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Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 2

Carboidratos .................................................................................................................................... 3

Estrutura Química dos Carboidratos ............................................................................................... 3

Classes de carboidratos ................................................................................................................... 3

Composição dos carboidratos ......................................................................................................... 4

Função dos Carboidratos................................................................................................................. 4

Fontes de carboidratos .................................................................................................................... 5

Importância geral ............................................................................................................................ 6

Classificação dos Glicidios ............................................................................................................. 6

Carboidratos na nutrição animal ..................................................................................................... 8

Os Carboidratos e suas Frações de Interesse na Nutrição............................................................... 8

Carboidratos Não Estruturais .......................................................................................................... 8

Carboidratos Estruturais.................................................................................................................. 8

Carboidratos fibrosos (CELULOSE, HEMICELULOS) ................................................................ 9

Absorção Pós-Ruminal De Carboidratos ...................................................................................... 10

Funções nutricionais dos carboidratos .......................................................................................... 10

Conclusão...................................................................................................................................... 11

Referências bibliográficas ............................................................................................................. 12

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Introdução

O trabalho que irei apresentar resulta de uma investigação cientifica onde abordarei sobre o tema
Carboidrato.
De referir que os Carboidratos são macromoléculas importantes para os seres vivos e
apresentam, entre outras funções, a função energética e estrutural, além de funcionarem como
reserva.
Os carboidratos, genericamente chamados de glicídios ou açúcares, são as macromoléculas que
estão presentes em maior quantidade em nosso planeta e destacam-se como a principal fonte de
energia do nosso organismo.
Com isso, os animais são incapazes de produzir essas moléculas, sendo necessária, portanto, a
sua ingestão.

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Carboidratos

Carboidratos (CHO) são compostos formados por carbono, hidrogénio e oxigénio que
representam a categoria mais abundante em termos de nutrientes nas plantas. São divididos em
CHO estrtuturais (fazem parte da parede vegetal) e não estruturais (não fazem partem da parede
celular das plantas e aproveitados como fonte de energia por meio de uma relação mutualistica
com bactérias, fungos e protozoários que habitam o rúmen.
De acrescentar que os Carboidratos (ou hidratos de carbono, ou glicídios) são substâncias
orgânicas ternárias compostas de carbono, hidrogénio e oxigénio, encontrando-se o hidrogénio
e o oxigénio na mesma proporção que na formação da molécula de água( Cn(H2O)n).

Estrutura Química dos Carboidratos


Podemos definir os carboidratos como poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas ou substâncias
que liberam esses compostos no processo de hidrólise. Os carboidratos são constituídos por
moléculas de carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O) e, por isso, também são chamados de
hidratos de carbono. Vale destacar, no entanto, que alguns carboidratos apresentam outros
átomos constituindo suas moléculas. A fórmula geral dos carboidratos é (CH2O)n

Classes de carboidratos
Os carboidratos podem ser classificados em três classes principais:
Monossacarídeos, Oligossacarídeos e Polissacarídeos.
Monossacarídeos: são as unidades mais simples de carboidratos e são constituídos por apenas
uma unidade de poliidroxialdeídos ou cetonas. Podem ser classificados, de acordo com o número
de átomos de carbono que possuem, em: triose (3 carbonos), tetrose (4 carbonos), pentose (5
carbonos), hexose (6 carbonos), heptose (7 carbonos) e octose (8 carbonos). Os dois
monossacarídeos mais abundantes na natureza são a glicose e a frutose;

Oligossacarídeos: São monossacarídeos unidos por ligações glicosídicas e destacam-se por


serem cadeias curtas. Como exemplo de oligossacarídeos, podemos citar a sacarose e a lactose.
Esses dois carboidratos podem ser denominados também de dissacarídeos, pois são compostos
por dois monossacarídeos;

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Polissacarídeos: São monossacarídeos também unido por ligação glicosídica, mas,
diferentemente dos oligossacarídeos, apresenta milhares de monossacarídeos unidos. Considera-
se polissacarídeo um carboidrato com mais de 20 unidades. Como exemplo de polissacarídeo,
podemos citar a celulose, o amido e o glicogénio.

Composição dos carboidratos


São constituídos principalmente por:
_ Hexosanas (formadas por hexoses ou moléculas de 6 átomos de carbono);
_ Pentosanas (formadas por pentoses ou moléculas de 5 átomos de carbono);
_ Trioses e dioses estão algumas vezes presentes.

Glicose
C6H12O6

O termo glicídio (ou glucídio) deriva-se do grego glukus, que significa doce:
_ Os glicídios (CHO) são sintetizados pelos vegetais clorofilados.
_ Os principais glicídios são os açúcares, os amidos, as celuloses, as gomas e substâncias
afins.
_ Açúcares e amido são facilmente digeridos pelos animais e têm elevado valor alimentício
(energético).
_ Celulose e outros glicídios complexos são digeridos com mais dificuldade, normalmente
com gasto energético e em simbiose com microrganismos.

Função dos Carboidratos


Os carboidratos apresentam diferentes funções nos organismos vivos. Destacam-se:

Função energética: Os carboidratos são utilizados pelas células para a produção de ATP,
fornecendo, portanto, energia para a realização das atividades celulares. A glicose é o principal
carboidrato utilizado pelas células para produzir energia;

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A principal função dos carboidratos é ser fonte de energia para os animais. No caso dos
ruminantes, a maior parte da digestão ocorre no rúmen, apesar de que, dependendo dos
ingredientes da dieta, digestão de porção considerável de CHOs pode ocorrer pós-ruminalmente.
A fermentação é um processo muito menos eficaz do que a respiração, em termos de utilização
de energia. Graças a isso, os resíduos da fermentação ainda contêm energia para ser aproveitada
pelo hospedeiro.

Os resíduos da fermentação ruminal dos carboidratos são os ácidos graxos de


cadeia curta (AGCC), principalmente acético, propiônico e butírico, que sãoabsorvidos pelas
papilas ruminais e passam à circulação sanguínea.
Os AGCC podem ser usados para geração de energia ou como precursores de
gordura (acético e butírico) ou de glicose (propiônico).

Função estrutural: Alguns carboidratos destacam-se por seu carácter estrutural. Esse é o caso
da celulose, que é o principal componente da parede celular dos vegetais, e a quitina, um
carboidrato encontrado no exoesqueleto de artrópodes;

Função de reserva energética: Além de fornecer energia de maneira imediata, os carboidratos


podem ser armazenados de diferentes formas. Nos vegetais, o carboidrato de reserva é o amido;
nos animais, o carboidrato de reserva é o glicogênio.

Fontes de carboidratos
Quando falamos em fontes de carboidratos, logo pensamos em pães, massas, arroz e cereais.
Entretanto, apesar de serem ricos nessas macromoléculas, não são os únicos que as contêm.
Todos os produtos de origem vegetal possuem carboidratos, sendo assim, frutas, verduras e
legumes são fontes desse nutriente. Vale destacar também que o mel, apesar de ter origem
animal, é um exemplo de carboidrato.

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Importância geral
6CO2 +6H2O+673cal C6H12O6+6O2
_ Esqueleto de carbono usado para a produção de energia e síntese de outras substâncias;
_ Afinidade pelo ácido fosfórico para a produção de compostos de alta energia (ATP);
_ Participação nas estruturas bioquímicas do DNA e do RNA;
_ Presença em certas plantas de glicosídeos tóxicos aos animais.

Classificação dos Glicidios


A – OSES: açúcares redutores não hidrolisáveis (monossacarídeos)
B – OSÍDIOS: compostos que dão origem, por hidrólise, a uma ou mais OSES
HOLOSÍDIOS – se todos os produtos da hidrólise são oses
HETEROSÍDIOS – se as oses não forem os únicos resultantes da hidrólise.

A – OSES (monossacarídeos)
A.1 – TRIOSES:
Diidroxiacetona (ausente nos alimentos naturais)
Gliceraldeído (constituinte da triose-fosfato).

A.2 – PENTOSES:
Ribose (constituinte das nucleoproteínas e presente em todos os tecidos);
Xilose (presente nos tecidos de sustentação dos vegetais);
Arabinose (gomas vegetais)
Ramnose e fucose (presentes em algas).

B – OSÍDIOS
B.1 – HOLOSÍDIOS:
B.1.a – Diholosídios (dissacarídeos): formados por duas moléculas de monossacarídeos
sacarose (cana-de-açúcar, beterraba) (gli-fru)
trealose (cogumelos) (gli-gli)
lactose (leite) (gal-gli)
maltose (produto da hidrólise do amido e do glicogênio) (gli-gli)

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celobiose (produto da hidrólise da celulose) (gli-gli)

B – OSÍDIOS
B.1 – HOLOSÍDIOS:
B.1.b – Poliholosídios (polissacarídeos): formados por três ou mais moléculas de
monossacarídeos.
rafinose (beterraba);
amido (reserva glicídica dos vegetais);
inulina (reserva glicídica de certos tubérculos);
glicogênio (reserva glicídica dos animais);
celulose (constituinte da parede celular das plantas).

B – OSÍDIOS
B.1 – HOLOSÍDIOS:
B.1.b – Poliholosídios (polissacarídeos): formados por três ou mais moléculas de
monossacarídeos
lignina (não é CHO verdadeiro. Pertence às matérias pécticas);
quitina (pertence às matérias pécticas. Presente em insetos);
gomas (contituídas de pentosanas. Goma xilana e goma arabana).

B – OSÍDIOS
B.2 – HETEROSÍDIOS:
_ Por hidrólise, resultam em um ou mais glicídios e outros componentes;
_ A fracção não-glicídica é formada por taninos, flavonas;
_ Alizarina e outros normalmente possuem propriedades farmacodinâmicas ou
tóxicas.

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Carboidratos na nutrição animal
Plantas  75 % (constituinte mais importante) (sacarose, amido, celulose, hemicelulose,
pectina, lignina);
Animais  0,5 a 1,0 % (glicose e glicogênio).

Os Carboidratos e suas Frações de Interesse na Nutrição


Em nutrição animal, classificamos em dois grandes grupos:
Separam-se os CHO em duas frações, diferenciadas pelas funções que
desempenham em:

Carboidratos Não Estruturais


Os carboidratos não estruturais (CNE) são definidos como o conjunto de CHO determinados
através de ensaio enzimático proposto por Smith (1981). Sob essa definição, CNE consistem,
além de amido, em açúcares simples, frutanas, ácidos orgânicos e outros compostos de menor
ocorrência. Eles estão localizados principalmente nas sementes, mas podem ser encontrados
também nas folhas, caules e raízes, principalmente como carboidratos de reserva.
Os açúcares solúveis de maior ocorrência nas forragens são a glicose e frutose, como
monossacarídeos ou participando da formação dos dissacarídeos, sacarose e maltose.
Os CNE são, normalmente, rapidamente fermentados pelos microrganismos ruminais e, portanto,
são fontes mais prontamente disponíveis de energia para o meio ruminal. Por outro lado, a
intensa produção de ácidos graxos de cadeia curta em pouco tempo (quando comparada com os
carboidratos estruturais), pode causar abaixamento do pH ruminal, com implicações negativas
no aproveitamento da dieta, como já comentado.

a) Carboidratos não estruturais (AMIDO, AÇÚCARES): ligados à reserva e


translocação de energia e síntese de outros produtos.

Carboidratos Estruturais
Os carboidratos estruturais são aqueles que fazem parte da parede celular das plantas,
basicamente representados pela celulose, hemicelulose e pectina. Nas dietas usuais de
ruminantes, eles são a principal fonte de energia.

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A pectina, apesar de ser um carboidrato estrutural, é praticamente toda utilizada no rúmen, de
maneira semelhante aos carboidratos não estruturais, conforme já comentado acima.
Provenientes de alimentos vegetais, normalmente a hemicelulose têm a degradabilidade ruminal
entre 45-90% e a celulose, entre 25-90%. Isto porque elas estão associadas com outros
compostos que reduzem sua degradabilidade, particularmente, a lignina. O algodão, que é
celulose isenta de lignina, é totalmente degradado no rúmen. Há até o caso curioso de sacolinhas
de “nylon” que foram colocadas no rúmen, mas que após a incubação foram encontradas
totalmente descosturadas, pois havia sido usada, inadvertidamente, linha de algodão para
costurá-las e o algodão havia sido totalmente degradado pelos microrganismos ruminais.

b) Carboidratos estruturais (CELULOSE, HEMICELULOSE, PECTINA):


responsáveis por dar forma e manter a estrutura da planta. Resiste às enzimas digestivas
de mamíferos.

Carboidratos fibrosos (CELULOSE, HEMICELULOS)


Presente nos grãos de cereais, nas folhas dos vegetais, palhas, talos, nos tubérculos, raízes e
frutos

Carboidratos não fbrosos


O sistema mais usual de análise de alimentos, sistema de Weende ou sistema proximal, não tem a
determinação específica de carboidratos não estruturais, mas tem uma aproximação que é o
extrativo não nitrogenado.
(ENN). Na verdade, o ENN é a MS total subtraída da somatória dos valores determinados de
Proteína Bruta (PB), Extrato Etéreo (EE), fibra bruta (FB) e cinzas (CZ):

ENN = 100% MS – (% PB + % EE + %FB + % CZ)


O ENN inclui todos os erros destas análises. O maior deles estaria na fracção Fibra Bruta, que
resulta em uma superestimativa do ENN. A fibra bruta está sendo substituída praticamente em
todos laboratórios de nutrição animal pela fibra em detergente neutro (FDN), de Van Soest.
Assim, de maneira análoga, estima-se os carboidratos não fibrosos (CNF) pela fórmula:

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CNF = 100% MS – (% PB + % EE + %FDNlivre de PB + % CZ)

Faz parte do CNF um grupo de compostos denominados polissacarídeos não amiláceos


hidrossolúveis (PNA hidrossolúveis). Eles seriam constituídos pelas fracções não recuperadas
no resíduo de FDN (solúveis em detergente neutro), mas que seriam resistentes às enzimas
digestivas de mamíferos. Os PNA hidrossolúveis contêm vários componentes que são
componentes da parede celular (beta-glucanas, pectinas, etc.), polissacarí- deos de reserva, como
galactanas, e outros.

A lactose do leite é importante nutriente energético de origem animal;


A glicose é o nutriente glicídico celular;
O amido é a reserva glicídica dos vegetais;
A celulose é um componente da estrutura da célula vegetal muito abundante, tornando-se
importante na alimentação de ruminante.

Absorção Pós-Ruminal De Carboidratos


Os carboidratos que escapam a fermentação ruminal são absorvidos de maneira semelhante ao
que ocorre com monogástricos. Eles são quebrados a seus monossacarídeos por enzimas
presentes no lúmen intestinal e absorvidos pelas paredes do intestino, particularmente do
intestino delgado proximal (mais perto da boca).

Funções nutricionais dos carboidratos


Para ao animais, os carboidratos desempenham as seguintes funções:
1. Energética;
2. Metabolismo das gorduras;
3. Formação das gorduras de reserva, da lactose e dos lipídios daprodução;
4. Economia de proteínas;
5. Lastro;

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Conclusão
Concluído a minha pesquisa, chega a se concluir que os carboidratos são fonte de energia para

ruminantes, são convertidos em AGVs (acético, butírico e propiônico) AGV tem finalidades

distintas e podem ser direcionado para glândula mamaria, tecido muscular e tecido adiposo. A

velocidade de fermentação desses CHOs pode direcionar qual AGV pode ter sua produção

acentuada. Dieta com alto teor de celulose predomina a produção de ácido acético, dieta rica em

amido proporciona aumento no ácido propiônico e dieta rica em proteína eleva a produção de

ácido butírico.

A compreensão dos aspectos relacionados à digestão dos carboidratos é essencial para

intervenções no manejo nutricional dos ruminantes, já que esta classe nutricional representa sua

principal fonte energética. Todaestratégia nutricional deve procurar maximizar o aproveitamento

destes nutrientes, porém sem se esquecer da necessidade de se manter o ambiente ruminal

estável, especialmente em condições de alta utilização de carboidratos não-estruturais.

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Referências bibliográficas
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PEIXOTO, R. R., MAIER, J. C. Nutrição e Alimentação Animal. 2ª ed., Pelotas: Universitária,
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