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“Não somos nós que devemos refletir sobre a sociedade futura, mas sim os brancos
que devem começar a refletir sobre como poderão se adaptar à nossa forma de
sociedade. Este é realmente um problema deles.
Não temos dúvida sobre aquilo que quaresmo. O branco de ser o último a quem se
pode permitir falar dos direitos de qualquer pessoa. Ele tem a ousadia de falar de
proteção dos direitos da minorias, ao mesmo tempo que espezinha os direitos da
maioria. Isso me põe tão furiosa que mal posso continuar a discutir: que arrogância!
Acho que o branco é o último desta terra com quem, no momento, alguém tem de se
preocupar. Ele roubou todos os direitos de milhões de pessoas e preocupa-se com
seus direitos!
“Não acreditamos realmente que seja especialmente premente quebrar a cabeça com
os direitos da minoria branca”.
Amy Jacques Garvey – 1895/ 1973 – Jamaica
Mas quem merece mais admiração do que a mulher preta, aquela que
suportou os rigores da escravidão, as privações resultantes de uma raça
pauperizada e as indignidades amontoadas sobre um povo fraco e
indefeso.
No entanto, ela sofreu tudo com fortaleza, e está sempre pronta para
ajudar na marcha para a liberdade e poder... Estamos cansadas de ouvir
os homens negros dizerem: “Há um dia melhor vindo”, enquanto eles não
fazem nada para inaugurar o dia. Estamos ficando tão impacientes que
estamos nos colocando nas fileiras da frente e avisamos ao mundo que
vamos afastar os negros covardes e hesitantes e com a oração nos
lábios e nos braços preparados para qualquer briga, até que a vitória
termine.
Lélia Gonzalez – 1935/1994 – Brasil
Intelectual, política, professora e antropóloga, uma das
fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU) 1978.
Ativista incansável militou também em diversas
organizações, com o Instituto de Pesquisa das Culturas
Negras (IPCN) e o Coletivo de Mulheres Negras N’Zinga, do
qual foi uma das fundadoras.
Amefricanidade
Eu pus meu novo nome no bolso e continuei a absorver a atmosfera, viajando na idéia
de uma nação Preta na Babilônia, uma nação de Pretos e Pretas bem no meio da
barriga da bestas. Imaginando uma juventude Preta florescendo e sendo criada em
escolas Pretas, ensinadas por professores e professoras que a amassem e
ensinassem ela a se amar.
Controlando suas vidas, suas instituições, trabalhando juntos/as para construir uma
sociedade humana, pondo fim ao longo legado de sofrimentos que o povo prto
aguentou nas mãos do América. Minha mente viajou na ideia e em um minuto eu
estava imaginando ônibus vermelhos, pretos e verdes, prédios com a decoração
Africana, programas de televisão Pretos e filmes que refletiam as características reais
da vida Preta ao invés das características criadas pelo racismo.
GRAÇA MARCHEL
▪As Mulheres Negras integraram também uma grande parcela da Frente Negra
Brasileira (FNB), fundada em 1931 e considerada a Organizações de mulheres
negras desde o início do século XX (FNB), fundada em 1931 e considerada a
entidade negra mais importante do país na primeira metade do século XX.
▪Em 1950, foi fundado o Conselho Nacional da Mulher Negra, formado por
mulheres vinculadas à cultura, às artes e à política.
FEMINISMO NEGRO E O MOVIMENTO DE MULHERES NEGRAS NO BRASIL
A partir dos anos 1970 que as organizações de mulheres negras ganham força no Brasil,
reivindicando duplamente o movimento negro e o feminismo. A partir desse período, os
movimentos de mulheres negras procuraram explicitar a diferença entre as formas de
mulheres e homens negros sentirem a discriminação racial, acrescentando a problemática do
gênero à questão do racismo.
Assim, o Movimento de Mulheres Negras, chega ao século XXI construindo uma cultura de
resistência em oposição à sociedade que os oprime e que considera as suas trajetórias secundárias.
Tal cultura, igualmente, visa defender a sobrevivência material e cultural da ne O Movimento das
Mulheres Negras tem orientado as lutas de mulheres negras, na construção tanto de suas
identidades sociais (negras e feministas) como na sua constituição e fortalecimento enquanto sujeita
política de direito, cujas metas passam pela transformação das relações de poder e pela ampliação
da cidadania para grupos historicamente injustiçados.
ARTICULAÇÃO EM REDES
Rede de Mulheres Negras da Bahia (2013), que
tem atuado na articulação e mobilização de
mulheres e jovens negras dos municípios baiano,
tendo como propósito enfrentar discriminações de
gênero, classe, raça e a lesbofobia, visando garantir
políticas específicas para as mulheres negras e a
defesa de uma sociedade menos desigual, que
reconheça e respeite a diversidade racial existente
na Bahia.
Estamos espalhadas em REDE
O conteúdo pode ter mudado, mas o objetivo básico, que é a emancipação, nunca
mudou. No futuro, o pan-africanismo também tratará sobre emancipação, além de
outras dimensões mais amplas, como política racial, meio ambiente, gênero e a luta
contra as estruturas patriarcais
Meu entendimento é que as tendências fascistas estão sempre
agindo no campo cultural e econômico. Mas não têm
hegemonia. Trabalhar juntos contra um governo como esse que
temos hoje no Brasil é urgente. A gente não pode ter o luxo de
ficar fragmentado.