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Introdução

O presente trabalho da Cadeira de Praticas e Técnicas Profissional -II a Planificação Estratégica tem
como tema Planificação Estratégica, sendo assim, no desenrolar do mesmo abordar-se-á os conceitos
básicos da planificação Estratégica duma forma específica assim como na sua complementaridade com
da educação e para mas adiante descrever-se-á os objectivos da planificação Estratégica, Algumas
regras a ter em conta durante a planificação Estratégica, Princípios da Etapas da planificação,
Diagnostico, Elaboração do plano, Execução do plano, Avaliação, Revisão e Replanificação. Deste
modo, o trabalho tem como objectivo:

Geral:

 Conhecer as Etapas fundamentais da Planificação Estratégica;

Específico:

 Descrever os objectivos da Planificação Estratégica;


 Explicar as regras a ter em conta durante a Planificação Estratégica.

A metodologia usada para a realização deste trabalho deveu-se a consulta bibliográfica de algumas
obras que estão patentes na página final deste trabalho. E no que concerne a estrutura deste trabalho
apresenta: introdução, desenvolvimento dos conteúdos, conclusão e bibliografia no final do trabalho.

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Planificação Estratégica

Drucker (1977) define Planificação Estratégica como um processo contínuo, sistemático, organizado e
capaz de prever o futuro, de maneira a tomar decisões que minimizem riscos.

Os planos estratégicos contam com um certo orçamento disponível, pelo que é essencial determinar
correctamente os objectivos a cumprir. Caso contrário, o dinheiro pode não ser suficiente para alcançar
as metas e, por conseguinte, o planeamento estratégico não é bem-sucedido.

Numa Planificação Estratégica são definidos objectivos, as metas necessárias para alcançar os
objectivos (com metas especificas para cada um deles), criação de planos de acção e, em seguida, é
feito o acompanhamento de tudo isso para ver se está sendo conquistado o que fora proposto.

Planificação Estratégica é um conjunto de ferramentas que por si só são insuficientes, mas quando é
seguido da planificação táctica e operacional, consiste em robusta ferramenta para implementar o
pensamento estratégico da organização.

A partir da planificação estratégica, define-se quando, como e por quem deve ser feito, como forma de
facilitar a coordenação de actividades. Assim dá-se origem a sistematização de processos para alcançar
os objectivos requeridos.

Etapas da planificação

De acordo com a literatura as fases e etapas do processo de planificação foram se desenvolvendo


simultaneamente com a difusão e prática da Ideia de planificação no âmbito educacional. Na qual os
documentos Internacionais anteriores estabelecem as seguintes etapas:

 Pré – planificação;
 Diagnostico;
 Programação/Formulação do Plano;
 Elaboração do Plano;
 Execução do Plano;
 Avaliação, Divisão e Planificação

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Pré – Planificação

De acordo com MARTINEZ (1976:109). A Pré-Planificação cria condições previas e necessárias para
iniciar um processo eficaz e eficiente, e eliminando a confusão e incompreensão.

Não deve começar o processo de planificação sem que todo o pessoal conheça as suas razoes, porque as
mesmas devem ter oportunidade de exprimir as suas opiniões e que sintam para minimizar e propor as
melhores ideias para o melhor funcionamento do processo educativo.

Esta etapa segundo autor, proporciona os seguintes objectivos:

 Criar condições previas para iniciar um processo melhor;


 Informar aos interessados e atingidos;
 Adoptar atitudes favoráveis e as mudanças;
 Motivar para todos colaborem nas tarefas planificadas;
 Motivar para que aceite os resultados Ada investigação e se disponham a executar os projectos
formulados.

Diagnóstico

Na mesma linha de pensamento de MARTINEZ, a etapa “Diagnóstico como sendo aplicação de


investigação social a realidade educacional, como o fim de descrever, avaliar e explicar a situação
concreta e prever a sua avaliação provável”. (ibidem:109).

O diagnóstico consiste no levantamento de dados e informações que ira possibilitar uma visão global
das necessidades e problemas enfrentados pela escola. Deve ser elaborado de tal forma que favoreça,
com base no conhecimento das características Ada comunidade escolar, suas expectativas e
necessidades em relação ao processo de ensino e aprendizagem, a escolha de alternativas de soluções
para os problemas identificados.

Com vista a NHAVOTO (1999:49), de forma a escolher esta


informação, a equipa devera reunir-se com o grupo alvo e registar os
dados fornecidos pelos mesmos; observar o dia-a-dia do grupo alvo,
Identificando as actividades em que ele está envolvido durante o dia, a
semana ou ocasionalmente; a frequência e o seu grau de participação.
Esta recolha poderá ser feita através de entrevistas, inquéritos,
reuniões informais, chamadas telefónicas.

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Os dados a serem levantados são de natureza qualitativo exemplo: (Como o professor de matemática
está ensinando; de que forma a comunidade tem participado das actividades da escola) e quantitativas
(qual o percentual doso alunos aprovados e reprovados em matemática; qual o numero de actividades
realizadas pela escola e qual o percentual de participação da Comunidade).

O conhecimento da realidade sobre a qual se vai actuar constitui uma das tarefas mais difíceis no
processo de planificação e o panificador no raro se vê frente a dificuldade muito serias na fase do
diagnóstico. A falta de pessoal capacitado, a altura de levar a cabo os estudos e levantamento
necessários, pode comprometer a qualidade de trabalho realizado.

As dificuldades encontradas na prática, ao se sentar analisar a situação presente do sistema educativo,


não podem ser tomadas como motivo para a diminuição no esforço e atenção com que é tratado o
diagnóstico.

De acordo com o autor já referenciado acima salientam que o diagnóstico da situação adverte-se da
seguinte forma:

 Trata-se de um conhecimento com propósito de aplicação prática. Em muitos aspectos devera


prevalecer um critério de utilidade e funcionalidade, mais que sobre certas considerações
especulativas quanto ao problema das selecções dos dados e de instrumentos;
 Não prevalecera por muito tempo. Numa primeira etapa, ficar-se-á satisfeito com uma visão
global de problema. Contudo, será indisponível uma perspectiva integrada da totalidade de real
e dos factores mais relevantes da situação, em seu conjunto e em sua mútua interdependência;
 O diagnóstico pode ser diversas dimensões, nomeadamente: globais e parciais. É preciso fixar a
extensão da realidade, a fim de ajustar os instrumentos de mensuração que serão aplicados;
 Deve considerar a instituição escolar com o seu contexto económico-social, dado aquela que
não é auto-suficiente a resultante de múltiplas forcas que afectam sempre que é possível ignorar
quando se quer operar o seu funcionamento.

Programação/formulação do plano

Para PARO (1976), a “Programação consiste em prever e coordenar a operação correspondente a


uma serie de tarefas a serem realizadas durante um prazo definido para construir com a consecução
de certos objectivos pré-fixados”.

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Ao planificar a actividade futura a equipa deverá ter o cuidado de encontrar os ambientes mais
apropriados para o aluno no futuro e as actividades em que poderá participar, verificando se as
actividades identificadas são suficientes para alcançar objectivos propostos. Se tal se constar deverão
ser incluídas mais actividades.

Assim como MARTINEZ acrescenta dizendo: nem todo futuro é programável. Grande número de
acontecimento futuro escapa ao nosso controle, põe serem fenómenos naturais e sociais de outro nível
ou amplitude, ou por depender de decisões políticas. (Ibidem:124).

Deste modo, a previsão dos fenómenos deverá ser considerada pelos panificadores para integrá-la em
sua programação como elemento que estará ali. A programação propriamente dita requer uma esfera de
liberdade, a possibilidade de tomar decisões entre alternativas diversas e, sobre os factos que se podem
controlar.

Parte essencial da programação será a atenção que se presta às atenções de comunicação dentro do
sistema; com demasiada frequência planificações fracassam, por falta de técnica com as quais deveriam
executá-las concretamente.

As dificuldades inseridas no procedimento da planificação são inversamente proporcionais ao grau de


clareza e de aceitação das correlativas premissas de valor. Portanto, uma programação eficiente requer
que os fins objectivos da planificação estejam expressos com forca e clareza suficientes para os valores
obtenha a adesão de todos os afectados.

Nesta etapa proceder-se-á à ordenação das actividades sugeridas, seleccionando as que são prioritárias.
Para isso, ter-se-á em conta as necessidades da família, preferências do aluno, a utilidade das
actividades no futuro, o nível de dificuldades de actividade e os recursos existentes. A definição desta
actividade, poderá implicar a introdução de novas actividades no programa educativo individual; o
treino de independência em actividades que o aluno já participa e inclusão de actividades de
participação, que embora surjam como uma actividade de aprendizagem (actividade que inclui
objectivos de aprendizagem, tais como, independência e orientação e mobilidade) contribuem para
envolver o aluno na vida real.

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Elaboração do Plano

Esta etapa situa-se ao nível de duas dimensões correlacionadas a saber: a regionalização e micro-
planificação e programação e preparação de projectos.

A regionalização – tem como base a subdivisão dos conjuntos das metas e dos recursos previstos no
plano nacional e o favor das unidades geográficas tais como: Estado, Províncias, distritos, etc,
conforme são designadas de “micro planificação”. Nesta etapa, convêm identificar e preparar os
projectos com todos os detalhes necessários. A falta de execução dos planos em muitos países ficou a
dever-se a insuficiência da sua ligação com a regionalização e programação.

Pois, esta etapa passa por definir: os objectivos da actividade, o local onde a mesma se desenrolará;
quem irá interagir com o aluno e de que forma; as adaptações a realizar no ambiente para que o aluno
aprenda e participe de forma segura na actividade, as etapas da actividade, as rotas de orientação e
mobilidade necessárias para a actividade; os modos de comunicação entre o aluno e os parceiros.

Execução de Plano

Nesta etapa, o processo de planificação funde-se com ao de gestão. Isto quer dizer que os projectos
devem ser aceites e executados pelo aparelho do administrativo. Porém, a tarefa do panificador não
termina aqui. Ele deve assumir responsabilidades fundamentais tais como: a avaliação e a melhoria do
potencial da acção do sistema administrativo, assim como estabelecimento de mecanismos apropriados
de acompanhamento de excussão do plano.

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Avaliação, Revisão e Planificação

Segundo HALLAK, JACQUES (1991: 54). A avaliação é uma operação contínua que acompanha a
execução do plano. Mas, no fim do período do plano, toma a forma duma avaliação ̎ a posterior ̎ do
plano que dá o lugar á revisa de algumas estratégias de execução que se revelam ineficazes ou ao
questionamento alguns objectivos do plano que revelaram irrealistas ou muito ambiciosos ou ainda
pouco pertinentes. Como se pode observar, praticamente, não há diferença entre avaliação e no fim do
período do plano, que compara os objectivos previamente fixados e os resultados obtidos e a etapa de
diagnóstico. Na realidade, na etapa, a pratica de planificação, estas duas operações coincide em grande
medida. A etapa final do processo de planificação, de educação é ao mesmo tempo, o ponto de partida
de diagnóstico e da planificação para o período seguinte do plano.
Segundo PILET (2000: 64), Avaliação é um processo contínuo de
pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes
dos indivíduos, tendo em vista mudanças esperadas no
comportamento dos mesmos, propostas nos objectivos, a fim de que
haja condições de decidir sobre alternativas de planificação do
trabalho e da organização como todo.

Sendo assim, a avaliação é uma operação contínua que acompanha a execução do plano. Mas, no fim
do período do plano, toma a forma duma avaliação “`a posterior”do plano que dá lugar à revisa de
algumas estratégias de execução que se revelaram ineficazes ou ao questionamento de alguns
objectivos do plano que revelaram irrealistas ou muito ambiciosos ou ainda pouco pertinentes. Como se
pode observar, praticamente, não há diferença entre avaliação e no fim do período do plano, que
compara os objectivos previamente fixados e os resultados obtidos e a etapa de diagnóstico. Na
realidade, na etapa, a prática de planificação, estas duas operações coincidem em grande medida. A
etapa final do processo de planificação de educação é, ao mesmo tempo, o ponto de partida de
diagnóstico e da planificação para o período seguinte do plano.

Assim como, HALLAK, JACQUES (1991:54). “Afirma que por meio de avaliação que poder-se-á
demonstrar que a acção produz alguma diferença quanto ao desenvolvimento dos educandos e
promover o aprimoramento da acção como consequência de sugestões resultantes da avaliação”.

Ainda o mesmo autor diz que toda avaliação deve estar intimamente ligada ao processo de preparação
da planificação, principalmente com os seus objectivos. Não se espera que avaliação seja um resultado
final, mas seja analisada durante todos o processo, é, dai que se deve planificar as acções antes de
inicia-las, definindo cada objectivo em termos de resultados que se esperam alcançar. As actividades

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devem ser coerentes com objectivos propostos, para facilitar o processo avaliativo e devem ser
elaborados instrumentos e estratégias apropriadas para a verificação dos resultados.

No fim da intervenção torne-se imprescindível a avaliar a mesma de modo a ajusta os objectivos e as


estratégias de ensino, verificar o progresso do aluno e fazer alterações caso se justifique. Faz todo o
sentido que a avaliação seja feita regularmente e através de vários instrumentos de avaliação.

Entretanto, é com a avaliação que se descobrem aspectos negativos e positivos que surgem durante o
processo e busca-se uma constante melhoria na elaboração de planificação. Passa a ser um norte, pois,
faz com que o panificador localize, conforme e determine a continuidade do processo, com ou sem
modificações no conteúdo ou na programação.

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Conclusão

Tendo em vista os aspectos observados, conclui-se que a Planificação Estratégica é uma actividade
indispensável para a realização de qualquer tipo de actividade seja ela empresarial, política, económica,
social assim como educacional. Pois a Planificação Estratégica é um processo de racionalização,
coordenação, colaboração entre os intervenientes da organização visando o alcance dos objectivos
duma forma eficiente e eficaz.

Deste modo, cabe destacar que a Planificação Estratégica tem lugar em quase todos momentos da vida
quotidiana, portanto, o ser humano ao planificar, organiza racionalmente as actividades a serem
realizadas de acordo com o tempo, recursos assim como as suas necessidades ou objectivos que
pretende alcançar.

De uma maneira geral, a planificação estratégica é responsabilidade dos níveis hierárquicos mais
elevados da empresa/organização, o planejamento táctico é desenvolvido pelos níveis intermediários,
tendo como principal finalidade a utilização eficiente dos recursos disponíveis e o planejamento
operacional é elaborado pelos níveis mais baixos da organização.

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Referência bibliográfica

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PARO, V. H. Administração escolar: introdução crítica. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1976.

PILET, Nelson; psicologia educacional, editora África, 17 edição, são Paulo, 2000.

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ZACARIAS, Alipio Matangue de Jesus; Micro Planificação da Educação; UP – Maputo – 2006.

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Índice

Introdução...................................................................................................................................................3

Planificação Estratégica.............................................................................................................................4

Etapas da planificação................................................................................................................................4

Pré – Planificação.......................................................................................................................................5

Diagnóstico.................................................................................................................................................5

Programação/formulação do plano.............................................................................................................6

Elaboração do Plano...................................................................................................................................8

Execução de Plano.....................................................................................................................................8

Avaliação, Revisão e Planificação.............................................................................................................9

Conclusão.................................................................................................................................................11

Referência bibliográfica...........................................................................................................................12

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