais na luta contra a
opressão e na promoção da auto-estima, dignidade e igualdade para os negros em todo o mundo.
Eles continuam a inspirar e a influenciar as lutas por justiça social e igualdade nos dias de hoje,
reafirmando a importância da solidariedade e da busca por um mundo mais justo e inclusivo para
todas as pessoas, independentemente de sua origem étnica.
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5. Bibliografia