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Trabalho de licenciatura
A chefe da Secretaria
_______________________________
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Canze, Aléx David, declaro por minha honra que este relatório de trabalho de
licenciatura não foi aceite em nenhum outro lugar como trabalho de culminação do
curso. Estudos de outras pessoas foram usados no presente trabalho e devidamente
referenciados.
Assinatura_____________________________ Data:___/___/________
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por me ter dado saúde, e a todos aqueles que, directa
ou indirectamente, contribuíram para o desenvolvimento do trabalho descrito neste
relatório, em particular ao meu supervisor, Prof. Engº. Lucrécio Biquiza, por nos ter
dado o devido apoio neste desafio, aos colegas Paulino Zacarias, Fidel, Zacarias
Lucas, Fauzia Juma, Walter Grachane, Francisco Salmina, Cristiano mbulo, Victor
Magaia e Henriques Jonas Tsinine.
A minha Filha Flora Aléx Canze e a minha parceira Wanderley Jorge Munhame, aos
meus irmão Euclides David canze, Arnaldo David Canze e Nelton David Canze.
Aos técnicos dos laboratórios do DEQUI pela assistência e apoio dados durante a
execussão do trabalho laboratorial, a minha família em especial para minha mãe Flora
Gabriel Nhangumbe e ao meu pai David Canze pelo apoio incansável que deram e tem
dado.
RESUMO
g de água
estudo possui em média 0,447 de humidade absoluta, um valor não muito
g de m. seca
diferente do padrão, isto é, a humidade absoluta para raiz da euclea fresca é de 0,45
g de água
Segundo,(Lall e Meyer, 2000). No que concerne a análise espetrométrica
g de m. seca
IV, constatou-se que a euclea natalensis apresenta na sua estrutura, Naftoquinonas,
isto é, a euclea natalensis é fonte de Naftoquinonas, portanto justifica o empregue
desta raiz na produção de antisséptico bucal, pois as Naftoquinonas são substâncias
com acção antibacteriana, antifúngica, antimicrobiana e anti-inflamatório.
Índice
AGRADECIMENTOS..........................................................................................................i
RESUMO............................................................................................................................ii
LISTA DE SÍMBOLOS E ABREVIATURAS.......................................................................v
1. INTRODUÇÃO............................................................................................................1
1.2. Objectivos.............................................................................................................2
1.2.1. Objectivo geral..................................................................................................2
1.2.2. Objectivos específicos......................................................................................2
1.3. Justificativa...........................................................................................................3
1.4. Metodologia..........................................................................................................4
1.4.1. Pesquisa bibliográfica.......................................................................................4
1.4.2. Parte experimental............................................................................................4
1.4.3. Elaboração do relatório.....................................................................................4
1.4.4. Aquisição da matéria prima..............................................................................4
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................5
2.1. E. natalensis (Mulala)...........................................................................................5
2.2. Distribuição geográfica e comercialização de Mulala..........................................5
2.3. Caracterização química da Euclea natalensis.....................................................6
2.4. Importância farmacológico da Euclea natalensis................................................7
2.5. A espectroscopia no infravermelho (espectroscopia IV).....................................7
2.6. Adsorção..............................................................................................................9
2.6.1. Adsorção física..................................................................................................9
2.6.2. Adsorção química.............................................................................................9
2.6.3. Adsorvato..........................................................................................................9
2.6.4. Adsorvente......................................................................................................10
2.6.5. Isotermas de Adsorção...................................................................................10
2.6.5.2. Modelo de Isoterma de Langmuir................................................................11
2.6.6. Classificação das isotermas segundo Brunauer, Deming, Deming e Teller
(BDDT) 13
3. PARTE EXPERIMENTAL.........................................................................................14
3.1. Lista de materiais e equipamentos....................................................................14
3.1.1. Substâncias.....................................................................................................14
3.1.2. Materiais..........................................................................................................14
3.1.3. Equipamentos.................................................................................................14
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL........................................................................15
v
Gregas
1. INTRODUÇÃO
Os medicamentos naturais têm sido utilizados pela grande maioria dos povos africanos
como principal fonte de cuidados de saúde (Cunningam, 1993).
Antigamente, vários povos africanos, utilizavam a raiz da mulala para a lavagem dos
dentes. Esta prática continua a ser utilizada por muitos povos de África, porque
acreditam que a raiz é mais eficiente do que a pasta de dentes, acreditando que a
mesma chega a manter os dentes intactos até a velhice. Em algumas comunidades,
realizam-se rituais para exaltar a beldade feminina, sobretudo em ocasiões festivas.
Por exemplo, uma mulher é embelezada ao ser apresentada ao noivo e à família, para
tal é recolhida a raiz da mulala fresca que é utilizada como batom natural e bronzeador
do rosto de modo a torná-la mais atraente (N. Kombo, comunicação pessoal, novembro
15, 2015).
A higienização dos dentes com raízes de plantas vem sendo avaliados alguns estudos
(Korn, 1965; Emslie, 1966; Enwonwu, 1974; Manley, Limongelli e Williams, 1975; Attar,
1979; Lodhia, 1986). Tem sido proposto que esse costume é benéfico para a saúde
bucal porque nessas raízes possuem compostos com propriedades antibacterianas
(Korn, 1965; Manley, Limongelli, 1975; Wolinsky e Sote, 1983).
Em Moçambique a raiz da planta euclea natalensis é a principal planta usada para a
higiene oral (Filipe; et al.,2008).
2
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
O presente trabalho teve como objectivo desenvolver um Antisséptico bucal a partir da
raiz da euclea natalensis (Mulala) para higienização oral.
1.2. Justificativa
A organização mundial da saúde (OMS) estima que aproximadamente 80% dos
habitantes do mundo utilizam principalmente os medicamentos tradicionais para o
tratamento de doenças (Newman, Craggo, Snader, 2000). Na africa, este uso é
largamente adotado em substituição de tratamento alopáticos.
pois eles retiram a casca da raiz e mastigam o interior até ficar desfeito, sendo depois
esfregado contra os dentes e a gengiva.
1.3. Metodologia
A execução deste trabalho seguiu a metodologia mostrada a seguir:
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
(a) (b)
Figura 2.1: Planta (a) e raiz (b) da euclea natalensis.
Alguns estudos têm demonstrado o uso de euclea natalensis (mulala) pelos terapeutas
tradicionais no tratamento de algumas doenças, devido ao seu potencial antimicrobiano
sobre microrganismos na cavidade bucal (Xavier, 2011), Filipe et al. (2008), relacionam
a atividade antimicrobianas da mulala com a presença de compostos fitoquímicos tais
como as naftoquinonas, em particular a 7 metiljuglona, diospirinas e isodiospirina.
Outros compostos que também foram identificados nesta espécie vegetal são os
triterpenos pentacíclicos. Um estudo comparativo das Naftoquinonas presentes em
diversas espécies de Euclea natalensis foi realizado para selecionar a espécie com
maior concentração de Naftoquinonas para futuros estudos pre-clinicos (Joubert, et al.,
7
1725 cm-1 (influência da
Aldeídos conjugação como com
cetonas)
2.6. Adsorção
Ocorre quando uma substância adere a uma superfície por forças de coesão, Wander
Walls e com liberação de baixa quantidade de energia, é reversível e é aplicado em
processos de separação e purificação.
2.6.3. Adsorvato
2.6.4. Adsorvente
A isotérma é uma equação que relaciona a quantidade de soluto adsorvida por unidade
de massa de sólido (q) com a concentração de soluto em solução (c), numa situação
de equilíbrio a temperatura constante.
As isotermas de adsorção podem ser de 4 tipos, a figura 2.3, mostra os perfis dessas
isotermas.
(Equação 1)
Onde:
K , n – Constantes adimensionais;
Pressupostos
• O sistema ideal
• A superfície do sólido é uniforme e contém um nº de sítios (pontos activos)
equivalentes, cada qual pode ser ocupado por uma única molécula do adsorvato
• O eqº dinâmico existe entre o gás, a P, e a camada de adsorção a uma
determinada Temperatua
• As moléculas de adsorvato de uma fase gasosa estão continuamente colidindo
com a superfície
• Se o impacto for num sítio de adsorção livre então haverá formação de uma
ligação
• Se o impacto for com um sítio ocupado então as moléculas serão reflectidas de
volta para a fase gasosa
• Não há interacção entre as moléculas adsorvidas
12
q Kc qmax⋅c
= q=
qmáx 1+Kc ou K +c (Equação 2)
Onde:
1 1 k 1
Representando vs , obtém-se uma recta de declive e intercepta em .
q C qmax qmax
3. PARTE EXPERIMENTAL
3.1.2. Materiais
• Placas de Petri;
• Balões volumétricos;
• Copos graduados;
• Papel de alumínio;
• Funil de büchner;
• 4 Erlenmeyers;
• Panela.
3.1.3. Equipamentos
Os equipamentos usados para a realização das experiências deste trabalho, são
nomeadamente:
• Moinho de disco;
• Estufa;
• Fogão eléctrico;
• Espetrofotómetro (Infra-Vermelho);
• Picnómetro;
• Viscosímetro;
• Termómetro.
• 2 Agitadores magnéticos;
• 1 Colorímetro;
15
• 1 Balança eletrónica.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2.º.Pilou-se a amostra seca (97,1035g) num pilão, para reduzir o tamanho das partículas e
com objectivo de facilitar a moagem no moinho de disco;
4.º.Fez-se a extração usando 600 ml de água como solvente a 70 oC, portanto introduziu-
se água a 70oC na amostra e para manter a temperatura constante mergulhou-se o
copo contendo a solução no banho a temperatura de 70 oC durante 40 min, agitando-a
de 5 em 5 minutos;
6.º. Introduziu-se a solução na estufa a 70oC, durante 24h para concentrar a solução;
7.º.Usando o espetrofotómetro infra-vermelho determinou-se os picos para avaliar a
presença de Naftoquinonas na solução;
P1−P2
ρ= (Equação 3)
V
Onde:
ρ: Densidade, g/cm3;
P1: Peso do picnómetro com amostra, g;
P2: Peso do picnómetro vazio, g;
V: Volume do picnómetro, ml
CP 2
ν=CP 1∗t− (Equação. 4)
t
Onde:
𝜈: Viscosidade cinemática (mm2/s);
𝑡: Tempo (s);
CP x : Constante capilar do viscosímetro.
11º A bentonite, adsorvente, foi secado durante 3 horas na estufa a uma temperatura
de 105 oC;
12º Aos Erlenmeyers que tinham 100mL da solução da euclea natalensis introduziu-se
a bentonite em diferentes proporções, vide a figura 3.9.
13º A solução da euclea natalensis foi misturado durante 30 minutos por meio de
agitação magnética, vide a figura 3.10.
14º Filtrou-se a solução da euclea natalensis misturado com o adsorvente com ajuda
do filtro büncher, vide a figura 3.11.
mt−m s
ω= (Equação. 5)
ms
P1−P2
ρ= (Equação. 6)
V
g de água
em estudo possui em média 0,447 de humidade absoluta, um valor não
g de m. seca
muito diferente do padrão, isto é, a humidade absoluta para raiz da euclea fresca é de
g de água
0,45 segundo,(LALL e MEYER 2000). No que concerne a análise
g de m. seca
espetrométrica IV, constatou-se que a euclea natalensis apresenta na sua estrutura,
Naftoquinonas, isto é, a euclea natalensis é fonte de Naftoquinonas, portanto justifica o
empregue desta raiz na produção de antisséptico bucal, pois as Naftoquinonas são
substâncias com acção antibacteriana, antifúngica, antimicrobiana e anti-inflamatório.
6. Conclusões e Recomendações
Pela investigação feita por outros autores como Homer et al. (1990) teve por objectivo
investigar a capacidade da euclea natalensis em inibir cepas de porphyromonas
gingivalis A actividade antifúngica dessa espécie também foi investigada em um
estudo onde isolaram 2 Naftoquinonas a partir do seu extracto etanolico as quais foram
denominadas shinanolone e octahidroleucina. Essas Naftoquinonas foram testadas
contra os microrganismos: phytophthora spp, A. Niger foram significativamente inibidos
pela shinanolone numa concentração de 0.01 mg/mL (Lall et al, 2006).
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7. Bibliografia
1. LALL, N, Weiganand, O., Hussein, A.A., Meyer, J.J.M (2006). Antifungical activity of
napththoquinones and triterpenses isolated from the root bark of euclea natalensis,
south African Journal of Botany Pretoria, V.72 n.4, p. 579–583;
3. Lall, N., Meyer, J.J.M., Wang, Y., Bapela, N.B., Van Rensberg, C.E.J., Fourie, B.,
Franzblau, S.G., 2005 - Characterization of intracellular activity of antitubercular
constituents from the roots of Euclea natalensis. Pharmaceutical Biology vol.43,
353–357;
7. Van der Kooy, F, Meyer, J.J.M., Lall, N. (2006). Antimycobacterial activity and
possible mode of action of newly isolated neodiospyrin and other naphthoquinones
from Euclea natalensis V.72 n.4, p. 349–352;
8. Van der Vijver, L.M., Gerritsma, K.W., (1974). Naphthoquinones of Euclea and
Diospyros species. Phytochemistry 13, 2322–2323;
27
9. Weigenand, O., Hussein, A.A., Lall, N., Meyer, J.J.M., (2004). Antibacterial activity
of naphthoquinones and triterpenoids from Euclea natalensis root bark. Journal of
Natural Products 67, 1936–1938;
10. Xavier, C, (2011). Avaliação in situ do efeito de gel contendo Euclea Natalensis na
superfície dentaria, antes do desafio erosivo seguido ou não da abrasão.
Dissertação de Mestrado em Ciências no Programa de Ciências Odontológicas
aplicadas na área de concentração de saúde coletiva. Bauru: Faculdade de
Odontologia - Universidade de São Paulo.