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UNIVERSIDADE PÚNGUÈ
Faculdade de ciências exactas e tecnológicas
Tema do trabalho
Regras de higiene e segurança do Laboratório, normas e riscos no Laboratório
Universidade Púnguè
Chimoio
Agosto, 2023
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Tema do trabalho
Universidade Púnguè
Chimoio
Agosto, 2023
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 1
2. Revisão bibliográfica........................................................................................................... 3
1. Introdução
Este trabalho tem como objectivo principal descrever os procedimentos das regras e normas de
higiene e segurança em laboratórios, entretanto, em um laboratório principalmente químico é
inevitável que sejam adotadas algumas medidas de precauções para as operações a serem
realizadas (Ventura, 2008).
De acordo com Costalonga (2010), diz que para prevenir e minimizar os riscos referidos, é
necessário adoptar uma cultura de segurança, que necessariamente engloba o conhecimento dos
riscos a que se pode estar exposto.
A segurança nos Laboratórios é essencial para garantir um trabalho de qualidade e a saúde dos
utilizadores, pois uma pequena distração pode colocar em risco a segurança não só dos próprios
mas também de terceiros. A segurança nos Laboratórios é essencial para garantir um trabalho
de qualidade e a saúde dos utilizadores, pois uma pequena distração pode colocar em risco a
segurança não só dos próprios mas também de terceiros (Vale, Ana Paula, 2005).
Segundo Machado (2005), aponta alguns aspectos fundamentais relacionados com a segurança,
como: A segurança deve ser encarada como uma atitude; As regras de segurança estabelecem-
se para todos, mas dependem do comportamento individual; A prevenção deve ser sinónimo de
segurança; Todos devem estar conscientes/sensibilizados e intervir nas questões da segurança;
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Descrever os procedimentos das regras e normas de higiene e segurança em
laboratórios.
1.1.2. Específicos
Apresentar regras básicas de segurança no laboratório;
Identificar factores de riscos e danos em laboratórios;
Apontar os equipamentos de proteção em laboratório;
Destacar os sinalizadores de segurança em laboratórios
1.2. Metodologia
2. Revisão bibliográfica
2.1. Definição dos principais conceitos
Do ponto de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os factores que podem
afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador, visando eliminar ou reduzir os riscos
profissionais sendo condições inseguras de trabalho que podem afectar a saúde, segurança e
bem-estar do trabalhador. (Ana Paula, 2005),
Do ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, quer eliminando as condições inseguras
do ambiente quer educando os trabalhadores a utilizarem medidas preventivas.
Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício da actividade a serviço da empresa, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho (Afonso 2020).
Existem três factores predominantes como motivos que podem gerar ocorrência de acidentes
no ambiente de trabalho:
Ato inseguro / acções fora do padrão;
Condição insegura / condições fora do padrão;
Factor pessoal de insegurança.
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Produtos químicos são definidos como qualquer produto que possa ocasionar danos à saúde das
pessoas e ao meio ambiente.
2.2. Fluxograma de coresponsabilidades em Laboratórios
As pesquisas apontam que além do contato direto com a pele, os diversos agentes químicos
manuseados em laboratórios podem agredir o organismo humano por três vias, sendo elas por
inalação, por absorção cutânea e por ingestão.
a. Por inalação
De acordo com Machado (2005), A absorção de gases, vapores, poeiras e aerossóis pelos
pulmões e a sua distribuição pelo sangue, que a leva às diversas partes do corpo, é extremamente
facilitada pela elevada superfície dos alvéolos pulmonares. Entretanto, esta constitui a principal
via de intoxicação.
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Afonso e Amadeu (2020) afirmam que os efeitos mais comuns da ação de substâncias químicas
sobre a pele são as irritações superficiais e sensibilizações decorrentes da combinação do
contaminante com as proteínas. Na decorrência destes, o agente químico pode penetrar pela
pele, atingindo a corrente sanguínea, sendo indispensáveis os cuidados quando houver danos à
integridade da pele feridas expostas devem ser devidamente protegidas.
Considera-se que a pele e a gordura protetora são barreiras bastante efetivas, sendo poucas as
substâncias que podem ser absorvidas em quantidades perigosas (Trautmann, 2008).
c. Por ingestão
Este factor pode ocorrer de diferentes maneiras, sendo acidental ou pela ingestão das partículas
que estejam retidas no trato respiratório, resultantes da inalação de pós ou fumos. Os riscos de
ingestão por contaminação das mãos e alimentos serão inexistentes se houver a devida atenção
e higiene no trabalho (Ventura, 2008).
2.3.1. Risco
Os fatores químicos nos laboratórios, estão relacionados com trabalhos envolvendo substâncias
químicas, principalmente substâncias dispersas no ar, gases e vapores. Os fatores de risco
químicos podem ser ainda subdivididos em risco inerente e risco efetivo.
É considerado risco efetivo, a probabilidade de contato com a substância que está diretamente
relacionado com as condições de trabalho com o agente de risco. Sendo possível minimiza-lo,
tendo-se o conhecimento das características da substância que será manipulada e trabalhando-
se com os equipamentos de segurança adequados (Machado, 2005).
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2.3.2. Danos
De acordo com Machado (2005), diz que o dano é a consequência da concretização do risco,
ora vejamos, na manipulação de um ácido concentrado sem luvas, o operador derramou essa
substância em suas mãos, queimando-se, sendo desta um dano sofrido pelo operador.
É possível evitar acidentes e danos à saúde e integridade física das pessoas com a utilização
correta dos equipamentos de proteção individual. Os equipamentos de segurança podem ser de
diferentes tipos e modelos, incluindo macacão, óculos de proteção, luva, creme protetor e muito
mais (Ademir et al., 2010).
Fonte: https://www.google.com/search?q=equipamento
Protector Características
Respiradores com filtros mecânicos Apresentam uma barreira física e são eficientes contra a inalação de
partículas
Respiradores simples com filtros químicos Possuem filtros absorvedores capazes de reter gases e vapores de
substâncias químicas
Respiradores motorizados com filtros Possuem um motor capaz de bombear maior volume de ar, que passa
químicos através do filtro para retenção dos contaminantes. Esse tipo de respirador
é utilizado quando a concentração de oxigênio no ar for reduzida
Respiradores por adução Utilizam um tanque de ar comprimido. São utilizados quando a
concentração e a toxicidade do contaminante são muito elevadas.
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A roupa de proteção que recomenda-se para o manuseio das substâncias químicas deve ser de
algodão grosso, no entanto, queima mais devagar e reage com ácidos e bases, evitando assim
que essas substâncias atinjam a pele (Machado, 2005).
A roupa de proteção deve ter mangas compridas e comprimento até os joelhos para proteção
adequada do corpo e que tenha fechamento frontal com velcro, para facilitar a sua remoção em
caso de derramamento de produtos químicos, e evitar aventais com detalhes soltos, como bolsos
e tiras na cintura, pois, além de não terem utilidade, podem causar acidentes (Ricardo, 2008).
2.4.1.3. Luvas
As mãos devem ser sempre lavadas antes e depois da utilização de luvas. No entanto, as luvas
protegem as mãos durante manipulações de substâncias corrosivas (Trautmann, Ricardo, 2008).
Parâmetros Eficiência
Degradação Mudança em alguma das características físicas da luva
Permeação Velocidade com que um produto químico atravessa o material da luva
Tempo de residência Tempo decorrido entre o contato inicial com o lado externo da luva e
a ocorrência do produto no seu interior.
Ricardo (2008), diz que nenhum material utilizado na confeção de luvas protege contra todos
os produtos químicos. Entretanto, existem diferentes tipos de luvas para cada aplicação.
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Tipo Uso
Borracha butílica (luva grossa) Boas para cetonas e ésteres, ruins para os demais solventes.
Látex Boas para ácidos e bases diluídas, péssimas para solventes
orgânicos.
Neopreno (luva grossa) Boas para ácidos e bases, peróxidos, hidrocarbonetos, álcoois,
fenóis. Ruins para solventes halogenados e aromáticos
PVC (luva grossa) Boas para ácidos e bases, ruins para a maioria dos solventes
orgânicos.
PVA (luva grossa) Boas para solventes aromáticos e halogenados, ruins para
soluções aquosas.
Nitrila Boas para uma grande variedade de solventes orgânicos, e
também para ácidos e bases.
Viton (luva grossa) Excepcional resistência a solventes aromáticos e halogenados.
Sendo obrigatório tomar cuidados para uma boa conservação das luvas, ora vejamos: devem
ser inspecionadas antes e depois do uso, não reutilização das luvas descartáveis e proteger as
não descartáveis.
De acordo com Ademir et al., (2010), o uso deste é obrigatório em qualquer atividade onde
houver a probabilidade de respingos de produtos químicos. Sendo assim de caracter obrigatória
a sua disponibilidade em laboratórios. Estes protetores dividem-se em dois tipos: óculos de
segurança ou protetor facial e devem apresentar características como:
Estes protetores faciais e oculares não são de uso constante nos laboratórios, entretanto, sendo
exigidos em casos da execução de algumas operações específicas, podendo ser.
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Operação Proteção
Entrada nos locais com probabilidade de respingos Óculos de segurança e protetor facial
de líquidos no rosto
Actividades com produtos químicos corrosivos Óculos de segurança com vedação nas laterais
Manuseio de produtos químicos perigosos Óculos de segurança com vedação nas laterais
Transferência de produtos químicos corrosivos ou Óculos de segurança com vedação laterais e
perigosos protetor facial
De acordo com Ventura (2008), o uso de lentes de contato no laboratório apresenta aspectos
positivos e negativos. São destacados os aspectos positivos:
Funcionalidade como barreira para alguns gases e partículas que se direcionam aos
olhos;
São mais adequados do que óculos em atmosferas húmidas, pois não embaçam
facilmente;
Melhoria na visão periférica;
São mais adequados para se trabalhar com instrumentos ópticos sem ocular ajustável;
Não apresentam problemas de reflexo, comum a vários tipos de lentes de óculos.
Partículas podem ficar retidas sob as lentes de contato causando grande irritação ao olho
As lentes podem ser danificadas (descolorir ou tornarem-se turvas) em contato com
alguns tipos de vapores químicos
As lentes gelatinosas podem secar em ambientes com pouca umidade
Alguns vapores e gases podem ser absorvidos pelas lentes e causar irritação nos olhos.
Uma das primeiras preocupações que o usuário deve ter é procurar a localização exata e
conhecer os detalhes do funcionamento dos equipamentos de proteção coletiva lá disponíveis é
sobre riscos de acidentes, independentemente da sua dimensão (Ana Paula, 2005).
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Equipamentos Utilidade
Capelas de exaustão Utilizáveis na manipulação de produtos químicos que liberem gases ou vapores.
Chuveiros Sendo utilizados em casos de derramamento de grandes quantidades de
produtos químicos sobre o operador.
Lava-olhos Devem ser utilizados em casos de contato de produtos químicos com os olhos
do operador
Extintores de Incêndio São utilizados ao ser detectado algum foco de incêndio. Entretanto, há
diferentes tipos de extintores de incêndio para diferentes origens de foco de
fogo.
Fonte: https://www.google.com/search?q=
De acordo com Amadeu (2020), considera o manuseio de produtos químicos como uma
atividade ocorrente em vários segmentos indústrias, uma vez que a química está presente em
maior parte do processo. Não é exclusividade das indústrias químicas, como erroneamente
poderia se pensar, dessa forma, ele aparece nos setores farmacêutico, alimentício e de bebidas
etc.
Produtos químicos potencialmente perigosos podem ser encontrados por toda parte, não
somente no ambiente de trabalho, mas também no domicílio das pessoas e em locais
frequentemente visitados como o comércio, oficinas e etc. O manuseio seguro de produtos
químicos depende de um conjunto de ações voltadas à prevenção, minimização ou eliminação
de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços, visando à saúde do homem e à preservação do meio ambiente (Schneider,
2010).
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O manuseio de produtos químicos sem as medidas de segurança, seja no, transporte, extração,
produção ou até mesmo no armazenamento pode ocasionar uma série de consequências graves,
incluindo acidente ambiental, incêndio, contaminações, intoxicação, doenças e podendo até
causar a morte (Machado, 2005). Portanto, é fundamental que todos da cadeia respeitem e
cumpram as normas e medidas de segurança durante o trabalho, garantindo a saúde do pessoal
e prevenindo os acidentes.
Segundo Albertini, (2010), para o manuseio dos produtos químicos com segurança e proteção
a saúde, é necessário que o ambiente de trabalho seja seguro e que uma série de medidas sejam
tomadas para todo pessoal e a organização. Seguem as principais medidas:
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Através do pequeno espaço disponível nos rótulos, são utilizados alguns símbolos especiais,
que devem ser conhecidos e respeitados. Os rótulos dos produtos comercializados, apresentam
uma importante fonte de informação sobre os produtos químicos que são manipulados nos
laboratórios (Gamba, 2010). Entretanto, os símbolos correspondem às frases de risco e de
segurança, aos pictogramas.
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Fonte: https://www.google.com/search?q=sinais+de+seguranca
Schneider, et al., (2010), a letra “R” representa frases de risco, e dizem respeito ao risco que o
operador está exposto ao manipular aquela substância, podendo encontrar-se até 65 frases que
estão relacionadas à classificação das substâncias.
Frases Descrição
R10 Inflamável
São identificadas no rótulo pela letra “S” as frases de segurança. Sendo estas nos remetem às
recomendações de segurança necessárias, que devemos exercer quando necessitarmos de
manipular aquelas substâncias químicas (Schneider, et al., 2010). Existem 62 frases de
segurança.
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Frases Descrição
S11 Evitar o contato com o ar.
S24 Evitar o contato com a pele.
S37 Usar luvas adequadas.
S51 Manipular somente em locais bem ventilados.
2.6.3. Pictogramas
Os sinais incluídos nesta categoria visam indicar, em caso de perigo, as saídas da emergência,
o caminho para o posto de socorro ou local onde existem dispositivos de salvamento (Ventura,
2008). Os sinais de emergência devem apresentar as seguintes características:
Fonte: https://www.google.com/search
2.6.5. Sinais de Aviso
Schneider, et al., (2010), defende que os sinais inseridos nesta categoria visam advertir para
uma situação, objeto ou ação susceptível de originar dano ou lesão pessoal e/ou nas instalações.
Características intrínsecas:
Forma triangular;
Pictograma negro sobre fundo amarelo, margem negra /a cor amarela deve cobrir
pelo menos 50% da superfície da placa).
Fonte: https://www.google.com/search
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Fonte: https://www.google.com/search
Anexo
Figura 9: Símbolos de perigo em laboratórios
Fonte: https://www.google.com/search
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3. Considerações finais
Desta forma, concluiu-se que é de extrema importância, durante a realização das actividades no
laboratório, os cuidados e medidas de segurança e higiene devem ser observados, pois
determinadas substâncias são altamente perigosas, sendo assim indispensável a atenção de
forma a evitar os acidentes. O manuseio seguro de produtos químicos depende deste conjunto de
ações voltadas à prevenção, minimização e eliminação de riscos inerentes às atividades.
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5. Referências bibliográficas