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Índice

1. Introdução.................................................................................................................2

1.1. Objectivos..........................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral..............................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos....................................................................................3

1.2. Metodologia.......................................................................................................3

2. HIV/SIDA..................................................................................................................4

1.3. Prevalência do HIV por sexo e grupos etários, 2012.............................................5

1.3.1. Tabela de prevalência de HIV...........................................................................6

1.4. Impacto demográfico do HIV-SIDA em Moçambique..........................................7

1.5. Analise da situação...................................................................................................8

1.6. HIV-SIDA no sector de trabalho.............................................................................9

1.6.1. Causas do HIV-SIDA no sector de trabalho..................................................10

1.7. Conclusão................................................................................................................12

1.8. Referencias bibliográficas......................................................................................13


1. Introdução
O HIV é um grave problema de saúde pública em Moçambique. O país tem uma das
maiores taxas de prevalência do HIV na África Subsaariana, com cerca de 13,2% da
população adulta vivendo com o vírus.

Desde o início da epidemia, a transmissão do HIV em Moçambique tem ocorrido


principalmente através do sexo desprotegido, tanto heterossexual como homossexual.
Outros fatores de risco incluem o uso de drogas injetáveis, a prostituição e a mobilidade
populacional.

A prevalência do HIV varia em todo o país, com a maior incidência encontrada nas
áreas urbanas, onde cerca de 17% da população adulta é soropositiva. No entanto, as
áreas rurais também são afetadas, com uma prevalência de aproximadamente 9%.

As mulheres são particularmente afetadas pela epidemia do HIV em Moçambique. A


prevalência do HIV entre as mulheres é maior do que entre os homens, principalmente
devido à desigualdade de gênero, à violência sexual e ao casamento precoce. Além
disso, as mulheres também são mais susceptíveis à transmissão do HIV devido a fatores
biológicos.

A falta de acesso a serviços de saúde e a falta de conhecimento sobre o HIV também


contribuem para a alta taxa de prevalência em Moçambique. Muitas pessoas ainda têm
medo e estigma em relação ao HIV, o que pode dificultar o acesso ao diagnóstico e ao
tratamento adequado.

No entanto, nos últimos anos, houve avanços no combate ao HIV em Moçambique. O


governo tem implementado estratégias de prevenção, como a promoção do uso de
preservativos, a realização de testes de HIV em massa e a distribuição de medicamentos
antirretrovirais.

Além disso, Moçambique tem recebido apoio de organizações internacionais e parceiros


de saúde, como o Fundo Global, para fortalecer a resposta ao HIV. Isso inclui o
estabelecimento de clínicas de tratamento e a capacitação de profissionais de saúde para
fornecer serviços de prevenção, tratamento e cuidados para pessoas vivendo com HIV.
1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Fazer uma analisa bibliográfica da prevalecia do HIV/SIDA em Moçambique.
1.1.2. Objectivos específicos

 Demonstrar o Impacto demográfico do HIV-SIDA em Moçambique


 Averiguar o HIV-SIDA no sector de trabalho e suas causas.
1.2. Metodologia

para elaboração do trabalho fizemos o uso de pdf e obras físicas, de autores que
tratavam uma analise igual a nosso e de trabalhos que visam dar credibilidade ao
trabalho.
2. HIV/SIDA

Sendo o HIV uma epidemia de interesse mundial, vários estudos e relatório foram
produzidos tendo em vista apresentar a situação do HIV no mundo e em Moçambique e
buscar os factores de risco da mesma, para que melhor sejam direcionados os esforços
para tentar minimizar sua disseminação, estudos tais como Tallis (2002), Chipeta,
Schouten & Aberle-Grasse (2004), Arndt (2006), Macro International (2008), Gyimah,
et al (2010), Magadi & Desta (2011), Hogan, et al. (2012), Woldemariame (2013),
Bicego, et al. (2013),Nhabinde (2013), AIDS Communication Department (2014), Idele,
et al. (2014), Harris, Hosegood & Channon (2014), Hajizadeh, Sai, Heymann & Nandi
(2014), Kimanga, et. al (2014), Chinomona & Mwambi (2015), UNAIDS (2016), World
Health Organization (2016), Lawrence (2017) Dias, et al (2018) e várias estratégias
foram desenhadas para tentar controlar esta epidemia, em Moçambique, tais como
Governo de Moçambique (2004), Governo de Moçambique (2010) e Governo de
Moçambique (2015).

De acordo com a AIDS Communication Department (2014), em 2013 cerca de 35.3


milhões de pessoas eram portadoras do vírus do HIV e a taxa global de prevalência era
de cerca 0.8% (entre pessoas com idades compreendidas entre os 15-49 anos de idade)
e, desde a descoberta desta epidemia cerca de 75 milhões de pessoas foram infectadas
pelo HIV. O mesmo autor diz ainda que cerca de 95% destes se encontra em países de
baixo e médio rendimento. Lawrence (2017) apresenta números ainda maiores, onde
afirma que até 2015 havia cerca de 36.7 milhões de pessoas vivendo com HIV e cerca
de 78 milhões de pessoas infectadas desde que o HIV foi descoberto. O grande
problema continua sendo o facto das pessoas não saberem que se encontram infectadas
para melhor se prevenirem, prevenirem seus parceiros e iniciarem o tratamento.

Tallis (2002) apresenta um relatório sobre o género e HIV/SIDA. Neste relatório é dada
uma visão geral da situação do HIV/SIDA entre homens (dominância) e mulheres
(vulnerabilidades) e o impacto económico, social e político do mesmo. O autor conclui
que apesar dos esforços para conter o HIV/SIDA, o mesmo continua se disseminando de
forma alarmante e recomenda várias políticas dentre elas, o uso eficiente da estrutura
dos direitos humanos que envolvem os infectados e não infectados, divulgação massiva
dos diferentes métodos de prevenção e tratamento, sempre respeitando os factores
socioculturais de cada região. Envolvimento dos homens nos programas de campanha,
não focando apenas na mulher que é a mais infectada pelo HIV/SIDA.
Chipeta, Schouten & Aberle-Grasse (2004) apresentam um estudo sobre o HIV e
factores associados em Malawi. No estudo é feita uma discussão à volta das estatísticas
descritivas da prevalência do HIV em função de variáveis sociodemográficas e
comportamentais, sendo que Malawi foi considerado um dos países com maior
prevalência no mundo, de acordo com os mesmos autores

Gyimah, et al (2010) apresenta um estudo sobre Religião, HIV/SIDA e riscos


associados entre os homens em Gana. Objectivo é analisar como a religião influencia o
comportamento sexual de risco dos homens, usando como método a análise bivariada.
Os resultados sugerem que Muçulmanos e tradicionalistas são significativamente menos
propensos a se envolver em comportamento sexual de risco em comparação com os
cristãos, essas diferenças desaparecem quando as variáveis socioeconômicas são
controladas.

Chinomona & Mwambi (2015) realizaram um estudo estimando a prevalência de HIV


em Zimbabwe usando dados de inquérito populacional. Foi usado como método o
modelo de regressão logística e como resultado que a prevalência varia de acordo com a
idade, estado civil, área de residência, entre outros factores

De acordo com AIDS Communication Department (2014), cerca de dois terços da


população (70%) vivendo com o HIV/SIDA se encontra na África Subsaariana, sendo
que 59% da mesma são mulheres. Em Moçambique a situação não é diferente sendo a
prevalência de HIV nas mulheres de 15% contra 10% nos homens. A International
Labour Organization (2006) afirma que esta diferença, normalmente está associada à
maior vulnerabilidade das mesmas, especificamente as desigualdades, pobreza,
violência e exploração sexuais.

1.3. Prevalência do HIV por sexo e grupos etários, 2012.


Os dados de 2012 mostram que a prevalência do HIV é mais alta em homens do que em
mulheres. Entre os homens, a maior prevalência é observada na faixa etária de 30 a 39
anos, seguida pela faixa etária de 40 a 49 anos. Já entre as mulheres, a faixa etária com
maior prevalência é de 25 a 29 anos, seguida pela faixa etária de 30 a 34 anos.

A prevalência do HIV também varia de acordo com a região geográfica. Em algumas


regiões do mundo, como a África Subsaariana, a prevalência é muito mais alta do que
em outras regiões, como a América do Norte e Europa Ocidental.
a prevalência do HIV por sexo e grupos etários em Moçambique no ano de 2012. No
entanto, de acordo com o relatório UNAIDS de 2019, a prevalência do HIV em adultos
(15 a 49 anos) em Moçambique era de 12,6%, sendo 14,1% entre as mulheres e 11,2%
entre os homens.

A prevalência do HIV também varia entre os grupos etários. Por exemplo, a prevalência
é maior entre os jovens de 15 a 24 anos, com 7,3% entre os homens e 13,3% entre as
mulheres. Já entre os adultos de 25 a 49 anos, a prevalência é de 9,7% entre os homens
e 18,4% entre as mulheres.

Esses dados são apenas estimativas e a real prevalência do HIV em Moçambique pode
ser diferente, pois podem existir subgrupos populacionais específicos com diferentes
taxas de infecção. É importante ressaltar que essas estimativas estão sujeitas a variações
ao longo do tempo, de acordo com condições socioeconômicas, acesso a serviços de
saúde e estratégias de prevenção e tratamento do HIV. Portanto, é recomendado buscar
por relatórios mais atualizados e fontes confiáveis para obter dados precisos sobre a
prevalência do HIV em Moçambique.

1.3.1. Tabela de prevalência de HIV


Taxa de Prevalência do HIV em Adultos
População geral 15-49 anos 28% 28% 28%
Mulheres grávidas 15-49 anos 16% 16% 16%
Número de Pessoas Vivendo com o HIV
Homens 15+ 598.1 mil 615.3 mil 631.9 mil
Mulheres 15+ 861.3 mil 887.3 mil 913.4 mil
Crianças 0-14 141.8 mil 147.4 mil 154.0 mil
Total 1.6 milhões 1.6 milhões 1.7 milhões
Número de Mulheres Grávidas Seropositivas
145.8 mil 149.0 mil 152.3 mil
Número de Novas Infecções Diárias
Adultos (via sexual) 355 355 360
Crianças (via transmissão vertical) 85 85 85
Total 440 440 445
Número de Pessoas que Precisam de TARV
Adultos (15+) 385.2 mil 425.1 mil 465.9 mil
Crianças (0-14) 44.7 mil 47.0 mil 49.2mil
Número de Óbitos Devido ao SIDA
Homens (15+) 31.4 mil 33.2 mil 34.5 mil
Mulheres (15+) 38.9 mil 41.7 mil 44.1 mil
Crianças (0-14) 21.8 mil 21.4 mil 19.4 mil
Total 92.1 mil 96.3 mil 98.0 mil
Número de Órfãos Devido ao SIDA (0-17 anos) A (0-17 anos)
Maternos 381.6 mil 418.6 mil 454.7 mil
Paternos 351.3 mil 382.0 mil 411.7 mil
Ambos pais 324.2 mil 347.7 mil 369.4 mil
Total de órfãos devido ao SIDA 462.9 mil 510.5 mil 557.5 mil

1.4. Impacto demográfico do HIV-SIDA em Moçambique


O HIV-SIDA tem tido um impacto significativo na demografia de Moçambique. O país
tem uma das maiores taxas de prevalência do HIV no mundo, com cerca de 12% da
população entre 15 e 49 anos afetada pela doença.

Como resultado, o HIV-SIDA tem contribuído para um aumento da taxa de mortalidade


em Moçambique. Entre 1996 e 2016, estima-se que o HIV tenha sido responsável por
cerca de 27% de todas as mortes ocorridas no país. A maioria das mortes relacionadas
ao HIV ocorre entre adultos em idade produtiva, o que tem implicações significativas
para a força de trabalho e o desenvolvimento econômico do país.

Além disso, o HIV-SIDA tem um impacto negativo na taxa de fertilidade em


Moçambique. A doença contribui para um aumento da mortalidade infantil e reduz a
capacidade reprodutiva das pessoas afetadas. Estima-se que cerca de 17% dos óbitos de
crianças menores de cinco anos estejam relacionados ao HIV.

sobre a distribuição etária da população em Moçambique. A doença afeta


principalmente adultos em idade reprodutiva, o que pode levar a uma diminuição da
população jovem e um aumento da população idosa. Isso pode ter implicações para a
estrutura da população e os desafios socioeconômicos associados ao envelhecimento da
população.
No entanto, é importante ressaltar que, apesar dos impactos negativos do HIV-SIDA na
demografia de Moçambique, houve avanços significativos no combate à doença nos
últimos anos. O país tem investido em programas de prevenção, tratamento e cuidados
para as pessoas afetadas pelo HIV, o que tem contribuído para a redução da taxa de
prevalência da doença.

1.5. Analise da situação


Gyimah, et al (2010) O HIV-SIDA tem tido um impacto significativo na demografia de
Moçambique. O país está entre os mais afetados pela epidemia do HIV no mundo,
sendo que cerca de 1,5 milhão de pessoas vivem com o vírus (P.56).

Mortalidade: O HIV-SIDA é uma das principais causas de mortalidade em


Moçambique. Desde o início da epidemia, estima-se que mais de 1 milhão de pessoas
tenham morrido devido à doença. Isso resultou em uma diminuição da expectativa de
vida no país, especialmente entre os jovens adultos.

Taxa de fertilidade: O HIV-SIDA também afeta a taxa de fertilidade em Moçambique.


As pessoas que vivem com o vírus têm maior probabilidade de ter problemas de saúde
reprodutiva e podem enfrentar dificuldades em ter filhos. Além disso, existe o risco de
transmissão vertical do vírus, ou seja, de mãe para filho durante a gravidez, parto ou
amamentação.

Órfãos: O HIV-SIDA deixou um grande número de órfãos em Moçambique. Estima-se


que haja cerca de 1 milhão de crianças órfãs devido à doença. Essas crianças muitas
vezes enfrentam desafios significativos, como dificuldade de acesso a cuidados de
saúde, educação e nutrição adequada (Gyimah, et al, 2010)

Migração: O HIV-SIDA também pode ter um impacto na migração em Moçambique.


Algumas pessoas podem migrar em busca de tratamentos médicos ou melhores
oportunidades de emprego. Além disso, a migração pode afetar a disseminação do vírus,
já que pessoas infectadas podem transmiti-lo para outras regiões.

Desenvolvimento sócio-econômico: O impacto do HIV-SIDA na demografia também


tem efeitos significativos no desenvolvimento sócio-econômico do país. A doença pode
ter um efeito negativo na produtividade da força de trabalho, uma vez que muitas
pessoas infectadas são jovens adultos em idade produtiva. Isso pode resultar em uma
diminuição da produção agrícola, na redução da renda familiar e na falta de mão-de-
obra qualificada.

1.6. HIV-SIDA no sector de trabalho.


Para Garrido (2008), O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e a AIDS (Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida) são questões de grande importância no local de
trabalho. Embora a infecção pelo HIV não signifique necessariamente que a pessoa
desenvolverá a AIDS, é essencial que as empresas estejam cientes dos riscos
relacionados e estejam preparadas para lidar com essas questões de maneira eficaz. Aqui
estão alguns pontos-chave a serem considerados:

1. Educação e conscientização: é fundamental que os empregadores ofereçam


programas de educação e conscientização sobre o HIV-SIDA aos funcionários. Isso
inclui informações sobre prevenção, transmissão, tratamento e estigma associado à
doença. É importante também promover uma cultura de respeito e inclusão no local de
trabalho, de modo a evitar a discriminação e o estigma em relação às pessoas vivendo
com HIV.

2. Políticas de prevenção: as empresas devem implementar políticas de prevenção do


HIV, como o acesso a preservativos e informações sobre práticas sexuais seg uras. Além
disso, é importante incentivar a adoção de comportamentos saudáveis, como a
realização regular de testes para o HIV.

3. Confidencialidade e privacidade: é essencial garantir a confidencialidade e a


privacidade das informações relacionadas ao HIV-SIDA. Os empregadores devem ter
políticas claras de privacidade e garantir que os funcionários se sintam seguros para
compartilhar qualquer preocupação relacionada à doença sem medo de represálias ou
discriminação.

4. Apoio e tratamento: as empresas devem ter políticas de apoio e tratamento para os


funcionários que vivem com HIV. Isso pode incluir acesso a cuidados de saúde
adequados, licenças médicas, adaptação de tarefas e horários de trabalho flexíveis, se
necessário. Além disso, os funcionários devem ser encorajados a procurar o tratamento
adequado e a aderir a ele.

5. Prevenção do estigma e discriminação: é importante criar uma cultura de respeito e


inclusão no local de trabalho, onde o estigma e a discriminação em relação às pessoas
vivendo com HIV sejam combatidos ativamente. Isso pode ser feito por meio de
treinamentos de sensibilização, campanhas de conscientização e políticas claras de não
discriminação.

6. Programas de apoio psicossocial: oferecer apoio psicossocial, como aconselhamento


e suporte emocional, para funcionários vivendo com HIV pode ser de grande ajuda. Isso
pode ser feito por meio de programas internos ou por meio de parcerias com
organizações especializadas.

7. Parcerias e engajamento com a comunidade: as empresas podem se envolver com


organizações comunitárias e especializadas no campo do HIV-SIDA para obter apoio
adicional e compartilhar informações e melhores práticas. Isso pode incluir parcerias
para campanhas de conscientização ou para oferecer serviços de teste e aconselhamento
no local de trabalho.

1.6.1. Causas do HIV-SIDA no sector de trabalho.


Existem várias causas do HIV-SIDA no setor de trabalho, que incluem:

Morreira (2018), cita as seguintes.

1. Falta de informação e educação: Muitas pessoas no local de trabalho não estão


cientes dos riscos associados ao HIV-SIDA e à forma como podem se proteger. A falta
de acesso a informações precisas e confiáveis sobre o HIV-SIDA pode levar a
comportamentos de risco, como relações sexuais desprotegidas ou compartilhamento de
agulhas.

2. Estigma e discriminação: O estigma em relação ao HIV-SIDA ainda é prevalente em


muitos locais de trabalho. Isso pode levar a uma falta de apoio e acesso a serviços de
prevenção e tratamento do HIV-SIDA, bem como a um ambiente de trabalho hostil e
discriminatório para pessoas vivendo com HIV-SIDA. O medo da discriminação
também pode desencorajar as pessoas de fazerem o teste e buscar tratamento precoce.

3. Normas culturais e de gênero: Em algumas sociedades, existem normas culturais e de


gênero que dificultam a capacidade das pessoas de protegerem-se contra o HIV-SIDA
no local de trabalho. Por exemplo, em algumas culturas, a negociação de práticas
sexuais seguras e o uso de preservativos podem ser considerados tabu ou até mesmo
proibidos. Além disso, as normas de gênero que enfatizam a submissão das mulheres
podem dificultar sua capacidade de negociar práticas sexuais seguras ou de se proteger
contra a infecção pelo HIV.

4. Condições e práticas de trabalho inadequadas: Em alguns ambientes de trabalho,


existem condições e práticas que aumentam o risco de infecção pelo HIV-SIDA. Por
exemplo, trabalhadores da saúde podem estar expostos a riscos ocupacionais, como
acidentes com agulhas, que aumentam o risco de contrair o vírus. Além disso,
trabalhadores migrantes, como trabalhadores domésticos, podem enfrentar condições
precárias de trabalho e exploração, o que pode levar a práticas sexuais de risco e maior
vulnerabilidade ao HIV-SIDA.

5. Falta de acesso a serviços de prevenção e tratamento: A falta de acesso a serviços de


prevenção e tratamento do HIV-SIDA no local de trabalho também é uma causa
significativa. Isso pode ser devido a barreiras financeiras, falta de infraestrutura
adequada e falta de políticas e programas de saúde ocupacional que abordem
especificamente o HIV-SIDA.
1.7. Conclusão
Em conclusão, o HIV-SIDA tem um impacto significativo na demografia de
Moçambique. A doença afeta a mortalidade, a taxa de fertilidade, resultando em órfãos,
e pode influenciar a migração e o desenvolvimento sócio-econômico do país. É
importante continuar investindo em programas de prevenção, tratamento e apoio às
pessoas vivendo com o HIV-SIDA, a fim de minimizar o impacto da doença e melhorar
a situação demográfica de Moçambique.

É importante abordar essas causas e implementar estratégias eficazes de prevenção e


combate ao HIV-SIDA no local de trabalho, como a promoção de práticas sexuais e de
uso de drogas seguras, educação e conscientização, eliminação do estigma e
discriminação, e fornecimento de acesso a serviços de prevenção, teste e tratamento do
HIV-SIDA. Além disso, é necessário promover ambientes de trabalho saudáveis e
seguros, que protejam os direitos e a saúde de todos os trabalhadores.
1.8. Referencias bibliográficas
AIDS Communication Department. (2014). Global Fact Sheet: HIV/AIDS. 20th
International AID Conference. Melbourne, Australia.

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Bicego, G. T., Nkambule, R., Peterson, I., Reed, J., Donnell, D., Ginindza, H., . . .
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Castelo, V. I. (2010). Análise do Custo e do Acesso da Cesta Básica para Pessoas


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Chinomona, A., & Mwambi, H. G. (2015). ESTIMATING HIV Prevalence in


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HIV/SIDA – Componente Estrategica - I Parte: Analise da situacao (2005-2009).
Maputo.

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