Você está na página 1de 13

Abílio Albertino Alberto Alface

Gonçalves Manhaije Caca

Jermias Alfredo Liuaia

Sérgio Luciano Xavier Pedro

10º Grupo

Os processos fisiológicos da regeneração e transplantação

Universidade Pedagógica

Lichinga

2017
1

Abílio Albertino Alberto Alface

Gonçalves Manhaije Caca

Jermias Alfredo Liuaia

Sérgio Luciano Xavier Pedro

Os processos fisiológicos da regeneração e transplantação

Licenciatura em ensino de Biologia

Trabalho cientifico de carácter avaliativo a ser entregue


e apresentado ao departamento de Ciências Naturais e
Matemática, para fins avaliativo da cadeira de
Fisiologia Vegetal, leccionado por: dr .Balduíno
Milton Aleixo e Monitor Octávio da Conceição Pio

Universidade pedagógica

Lichinga

2017
2

Índice
1. Introdução.................................................................................................................................3

1.1. Objectivos.........................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral...........................................................................................................3

1.1.2.Objectivos específicos.....................................................................................................3

1.2. Metodologia do trabalho...................................................................................................3

2. Os processos fisiológicos da regeneração e transplantação.........................................................4

2.1. Órgão de cultura.......................................................................................................................4

2.1.1. Cultura de tecidos...........................................................................................................4

2.1.2. Aplicações das técnicas de cultura de tecidos vegetais para melhoramento..................9

2.1.2.2. Avaliação rápida de susceptibilidade..........................................................................9

2.1.2.3.Indução de florescimento precoce................................................................................9

2.1.2.4.Variação soma clonal...................................................................................................9

2.3. Hibridização parassexual......................................................................................................9

2.4. Regeneração intracelular.....................................................................................................10

2.6.Transplantação.....................................................................................................................10

3. Conclusão..................................................................................................................................12

4. Referências bibliografia.............................................................................................................13
3

1. Introdução
O presente trabalho tem como tema os processos fisiológicos da regeneração e transplantação, e
circunscreve todos aspectos relacionados com o tema, onde as culturas de tecidos é um termo
genérico que inclui a cultura de órgãos, que é o crescimento de pequenos fragmentos de tecidos
ou de um completo órgão embrionário, e cultura celular, onde as células de um tecido são
dispersas por meios mecânicos ou enzimáticos e se propagam como suspensão celular ou são
apreendidas em uma superfície de vidro ou plástico.

1.1. Objectivos
De acordo com o trabalho definimos os seguintes objectivos:

1.1.1. Objectivo geral


 Explicar e descrever os processos fisiológicos da regeneração e de transplantação.

1.1.2.Objectivos específicos
 Descrever como são cultivados os tecidos vegetais;
 Conhecer e descrever as técnicas de cultivo de tecidos vegetais;
 Conhecer a hibridização parassexual nos vegetais;
 Distinguir as diferentes formas de transplantação.

1.2. Metodologia do trabalho


Para a materialização deste trabalho, baseou-se em consulta bibliográfica em livros físicos e
formato electrónicos e sem deixar de fora a internet.
4

2. Os processos fisiológicos da regeneração e transplantação

2.1. Órgão de cultura


O corpo dos vegetais, de um modo geral, é formado por vários órgãos: Raiz, Caule, Folha, Flor,
Fruto e Semente. Porem nem todas as plantas possui todos esses órgãos. No órgão em que se
encontram, os tecidos realização varias interacções, e cada um deles desempenham funções
específicas.

Órgão de cultura refere-se ao desenvolvimento de tecido e/ou células separados de um


organismo. Isto é facilitado tipicamente através do uso de um meio de cultura líquido, semi-
sólido ou sólido, tais como um caldo ou Ágar.

De acordo com KERBAUY (2004: 98) Culturas de tecidos é um termo genérico que inclui a
cultura de órgãos, que é o crescimento de pequenos fragmentos de tecidos ou de um completo
órgão embrionário, e cultura celular, onde as células de um tecido são dispersas por meios
mecânicos ou enzimáticos e se propagam como suspensão celular ou são apreendidas em uma
superfície de vidro ou plástico.

2.1.1. Cultura de tecidos


Cultura de tecido baseia-se na teoria da totipotência onde os seres vivos têm a capacidade de
regenerar organismos inteiros, idênticos à matriz doadora, a partir de células únicas.

Cultura de tecido é um processo, por meio do qual fragmentos vegetais ou suas partes são
isolados dos organismos a partir destes, sendo assepticamente cultivadas em meio de cultura
apropriado sob condições adequada. Os cultivos de tecidos vegetais podem ser iniciados com
qualquer parte da planta: gemas, raízes, folhas, células isoladas, protoplastos (célula sem parede
celular), semente, embriões zigotos, antera.

Segundo LACHER (2000) A cultura de tecidos vegetais é uma técnica recente visto que os
primeiros passos foram dados no início do século XX e os maiores avanços foram notados a
partir da segunda metade do século.
Onde essas técnicas consistem em seleccionar explante, desifenta los e cultiva-los em meio
nutritivos mantido sob condições assepeticas, sendo a multiplicação dos propagulos feitas através
5

de sucessivas subculturas em meio próprio. Os brotos desenvolvidos em um meio são transferido


a outro para formação das raízes, obtendo se assim, plantas inteiras.

2.1.1.1. Histórico
Em 1885, Wilhelm Roux removeu uma porção da medula de um embrião de galinha e o
conservou numa solução salina aquecida por vários dias, estabelecendo o princípio básico da
cultura de tecidos. Em 1907, o zoólogo Ross Granville Harrison demonstrou o crescimento de
células nervosas de sapo num meio de linfa não drenada.

2.1.1.1.1. Era moderna


No uso moderno, cultura de tecidos geralmente se refere ao desenvolvimento de células
eucariontes in vitro. A expressão é usada também como sinonimo de cultura de células
especificamente para descrever cultura in vitro de células mamárias.

Todavia cultura de tecido pode também se referir a cultura de partes inteiras de tecidos, isto é
explantes ou órgãos inteiros, ou seja, cultura de órgãos.

2.1.1.2. Conceitos Básicos em Cultura de Tecidos Vegetais


De acordo com LACHER (2000) Na cultura de tecidos, como qualquer outra área do
conhecimento, existem termos e conceitos básicos, os quais devem ser conhecidos por quem
trabalha ou quer trabalhar na área.
 In vitro: cultivo de qualquer material vivo, em condições assépticas, sobre um meio
sintético determinado sob condições ambientais controladas;
 Ápice caulinar: estrutura formada pelo meristema apical acompanhado de primórdios
foliares e tecidos adjacentes da haste;
 Apomixia: reprodução assexual que resulta na formação de um embrião sem prévia
fertilização, a partir de uma única célula ou de um conjunto de células;
 Assepsia: no cultivo invitro, significa ausência de qualquer microrganismo;
 Asséptico: substância, local, equipamento livre de fungos, bactérias, vírus, micoplasmas
e outras contaminações orgânica;
 Clonagem: tem pelo menos dois significados distintos: 1) ato de se obter novas culturas
através de subculturas mantendo a identidade genética do material, e 2) isolar uma
sequência de DNA em uma molécula vetora;
6

Figura 1: Transformação gênica vegetal: inserção de DNA

Fonte: Instituto Federal Santa Catarina, (2003)


 Desinfecção: eliminação de microrganismos localizados internamente nos tecidos;
 Explante: fragmento de tecido ou órgão de plantas utilizado para se iniciar uma cultura
in vitro;
 Indução: remoção do agente de repressão, permitindo a iniciação de um processo.

2.1.1.3. Técnicas de culturas de tecidos

2.1.1.3.1. Micro propagação


É a propagação fiel de um genótipo seleccionado por meio das técnicas da cultura in vitro.
a) Cultura de meristema
 Consiste no estabelecimento do domo meristemático apical sem os primórdios foliares.
 A brotação apical tipicamente cresce, originando um único broto.
Figura 2: A brotação apical

Fonte: www.tyba.com.br
7

b) Cultura de ápices caulinares


É uma técnica utilizada na eliminação de vírus e outros patógenos sistêmicos em espécies não
arbóreas desde 1952. Essa técnica consiste na excisão da cúpula meristemática apical com um ou
dois primórdios foliares, sendo cultivado em meio nutritivo adequado para diferenciação e
desenvolvimento dos sistemas caulinar e radicular (JUNGHANS & SANTOS-SEREJO, 2006).
c) ) Cultura de segmentos nodais
 Os segmentos nodais são constituídos de gemas laterais isoladas, segmentos de caule
com uma ou múltiplas gemas;
 Cada gema desenvolve-se para formar uma única brotação.

Figura 3: Formação de gemas adventícias em segmentos internodal

Fonte: www.tyba.com.br
d) Cultura de embriões
 É iniciada a partir de embriões zigóticos extraídos de sementes;
 Os embriões germinam originando brotos.

Figura 4: Embriões de uma semente

Semente madura de aveia.


Fonte: Adoptado pelo autor do trabalho (2017)
8

2.1.1.3.2. Micro enxertia


Esta técnica consiste em micro enxertar, em condições assépticas, um ápice caulinar retirado de
uma planta matriz, sobre um porta enxerto estabelecido in vitro.

Figura 5: Ápice caulinar

Fonte: www.tyba.com.br

2.1.1.3.3. Outras técnicas da cultura de tecidos


 Soma clone: propagação clonal de células somáticas;
 Termo terapia: tratamento com temperaturas elevadas, objectivando-se principalmente a
desactivação de vírus;
 Polinização e fertilização;
 Cultura de ovários e Protoplasto;

2.1.2. Aplicações das técnicas de cultura de tecidos vegetais para melhoramento

2.1.2.1. Culturas de meristemas


Técnicas mais antiga para propagação clonal massal e para a obtenção de plantas livres de vírus,
principalmente quando combinada com a técnica de termo terapia, esta técnica e relativamente
simples e aplicável a um grande numero de espécies.

2.1.2.2. Avaliação rápida de susceptibilidade


A cultura de células, tecido e órgãos pode ser empregada para a avaliação de susceptibilidade,
que consiste em tolerância a várias moléstias ou estresses abióticos.
9

2.1.2.3.Indução de florescimento precoce


É uma das técnicas que é empregada para reduzir longo período de juvenilidade que ocorre
principalmente nas plantas perenes, permitindo uma redução substancial de tempo nos programas
de melhoramento genético.

2.1.2.4.Variação soma clonal


O ambiente da cultura invitro pode induzir variabilidade nas culturas este fenómeno foi
denominado de variação somaclonal, variabilidade gerada desta maneira pode ser importante
para melhoramento genético.

2.3. Hibridização parassexual


A hibridização 1parassexuada consiste na fusão de hifas e formação de um heterocarion que
contém núcleos haplóides.

Para WILSON (1988) O ciclo parassexual (ou paras sexualidade), um processo peculiar de
fungos e organismos unicelulares, é um mecanismo não sexual de transferência de material
genético sem meiose ou sequer desenvolvimento de estruturas sexual, um ciclo paras sexual é
iniciado pela fusão de hifas  (anastomose), durante a qual os núcleos e outros componentes cito
plasmáticos ocupam a mesma célula (heterocariose e plasmogamia). A fusão dos núcleos
diferentes na célula do heterocarionte resulta na formação de núcleo diploide (cariogamia), que é
supostamente instável e produz segregantes por recombinação gênica envolvendo crossing-
over mitótico e haploidização. O crossing-ovr mitótico pode levar a troca de genes entre
cromossomas, enquanto haploidização provavelmente envolve não-disjunções mitóticas que
aleatoriamente distribuem cromossomas levando a produção de aneuplóides e, eventualmente, de
um descendente haploide.

1
Segundo o dicionário de biologia a Hibridização consiste no cruzamento de indivíduos pertecentemente
a espécies diferentes formando híbridos ou quimicamente é um processo de formação de orbitais
electrónicos híbridos.
10

2.4. Regeneração intracelular


A regeneração 2intracelular de plantas pode ser obtida por dois processos: a organogênese e a
embriogênese. A organogênese, também chamada de neoformação de gemas, é um processo de
regeneração “de novo” de gemas vegetativas ou gemas florais.

Para WILSON (1988) Basicamente, a organogênese pode se dar de duas formas: directamente de
tecidos com potencial morfogenético e indirectamente, através da formação de calos -
aglomerado de células desorganizadas, formado por células diferenciadas e não diferenciadas,
que se dividem de forma activa, e que geralmente são originadas em zonas com injúrias químicas
ou físicas.
A embriogênese pode ser dividida em zigótica e somática. A embriogênese zigótica, também
chamada de cultura de embrião tem sido empregada para descrever os processos de crescimento
e desenvolvimento de embrião originado a partir da fecundação (zigoto), já a somática designa o
processo pelo qual células haplóides ou somáticas desenvolvem-se em plantas por meio de
estágios embriogênicos, sem que haja a fusão de gâmetas.

2.6.Transplantação
Chama-se transplantação3, ou simplesmente transplante, o ato de colher um órgão ou tecido, ou
parte deles, de uma planta (doador) e implantá-lo(s) em outra planta (receptor) (ou, no caso de
tecidos, no próprio doador).

De acordo com os subtipos de transplantações pode-se ter:

 Transplantação auto plástica, que ocorre quando se transplantam tecidos do mesmo


organismo, de um lugar para outro;
 Transplantação heteroplástica, que é a transplantação de órgãos ou tecidos de um
organismo para outro. E por sua vez, esta pode ser homóloga, se a transplantação ocorre
entre plantas da mesma espécie;

2
De acordo com ZORAN, Mark J. (2010: 119) afirma que a regeneração é a capacidade dos tecidos,
órgãos ou mesmo organismos se renovarem ou ainda de se recomporem após danos físicos consideráveis.
3
Segundo o dicionário de biologia, a transplantação é o acto ou efeito de mudar uma planta do viveiro
para o local definido ou pretendido.
11

3. Conclusão
Chegado ao fim do trabalho concluiu-se que os processos fisiológicos da regeneração e
transplantação relacionam-se com o funcionamento dos processos da organogênese e a
embriogênese, onde a organogênese, também chamada de neoformação de gemas, é um processo
de regeneração “de novo” de gemas vegetativas ou gemas florais.

Por conseguinte estes processos também relaciona-se com o funcionamento no ato de colher
um órgão ou tecido, ou parte deles, de uma planta (doador) e implantá-lo (s) em outra planta
(receptor) (ou, no caso de tecidos, no próprio doador). De um modo geral os factores que
interferem no crescimento das plantas podem ser agrupados em factores genéticos (inerentes a
cada espécie vegental) e o sistema interno de regulacao, principalmente os hormonios (que tem
como fonte os orgaos activo)
12

4. Referências bibliografia
1. JUNGHANS, T.G.; SANTOS-SEREJO, J.A. dos. Obtenção e Manuseio de Explantes. In:
SOUZA, A. da S.; JUNGHANS, T.G. (Ed.). Introdução à Micropropagação de Plantas.
1. ed. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical, 2006. p.98-114.
2. KERBAUY, G. B. Fisiologia Vegetal. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2004;
3. LACHER, W. Ecofisiologia Vegetal. Ed. Editora Rima. 2000;
4. NULTSCH, W. Botânica geral. 10ª Ed. Editora Artmed. 2000;
5. WILSON, E. O. (Ed.) Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1988;
6. ZORAN, Mark J. Regeneration in annelids. eLS. 2010: 119;

Você também pode gostar