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1.

Introdução

O presente debate aborda acerca A Recuperação da Consciência Africana: Negritude e Pan-


Africanismo sobretudo a origem e evolução do termo Negritude e Pan-Africanismo, definição,
objectivo da Negritude e Pan-Africanismo, os principais mentores da Negritude e Pan-
Africanismo. E como que este movimento contribuiu para a libertação de África e quais foram os
principais marcos.

1.1. Objectivo geral


 Abordar sobre a recuperação da consciência Africana: Negritude e Pan-Africanismo.

1.2. Objectivos específicos


 Saber o principal objectivo da Negritude e pan-africanismo;
 Identificar os principais mentores do movimento da Negritude e do pan-africanismo;
 Conhecer os grandes marcos da negritude e do pan-africanismo.

1.3. Metodologias
Ela estruturou-se em introdução, desenvolvimento e conclusão. Ciente que a ciência não é cabal,
quero aceitar a crítica do professor e dos colegas e efectivamente as contribuições provarão, visto
que estas duas componentes poderão melhorar os próximos trabalhos científicos com o tema
deste género. No referente as metodologias do trabalho, usou-se o método bibliográfico que
consistiu na busca de várias fontes bibliográficas que focalizam o tema em abordagem, o método
analítico que consistiu na análise dos dados fornecidos pelas fontes bibliográficas. Este trabalho
consistiu em duas fases distintas nomeadamente: a de pesquisa (consulta de obras) e a de
compilação (digitação) que consistiu na organização e digitação da informação colhida nas
diferentes fontes bibliográficas.
2. A Recuperação da consciência africana: negritude e Pan-africanismo
Consciência negra é um termo que ganhou notoriedade na década de 1970, em razão da luta de
movimentos sociais que actuavam pela igualdade racial, como o Movimento Negro Unido. O
termo é, ao mesmo tempo, uma referência e uma homenagem à cultura ancestral do povo de
origem africana, que foi trazido à força e duramente escravizado por séculos. É o símbolo da luta,
da resistência e a consciência de que a negritude não é inferior e que o negro tem seu valor e seu
lugar na sociedade.
Os principais factores de desigualdade são: Género; Cor da pele; Sexualidade; Condição
socioeconómica.

Tradicionalmente os espaços de poder da sociedade são reservados a homens héteros, cisgênero,


brancos e ricos. Mesmo nas chamadas microrrelações, nas pequenas relações de poder
quotidianas, a tendência é que:

 O homem tenha mais poder e privilégio social em relação à mulher;


 Os héteros também o têm em relação à população LGBTQ+;
 Os brancos também possuem esse privilégio e esse poder desproporcional em relação à
população preta.

Para unificar o povo preto em torno de sua luta contra séculos de escravização e após a abolição
da escravatura em muitos países, passou-se a pensar em uma forma de unir a população preta e
conscientizá-la de sua cultura, da luta diária das pessoas pretas e do valor de ser preto.

2.1. Criação da consciência negra


O cérebro humano tem uma imensa capacidade plástica de se adaptar às situações e de moldá-las
para que elas estejam de acordo com aquilo que o ser humano quer. Assim, o ser humano possui
algo que talvez lhe seja único dentre os outros animais: consciência. O animal tem senciência,
uma capacidade de se perceber no mundo a partir dos sentidos do corpo, da autoimagem, das
necessidades corpóreas e até de sentimentos. No entanto, o ser humano se percebe como um ser
no mundo que pode modificá-lo e que pensa na sua existência. Isso é o que a consciência nos
garante: pensar a nossa existência e, com isso, nos fazemos enquanto seres viventes.

2.2. Breve Historial de Negritude


A palavra negritude em frances deriva de négre, termos que no início do século XX tinha um
carácter pejorativo, utilizado normalmente para ofender ou desqualificar o negro, em posição a
noir, outra palavra para designar negro, mas que tinha um sentido respeitoso. A intenção do
movimento foi justamente inverter o sentido da palavra négritude ao pólo oposto, impingindo-lhe
uma conotação positiva de afirmação e orgulho racia. A Negritude tem como os objectivos, a
valorização da cultura negra em países africanos ou com populações afro-descendentes
expressivas que foram vítimas da operação colonialista.
2.3. Pan-Africanismo
O Pan-africanismo nasceu da luta de activistas negros na África e, sobretudo, na diáspora
americana, em prol da valorização de sua colectividade. Sua marca inicial, entre fins do século
XVIII e meados do século XX, foi a construção de visões positivas e internacionalistas acerca de
sua identidade étnico-racial, entendida como comunidade negra: africana e afro descendente.
Nesta primeira fase do movimento, destacam-se nomes como E. Blyden, S. Williams, J. Hayford,
B. Crowther, J. Horton, M. Garvey e W. E. Du Bois. A partir de 1945, o Pan-africanismo entrou
num segundo momento, como parte integrante das lutas de independência nacional e contra o
neocolonialismo na África. Neste momento, sobressaíram-se intelectuais e activistas como G.
Padmore, C.

2.3.1. Pan-africanismos: cultura e história


A segunda geração pan-africanista, formada a partir de 1920, é marcada por uma diversidade de
perspectivas. Visando resumir esta heterogeneidade, distinguir-se-á dois tipos-ideias: a) pan-
africanismo cultural; b) pan-africanismo histórico.
Os Pan-africanismos culturais se consolidaram nos anos 1920, nas redes de relações entre os
intelectuais negros e o público ocidental, na Europa e EUA. A marca maior deste período inicial
será, sem dúvida, a produção literária e artística. Entre os grandes escritores negros que se
iniciaram no período, pode-se destacar nomes como René Maran, Jean Toomer, Claude McKay,
Price-Mars, René Ménil, Langston Hughes e outros. Entre os artistas e músicos, vê-se a
consagração da bailarina Joséphine Baker, do jazz, do samba, da salsa, etc. Os pontos cardeais
desta renovação cultural serão Paris e New York, onde se forma o movimento do Harlem
Renaissance.

2.3.2. Pan-africanismos: dilemas e críticas


A ênfase aqui dada à questão da unidade dos vários pan-africanismos ao longo do século XX,
enquanto lócus antirracista e anticolonialista, não deve encobrir a percepção das importantes
divergências que vão aí se delineando.
Vejamos a estas diferentes etapas, que se podem esquematizar da maneira seguinte:
 Até 1957 e a fase de gestão, que se desenrola, a maior parte do tempo, no quadro europeu.
 De 1957 (data da independência do primeiro Estado negro, Gana) até 1963 e a fase
ascensional de cristalização política e de ofensiva contra o colonialismo culminando com
a criação da Organização da Unidade Africana (O.U.A.). Em Adis Abeba,e isso apesar
das fortes ameaças da primeira crise de Congo (Zaire), que põe isso a nu e acusa as
divergências entre a África evolucionaria e a África moderada.
 A partir de 1963, a ideia de unidade não avança e procura o seu caminho apesar das
realizações positivasque se traduzem pela resolução de conflitos internos entre os próprios
protagonistas da unidade, por exemplo a propósito do conflito argelo-marroquino e da
segunda crise do congo (Zaire).

3. Conclusão
Pan-africanismo, Negritude e Teatro Experimental do Negro são três movimentos diaspórico-
africanos que nasceram em épocas e contextos históricos diferentes, porém têm algumas
convergências em termos político-ideológicos e linhas de acção que pretende-se demonstrar no
exercício da presente comunicação. No entanto, um breve histórico de cada um se faz necessário
antes de especular sobre suas linhas de divergência e convergência. Cronologicamente começarei
minha divagação pelo mais antigo, ou seja, o pan-africanismo e terminarei pelo mais recente, o
teatro experimental do negro.

a) Bibliografia
Andrade, Mário de. Na noite grávida de punhais: antologia temática de poesia africana 1. Lisboa:
Livraria Sá da Costa, 1975.

Appiah, Kwame Anthony. Na casa de meu pai. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

Baltazar, Rui. Sobre a poesia de José Craveirinha. Cadernos de Consulta n. 7. Maputo: AEMO,
s.d., republicado em Via Atlântica n. 5. São Paulo:, 2002.

Chaves, Rita. José Craveirinha, da Mafalala, de Moçambique, do Mundo. Revista Via Atlântica.
USP-DLCV, n. 3, 1999. pp. 140-168.

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