Você está na página 1de 7

Índice

Introdução ..................................................................................................................................................2

Pessoa e suas características .......................................................................................................................3

Conceito de pessoa .....................................................................................................................................3

Características da Pessoa ............................................................................................................................4

Conclusão ...................................................................................................................................................6

Referências bibliográficas ..........................................................................................................................7

1
Introdução

A noção de pessoa é um conceito complexo que tem sido explorado e desenvolvido por filósofos
ao longo da história. Embora a definição de pessoa possa variar de acordo com a época, contexto
e perspectiva, alguns aspectos são geralmente considerados fundamentais. A pessoa é geralmente
caracterizada pela sua singularidade, unidade, interioridade, autonomia e valor em si mesmo.
Alguns filósofos destacaram também a importância da relação da pessoa com os outros e com a
transcendência. Nesta abordagem, exploraremos mais profundamente essas características e como
elas se relacionam com diferentes concepções de pessoa ao longo do tempo.

2
Pessoa e suas características

A palavra “pessoa” deriva do grego “prosopon” e do latim “personere” que


significa “mascara” ou seja, tudo aquilo que um actor punha numa peça teatral.
Portanto, pessoa é o homem nas suas relações com o mundo e consigo próprio.
Pessoa é algo que se cultiva.
De forma geral, pode-se dizer que a pessoa é um ser humano considerado em sua dimensão ética
e moral, dotado de características como individualidade, dignidade, liberdade, consciência e
responsabilidade. A noção de pessoa geralmente é contraposta à de objecto, uma vez que o objeto
é considerado como algo que pode ser manipulado e utilizado como meio para a realização de
outros fins. A pessoa, por outro lado, é considerada como um fim em si mesma, dotada de valor
intrínseco e dignidade inalienável.
A ideia de pessoa também está associada à noção de identidade, uma vez que cada pessoa é
considerada única e irrepetível, com suas próprias características físicas, psicológicas, sociais e
culturais. Além disso, a pessoa é vista como um ser capaz de se relacionar com outros indivíduos
e com o mundo em que vive, desenvolvendo suas capacidades e potencialidades de forma
autônoma e livre.

Conceito de pessoa

Na psicologia, o conceito de pessoa está relacionado à personalidade, ao desenvolvimento


humano e à compreensão dos processos mentais e emocionais. Os psicólogos estudam como as
pessoas percebem a si mesmas e aos outros, como formam relacionamentos e como lidam com os
desafios da vida.

Na filosofia, a pessoa é frequentemente considerada como um ser consciente e racional, capaz de


tomar decisões livres e responsáveis. Algumas correntes filosóficas, como o existencialismo,
destacam a importância da liberdade e da autenticidade na construção da identidade pessoal.

O conceito «Pessoa» pode ser abordado a partir de duas perspectivas: uma parte da problemática
clássica; outra, mais descritiva, toma em conta as filosofias mais recentes.

3
Na perspectiva da Filosofia clássica far-se-á referência somente a alguns filósofos. Para o
filósofo romano Cícero, por exemplo, «Pessoa é o sujeito de direitos e deveres». Boécio, porém,
entende Pessoa como uma «substância individual de natureza racional».
Na mesma linha de pensamento de outro romano Boécio, S. Tomás de Aquino, já na Idade
Média, defende que Pessoa é um «subsistente de natureza racional».
Estes últimos dois filósofos destacam dois elementos definidores de Pessoa. Segundo eles,
começa por ser individuo subsistente, coeso, uno, total e de natureza racional. Quer isto dizer que
o indivíduo, enquanto totalidade centrada, encontra a sua mais alta realização na Pessoa, onde
esta «centralidade» significa reflexão completa: saber que sabe, consciência de ter consciência.
Esta racionalidade pressupõe na Pessoa uma «dimensão espiritual». A razão é o fundamento da
liberdade e esta o fundamento último de outras características e realizações da pessoa. É neste
sentido que a ideia de Cícero não deve ser posta de lado, uma vez que a sua definição de Pessoa
quer destacar os carácteres de relação e de inter-relação como constitutivos dinâmicos da pessoa
humana.

Os filósofos da modernidade orientaram-se por outras direcções definitórias de Pessoa, das quais
se têm destacado três:
 A psicológica, que, tomando como referência o filósofo Descartes, toma a consciência
como a característica definitória da Pessoa.
 A ética, que, segundo Immanuel Kant, destaca a liberdade como o constitutivo do ser
Pessoa.
 A social, que com o Personalismo e, particularmente, com Martin Buber, sublinha na
definição de Pessoa a relação desta com o(s) outro(s).

Características da Pessoa

O conceito de pessoa é frequentemente associado a um ser consciente, racional e dotado de


liberdade e responsabilidade moral. Algumas das características mais comuns atribuídas à pessoa
na filosofia incluem: Consciência, Racionalidade, Liberdade, Responsabilidade, Identidade,
Autonomia e Singularidade.

Como categoria ética fundamental, a pessoa é caracterizada pelos seguintes aspectos:


4
1. Singularidade: cada pessoa é única e insubstituível, com suas próprias características e
experiências. Isso significa que cada pessoa deve ser valorizada e respeitada em sua
individualidade, sem ser reduzida a uma mera categoria ou objeto.

2. Unidade: a pessoa é uma totalidade psicológica, em que suas partes formam um todo
integrado. Isso significa que a pessoa não pode ser reduzida a uma única faceta ou
característica, mas deve ser compreendida em sua complexidade e diversidade.

3. Interioridade: a pessoa possui um espaço íntimo e inviolável, que é sua consciência


moral. Isso significa que cada pessoa tem sua própria percepção de valores e princípios
éticos, que devem ser respeitados e levados em consideração em todas as relações e
interactções.

4. Autonomia: a pessoa é um centro de decisão e ação, capaz de se auto-determinar e


assumir a responsabilidade por suas escolhas e ações. Isso significa que a pessoa não pode
ser subjugada ou controlada por outros, mas deve ser respeitada em sua autonomia e
liberdade.

5. Projecto: ser pessoa não é algo inato, mas algo que cada um deve construir e realizar por
si mesmo. Isso significa que cada pessoa deve ter a liberdade e o espaço para desenvolver
seus próprios projectos e aspirações, sem ser limitada por imposições externas.

6. Valor em si: a pessoa é um valor absoluto, um fim em si mesma e não um meio para
outros fins. Isso significa que cada pessoa deve ser respeitada e valorizada em sua própria
existência e dignidade, sem ser instrumentalizada ou coisificada em função de interesses
alheios.

5
Conclusão

Chegando ao fim, concluímos que, o conceito de pessoa é complexo e multifacetado, e tem sido
abordado de diversas maneiras ao longo da história da filosofia. A pessoa é caracterizada pela sua
singularidade, unidade, interioridade, autonomia, projecto e valor em si mesmo. Além disso,
filósofos modernos destacaram diferentes aspectos da pessoa, como a consciência, a liberdade e
as relações interpessoais. Independentemente da abordagem, a pessoa é vista como um valor
absoluto e não pode ser coisificada ou reduzida a um mero objecto. Em suma, o conceito de
pessoa é fundamental para a ética, a política e a filosofia em geral, pois se trata da essência do
que significa ser humano.

6
Referências bibliográficas

Do Vivido ao Pensado – Introdução à Filosofia 10º Ano; Porto Editora,1995

CHAMBISSE, Ernesto Daniel; COSSA, José Francisco. Fil11 - Filosofia 11ª Classe. 2ª Edição.
Texto Editores, Maputo, 2017.

Boécio, S. (2005). A Consolação da Filosofia. Edições 70.

Kant, I. (2010). Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Editora UNB.

Você também pode gostar