1
2
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO............................................................................................................................5
1.1.Objectivos..............................................................................................................................5
1.1.1.Objectivo geral................................................................................................................5
1.1.2.Objectivos específicos.....................................................................................................5
2.Revisão de Literatura....................................................................................................................6
2.3.Pan-Africanismo....................................................................................................................9
Conclusão......................................................................................................................................13
Bibliografias..................................................................................................................................14
4
1.INTRODUÇÃO
1.1.Objectivos
1.1.1.Objectivo geral
1.1.2.Objectivos específicos
5
2.Revisão de Literatura
Consciência negra é um termo que ganhou notoriedade na década de 1970, em razão da luta de
movimentos sociais que actuavam pela igualdade racial, como o Movimento Negro Unido. O
termo é, ao mesmo tempo, uma referência e uma homenagem à cultura ancestral do povo de
origem africana, que foi trazido à força e duramente escravizado por séculos. É o símbolo da
luta, da resistência e a consciência de que a negritude não é inferior e que o negro tem seu valor e
seu lugar na sociedade.
Muitas pessoas, erroneamente, dizem que não se deve celebrar a consciência negra, e sim a
consciência humana. Isso, no entanto, é uma ideia que pode até ter surgido com boas intenções,
mas acabou prestando um de serviço à luta contra o racismo e a favor da igualdade racial.
Historicamente a sociedade sustentou-se por meio de uma relação desigual entre pessoas por
vários factores. Os principais factores de desigualdade são:
Género;
Cor da pele;
Sexualidade;
Condição socioeconómica.
Para unificar o povo preto em torno de sua luta contra séculos de escravização e após a abolição
da escravatura em muitos países, passou-se a pensar em uma forma de unir a população preta e
conscientizá-la de sua cultura, da luta diária das pessoas pretas e do valor de ser preto. O
objectivo é ainda parecido com o da negritude, mas vai além, pois indica às pessoas pretas que,
6
apesar de elas não ocuparem muitos lugares de destaque na sociedade dominada por pessoas
brancas, elas merecem destaque por sua intensa luta.
O cérebro humano tem uma imensa capacidade plástica de se adaptar às situações e de moldá-las
para que elas estejam de acordo com aquilo que o ser humano quer. Assim, o ser humano possui
algo que talvez lhe seja único dentre os outros animais: consciência. O animal tem senciência,
uma capacidade de se perceber no mundo a partir dos sentidos do corpo, da autoimagem, das
necessidades corpóreas e até de sentimentos. No entanto, o ser humano se percebe como um ser
no mundo que pode modificá-lo e que pensa na sua existência. Isso é o que a consciência nos
garante: pensar a nossa existência e, com isso, nos fazemos enquanto seres viventes.
Para filósofos existencialistas, a nossa existência precede a nossa essência. Isso significa que é ao
viver que nos criamos. Também é nesse movimento vital que criamos a nossa consciência, que é
aquela capacidade de pensar na existência e se perceber como um ser no mundo e capaz de
modificar o mundo. Tudo isso compõe uma complexa rede de significações que nos molda
enquanto seres e não é simples de ser percebida.
A palavra negritude em frances deriva de négre, termos que no início do século XX tinha um
carácter pejorativo, utilizado normalmente para ofender ou desqualificar o negro, em posição a
noir, outra palavra para designar negro, mas que tinha um sentido respeitoso. A intenção do
movimento foi justamente inverter o sentido da palavra négritude ao pólo oposto, impingindo-lhe
uma conotação positiva de afirmação e orgulho racia.
A Negritude tem como os objectivos, a valorização da cultura negra em países africanos ou com
populações afro-descendentes expressivas que foram vítimas da operação colonialista.
7
2.2.1.Algumas contradições do movimento da Negritude
Em nome de uma mística ideológica, a negritude, ele passou seus três mandatos subordinado aos
interesses políticos das potências colonizadoras de antanho.
Com base aos estudos feitos, apraz concluir que Negritude é um movimento reivindicativo criado
por estudantes negros na década de 30 em Paris, sendo os principais responsáveis os martinicano
Aimé Césaire, Léopold Sédar Sengor senegalês e o Leon Damas ganês. Os quais tiveram
influências de membros do Renascimento de Harlem, Entre outros, reuniram-se os escritores
Langston Hughes e Richard Wright e músico de jazz Duke Ellington e Sidney Bech. Também
receberam influências do Iluminismo, pan-africanismo e uma pequena do marxismo.
Esses autores fundaram a revista L’étudiantnoir (o Estudante Negro). Além da revista, o grupo
desenvolveu intensa actividade. Organizando reuniões, exposições, assembleias, publicando
8
artigos e poemas em outras revistas, o termo “Negritude” aparece pela primeira vez escrito por
Aimé Césaire, em 1938, no seu livro de poemas, “Cahier d’unretouraupays natal” e é as Senghor
que são atribuídas as primeiras tentativas de definição do conceito de Negritude: “Conjunto dos
valores culturais do mundo negro”.
2.3.Pan-Africanismo
A segunda geração pan-africanista, formada a partir de 1920, é marcada por uma diversidade de
perspectivas. Visando resumir esta heterogeneidade, distinguir-se-á dois tipos-ideias: a) pan-
africanismo cultural; b) pan-africanismo histórico.
Os Pan-africanismos culturais se consolidaram nos anos 1920, nas redes de relações entre os
intelectuais negros e o público ocidental, na Europa e EUA. A marca maior deste período inicial
será, sem dúvida, a produção literária e artística. Entre os grandes escritores negros que se
iniciaram no período, pode-se destacar nomes como René Maran, Jean Toomer, Claude McKay,
Price-Mars, René Ménil, Langston Hughes e outros. Entre os artistas e músicos, vê-se a
consagração da bailarina Joséphine Baker, do jazz, do samba, da salsa, etc. Os pontos cardeais
desta renovação cultural serão Paris e New York, onde se forma o movimento do Harlem
Renaissance.
9
2.3.2.Pan-africanismos: dilemas e críticas
A ênfase aqui dada à questão da unidade dos vários pan-africanismos ao longo do século XX,
enquanto lócus antirracista e anticolonialista, não deve encobrir a percepção das importantes
divergências que vão aí se delineando.
No cerne desta polêmica entre tais pensadores estava o problema das independências nacionais
africanas. Após sair vitorioso na conquista da Independência do Senegal, da qual foi o primeiro
presidente, Senghor passou a defender uma posição cada vez mais branda da negritude,
postulando que esta deveria ser entendida não como uma oposição à civilização ocidental, mas
como uma complementação desta; inclusive, via miscigenação. Neste sentido, Senghor, falando
em relação aos países ex-coloniais francófonos, destacou a importância que a tradição cultural
francesa deveria continuar tendo na formação cultural das nações africanas. Buscando uma
aproximação com a antiga Metrópole, Senghor postulou, ademais, que as Independências dos
países ainda colonizados pela França, como a Argélia, deveriam ser graduais e pacificas.
Até 1957 e a fase de gestão, que se desenrola, a maior parte do tempo, no quadro
europeu.
De 1957 (data da independência do primeiro Estado negro, Gana) até 1963 e a fase
ascensional de cristalização política e de ofensivacontra o colonialismo culminando com
a criação da Organização da Unidade Africana ( O.U.A.). Em Adis Abeba,e isso apesar
das fortes ameaças da primeira crise de Congo (Zaire), que põe isso a nu e acusa as
divergências entre a África<revolucionaria> e a África<moderada>.
A partir de 1963, a ideia de unidade não avança e procura o seu caminho a pesar das
realizações positivasque se traduzem pela resolução de conflitos internos entre os
próprios protagonistas da unidade, por exemplo a propósito do conflito argelo-
marroquino e da segunda crise do congo (Zaire).
10
Em frases claras, que soavam como o despertar da dignidade reencontrada, dirigiu-se a África.
Parlamento ao sector governamental, foi tentada a unidade africana, com não menos
dificuldades, pelas organizaoes de massas: sindicatos, organizações de jovens, de mulheres, etc.
1.Os sindicatos
O pan-africanismo sindical seguira uma longa evolução antes de se libertar dos laços muitos
fortes que ligam as centrais dos países colonizadores, e sobretudo antes de encontra o caminho
do diálogo propriamente africano.
Com efeitos os laços sindicais da África com o exterior continuavam a ser quase mais fortes do
que os laços dos partidos e dos estados com os governos dos países europeus.
Alem dos sindicatos, o movimento pan africanismo dos jovens reuniu-se em primeiro lugar em
1959, no festival da juventude em Bamaco. Na realidade encontrava se ai apena da junventude
dos apises francófonos da África oeste. Esta experiência não sobreviveu ao desenvolvimento,
que se seguiu ao referendo.
O movimento pa-africanismo dos estudantes conhecera uma história mais complexa em 1960, a
imensa maioria dos estudantes africanos estavacentrada em Franca e em Inglaterra.
A conferência das mulheres proveio de união das mulheres do oeste africano fundada em 1962.
Asua primeira presidente foi Jeanne-Martin Cisse.
11
3.1.Ostaculos
Os obstáculos gigantescos se opõem a realização da unidade africana não nos impedem de pensar
que os imperativos que se acabarão de um dia por triunfar.
Em primeiro lugar são colocadas as divergências naturais entre os estados africanos, língua por
exemplo e um elemento de primeira importância para a nacionalidade.
Ora o tempo trabalha a favor das línguas importadas porque estão mais bem equipadas dispõem
de uma literatura.
3.2.Razões de esperar
3.3.Nepade
Em África, cerca de 340 milhões de pessoas vivem com menos de um euro por dia. A taxa de
mortalidade entre as crianças com menos de 5 anos de idade atinge os 140 mil e taxa de vida ao
nascimento e de apenas 54 anos. Somente 58% da população tem acesso a agua potável. A taxa
de analfabetismo entre pessoas de idade superior a 15 anos atinge os 41% e existem apenas 18
linhas telefónicas para 1000 pessoas em África.
O NEPAD procura intervir essa situação, de modo a permitir que o continente africano alcance
níveis de desenvolvimento mais altos, erradique a pobreza, criando riquezas.
12
Conclusão
Este artigo tem como objectivo analisar a trajectória e as contribuições do escritor e pedagogo
mineiro Ironides Rodrigues aos movimentos negros da diáspora e ao pensamento social
brasileiro. Em particular, por sua incorporação da negritude francófona e de certo pensamento
pan-africanista em sua luta e reflexão sobre a realidade étnico-racial do negro brasileiro. Para
isso, serão examinados escritos diversos (memórias, ensaios, textos analíticos) de sua autoria,
que, por não terem sido publicados anteriormente, ainda não foram alvo de pesquisas
académicas. A tese deste artigo é que o cerne de sua contribuição prática e teórica à luta negra
mundial é sua compreensão da questão negra como direito de auto afirmação, que se consolidou
a partir de sua práxis no Teatro Experimental do Negro, nas décadas de 1940-1950.
13
Bibliografias
Andrade, Mário de. Na noite grávida de punhais: antologia temática de poesia africana 1. Lisboa:
Livraria Sá da Costa, 1975.
Appiah, Kwame Anthony. Na casa de meu pai. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
Baltazar, Rui. Sobre a poesia de José Craveirinha. Cadernos de Consulta n. 7. Maputo: AEMO,
s.d., republicado em Via Atlântica n. 5. São Paulo:, 2002.
Chaves, Rita. José Craveirinha, da Mafalala, de Moçambique, do Mundo. Revista Via Atlântica.
USP-DLCV, n. 3, 1999. pp. 140-168.
14