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Campus Universitário da Beira - Inhamizua - Moçambique

COORDENAÇÃO CIENTÍFICA
DOUTORAMENTO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

NORMAS ORIENTADORAS
(PREPARAÇÃO E ELABORAÇÃO DA DISSERTAÇÃO OU TESE)

“Documento normalizador desenvolvido pela


Coordenação Científica do Doutoramento
tendo em vista o processo de elaboração da
Dissertação de Mestrado ou Tese de
Doutoramento”.

Prof. Doutor M. João Vaz Freixo


(Coordenador Científico do Doutoramento em Ciências da Educação)

Beira, 2012 – 2015 - 2018


ÍNDICE GERAL
INTRODUÇÃO ...................................................................................................11
1 - TRABALHO ACADÉMICO MONOGRÁFICO ..........................................14
1.1 - Definição ....................................................................................................14
1.2 - Regras de Redacção....................................................................................15
1.3 - Estilo ..........................................................................................................15
1.4 - Estrutura e Conteúdo ..................................................................................16
1.4.1 - Elementos pré-textuais......................................................................18
1.4.1.1 – Capa ..............................................................................................18
1.4.1.2 – Folha de Rosto...............................................................................19
1.4.1.3 – Epígrafe .........................................................................................19
1.4.1.4 – Dedicatória ....................................................................................19
1.4.1.5 – Agradecimentos .............................................................................19
1.4.1.6 – Declaração de autor .......................................................................19
1.4.1.7 – Índices ...........................................................................................20
1.4.1.7.1 - Índice Geral .............................................................................20
1.4.1.7.2 – Índice de Quadros, Tabelas e Figuras ......................................20
1.4.1.8 – Abreviaturas, Siglas ou Símbolos ..................................................20
1.4.1.9 – Resumo .........................................................................................20
1.4.1.10 – Abstract .......................................................................................21
1.4.2 – Elementos textuais (Corpo do trabalho) ...............................................21
1.4.2.1 – Introdução .....................................................................................21
1.4.2.2 – Fundamentação Técnico-Científica................................................22
1.4.2.3 – Metodologia (opções metodológicas) ............................................22
1.4.2.4 – Resultados e Discussão ..................................................................23
1.4.2.5 – Conclusões ....................................................................................25
1.4.2.6 – Bibliografia ...................................................................................26
1.4.3 - Elementos pós-textuais .........................................................................26
1.4.3.1 – Glossário .......................................................................................26
1.4.3.2 – Apêndices e Anexos ......................................................................26
2 - MONOGRAFIA: ASPECTOS FORMAIS E REGRAS ...............................27
2.1 - Formatação da Capa ...................................................................................28
2.2 - Formatação da Folha de Rosto ....................................................................30

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2.3 - Tamanho da Folha...................................................................................... 32
2.5 - Tipo e Corpo de Letra ................................................................................ 32
2.6 - Formatação das Páginas ............................................................................. 37
2.4 - Numeração ................................................................................................. 38
2.7 – Declaração de Autor .................................................................................. 39
2.8 - Formatação dos Capítulos .......................................................................... 40
2.9 – Abreviaturas, siglas ou símbolos................................................................ 42
2.10 - Números, moedas, pesos e medidas .......................................................... 44
2.11 - Datas ........................................................................................................ 44
2.12 - Expressões latinas .................................................................................... 45
2.13 – Recursos Pictóricos ................................................................................. 46
2.13.3 - Quadros ............................................................................................. 47
2.13.2 - Tabelas............................................................................................... 47
2.13.4 - Gráficos ............................................................................................. 48
2.13.1 - Figuras ............................................................................................... 51
2.14 - Notas ........................................................................................................ 51
3 – NORMAS DE REFERENCIAÇÃO BIBLIOGRÁFICA .............................. 52
4 – CONSIDERAÇÕES ÉTICAS E DEONTOLÓGICAS ................................ 53
4.1 – Princípios Gerais ....................................................................................... 53
4.2 – Confidencialidade ...................................................................................... 53
4.3 – Registos, Arquivos, Colaboradores e Grupos ............................................. 54
4.4 – Deficiências e fraudes................................................................................ 54
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 56
ANEXO A – Norma ISO 690 .............................................................................. 59
A.1 - ISO 690 ..................................................................................................... 59
A.2 - Citações e notas bibliográficas no corpo de texto....................................... 59
A.2.1 – Notas Bibliográficas ........................................................................... 60
A.2.2 - Citações .............................................................................................. 61
A.2.2.1 – Citações formais curtas e longas ................................................... 62
A.2.2.2 – Citações com reticências .............................................................. 63
A.2.2.3 – Citações com interpolação ............................................................ 63
A.2.2.3 – Citações com expressão sic (assim mesmo) .................................. 63
A.2.2.4 – Citações de uma ideia comum a vários autores ............................. 64
A.2.2.5 – Trabalho de um autor citado por outro (fonte secundária) ............. 64

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A.2.2.6 – Notas bibliográficas nas citações no corpo de texto ..........................64
A.3 – Bibliografia ...............................................................................................65
A.3.1 – Considerações gerais...........................................................................65
A.4 – Aplicação das normas ISO 690 .................................................................66
A.4.1 - Considerações gerais ...........................................................................66
A.4.1.1 - Autor .............................................................................................66
A.4.1.2 – Título ............................................................................................67
A.4.1.3 – Local de publicação ......................................................................67
A.4.1.4 – Editor............................................................................................68
A.4.1.5 – Data de publicação........................................................................68
A.4.1.6 – Numeração ...................................................................................69
A.4.1.7 – Disponibilidade e acesso a documentos electrónicos .....................69
A.4.2 – Demonstração .....................................................................................70
A.4.2.1 – Documentos impressos .................................................................70
A.4.2.1.1 – Livros .....................................................................................70
A.4.2.1.2 – Volumes e partes de livros ......................................................70
A.4.2.1.3 – Artigos, capítulos, etc. em livros.............................................70
A.4.2.1.4 – Artigos de revistas, jornais, etc. ..............................................71
A.4.2.1.5 – Teses, dissertações, relatórios e outras provas académicas ......71
A.4.2.1.6 – Comunicações em congresso ..................................................71
A.4.2.2 – Outros documentos impressos.......................................................72
A.4.2.2.1 – Normas ...................................................................................72
A.4.2.2.2 – Patentes ..................................................................................72
A.4.2.2.3 – Legislação ..............................................................................72
A.4.2.2.4 – Processos de Tribunal .............................................................73
A.4.2.3 – Documentos electrónicos ..............................................................73
A.4.2.3.1 – e-books, bases de dados e programas informáticos (termo
técnico: documentos electrónicos: Monografias, bases de dados e
programas) ..........................................................................................73
A.4.2.3.2 – Artigos e capítulos, etc. em e-books .......................................74
A.4.2.3.3 – Artigos em documentos electrónicos: revistas, jornais, etc......74
A.4.2.4 – Outras regras....................................................................................75
Anexo B – Norma APA ........................................................................................76
B.1 - APA...........................................................................................................76
B.2 - Citações e notas bibliográficas no corpo de texto .......................................76

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B.2.1 – Notas Bibliográficas ........................................................................... 77
A.2.2 - Citações .............................................................................................. 78
B.2.2.1 – Citações formais curtas e longas ................................................... 78
B.2.2.2 – Citações com reticências............................................................... 79
B.2.2.3 – Citações com interpolação ............................................................ 80
B.2.2.4 – Citações com expressão sic (assim mesmo) .................................. 80
B.2.2.5 – Citações de uma ideia comum a vários autores ............................. 80
B.2.2.6 – Trabalho de um autor citado por outro (fonte secundária) ............. 81
B.2.3 – Notas bibliográficas nas citações ao longo do texto ............................ 81
B.3 – Bibliografia ............................................................................................... 82
B.3.1 – Considerações gerais .......................................................................... 82
B.3.2 – Aplicação da norma APA ................................................................... 83
B.3.2.1 – Considerações gerais .................................................................... 83
B.3.2.1.1 – Autor ...................................................................................... 83
B.3.2.1.2 – Título ..................................................................................... 84
B.3.2.1.3 – Local de publicação ................................................................ 84
B.3.2.1.4 – Editor ..................................................................................... 85
B.3.2.1.5 – Data de publicação ................................................................. 85
B.3.2.1.6 – Numeração ............................................................................. 85
B.3.2.1.7 – Disponibilidade e acesso a documentos electrónicos .............. 86
B.3.3 – Demonstração ..................................................................................... 86
B.3.3.1. – Documentos impressos ................................................................ 86
B.3.3.1.1 – Livros ..................................................................................... 86
B.3.3.1.2 – Volumes e partes de livros...................................................... 86
B.3.3.1.2 – Artigos, capítulos, etc. em livros............................................. 87
B.3.3.1.4– Artigos de revistas, jornais, etc. ............................................... 87
B.3.3.1.5 – Teses, dissertações, relatórios e outras provas académicas ...... 87
B.3.3.1.6 – Comunicações em congresso .................................................. 89
B.3.3.2 – Outros documentos impressos ...................................................... 89
B.3.3.2.1 – Normas................................................................................... 89
B.3.3.2.2 – Patentes .................................................................................. 89
B.3.3.2.3 – Legislação .............................................................................. 90
B.3.3.2.4 – Processos de Tribunal ............................................................. 90
B.3.3.3 – Documentos electrónicos .............................................................. 90

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B.3.3.3.1 – e-books, bases de dados e programas informáticos (termo
técnico: documentos electrónicos: Monografias, bases de dados e
programas) ..........................................................................................90
B.3.3.3.2 – Artigos e capítulos, etc. em e-books ........................................91
B.3.3.3.3 – Artigos em documentos electrónicos: revistas, jornais, etc. .....91
B.3.4 – Outras regras .......................................................................................92

ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 - Elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais ......................................18
Figura 2 - Capa em Estilo Arial..............................................................................28
Figura 3 - Capa em Estilo Times New Roman .......................................................29
Figura 4 - Folha de rosto em Estilo Arial ...............................................................30
Figura 5 - Folha de rosto em Estilo Times New Roman .........................................31
Figura 6 - Formatação do estilo de letra na capa e folha de rosto............................35
Figura 7 - Formatação da página e margens ...........................................................36
Figura 8 - Formatação da declaração de autor ........................................................39
Figura 9 - Formatação dos Títulos principais e de primeira ordem .........................40
Figura 10 - Formatação dos Títulos de segunda, terceira e quarta ordem ................41
Figura 11 - Formatação dos Títulos de quinta ordem..............................................42
Figura 12 – Projecto de Investigação da Monografia ..............................................51

ÍNDICE DE QUADROS
Quadro 1 – Abreviaturas comuns em trabalhos académicos ...................................42
Quadro 2 – Evidência, latência e pertinência nos objectos 1 e 2. ............................47
Quadro 3 – Aplicação da norma ISO 690 nas notas bibliográfica das citações ao
longo do texto nas publicações de apenas um autor .................................64
Quadro 4 – Aplicação da norma ISO 690 nas notas bibliográfica das citações ao
longo do texto nas publicações de dois ou mais autores...........................65
Quadro 5 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo livros
................................................................................................................70

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Quadro 6 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo
volumes e partes de livros ....................................................................... 70
Quadro 7 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo
artigos, capítulos, etc. em livros .............................................................. 70
Quadro 8 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo artigos
de revistas, jornais, etc. ........................................................................... 71
Quadro 9 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo teses,
dissertações, relatórios e outras provas académicas ................................. 71
Quadro 10 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo
comunicações em congressos .................................................................. 71
Quadro 11 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo
Normas ................................................................................................... 72
Quadro 12 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo
Patentes .................................................................................................. 72
Quadro 13 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo
Legislação .............................................................................................. 72
Quadro 14 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo
processo de tribunal ................................................................................ 73
Quadro 15 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos electrónicos do tipo e-
books, bases de dados e programas informáticos..................................... 73
Quadro 16 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos electrónicos do tipo e-
books, bases de dados e programas informáticos..................................... 74
Quadro 17 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos electrónicos do tipo
artigos em revistas, jornais, etc. .............................................................. 74
Quadro 18 – Aplicação da norma APA nas notas bibliográfica das citações ao longo
do texto nas publicações de apenas um autor .......................................... 81
Quadro 19 – Aplicação da norma APA nas notas bibliográfica das citações ao longo
do texto nas publicações de dois ou mais autores .................................... 81
Quadro 20 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo livros. 86
Quadro 21 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo volumes
e partes de livros ..................................................................................... 86
Quadro 22 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo artigos,
capítulos, etc. em livros .......................................................................... 87

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Quadro 23 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo artigos
de revistas, jornais, etc. ...........................................................................87
Quadro 24 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo teses,
dissertações, relatórios e outras provas académicas .................................87
Quadro 25 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo
comunicações em congressos ..................................................................89
Quadro 26 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo Normas
................................................................................................................89
Quadro 27 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo Patentes
................................................................................................................89
Quadro 28 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo
Legislação ...............................................................................................90
Quadro 29 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo processo
de tribunal ...............................................................................................90
Quadro 30 – Aplicação da norma APA para documentos electrónicos do tipo e-
books, bases de dados e programas informáticos .....................................90
Quadro 31 – Aplicação da norma APA para documentos electrónicos do tipo e-
books, bases de dados e programas informáticos .....................................91
Quadro 32 – Aplicação da norma APA para documentos electrónicos do tipo artigos
em revistas, jornais, etc. ..........................................................................91

ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Intervalo de variação de temperatura, radiação a concentração de NH4 e
NO3 na água superficial dos pontos de amostragem S1, S2 e S3,
localizados no estuário do Tejo ...............................................................48

ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico 1- Distribuição de um parâmetro em função do tempo para duas condições
................................................................................................................49
Gráfico 2- Distribuição relativa de quatro condições de uma variável ....................49
Gráfico 3- Distribuição de quatro variáveis em função da quantidade de parâmetro
nas categorias a, b, c e d ..........................................................................50

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Gráfico 4- Distribuição de quatro variáveis em função da quantidade de parâmetro
nas categorias a, b, c e d.......................................................................... 50

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INTRODUÇÃO

Chegados ao ensino superior os estudantes encontram sérias dificuldades


quando lhes é solicitado, no âmbito das diferentes unidades curriculares, que
elaborem trabalhos académicos de cariz científico. Essa dificuldade agudiza-se
sobretudo nas fases finais do percurso universitário, em virtude de terem de
desenvolver projectos e/ou Monografias no âmbito da vertente investigativa ou de
pesquisa reflectida nos diferentes planos de estudos dos cursos da Universidade
Jean Piaget de Angola (UniPiaget).

Nesta fase avançada da evolução das aprendizagens é exigido que o estudante


desenvolva uma pesquisa ou investigação, isto é, elabore um projecto, aplique no
terreno os procedimentos para atingir os objectivos a que se propõe e elabore um
documento relatório, obrigatoriamente, inovador, de maior rigor e extensão que
todos os outros trabalhos académicos realizados.

Assim, o presente documento, acerca da Normas Orientadoras de Preparação e


Elaboração da Monografia, tem como objectivo contribuir para a normalização dos
processos de elaboração de trabalhos científicos e foi desenvolvido com o sentido
de acompanhar a evolução do processo de Monografia e de trabalhos académicos
exigidos ao longo da formação para a graduação, não constituindo, de forma
alguma, uma ruptura com as Normas anteriores, mas sim, um maior
aprofundamento de natureza formal e didáctica.

Qualquer trabalho escrito de âmbito académico e/ou científico deverá sempre


privilegiar o conteúdo em detrimento da forma. Contudo as presentes normas, ao
circunscreverem os critérios de forma, apenas ambicionam valorizar o conteúdo,
distinguindo a qualidade do estudo. O trabalho escrito elaborado pelo estudante
deve ter em conta que se trata de um produto final, resultante de uma pesquisa ou de
uma investigação, que tem como objectivo satisfazer os leitores de obras

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especializadas, provenientes da comunidade académica (como professores,


investigadores e outros estudantes), do âmbito profissional e o público em geral.
Portanto ressalta-se a pertinência do carácter de inovação, precisão, rigor e alcance
destes trabalhos que, por um lado, devem representar e espelhar o ponto de vista do
autor e, por outro, ao serem produzidos, apresentados e defendidos, representam,
igualmente, a perspectiva do(s) orientador(es) e da instituição que os acolheu.

Tendo em conta todos requisitos impostos para a elaboração destes trabalhos


surge a inquietação de construir um documento normalizador que apoie
orientadores e acompanhe os estudantes ao longo deste processo objectivando
garantir uma certa uniformidade da qualidade na redacção da Monografia. As
normas aqui apresentadas dispõem-se servir um contexto tão amplo quanto possível
de modo a permitir a sua utilização pelos estudantes das diversas licenciaturas,
desde os ramos das ciências exactas às ciências sociais.

Todos os trabalhos académicos têm de ser sempre tutorados e supervisionados,


por um ou mais especialista na área técnico-científica a que dizem respeito as áreas
de conhecimento tratadas - o(s) orientador(es), e, muitas vezes, é desejável o
acompanhamento pela equipa metodológica. Academicamente, o estudante de
Licenciatura, Mestrado ou Doutoramento, não é considerado como tendo
capacidades e competências adequadas e suficientes para realizar um trabalho
científico por modo próprio, portanto, só o poderá fazer sempre que devidamente
acompanhado pela equipa de orientação que lhe foi atribuída. Portanto, o processo
desenvolvido pelo estudante para executar a Monografia, embora quase sempre
tenha algum grau de penosidade, nunca deverá ser solitário. A equipa de orientação,
designadamente, o(s) orientador(es) e o Departamento de Altos Estudos e Formação
Avançada (DAEFA) da UniPiaget desempenham um papel fundamental no
acompanhamento do desenvolvimento do processo Monográfico e na garantia de
um resultado final de qualidade.

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Assim sendo, o DAEFA, organizou, no presente ano lectivo, este documento
que está dividido da seguinte forma: no primeiro capítulo abordam-se os conceitos e
a exigências relativas ao Trabalho Académico Monográfico; no segundo os aspectos
formais e as regras de elaboração da Monografia; no terceiro as Normas de
Referenciação Bibliográfica e, finalmente, no quarto capítulo as Considerações
Éticas e Deontológicas.

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1 - TRABALHO ACADÉMICO MONOGRÁFICO

Do ponto de vista académico, para os cursos de graduação, o estudo


monográfico de conclusão é a Monografia, para os mestrados a Dissertação e para
os doutoramentos a Tese, para estes dois últimos, os trabalhos têm de ser inéditos.
O trabalho académico monográfico está previsto nos diferentes planos de estudo da
UniPiaget no âmbito de uma unidade curricular a ser frequentada pelos estudantes
no último ano da formação de graduação onde é exigida a elaboração de um
trabalho de pesquisa ou investigação. Qualquer trabalho académico monográfico
deverá ser rigoroso, original (tema único e bem delimitado), revelar a capacidade do
autor/investigador para sistematizar o conhecimento numa determinada área
técnico-científica, estar bem estruturado e respeitar as normas de elaboração e as
regras institucionais, deontológicas e éticas.

1.1 - Definição

A Monografia é um trabalho académico que deve utilizar uma linguagem


didáctica, cuja finalidade é transmitir conhecimentos. Etimologicamente a palavra
Monografia significa “mónos” - único e “gráphein” – escrever. Por definição
Monografia é uma exposição ampla, tratado ou um estudo particularizado sobre um
tema das humanidades, da ciência, da tecnologia, da arte ou sobre assuntos
relacionados, em geral, elaborado por um autor, que deve mostrar maturidade
científica, avaliação técnica e capacidade de utilização das fontes. Na UniPiaget
estabeleceu-se o princípio que este trabalho seja sempre desenvolvido por um único
autor.

O trabalho monográfico pode constituir-se como o resultado de uma


investigação empírica, de complexidade variável, sobre um único tema bem

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delimitado. Qualquer Monografia tem por base uma pesquisa bibliográfica,
diversificada e actual, que poderá ser consubstanciada com resultados práticos
resultantes da investigação por aplicação de metodologia. Portanto, a Monografia
consiste na expressão, por escrito, do resultado de uma investigação ou pesquisa.

1.2 - Regras de Redacção

A redacção de uma Monografia deve observar alguns procedimentos:

− Conhecer o tema da Monografia e seus objectivos;

− Concatenar ideias e informar de maneira lógica;

− Respeitar as regras gramaticais;

− Evitar a argumentação demasiado abstracta;

− Usar vocabulário técnico quando estritamente necessário;

− Evitar a repetição de detalhes supérfluos;

− Manter a unidade e equilíbrio das partes;

− Proceder a uma revisão cuidada da redacção.

1.3 - Estilo

Do ponto de vista do estilo deve-se optar pelo texto científico, seguindo um


plano de trabalho, regras e normas que, basicamente visam a homogeneidade e a
qualidade, no que respeita à exposição do assunto tratado, à metodologia e ao
produto final. Embora o estilo individual deva ser respeitado, devem observar-se os
seguintes aspectos:

− Clareza;

− Linguagem directa, precisa e aceitável;

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− Frases curtas e concisas;

− Simplicidade, evitando-se o estilo prolixo, retórico ou confuso;

− Vocabulário adequado;

− Objectividade.

1.4 - Estrutura e Conteúdo

O conteúdo da Monografia deverá versar temas no âmbito do curso que o


estudante está a frequentar, deverá reflectir o culminar do seu processo de
formação, idealmente, deverá ser um tema do seu interesse, contudo, deverá ter em
conta o interesse social e académico, bem como, as necessidades da região ou do
país. A Monografia deverá obedecer a uma estrutura composta por elementos:
pré-textuais, textuais e pós-textuais. Alguns dos elementos pré- e pós-textuais são
facultativos, mas todos os elementos textuais são obrigatórios. A sua estrutura é a
seguinte:

− Elementos Pré – Textuais:

∙ Capa (obrigatório e deve estar em uniformidade com o modelo em


uso na UniPiaget);

∙ Folha de rosto (obrigatório);

∙ Epígrafe (opcional);

∙ Dedicatória (opcional);

∙ Agradecimentos (opcional);

∙ Declaração de autor (obrigatório);

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∙ Índices (deve constar o índice geral e, alternativamente, índices
específicos de tabelas, gráficos, figuras, ou outros que constarem
como elementos de representação ao longo do texto);

∙ Abreviaturas, siglas ou símbolo (obrigatório se estes elementos


constarem ao longo do texto);

− Elementos textuais ou corpo de texto (Desenvolvimento):

∙ Resumo (obrigatório);

∙ Abstract (obrigatório);

∙ Introdução (obrigatório);

∙ Fundamentação Técnico-Científica (obrigatório);

∙ Opções Metodológicas do Estudo (obrigatório);

∙ Resultados e discussão (obrigatório);

∙ Conclusões (obrigatório);

∙ Referências bibliográficas (obrigatório);

− Elementos Pós-textuais:

∙ Glossário (opcional);

∙ Anexos (opcional);

∙ Apêndices (opcional).

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Figura 1 - Elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais

1.4.1 - Elementos pré-textuais

1.4.1.1 – Capa

Na capa deve constar o nome da universidade (Universidade Jean Piaget de


Angola), faculdade, Monografia, título, nome do estudante, licenciatura, opção,
nome do orientador, nome do co-orientador, local e data de entrega (Viana).

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1.4.1.2 – Folha de Rosto

A folha de rosto é a folha que se segue à capa e deve incluir o nome da


universidade (Universidade Jean Piaget de Angola), título, nome do estudante,
licenciatura, opção, local de Estágio e período de realização (caso tenha havido) e
da Monografia.

1.4.1.3 – Epígrafe

A epígrafe é opcional. Trata-se de citação de um pensamento, destacado


«entre aspas» e indicando o nome do autor.

1.4.1.4 – Dedicatória

A dedicatória é opcional. Página onde se presta homenagem a alguém.

1.4.1.5 – Agradecimentos

O agradecimento é opcional, neste espaço o autor pode agradecer a pessoa(s)


e/ou instituição(ões) que directa ou indirectamente auxiliaram na elaboração do
trabalho, assim como a referência a bolsas que programas que financiaram o estudo.

1.4.1.6 – Declaração de autor

No trabalho monográfico a apresentação da declaração de autor, referindo até


que ponto a Monografia é trabalho do próprio autor, devidamente assinada e
preenchida, é de carácter obrigatório.

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1.4.1.7– Índices

1.4.1.7.1 - Índice Geral


Listagem dos índices do texto (três a quatro níveis) com indicação do
momento da página onde o tema se inicia. Este índice pode ser inserido
automaticamente pelo programa de processamento do texto.

1.4.1.7.2 – Índice de Quadros, Tabelas e Figuras


Índice a incluir para cada um dos aspectos: quadros, tabelas ou figuras, sempre
que estes elementos apareçam no texto em número suficiente para justificarem uma
listagem.

1.4.1.8 – Abreviaturas, Siglas ou Símbolos

Trata-se da apresentação em forma de listagem de todas as abreviaturas, siglas


ou símbolo e correspondente significado utilizados no texto, sempre que apreçam
no texto em número suficiente para justificarem uma listagem.

1.4.1.9 – Resumo

O resumo, sinopse ou resumo analítico, deve conter de forma sucinta, clara e


objectiva as questões mais importantes tratadas na Monografia. Deverá ser uma
síntese dos objectivos, métodos utilizados, resultados obtidos, discussão e
conclusões. Não deve conter referências bibliográficas, deve conter apenas um
parágrafo e 300 palavras. Em parágrafo próprio deverá constar o conjunto palavras-
chave (de três a seis).

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1.4.1.10 – Abstract

Versão do resumo em outros idiomas de divulgação internacional, deve ser a


tradução literal do resumo em português e das palavras-chave logo abaixo do texto.
Pode ser traduzido nas seguintes línguas: Inglês e Francês - línguas leccionadas na
UniPiaget.

1.4.2 – Elementos textuais (Corpo do trabalho)

O corpo do trabalho ou texto exprime o conteúdo do trabalho e constitui a sua


parte mais extensa. Este corpo é constituído por 6 partes obrigatórias: Introdução;
Fundamentação Técnico-Científica; Opções Metodológicas do Estudo; Resultados e
Discussão; Conclusões; Referências Bibliográficas. Os Anexos e Apêndices podem
ser incluídos sempre que sejam referidos no texto.

1.4.2.1 – Introdução

É a primeira imagem do trabalho, pelo que é feita a apresentação do assunto a


ser tratado, sendo necessário dar a informação mais objectiva e exaustiva possível
do tema e da finalidade da investigação ou pesquisa. Por outro lado, é onde se relata
o que se pretende com o trabalho, esclarecendo os objectivos: “o que” pretendemos;
“por quê” e “como” tencionamos lá chegar. Nesta parte do trabalho escrito é
necessário justificar a escolha do tema, métodos empregues e delimitação precisa
dos limites empíricos e dos períodos abrangidos. Deve ser indicado o ponto de vista
do autor relativamente ao tema, bem como, fazer a integração e a justificação do
tema em função das aprendizagens e experiências curriculares retidas pelo
estudante. A introdução deve ser breve e informativa com algumas referências
chave que orientem a leitura da Monografia, sempre validadas de forma inequívoca
pelas fontes indicadas nas respectivas notas bibliográficas. Em suma, a introdução
deve conter o assunto, o tema, o afloramento e definição do problema, a relevância,

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actualidade e possibilidades que trabalho oferece e a enumeração dos objectivos


gerais e objectivos específicos.

1.4.2.2 – Fundamentação Técnico-Científica

Este capítulo define o enquadramento teórico do objecto de estudo da


Monografia. Descreve duma forma analítica, sistematizada e breve as teorias de
sustentação da análise efectuada, com indicação rigorosa das notas bibliográficas,
permitindo situar o objecto de estudo, segundo as diferentes perspectivas e
conhecimentos que deverão ser confrontados e, a partir daí, justificar o(s) sentido(s)
da(s) hipótese(s), das variáveis ou do problema a ser estudado.

1.4.2.3 – Opções Metodológicas do Estudo

Este capítulo deve descrever a metodologia, os materiais, as técnicas


recorrendo à vertente quantitativas e/ou qualitativas. No entanto,
independentemente das diferenças de objectivo e de metodologia que venham a ser
desenvolvidas há indicações gerais e obrigatórias, como sejam:

− Descrição do modo de investigação utilizado;

− Definição da(s) hipótese(s) ou teoria(s) (se for o caso);

− Determinação dos principais factores ou variáveis a serem


considerados. O estudante deverá apresentar a codificação dos dados
obtidos (i.e. tipificar, categorizar e operacionalizar as variáveis);

− Descrição da População/Amostra do estudo, procedimentos,


justificação dos critérios de inclusão dos objectos de estudo e das
técnicas de amostragem;

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− Descrição dos métodos e técnicas aplicados (e não em abstracto ou com
longas transcrições de autores sobre metodologias)1;

− Descrição dos procedimentos relativamente ao tratamento e


apresentação dos dados ou da informação. Se forem utilizados
procedimentos estatísticos, eles devem ser convenientemente
explicados, designadamente a opção pelos testes paramétricos ou não
paramétricos e os limites da aceitação dos testes de hipóteses. Se forem
usados gráficos, deverão ser justificadas as opções pela utilização de
um determinado tipo de gráfico em detrimento de outros;

− Exposição dos principais aspectos relacionados com os direitos


humanos e éticos a ter em conta para a prossecução da investigação.

1.4.2.4 – Resultados e Discussão

Neste subcapítulo faz-se a apresentação dos dados, a análise e discussão.


Relata sucintamente os resultados obtidos e qual a resposta que fornecem ao(s)
problema(s) inicialmente colocados(s). Devem ser evitadas longas especulações e
extrapolações sobre os resultados obtidos. Devem ser apresentados de forma
objectiva os dados ou a informação obtida no trabalho de aplicação do instrumento,
obedecendo aos procedimentos expostos na secção da Metodologia. Se for o caso,
os resultados podem ser expostos em forma de texto ou tabelas. É recomendável,
quando pertinente, a utilização de gráficos, quadros e figuras para ilustrar os
resultados. É importante elucidar as análises, os cruzamentos, as inferências etc.,
que foram feitas com os dados obtidos, discutindo os seus resultados (reflexão sobre
os resultados apresentados, comparados com os resultados esperados e com os
obtidos nos estudos anteriormente referidos no corpo teórico) e relacionando-os

1 As longas citações escondem frequentemente a dificuldade do estudante em perceber e aplicar as


informações. Ainda que os estudantes tenham feito disciplinas de metodologia, as competências nesta área
exigem exercício e aprendizagem por tentativa de erro, que precisa ser bem acompanhada pelo Orientador.

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com os objectivos e com as questões ou as hipóteses (indutivas ou dedutivas).


Quando os resultados forem inconsistentes e/ou inesperados, deve o estudante
procurar justificá-los quer em termos metodológicos, quer em termos da literatura,
bem como, em termos das dificuldades práticas encontradas. Se forem utilizados
procedimentos estatísticos, e, em caso de gerarem uma grande quantidade de folhas
de resultados, deverão ser colocados como Apêndices, limitando-se neste tópico a
exposição aos principais resultados. Particularizando, de acordo com a metodologia
que pode ser seguida, nesta seção do trabalho deve:

− No caso das análises resultantes da aplicação dos métodos qualitativos,


apresentar os resultados mediante fotografias ou digitalizações do(s)
objecto(s) de estudo, transcrições integrais das entrevistas que deverão
ser descritas o mais exaustivamente possível.

Sempre que possível proceder no sentido de responder à(s) hipótese(s)


indutiva(s) levantada(s);

No caso das análises resultantes da aplicação dos métodos quantitativos


a apresentação de resultados deverá numa primeira fase recorrer à
análise descritiva valendo-se dos métodos de estatística descritiva (com
apresentação dos resultados de frequências absolutas e relativas). Na
descrição de dados deverão ser apresentadas as medidas de tendência
central (médias, mediana, moda e assimetria) e de dispersão (desvio
padrão e variância), de forma coerente. Assim, o estudante deverá
apresentar tabelas, ou em alternativa, gráficos, para descrever os
resultados (nunca deverão ser utilizadas tabelas e gráficos para
descrever os mesmos resultados). Todas as tabelas (ou todos os
gráficos) deverão estar devidamente legendados e referenciados no
texto que descreve os resultados da análise estatística. Sempre que for
pertinente poderão ser utilizados testes estatísticos de validação da(s)
hipótese(s), como, por exemplo: Teste T; Teste F (one-way ANOVA);

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ANOVA; Linearidade; Kruskall-Wallis (várias amostras
independentes); Wilcoxon (duas amostras emparelhadas); Mann-
Withney U (duas amostras independentes); Qui-quadrado.

Sempre que possível deverá ser apresentado o relacionamento, ainda


que indutivo, das variáveis inclusas na pergunta de partida/objectivos/
problema/hipótese(s).

1.4.2.5 – Conclusões

Nas conclusões, deve começar-se por desenvolver um resumo sucinto do


trajecto percorrido, faz-se a apresentação da(s) resposta(s) à(s) questão(ões)
orientadora(s) do tema tratado e do grau de alcance dos objectivos a que o estudante
se propôs. Trata-se da síntese dos resultados aos quais o estudante chegou, de uma
maneira simples e concisa. Deve ser uma súmula completa e objectiva de todos os
dados considerados importantes na elaboração do estudo, constituindo, tal como foi
referido, uma verdadeira síntese de toda a reflexão. O estudante deve fazer uma
reflexão acerca dos resultados obtidos, assim como, em torno validade do trabalho
de investigação ou pesquisa. Deve evidenciar quais são os principais contributos do
seu trabalho de investigação. Deve, igualmente, reflectir em torno da exequibilidade
do estudo e das suas limitações. O estudante deve evidenciar uma preocupação na
articulação da sua Monografia com as possibilidades de intervenção académica,
profissional e social para que o seu trabalho de investigação ou pesquisa não seja
“estéril”. Em jeito de remate pode fazer uma reflexão onde exponha as suas
considerações finais, que também constituem o começo de novas dúvidas,
indicações e aberturas para investigações ou pesquisas posteriores, e nesta base
deve igualmente incorporar neste ponto as recomendações, fruto da análise dos
resultados obtidos. Portanto, a incorporação das recomendações é de carácter
obrigatório e não é aceitável que as conclusões, no seu final, não terminem com as

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“recomendações”, enquanto exercício de projecção para a validade no concreto,


fruto da reflexão havida.

1.4.2.6 – Referências Bibliográficas

Aqui faz-se a apresentação da bibliografia utilizada, de acordo com as normas


definidas na subsecção 2.16 (Bibliografia, p. 45) e na secção 3 (Normas de
Referenciação Bibliográfica, p. 46 a 50). As referências bibliográficas podem ser de
natureza diversa: vídeos, artigos de jornais ou revistas, capítulos de livros,
legislação e textos em geral. As referências devem aparecer em nota de rodapé ou
fim de texto e capítulos.

1.4.3 - Elementos pós-textuais

1.4.3.1 – Glossário

O estudante dá aqui a explicação de certas palavras-chaves ou termos técnicos


pouco conhecidos para a compreensão do relatório.

1.4.3.2 – Apêndices e Anexos

Os apêndices são documentos de carácter informativo elaborados pelo autor da


Monografia (resumos, figuras, tabelas, quadros, fotografias, etc.). A inclusão, nesta
secção, do instrumento de recolha de dados é de carácter obrigatório.

Os anexos compreendem os documentos complementares da Monografia

(tabelas, figuras, formulários, etc.) que não foram elaborados pelo autor da

Monografia.

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2 - MONOGRAFIA: ASPECTOS FORMAIS E REGRAS

A apresentação física do relatório deverá obedecer a algumas regras


padronizadas. Quanto ao número de páginas a constar no trabalho o mínimo é de 60
e o máximo de 100 páginas, excluindo os elementos pós-textuais.

Nesta secção abordar-se-ão aspectos relacionados com a formatação da Capa,


da Folha de Rosto, da Páginas, da Declaração de Autor, dos Capítulos, da paginação
e, de igual modo, dos conteúdos e organização dos elementos pré-textuais, textuais
e pós-textuais. Aqui encontram-se evidentes indicações quanto ao tipo e tamanho da
folha, numeração da paginação, tipo e tamanho do corpo de letra.

Encontram-se patentes outras indicações relacionadas com os cuidados na


redacção do texto quanto aos números, moedas, pesos e medidas, datas, notas e
expressões latinas, assim como, em relação ao tipo de apresentações pictóricas
permitidas (Figuras, Quadros, Gráficos e Esquemas).

Uma parte importante desta secção foi reservada à forma de elaboração das
citações e notas bibliográficas, bem como, à construção da Bibliografia.

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2.1 - Formatação da Capa

Figura 2 - Capa em Estilo Arial

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Figura 3 - Capa em Estilo Times New Roman

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2.2 - Formatação da Folha de Rosto

Figura 4 - Folha de rosto em Estilo Areal

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Figura 5 - Folha de rosto em Estilo Times New Roman

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2.3 - Tamanho da Folha

− Papel padrão: folha de tamanho A4;


− Cor clara, preferencialmente branca;
− Tinta preta.

2.5 - Tipo e Corpo de Letra

− Os tipos e corpos de letras utilizados na capa e folha de rosto devem ser


os mesmos que o utilizado no trabalho escrito;
− O estudante poderá optar por dois corpos de letra para a mancha de
texto:
∙ Tipo de letra “Arial”, tamanho “12 pto”;
∙ Tipo de letra “Times New Roman”, tamanho “13 pto”;
− Os títulos principais deverão apresentar-se em formato maiúsculo,
“negrito” e com tamanho de letra “4 pto” acima do tamanho de letra da
mancha do texto (Arial 16 ou Times 17);
− Os títulos de primeira ordem deverão apresentar-se em formato
maiúsculo, “negrito” e com tamanho de letra “3 pto” acima do tamanho
de letra da mancha do texto (Arial 15 ou Times 16);
− Os títulos de segunda ordem deverão apresentar-se em formato
“maiúscula no início da frase”, “negrito” e com tamanho de letra “2
pto” acima do tamanho de letra da mancha do texto (Arial 14 ou Times
15);
− Os títulos de terceira ordem deverão apresentar-se em formato
“maiúscula no início da frase”, “negrito” e com tamanho de letra “1
pto” acima do tamanho de letra da mancha do texto (Arial 13 ou Times
14);

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− Os títulos de quarta ordem deverão apresentar-se em formato
“maiúscula no início da frase”, “sublinhado” e com tamanho de letra
igual ao tamanho de letra da mancha do texto (Arial 12 ou Times 13);
− Os títulos de quinta ordem deverão apresentar-se em formato
“maiúscula no início da frase”, “itálico” e com tamanho de letra igual
ao tamanho de letra da mancha do texto (Arial 11 ou Times 12);
− A utilização do “negrito” e “itálico” fica ao critério do autor do
relatório, mas desde já se adianta, que tais efeitos do texto devem ser
usados com parcimónia, coerência e desde que se justifique;
− As citações textuais longas (mais de três linhas), dentro de aspas (« »),
formato “itálico” e com tamanho de letra “1 pto” abaixo do tamanho de
letra da mancha do texto (Arial 11 ou Times 12);
− Legendas e Fontes de recursos pictóricos:

∙ Legenda:
∙ Designação específica: Tabela, Quadro, Figura ou
Gráfico;
∙ Numeração árabe e sequencial;
∙ Centrados, em formato “negrito” e com tamanho de letra “2 pto”
abaixo do tamanho de letra da mancha do texto (Arial 10 ou
Times 11);
− Capa:
∙ Designação da Faculdade – centrado, em formato “Todas as
Iniciais em Maiúsculas”, “negrito” e com tamanho de letra “2
pto” acima do tamanho de letra da mancha do texto (Arial 14 ou
Times 15);
∙ Monografia – centrado, em formato “Maiúsculas”, “negrito” e
com tamanho de letra “6 pto” acima do tamanho de letra da
mancha do texto (Arial 18 ou Times 19);
∙ Título da monografia – centrado, em formato “Maiúsculas”,
“negrito” e com tamanho de letra “4 pto” acima do tamanho de
letra da mancha do texto (Arial 16 ou Times 17);
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∙ Autor, Licenciatura, Opção, Orientador e/ou Co-orientador –


cada um num parágrafo, alinhados à esquerda, em formato
“Todas as Iniciais em Maiúsculas”, “negrito” e com tamanho de
letra “1 pto” acima do tamanho de letra da mancha do texto
(Arial 13 ou Times 14);
∙ Local e data – centrado, em formato “Maiúscula no início da
frase”, “negrito” e com tamanho de letra igual ao tamanho de
letra da mancha do texto (Arial 12 ou Times 13).
− Folha de rosto:
∙ Designação da Faculdade – centrado, em formato “Todas as
Iniciais em Maiúsculas”, “negrito” e com tamanho de letra “2
pto” acima do tamanho de letra da mancha do texto (Arial 14 ou
Times 15);
∙ Monografia – centrado, em formato “Maiúsculas”, “negrito” e
com tamanho de letra “6 pto” acima do tamanho de letra da
mancha do texto (Arial 18 ou Times 19);
∙ Título da monografia – centrado, em formato “Maiúsculas”,
“negrito” e com tamanho de letra “4 pto” acima do tamanho de
letra da mancha do texto (Arial 16 ou Times 17);
∙ Autor, Licenciatura, Opção – cada um num parágrafo, centrado,
em formato “Todas as Iniciais em Maiúsculas”, “negrito” e com
tamanho de letra “1 pto” acima do tamanho de letra da mancha
do texto (Arial 13 ou Times 14);
∙ Local e data – centrado, em formato “Maiúscula no início da
frase”, “negrito” e com tamanho de letra igual ao tamanho de
letra da mancha do texto (Arial 16 ou Times 17).

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Figura 6 - Formatação do estilo de letra na capa e folha de rosto

Times New Roman 8 0


0 0 Times New Roman 12
Times New Roman 8 0
0 Arial 14 ou
Times New Roman15

Arial 18 ou Times New Roman 19

Arial 16 ou
Times New Roman 17

Arial 13 ou Times New Roman 14

Arial 12 ou Times New Roman 13

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Figura 7 - Formatação da página e margens

2 cm
3 cm

2 cm
3,5 cm

2 cm

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2.6 - Formatação das Páginas

Margens:
− Três centímetros (3 cm) para a superior e a esquerda, dois centímetros
(2 cm) para a inferior e a direita
− Se a encadernação da Monografia for com espiral, recua-se 3,5
centímetros na margem esquerda.
Parágrafos:
− Estrutura do parágrafo da mancha do texto:
∙ Um centímetro (1 cm) logo no início do texto, isto é, na entrada do
parágrafo;
∙ Espaçamento: antes e depois de “6 pto”;
∙ Espaçamento das linhas: um espaço e meio (1,5 linhas)
∙ Justificado.
− Citações directas (textuais) longas (mais de três linhas):
∙ Dois centímetros (2 cm) da margem esquerda;
∙ Espaçamento: antes e depois de “6 pto”;
∙ Espaçamento das linhas: um espaço (1 linha);
∙ Justificado.
− Legendas de recursos pictóricos (tabelas, quadros, figuras e gráficos):
∙ Acima do recurso pictórico;
∙ Espaçamento: antes de “24 pto” e depois de “0 pto”;
∙ Espaçamento das linhas: um espaço (1 linha);
∙ Centrado.
− Fontes de recursos pictóricos (tabelas, quadros, figuras e gráficos):
∙ Logo abaixo do recurso pictórico;
∙ Espaçamento: antes de “0 pto” e depois de “24 pto”;
∙ Espaçamento das linhas: um espaço (1 linha);

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∙ Centrado.
− Referências Bibliográficas:
∙ Sem tabulação (encostado à esquerda);
∙ Avanço especial pendente de um centímetro (1 cm);
∙ Espaçamento: antes e depois de “6 pto”;
∙ Espaçamento das linhas: um espaço (1 linha);
∙ Justificado.

2.4 - Numeração

− Usar números árabes;


− Paginação:
∙ Nos elementos pré-textuais, com a excepção da Capa e da Folha
de Rosto (que não são paginadas) deve ser feita em numeração
romana;
∙ Nos elementos textuais inicia-se com algarismos árabes, sendo a
primeira página do texto a Introdução;
∙ Colocada no canto inferior direito, fazendo coincidir o último
algarismo com a margem direita do texto;
∙ Os apêndices e anexos não são incluídos na numeração do
trabalho escrito.

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2.7 – Declaração de Autor

Figura 8 - Formatação da declaração de autor

Declaração do autor:

Declaro que este trabalho escrito foi levado a cabo de acordo com os regulamentos da
Universidade Jean Piaget de Angola (UniPiaget) e em particular das Normas Orientadoras de
Preparação e Elaboração da Monografia, emanadas pelo Departamento de Altos Estudos e
Formação Avançada (DAEFA). O trabalho é original excepto onde indicado por referência
especial no texto. Quaisquer visões expressas são as do autor e não representam de modo nenhum
as visões da UniPiaget. Este trabalho, no todo ou em parte, não foi apresentado para avaliação
noutras instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras. Mais informo que a norma
seguida para a elaboração do trabalho escrito foi a:

Norma ISO 690 ................................... o (a)


Norma APA (6.ª Edição) ..................... o (a)

Assinatura:________________________________________________

Data:_______/_______/201___

a) Incluir apenas uma das Normas disponibilizadas. Eliminar a não adoptada.

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2.8 - Formatação dos Capítulos

Figura 9 - Formatação dos Títulos principais e de primeira ordem

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Figura 10 - Formatação dos Títulos de segunda, terceira e quarta ordem

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Figura 11 - Formatação dos Títulos de quinta ordem

Poder-se-á prescindir da palavra capítulo quando se opta por uma numeração à


qual se segue um título (ex.: 1. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA; 2.
OPÇÕES METODOLÓGICAS DO ESTUDO; 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO;
etc.).

Observação: O início de cada capítulo deverá abrir uma página nova.

2.9 – Abreviaturas, siglas ou símbolos

Sugerem-se algumas abreviaturas comummente aplicadas em trabalhos


monográficos, a título de exemplo.

Quadro 1 – Abreviaturas comuns em trabalhos académicos


Abreviatura Descrição
AA. VV. vários autores
ap ou apud citado por, segundo (citação indirecta ou de segunda mão)
cap. Capítulo
cit. Por citado por
Cf ou infra conferir linhas ou páginas adiante ou abaixo
cf. ou supra conferir linhas ou páginas atrás
conf., cf., cfr., Conferir, confrontar

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Quadro 1 – Abreviaturas comuns em trabalhos académicos
Abreviatura Descrição
coord. Coordenador
d.C. depois de Cristo
ed. edição, editor
Fonte: VAZ-FREIXO (2011, pp. 239-240)
ed. rev. edição revista
ed. corr. edição corrigida
e.g. ou ex. Exemplo
et al. vários autores; e outros
fasc. Fascículo
ibid. ou ibidem, (o mesmo lugar): indica que o trecho foi extraído da mesma
obra e da mesma página de autor já referido em nota imediatamente
anterior
id. ou idem, do mesmo autor já citado: o trecho em questão vem do mesmo
autor a que se refere a última nota. A abreviatura id., ibid. Podem vir juntos
seguidos do número de página (ver exemplos)
i. e. isto é, que dizer...
Infra p. ou infra pp. Indica página(s) abaixo
loc. cit. (loco citatum) Na obra citada
m. q. o mesmo que...
n. nome; número ou fascículo
n.º/no./núm. número ou fascículo
n. p. não paginado
ob. cit. (opere citato) citação extraída do mesmo lugar ou da mesma obra anteriormente citados.
op. cit. (opus citatum) na obra citada
org. Organização
p. ou pág. Página
p.__ ss. página __ e seguintes
pp. Páginas
p. ex. por exemplo
Passim aqui e ali, em várias passagens
per se por si exclusivamente
s/ data, s/d. ou s.d. sem data
s/ed. ou s.ed. sem editora
Sic assim como, bem assim
s.l. ou s/l. sem local
s.n.t. sem local, editora e data
supra p. ou supra pp. indica a(s) página(s) acima
trad. Tradução
vol. Volume
Fonte: VAZ-FREIXO (2011, pp. 239-240)

Sugerem-se igualmente algumas regras quanto ao uso das abreviaturas, siglas


e símbolos:

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− O recurso às abreviaturas e siglas só deve ser realizado para evitar a


repetição frequente de palavras;
− Nunca se deve começar uma frase com uma abreviatura, sigla ou
símbolo;
− O uso de um número elevado de abreviaturas, siglas ou símbolos
implica a inclusão no relatório de uma lista de correspondência;
− Quando se usa uma sigla esta deve ser descodificada a primeira vez que
é usada colocando entre parêntesis a sigla que a partir daí se usará;
− A lista de abreviaturas, siglas ou símbolos deve colocar-se entre o
resumo e os agradecimentos.

2.10 - Números, moedas, pesos e medidas

− Números: Os números até dez devem ser escritos por extenso quando o
contexto não for estatístico;
− Moedas: Quando o contexto expressa uma quantia simples de dinheiro,
escreve-se por extenso (O livro custa dez euros);
− Quando o contexto expressa quantias complexas de dinheiro recorre-se
aos algarismos (O livro custa 15,25 euros);
− Pesos e medidas: Em contextos não estatísticos escrevem-se por
extenso (Comprou um quilo de arroz numa mercearia a cem metros de
casa). Em contextos de apresentação de dados usam-se as unidades do
Sistema Internacional (As cidades de Portalegre e Lisboa distam entre
si 236 km).

2.11 - Datas

− Devem escrever-se na sua forma completa (ex.: 25 de Abril de 1974);


− Quando é necessário recorrer à forma abreviada, são possíveis duas
sequências:

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Dia-Mês-Ano (ex.: 25-04-1974) ou Mês-Dia-Ano (ex.: 04-25-
1974);
− Para referências temporais entre duas datas, usam-se as formas
completas (ex.: de 1974 a 2002);
− Para referência à era a.C. sucede o ano e d.C. precede-o (ex.: 57 a.C. e
d.C. 579);
− Em datas aproximadas, usa-se o termo circa, (abreviatura c, ex.: c
1925);
− No registo de datas, os números inclusivos devem ser dados sempre até
ao algarismo das dezenas (ex.: 1950-54);
− Os séculos devem ser escritos da seguinte forma: séc. XIX e sécs. XIX-
XX.
− As décadas devem ser escritas da seguinte forma: anos 20 (e não 1920s,
etc.).

2.12 - Expressões latinas

Em notas bibliográficas

− ap. (Apud): citado por;


− ib. (ibidem): a mesma obra já referida;
− id. (idem): o mesmo autor, referido anteriormente;
− loc. cit. (loca citato): no lugar citado;
− op. cit. (opus citatum): na obra citada;
− pas. (aqui passin): aqui e ali, em várias páginas e trechos;
− In (in) referência a capítulos de livros, artigos, ensaios ou trabalhos
publicados em dicionários, enciclopédias, actas de congressos e
colectâneas (publicações não periódicas);
− Outras abreviaturas como: cf. (confira), v. (vide ou veja), fig. (figura),
il. (ilustração), também são usadas em rodapé.

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Em referência bibliográfica:

− et al. (et alii): e outros, expressão usada quando a obra tem mais de dois
autores;
− s.l. (sine loco): usado entre colchetes quando não é possível saber de
publicação da obra;
− s.n. (sine nomine): usado entre colchetes quando não é possível saber a
editora da obra.

2.13 – Recursos Pictóricos

Todas as tabelas, gráficos, quadros e ilustrações devem ser precedidos de


numeração (sequencial), título e, se for caso disso, na parte inferior deve constar a
fonte dos dados.

A numeração das tabelas, gráficos, quadros e ilustrações deve ser feita em


algarismos árabes (1, 2, 3, ...).

Tabelas, gráficos, quadros e ilustrações deverão estar devidamente


legendados.

− Qualquer gráfico, figura, quadro ou esquema deve ser apresentado de


uma forma completa, isto é, com os elementos suficientes para poder
ser avaliado independentemente das considerações que sobre ele se
façam no texto;

− A escolha do formato específico de qualquer gráfico, figura, quadro ou


esquema deve respeitar a limitação dos próprios dados;

− As figuras inseridas nos capítulos deverão ser numeradas, centradas e


legendadas (o tamanho do corpo de letra de ser “10 pto”);

− A numeração dos gráficos, figuras, quadros ou esquemas deve ser


contínua ao longo do trabalho e não é feita página a página;

46 © Coordenação Científica do Doutoramento | 2012-2015-2018


− Sempre que forem incluídos gráficos, figuras, quadros ou esquemas de
outros autores, estes devem ser referenciados no final da legenda
colocando os componentes autor, ano e página. Veja os exemplos que
se seguem.

2.13.3 - Quadros

Os quadros podem ser usados como elementos pictóricos de síntese de


aspectos teóricos, servem, por exemplo, para apresentar informação de texto.
Sugere-se a sua utilização na Fundamentação Técnico-Científica ou para apresentar
o tratamento da informação resultante da análise de conteúdo quando são usados os
métodos qualitativos.

Exemplo 1

Quadro 2 – Evidência, latência e pertinência nos objectos 1 e 2.


Design do Objecto Evidência Latência Pertinência
Objecto 1 Sim Sim Não
Objecto 2 Não Não Sim
Fonte: Sempre que um quadro seja retirado integralmente de uma publicação de autor ou seja
adaptado deverá ser colocada aqui a origem. Ex.: Fonte: AUTOR, Ano, p. X ou alternativamente
se se tratar de uma adaptação Adaptado de AUTOR (Ano, p. X)

2.13.2 - Tabelas

As tabelas podem ser usadas como elementos pictóricos de exposição da


síntese de contabilizações, servem, por exemplo, para a apresentação de informação
de tipo numérica. Sugere-se a sua utilização para a apresentação de resultados, no
capítulo correspondente, sendo muito usual a sua aplicação nos métodos
quantitativos.

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Exemplo 2

Tabela 1 - Intervalo de variação de temperatura, radiação a concentração de NH4 e NO3 na


água superficial dos pontos de amostragem S1, S2 e S3, localizados no estuário do Tejo
Pontos de Temperatura Radiação NH4 NO3
amostragem (° C) (µmolm-2s-1) (µM) (µM)
Ponto S1 18 – 24 500 - 1400 3,4 - 6,9 0,04 - 0,07
Ponto S2 19 – 23 250 - 1800 3,5 - 18,9 0,03 - 0,09
Ponto S3 19 – 21 120 - 870 4,0 - 5,2 0,01 - 0,08

2.13.4 - Gráficos

Haverá lugar à inclusão de um gráfico quando os elementos que


constituem a tabela forem de leitura mais complexa.

Existem muitos tipos diferentes de gráficos. A escolha do tipo de gráfico


(lineares, de círculos, colunas, barras entre outros) está relacionada ao tipo de
informação a ser apresentada. Sugere-se o uso de:

− Gráficos de linhas - para dados crescentes e decrescentes: onde as


linhas unem os pontos enfatizando desta forma o movimento; Usado
para mostrar informações que estão de alguma forma ligadas entre si
(como as alterações ao longo do tempo);

− Gráficos de círculos - usados para dados proporcionais; Portanto, mais


utilizado para mostrar dados de pesquisas que está a ser relatada em
percentagens;

− Gráficos de colunas ou de barras - para estudos transversais ou durante


um dado período; dados comparativos de diferentes variáveis. Mais
utilizado para mostrar dados de pesquisas que está a ser relatada em
percentagens ou em contagens.

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Exemplo 4 - Gráfico de linhas

Gráfico 1- Distribuição de um parâmetro em função do tempo para duas condições


1,2

1
Parâmetro (unidades)

0,8

0,6
Variável 1

0,4 Variável 2

0,2

0
Categoria a Categoria b Categoria c Categoria d
Tempo (unidade de tempo)

Exemplo 5 - Gráfico de circular

Gráfico 2- Distribuição relativa de quatro condições de uma variável

Variável

5%

20% Condição 1
Condição 2
Condição 3
60% 15% Condição 4

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Exemplo 6 - Gráfico de colunas

Gráfico 3- Distribuição de quatro variáveis em função da quantidade de parâmetro nas


categorias a, b, c e d
1,2

1
Parâmetro (unidades)

0,8
Categoria a
0,6 Categoria b
Categoria c
0,4 Categoria d

0,2

0
Variável 1 Variável 2 Variável 3 Variável 4

Exemplo 7 - Gráfico de barras

Gráfico 4- Distribuição de quatro variáveis em função da quantidade de parâmetro nas


categorias a, b, c e d

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2.13.1 - Figuras

Exemplo 3

Figura 12 – Projecto de Investigação da Monografia

Fonte: Sempre que uma figura seja retirada integralmente de uma publicação ou seja adaptada de
autor deverá ser colocada aqui a origem. Ex.: Fonte: AUTOR, Ano, p. X ou alternativamente se se
tratar de uma adaptação Adaptado de AUTOR (Ano, p. X)

2.14 - Notas

No trabalho escrito as notas servem para:

− Fazer considerações suplementares ou marginais;

− Remeter o leitor para outras partes do trabalho ou para outras obras de


referência;

− Chamar a atenção para a existência de anexos;

− Chamar a atenção, em nota, para o confronto com uma discussão ou


interpretação diferente ou aproximada. Deve-se utilizar a abreviatura cf.
(esta abreviatura não significa o mesmo que v. que deve ser reservada
para uma simples confirmação de informação)

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− As notas devem ser referidas no rodapé da página

− As notas devem ser evitadas em títulos de capítulos ou sub-capítulos

− A numeração das notas deve fazer-se sequencialmente ao longo do


texto com algarismos árabes (superior à linha).

3 – NORMAS DE REFERENCIAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

De uma forma geral, ao nível do ensino superior, são seguidas normas ou


estilos universais para a elaboração de trabalhos académicos como a norma
portuguesa NP 405 (decorrente da ISO 690), APA, Harvard, Vancouver, Chicago
15th A, Chicago 15th B, MLA, ACM, ACS, ASCE e IEEE. Na UniPiaget, dada a
diversidade de Cursos e Faculdades, entendeu-se dar a autonomia de escolha entre
apenas duas normas, designadamente, a norma ISO 690 e a norma APA.

O padrão internacional está consubstanciado na norma ISO 690, que é um


manual de informação e documentação vocacionado para o conteúdo, forma e
estrutura das referências bibliográficas, publicado em 1987, e que foi acrescentado
pela ISO 690-2, em 1997, que diz respeito apenas a documentos electrónicos ou
partes textos.

O estilo APA segue as convenções da American Psychological Association


que publica um manual - Publication Manual of the American Psychological
Association, cuja edição mais recente é a sexta.

Para o estudante fica a sugestão que poderá usar qualquer uma das duas
normas, contudo deve assegurar-se da coerência da citação, da referenciação ao
longo do trabalho e informar da norma que vai usar, para o efeito, na declaração de
autor (conforme Figura 8 na página 39). Sugere-se, ainda, que utilize o modo de
inserção automática das citações e referências bibliográficas pelo programa de
processamento do texto.

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4 – CONSIDERAÇÕES ÉTICAS E DEONTOLÓGICAS

4.1 – Princípios Gerais

Professores, estudantes ou quaisquer colaboradores no DAEFA alicerçam as


suas actividades de pesquisa / investigação:

− No respeito absoluto pela dignidade e pelos direitos da pessoa humana;


reconhecendo e aceitando as possíveis diferenças entre pessoas, mas sem fazer
qualquer discriminação baseada no género, idade, nacionalidade, raça e etnia,
situação socioeconómica, educação, condição de saúde, credo, opções
políticas ou morais, estado civil ou preferência sexual;

− Procuram criar as condições para o desenvolvimento do potencial humano


existente em cada pessoa, em direcção a uma crescente autonomia e a modos
de vida mais satisfatórios, que promovam o bem-estar e a felicidade;

− Respeitam as normas e regulamentos, quer do UniPiaget, do DAEFA e ainda


das instituições onde pretendem desenvolver o seu trabalho, desde que estas
respeitem a dignidade e os direitos da pessoa humana.

4.2 – Confidencialidade

Uma parte do processo de investigação, bem como da relação de ajuda, são,


pela sua própria natureza, confidenciais. Pelo que se impõe a obrigação de guardar
segredo sobre toda a informação pessoal acerca dos sujeitos de investigação e das
suas circunstâncias de vida e que chegam ao conhecimento do pesquisador /
investigador, bem como do seu orientador, no exercício da actividade pedagógica
ou na sua continuidade.

Deve evitar de todo o modo qualquer uso dessa informação se esta puder
conduzir à identificação do sujeito investigado por terceiros.
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O dever de guardar o segredo profissional cessa nas circunstâncias previstas


na lei. Desse facto, deve o estudante / Orientador informar pessoal e directamente o
DAEFA.

O estudante ou o orientador, quando utilizam dados confidenciais em


publicações, intervenções públicas, investigação ou situações de
ensino-aprendizagem mantêm o anonimato dos sujeitos do estudo, simulando as
informações pessoais. Aliás, na maioria dos casos, é exigido o consentimento prévio
dos sujeitos para o registo e utilização dos seus dados pessoais.

4.3 – Registos, Arquivos, Colaboradores e Grupos

O DAEFA, bem como os docentes / discentes que nele colaboram garantem,


pelos meios ao seu alcance, a reserva dos registos e arquivos que mantêm, sob
qualquer forma, como informação confidencial sobre os seus sujeitos investigados,
restringindo a sua divulgação aos parâmetros definidos no consentimento
anteriormente dado. Por outro lado, cada sujeito investigado tem direito ao acesso
ao conteúdo objectivo do seu registo pessoal, desde que o solicite expressamente e
na medida em que tal não colida com os interesses de outra pessoa.

No trabalho com grupos ou famílias, o estudante / investigador apresenta a


confidencialidade como sendo uma co-responsabilidade de todos os participantes.

4.4 – Deficiências e fraudes

Deficiências e fraudes detectadas, nomeadamente durante o processo de


orientação ou de avaliação, bem como dificuldades práticas, devem ser
comunicadas por escrito ao DAEFA pelo Orientador ou Co-orientador. Sempre que
confirmada uma situação de fraude, designadamente por plágio, o estudante fica
obrigado a iniciar o processo de elaboração da Monografia, o que significa, a

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escolha de uma nova área de interesse, um novo tema, a aceitação do tema por parte
do DAEFA, a distribuição do estudante por um novo orientador, portanto a
elaboração de uma outra Monografia.

Finalmente sublinhar que a Universidade Jean Piaget de Angola, através


do DAEFA, reserva-se ao direito de divulgação do todo, de partes ou extractos
de qualquer trabalho de investigação ou pesquisa desenvolvido na academia.

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BIBLIOGRAFIA

American Psychological Association [APA]. Publication Manual of the American


Psychological Association. Disponível em http://www.apastyle.org/ (5.ª e 6.ª
Edição)
ISO 690:1987. Documentation - Bibliographic references: content, form and structure. ISO.
ISO 690:2010. Information and documentation — Guidelines for bibliographic
references and citations to information resources (Third Edition). ISO.
ISO 690-2:1997. Information and documentation - Bibliographic references. Part 2: electronic
documents or parts thereof. ISO.
VAZ-FREIXO, M. J. (2011). Metodologia científica: fundamentos, métodos e
técnicas (4.ª Edição). Lisboa: Instituto Piaget.

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Anexos

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ANEXO A – Norma ISO 690

A.1 - ISO 690

O Sistema Internacional para Padronização (do anglo-saxónico, International


Organization for Standardization, ISO) é o organismo internacional de referência
para a normalização. Dele emergem duas normas de referenciação bibliográfica,
designadamente a ISO 690:1987 e ISO 690-2:1997, que estabelecem os elementos
obrigatórios e facultativos na elaboração dessas referências, bem como, as regras
para as transcrições e exposição da informação proveniente dos diferentes tipos de
fontes de informação como Monografias (publicações não periódicas), publicações
periódicas (em série), contribuições, patentes, material cartográfico, recursos de
informação electrónica (incluindo software informático e bases de dados), música,
registos áudio, impressões, fotografias, trabalhos gráficos e audiovisuais, e imagens
em movimento. A última actualização é a ISO 690:20102.

A.2 - Citações e notas bibliográficas no corpo de texto

Denomina-se citação toda a ideia de outra pessoa (autor) encontrada pelo


pesquisador nalgum documento lido ou consultado durante o desenvolvimento da
pesquisa e considerada importante para ser aproveitada como parte do texto da
investigação.

As citações servem para enriquecer e/ou fundamentar o texto dando-lhe maior


clareza. Quanto a este assunto, deve-se sublinhar que, se o estudante respeitar as
regras e as normas de citação de forma criteriosa, correrá menos riscos de se

2
A consulta deste guia não dispensa a consulta das Normas, onde pode encontrar informação mais detalhada:
ISO 690:19807. Documentation - Bibliographic references: content, form and structure. ISO.
ISO 690-2: 1997. Information and documentation - Bibliographic references. Part 2: electronic documents
or parts thereof. ISO.
ISO 690:2010. Information and documentation — Guidelines for bibliographic references and citations to
information resources . Third Edition. ISO.

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apropriar de forma indevida da criação intelectual de outrem e por isso evitará o


plágio.

É considerável a importância que se atribui às notas e às referências


bibliográficas pois estas permitem identificar as publicações nas exposições de
conteúdos ao longo do texto por meio das citações, permitem distinguir a
propriedade intelectual do texto, espelhando como o trabalho dos outros autores
contribuíram para o enriquecimento do texto e especificam com precisão a
localização dos conteúdos (qualquer leitor poderá consultar as fontes primárias que
serviram de base à construção do texto).

A.2.1 – Notas Bibliográficas

A nota bibliográfica da citação permite identificar a publicação onde se obteve


a ideia, o excerto, etc.. Entre a nota bibliográfica da citação e a referência
bibliográfica do documento respectivo deve existir uma correspondência exacta,
evitando citações incorrectas por omissão, substituição ou adulteração.

Assim, as notas bibliográficas:

− servem para identificar as citações feitas no texto;

− devem ser colocadas justapostas à citação (ou no início da frase ou no


final);

− devem ter uma correspondência directa e unívoca com as referências


bibliográficas;

− são constituídas pelo(s) apelido(s) do(s) autor(es), o ano e, se forem


citações textuais, a(s) página(s)onde foi(ram) consultada(s).

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A.2.2 - Citações

Um dos grandes objectivos de um trabalho de investigação é encorajar o


estudante a exprimir ideias pelas suas próprias palavras (paráfrases ou conceptual
ou indirectas), recorrendo às transcrições textuais (citações formais ou directas) em
casos muito específicos.

Relativamente à sua elaboração, as citações podem ser:

− formais (ou textuais ou directas ou transcrições) - quando se


transcrevem, com fidelidade as palavras do autor, ou

− conceptuais (ou indirectas ou paráfrases) - quando se reproduzem


ideias do autor por palavras próprias.

No primeiro caso, as citações (formais ou directas ou textuais ou transcrições)


deverão ser sempre colocadas entre aspas (os símbolos utilizados deverão ser as
aspas angulares ou latinas, isto é, « », em detrimento das aspas curvas ou anglo-
saxónicas, isto é, “ ”)3. Na nota bibliográfica, indica-se o(s) apelido(s), o ano de
publicação do trabalho e a página(s) consultada(s). No caso de se omitirem algumas
palavras há lugar à aposição de três pontos entre parênteses.

Quando tem lugar uma reelaboração da ideia original sem, contudo, se alterar
a verdade científica do conteúdo (conceptuais ou paráfrases ou indirectas), isto é,
quando se reproduzem as ideias do autor pelas nossas próprias palavras, na nota
bibliográfica, indica-se apenas o(s) apelido(s) e o ano de publicação do trabalho.

3 As aspas curvas ou anglo-saxónicas (“ “) poderão ser usadas como elemento gráfico indicador de uma
palavra ou expressão com sentido dúbio ou questionável (p. ex. quando estamos a referir-nos aos portadores
da patologia Síndrome de Down e pretendermos usar a palavra “mongolóide”, devemos colocá-la entre aspas
curvas ou anglo-saxónicas por não se tratar de uma palavra científica e, para além disso, esta palavra tem
uma conotação muito negativa). Por vezes é necessário usar aspas curvas ou anglo-saxónicas dentro de uma
citação formal, ou seja, dentro de um texto que está entre aspas angulares ou latinas.

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A.2.2.1 – Citações formais ou directas, curtas e longas

Toda e qualquer citação directa, também conhecidas por citação (formal ou


textuais ou transcrições) ou conceptual (paráfrase ou indirecta), deve ter
obrigatoriamente a indicação da fonte. Esta indicação aparecerá como nota
bibliográfica, composta pelo(s) a apresentação do(s) apelido(s) dos autor(es) e da
data.

Nas citações formais (ou directas ou textuais ou transcrições) esta nota é


acrescida da apresentação da(s) página(s) de onde foi encontrada a citação.

As citações formais curtas (até 3 linhas) devem ser colocadas no corpo do


texto, em itálico e entre aspas.

Exemplo:
«A aprendizagem não é pois somente função dessas sucessões dadas e de suas
repetições, mas igualmente da coordenação das acções do sujeito, essa
coordenação comportando por sua natureza mesmo uma certa lógica.» (PIAGET,
1973, p. 98).

As citações directas longas (mais de 3 linhas) devem constituir um parágrafo


próprio, recuado 1 cm em relação às margens esquerda e direita do texto, em itálico,
entre aspas, sem avanço especial na primeira linha e o espaço entre linhas é simples.

Exemplo:

«Nos últimos quinze anos tem se produzido um conjunto significativo de pesquisas


conhecidas pela denominação “estado da arte” ou “estado do conhecimento”.
Definidas como de caráter bibliográfico, elas parecem trazer em comum o desafio de
mapear e de discutir uma certa produção acadêmica em diferentes campos do
conhecimento, tentando responder que aspectos e dimensões vêm sendo destacados e
privilegiados em diferentes épocas e lugares, de que formas e em que condições têm
sido produzidas certas dissertações de mestrado, teses de doutorado, publicações em
periódicos e comunicações em anais de congressos e de seminários.»
(FERREIRA, 2002, p. 258)

As citações conceptuais podem ser escritas no corpo do texto, em tipo de letra


normal, sem aspas e em medida de corpo de letra.

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A.2.2.2 – Citações com reticências

As reticências utilizam-se quando se omite parte do texto.

Exemplo de omissão no início da citação:

Segundo DUARTE (1995, p. 12) a cultura tem «(...) interferido no processo


de demarcação do Estado».

Exemplo de omissão no meio da citação:

Segundo FERRÃO (1989, p. 56), «a construção europeia (...) é um esforço de


concertação».

Exemplo de omissão no fim da citação:

«O estilo de vida depende da apropriação individual (...)» (DUARTE, 1989,


p. 24).

A.2.2.3 – Citações com interpolação

Sempre que é preciso intercalar ou acrescentar palavras para esclarecer o


sentido da citação, essas palavras devem ser colocadas entre parêntesis retos.

Exemplo: «o jazz [português] é incaracterístico» (DUARTE, 1981, p.45).

A.2.2.3 – Citações com expressão sic (assim mesmo)

Quando é citada uma parte de um texto que contém incorrecções, deve


colocar-se, entre parêntesis a expressão latina sic para serem atribuídas a quem as
produziu e assim responsabilidades pela incorrecção.

Exemplo: O actual líder da bancada socialista, Francisco Acis [sic] «teve um


problema de saúde».

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A.2.2.4 – Citações de uma ideia comum a vários autores

A citação de vários autores com obras diferentes sobre uma mesma ideia deve
respeitar a ordem cronológica.

Exemplo: «A doença deve ser perspectivada como uma entidade bio-psico-social»


(MOREIRA, 1988, p. 44; NUNES, 1990, p. 65; HESPANHA, 1992, p. 27;
SANTOS, 2000, 48).

A.2.2.5 – Trabalho de um autor citado por outro (fonte


secundária)

Nos casos em que for estritamente necessário citar uma fonte secundária deve-
se usar a abreviatura ap. (apud, “citado por”) seguida da identificação da autoria da
citação (AUTOR, data, página).

Neste caso a seguir ao autor (da fonte secundária) inclui-se apud (na primeira
citação) e ap. (nas citações seguintes) seguido do autor que cita.

Exemplo: Freud apud FREIXO (2009) - Primeira citação

Freud ap. FREIXO (2009) - Citações seguintes

A.2.2.6 – Notas bibliográficas nas citações no corpo de


texto

Apenas um autor

Quadro 3 – Aplicação da norma ISO 690 nas notas bibliográfica das citações ao longo do
texto nas publicações de apenas um autor
Citações Formais ou Directas Conceptuais ou Indirectas

ISO 690
Forma: (APELIDO, Ano, p. X) (APELIDO, Ano)
Exemplo: (VAZ-FREIXO, 2011, p. 188) (VAZ-FREIXO, 2011)

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Mais de um autor

Quadro 4 – Aplicação da norma ISO 690 nas notas bibliográfica das citações ao longo do
texto nas publicações de dois ou mais autores
Citações Formais ou Directas Conceptuais ou Indirectas

ISO 690 dois ou mais autores


Forma: (APELIDO1 et al., Ano, p. X) (APELIDO1 et al., Ano)
Exemplo: (BARROS, et al., 2010, p. 65) (BARROS, et al., 2010)

A.3 – Bibliografia

A.3.1 – Considerações gerais

− O sistema utilizado é o sistema autor-data;


− O apelido do autor é escrito em maiúsculas;
− O nome do autor é escrito a negrito na bibliografia;
− O título da obra é escrito a itálico;
− Os subtítulos também são escritos em itálico e separam-se do título por
um travessão;
− O volume da obra (caso se trate de mais de um volume) é referido em
números árabes;
− Não se deve abreviar o nome das editoras nem das revistas;
− Se no nome do editor existir um “e” ou “&” esta conjunção deve ser
mantida;
− Não devem constar na bibliografia obras que não foram utilizadas no
decorrer do trabalho;
− Há obras que não devem ser referenciadas na bibliografia como
manuais e dicionários que não sejam especializados;

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− Em bibliografias de grande extensão deve-se fazer uma divisão


temática de acordo com a especificidade do trabalho escrito (por
exemplo: Bibliografia; Webgrafia e Legislação);
− Deve ser respeitada a ordem alfabética;
− Dentro da ordem alfabética, quando se trata de várias obras do mesmo
autor ou de autores com o mesmo nome, a primeira obra a ser
referenciada é a que foi publicada em primeiro lugar;
− Quando, na Bibliografia, existem duas ou mais obras do mesmo autor,
publicadas no mesmo ano, deve-se colocar, a seguir à data as vogais do
alfabeto em minúsculas (ex.: 1998a e 1998b).

A.4 – Aplicação das normas ISO 690

A.4.1 - Considerações gerais

A.4.1.1 - Autor

Pessoa ou entidade responsável pelo conteúdo intelectual e/ou artístico de um


documento. Na nota bibliográfica o apelido surgem com todas as letras em
maiúsculas. Na referência bibliográfica o nome da pessoa é indicado de forma
invertida (APELIDO, Nomes) e o das entidades de forma directa.

a) Participação de apenas um autor na obra:

Exemplo:

VAZ-FREIXO, Manuel João ou VAZ-FREIXO, M.J.

b) Autoria de uma Associação ou Instituição:

Exemplo:

World Health Organization [WHO]

c) Participação de mais de um autor na obra:

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Se a publicação tiver dois ou três autores, estes são indicados segundo a ordem
em que aparecem no documento.

c.1) Participação de dois autores na obra:

Exemplo:

MAROCO, João e GARCIA-MARQUES, Teresa

c.2) Participação de três autores na obra:

Exemplo:

LESSARD-HÉBERT, Michelle, BOUTIN, Gérald e GOYETTE,


Gabriel

c.3) Participação de mais de três autores na obra:

Se a publicação tiver mais de três autores, apenas o primeiro autor é


mencionado seguido da abreviatura “et al.” (et alii - vários autores; e outros).

Exemplo:

APÓSTOLO, João Luís Alves , et al.

A.4.1.2 – Título

O título deve estar tipograficamente destacado em itálico ou a sublinhado.

A.4.1.3 – Local de publicação

O dado referente ao local de publicação deve ser transcrito na língua do


documento.

Dois ou três locais - Indique ambos separados por ponto e vírgula (;).

Exemplo:

Lisboa; Madrid

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Mais de três locais - Cite apenas o mais destacado seguido de (etc.).

Exemplo:

Santarém (etc.)

Se o local de publicação é incerto, mencione o local provável dentro de


parêntesis recto com um ponto de interrogação.

Exemplo:

[Lisboa?]

Se não consta nenhum local de publicação utilize a expressão “local de


publicação desconhecido” ou a abreviatura [s.l.], que significa sine loco.

A.4.1.4 – Editor

O dado referente ao local de publicação deve ser transcrito na língua do


documento.

Se num documento figurar mais de um editor, siga o mesmo critério aplicado


para o local de publicação.

Quando o editor é desconhecido, utilize a expressão “Editor desconhecido" ou


a abreviatura [s. n.], que significa sine nomine.

A.4.1.5 – Data de publicação

Quando não consta a data de publicação registe a data de depósito legal,


copyright ou impressão:

Exemplos:

DL 1998

cop. 1997

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imp. 2003

Se não houver dados sobre a data, indique uma data aproximada. Exemplo: ca.
1962. Nos documentos electrónicos a apresentação da data de publicação, de
actualização/revisão e consulta pode efectuar-se de duas formas:

Exemplos:

(17 Maio 2001)

(2001-05-17)

A.4.1.6 – Numeração

A numeração é composta pelos seguintes elementos: volume, fascículo,


número, etc..

A.4.1.7 – Disponibilidade e acesso a documentos electrónicos

A fonte do documento citado deve ser referenciada. Essa informação é


identificada com a expressão em português, “Disponível em”. Na localização de
documentos electrónicos deve referir o método de acesso (ftp, www, etc.), bem
como o endereço electrónico.

Exemplos:

Disponível em World Wide Web: <http://www...>

Disponível em Internet: <ftp://...>

Disponível em NOME DA BASE DE DADOS

Disponível em Internet: listserv@nome_da_lista

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A.4.2 – Demonstração

A.4.2.1 – Documentos impressos

A.4.2.1.1 – Livros

Quadro 5 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo livros
ISO 690
Forma: APELIDO, Nomes. Título. Responsabilidade secundária. Edição. Local de
publicação: Editor, Ano de publicação. ISBN.
Exemplo: VAZ-FREIXO, Manuel João. Teorias e Modelos de Comunicação. 3ª Edição.
Lisboa: Instituto Piaget, 2013. ISBN 9789896591106.

A.4.2.1.2 – Volumes e partes de livros

Quadro 6 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo volumes e
partes de livros
ISO 690
Forma: APELIDO, Nomes. Título da parte. Edição. Numeração. Responsabilidade
secundária. Local de publicação: Editor, Ano de publicação. Localização da
parte.
Exemplo: FRANCO, João Amaral e AFONSO, Maria da Luz Rocha. Alismataceae –
Iridaceae In João Amaral Franco e Maria da Luz Rocha [autores do livro]. Nova
Flora de Portugal, vol. III (fascículo I). Lisboa: Escolar Editora, 1994.

A.4.2.1.3 – Artigos, capítulos, etc. em livros

Quadro 7 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo artigos,
capítulos, etc. em livros
ISO 690
Forma: APELIDO, Nomes. Título da contribuição. In Nomes Apelido [Qualidade: Editor,
Coordenador, Autor do livro]. Título da Monografia. Edição. Local de
publicação: Editora, Ano de publicação, Localização na Monografia, páginas.
Exemplo: SENGE, Peter. Entrando na escola. In Peter Senge et al. [editores]. Escolas que
aprendem: Um guia da quinta disciplina para educadores, pais e todos que se
interessam pela educação. Porto Alegre: Artmed, 2005, pp. 16-45.

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A.4.2.1.4 – Artigos de revistas, jornais, etc.

Quadro 8 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo artigos de
revistas, jornais, etc.
ISO 690
Forma: APELIDO, Nomes. Título do artigo. Responsabilidade secundária. Título da
publicação em série. Edição. Ano de publicação, Numeração, Localização na
publicação. ISSN.
Exemplo: MAROCO, João e GARCIA-MARQUES, Teresa. Qual a fiabilidade do alfa de
Cronback? Questões antigas soluções modernas?. Laboratório de Psicologia.
2006, Vol. 4(1), pp. 65-90. ISSN: 16457927.

A.4.2.1.5 – Teses, dissertações, relatórios e outras provas académicas

Quadro 9 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo teses,
dissertações, relatórios e outras provas académicas
ISO 690
Forma: APELIDO, Nomes. Título. Nota suplementar, Instituição Académica, Ano. ISBN
(caso exista)
Exemplo: LIMA, Rui Manuel. Sistemas distribuídos de produção em ambiente de produção
simultâneo. Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, Braga, 2003.

A.4.2.1.6 – Comunicações em congresso

Quadro 10 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo comunicações
em congressos
ISO 690
Forma: APELIDO, Nomes. Título da comunicação. In Título das actas do congresso,
número, local, data. Local de publicação: Editor. Localização na publicação.
ISBN.
Exemplo: RODRIGUES, Eloy, et al. RepositóriUM: criação e desenvolvimento do Repositório
Institucional da Universidade do Minho. In Nas encruzilhadas da informação e
da cultura: (re)inventar a profissão: actas do Congresso Nacional de
Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, 8, Estoril, 2004. Lisboa:
Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas, 2004.

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A.4.2.2 – Outros documentos impressos

A.4.2.2.1 – Normas

Quadro 11 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo Normas
ISO 690
Forma: SIGLA E NÚMERO DA NORMA:Ano. Área - Título. Edição. Ano de publicação.
Exemplo: ISO 690:1987. Documentation - Bibliographic references: content, form and
structure. 2nd ed. 1987.

A.4.2.2.2 – Patentes

Quadro 12 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo Patentes
ISO 690
Forma: APELIDO DO INVENTOR, Nomes do inventor. Título da patente. Número da
patente País, Dia de Mês de Ano. Tipo de patente.
Exemplo: LINDEMANN, Martin e DEACON, Kim. Binder for fibers or fabrics. US Patent 4
683 165. SUN CHEMICAL CORP. United States of America, 28th Jully 1987.
Nonwoven fabrics.

A.4.2.2.3 – Legislação

Quadro 13 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo Legislação
ISO 690
Forma: DESIGNAÇÃO DO MINISTÉRIO [SIGLA DO MINISTÉRIO]. Decreto-Lei n.º
(Número do decreto)/Ano de Dia de Mês. Diário da República, X.ª série
(Número da série) - N.º Z - Dia de Mês de Ano. País : Editora, Ano. p. Páginas.
Exemplo: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO [ME]. Decreto-Lei n.º 3/2008 de 7 de Janeiro.
Diário da República, 1.ª série - N.º 4 - 7 de Janeiro de 2008. Portugal : Imprensa
Nacional Casa da Moeda, 2008. pp. 154-164.

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A.4.2.2.4 – Processos de Tribunal

Quadro 14 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos impressos do tipo processo de
tribunal
ISO 690
Forma: APELIDO, Nome do autor. Título do Processo. Número do processo, Número do
processo abreviado. Localidade : Tribunal, Dia de Mês de Ano.
Exemplo: CADILHA, Carlos Fernandes (Conselheiro). Apreciação da inconstitucionalidade da
norma constante do artigo 381.º, n.º1, do Código de Processo Penal, na redação
introduzida pela Lei n.º 20/2013, de 21 de fevereiro de 2013. Acórdão N.º
174/2014, Processo n.º 1297/2013, 3ª Secção. Lisboa : Tribunal Constitucional,
2014.

A.4.2.3 – Documentos electrónicos

A.4.2.3.1 – e-books, bases de dados e programas informáticos (termo


técnico: documentos electrónicos: Monografias, bases de dados e
programas)

Quadro 15 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos electrónicos do tipo e-books,
bases de dados e programas informáticos
ISO 690
Forma: APELIDO, Nomes. Título. [Tipo de suporte]. Responsabilidade secundária. Edição.
Local de publicação: Editor, Ano de publicação. Data de actualização/revisão.
[Data de consulta]. Disponibilidade e acesso. ISBN.
Exemplo: World Health Organization [WHO]. Disability, including prevention, management
and rehabilitation: Fifty-Eighth World Health Assembly. WHO. [Online] Third
report, 25 de Maio de 2005. [Citação: 3 de Janeiro de 2012.] Ninth plenary
meeting: Committee.
http://www.who.int/gb/ebwha/pdf_files/WHA58/WHA58_23-en.pdf.

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A.4.2.3.2 – Artigos e capítulos, etc. em e-books

Quadro 16 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos electrónicos do tipo e-books,
bases de dados e programas informáticos
ISO 690
Forma: APELIDO, Nomes. Título da contribuição. In Título da Monografia [Tipo de
suporte]. Responsabilidade Secundária. Edição. Local de publicação: Editor,
Ano de publicação. Data de actualização/revisão [Data de consulta].
Localização na Monografia. Disponibilidade e acesso.
Exemplo: BIANCO, Suzo. Os Estranhos Poemas Perdidos do Senhor Rumpel. Edição do autor:
Suzo Bianco. Brasil. 2012. [Consultado em 12 de Junho de 2013]. Disponível
em http://portugues.free-ebooks.net/ebook/Os-Estranhos-Poemas-Perdidos-do-
Senhor-Rumpel/pdf/view

A.4.2.3.3 – Artigos em documentos electrónicos: revistas, jornais, etc.

Quadro 17 – Aplicação da norma ISO 690 para documentos electrónicos do tipo artigos em
revistas, jornais, etc.
ISO 690
Forma: APELIDO, Nomes. Título do artigo. Título da publicação [Tipo de suporte]. Edição.
Numeração. Data de actualização/revisão [Data de consulta], Localização na
publicação. Disponibilidade e acesso. ISSN.
Exemplo: Ceccim, Ricardo Burg. set.2004/fev.2005. Educação Permanente em Saúde: desafio
ambicioso e necessário. Interface - Comunicação, Saúde, Educação.
set.2004/fev.2005, Vols. v.9, n.16, pp. 161-177. Actualização em 27/10/2004
[Consultado em 18 de Março de 2014]. Disponível em Scielo:
http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n16/v9n16a13.pdf. ISSN 1807-5762

Os artigos científicos electrónicos podem ser identificados através do URL ou


do DOI. A sigla URL significa Universal Resource Locator, em português
Localizador de Recursos Universal, é o endereço de um recurso (um arquivo, uma
impressora, etc.), disponível numa rede, seja a Internet, ou uma rede corporativa,
uma intranet. Já DOI significa Digital Object Identifier, em português Identificador
de Objecto Digital. Este identificador, composto de dígitos, é atribuído ao objecto
digital (no caso, um artigo) para que este seja unicamente identificado na Internet. O
DOI é atribuído pela editora da publicação, e cabe a ela informar o número DOI de

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cada artigo. Se o artigo possui número DOI, provavelmente aparecerá no cabeçalho
do artigo.

A.4.2.4 – Outras regras

1. Na referência bibliográfica (isto é na secção da bibliografia) utiliza-se o “e”


na norma ISO 690 sempre que a obra tem mais do que um autor;

2. O estudante deve conferir sempre a posição dos elementos da referência


bibliográfica quando exportados de uma base informática de referenciação
bibliográfica;

3. Usa-se a p. ou pp. para indicação de página ou páginas nos artigos de


publicações periódicas, respectivamente;

4. Sempre que o artigo electrónico disponha de um identificador do objecto


digital - DOI, o estilo ISO 690, não obriga que este seja referido. O DOI
não é uma ligação estável ao artigo digital. Este é constituído por um
código alfanúmerico longo, que geralmente se encontra na primeira página
do artigo. Deve-se colocar, sempre, o URL;

5. A lista de referências bibliográficas é organizada alfabeticamente pelo


último nome do autor. Nos casos em que não há autor, as referências são
colocadas alfabeticamente pelo título na mesma lista.

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Anexo B – Norma APA

B.1 - APA

A norma APA4 é uma norma usada na área das Ciências Sociais e segue o
sistema Harvard autor-data, em que se usa apenas o apelido do autor seguido do ano
de publicação.

As regras da APA Style®, estão detalhadas no Publication Manual of the


American Psychological Association (Manual de Publicação da American
Psychological Association), que oferece uma orientação para escrever com
simplicidade, força e concisão. O estilo APA tem sido adoptado por muitas
disciplinas, faculdades e universidades e é usado por autores de escrita científica e
académica de todo o mundo.

B.2 - Citações e notas bibliográficas no corpo de texto

Denomina-se citação toda a ideia de outra pessoa (autor), encontrada pelo


pesquisador nalgum documento lido ou consultado durante o desenvolvimento da
pesquisa, e considerada importante para ser aproveitada como parte do texto da
investigação.

No final de cada citação, coloca-se uma nota bibliográfica. Ela serve para
indicar, de uma forma breve, a origem (fonte) da citação. Geralmente a nota

4
A consulta deste guia não dispensa a consulta das Normas, onde pode encontrar informação mais
detalhada: Publication Manual of the American Psychological Association. Em
http://www.apastyle.org/.Para conhecer os novos exemplos da 6ª edição consulte o capítulo 7 do Publication
Manual of the American Psychological Association da edição mais recente

76 © Coordenação Científica do Doutoramento | 2012-2015-2018


bibliográfica é colocada entre parênteses, abreviadamente, desde que a referência
completa apareça na bibliografia final do trabalho.

As citações servem para enriquecer e/ou fundamentar o texto dando-lhe maior


clareza. Quanto a este assunto, deve-se sublinhar, que, se o estudante respeitar as
regras e as normas de citação de forma criteriosa, correrá menos riscos de se
apropriar de forma indevida da criação intelectual de outrem e por isso evitará o
plágio.

É considerável a importância que se atribui às notas e às referências


bibliográficas pois estas permitem identificar as publicações nas exposições de
conteúdos ao longo do texto por meio das citações, permitem distinguir a
propriedade intelectual do texto, espelhando como o trabalho dos outros autores
contribuíram para o enriquecimento do texto e especificam com precisão a
localização dos conteúdos (qualquer leitor poderá consultar as fontes primárias que
serviram de base à construção do texto).

B.2.1 – Notas Bibliográficas

A nota bibliográfica da citação permite identificar a publicação onde se obteve


a ideia, o excerto, etc.. Entre a nota bibliográfica da citação e a referência
bibliográfica do documento respectivo deve existir uma correspondência exacta,
evitando citações incorrectas por omissão, substituição ou adulteração.

Assim, as notas bibliográficas:

− servem para identificar as citações feitas no texto;

− devem ser colocadas justapostas à citação (ou no início da frase ou no


final);

− devem ter uma correspondência directa e unívoca com as referências


bibliográficas;

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− são constituídas pelo(s) apelido(s) do(s) autores, o ano e, se forem


citações formais, a(s) página(s)onde foi(ram) consultada(s).

A.2.2 - Citações

Um dos grandes objectivos de um trabalho de investigação é encorajar o


estudante a exprimir ideias pelas suas próprias palavras (paráfrases ou conceptual
ou indirectas), recorrendo às transcrições textuais (citações formais ou directas) em
casos muito específicos.

Relativamente à sua elaboração, as citações podem ser:

− formais (ou textuais ou directas ou transcrições) - quando se


transcrevem, com fidelidade as palavras do autor, ou

− conceptuais (ou indirectas ou paráfrases) - quando se reproduzem


ideias do autor por palavras próprias.

Para a formatação d as citações do primeiro caso consultar a secção que se


segues (B.2.2.1).

Quando tem lugar uma reelaboração da ideia original sem, contudo, se alterar
a verdade científica do conteúdo (conceptuais ou paráfrases ou indirectas), isto é,
quando se reproduzem as ideias do autor pelas nossas próprias palavras, na nota
bibliográfica, indica-se apenas o(s) apelido(s) e o ano de publicação do trabalho.

B.2.2.1 – Citações formais curtas e longas

Toda e qualquer citação, formal (transcrição) ou conceptual (paráfrase), deve


ter obrigatoriamente a indicação da fonte. Esta indicação aparecerá como nota
bibliográfica, composta pelo(s) a apresentação do(s) apelido(s) dos autor(es) e da
data. Apenas nas citações formais esta nota é acrescida da apresentação da(s)
página(s) de onde foi encontrada a citação.

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As citações formais curtas (até 3 linhas) devem ser colocadas no corpo do
texto, em itálico e entre comas “ “.

Exemplo:
“A aprendizagem não é pois somente função dessas sucessões dadas e de suas
repetições, mas igualmente da coordenação das acções do sujeito, essa
coordenação comportando por sua natureza mesmo uma certa lógica.” (Piaget,
1973, p. 98).

As citações formais longas (mais de 3 linhas) devem constituir um parágrafo


próprio, recuado 1 cm em relação às margens esquerda e direita do texto e sem
avanço especial na primeira linha e o espaço entre linhas é simples.

Exemplo:

Nos últimos quinze anos tem se produzido um conjunto significativo de pesquisas


conhecidas pela denominação “estado da arte” ou “estado do conhecimento”.
Definidas como de caráter bibliográfico, elas parecem trazer em comum o desafio de
mapear e de discutir uma certa produção acadêmica em diferentes campos do
conhecimento, tentando responder que aspectos e dimensões vêm sendo destacados e
privilegiados em diferentes épocas e lugares, de que formas e em que condições têm
sido produzidas certas dissertações de mestrado, teses de doutorado, publicações em
periódicos e comunicações em anais de congressos e de seminários.
(Ferreira, 2002, p. 258)

Quando tem lugar uma reelaboração da ideia original sem, contudo, se alterar
a verdade científica do conteúdo (conceptuais ou indirectas), isto é, quando se
reproduz as ideias do autor pelas nossas próprias palavras, na nota bibliográfica,
indica-se apenas o(s) apelido(s) e o ano de publicação do trabalho.

B.2.2.2 – Citações com reticências

As reticências utilizam-se quando se omite parte do texto.

Exemplo de omissão no início da citação:

Segundo Duarte (1995, p. 12) a cultura tem “(...) interferido no processo de


demarcação do Estado”.
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Exemplo de omissão no meio da citação:

Segundo Ferrão (1989, p. 56), “a construção europeia (...) é um esforço de


concertação”.

Exemplo de omissão no fim da citação:

“O estilo de vida depende da apropriação individual (...)” (Duarte, 1989, p.


24).

B.2.2.3 – Citações com interpolação

Sempre que é preciso intercalar ou acrescentar palavras para esclarecer o


sentido da citação, essas palavras devem ser colocadas entre parêntesis retos.

Exemplo: “o jazz [português] é incaracterístico” (Duarte, 1981, p. 45).

B.2.2.4 – Citações com expressão sic (assim mesmo)

Quando é citada uma parte de um texto que contém incorrecções, deve


colocar-se, entre parêntesis a expressão latina sic para serem externalizadas as
responsabilidades da incorrecção.

Exemplo: O actual líder da bancada socialista, Francisco Assis [sic] “teve um


problema de saúde”.

B.2.2.5 – Citações de uma ideia comum a vários autores

A citação de vários autores com obras diferentes sobre uma mesma ideia deve
respeitar a ordem cronológica.

Exemplo: “A doença deve ser perspectivada como uma entidade bio-psico-social”


(Moreira, 1988, p. 44; Nunes, 1990, p. 65; Hespanha, 1992, p. 27; Santos, 2000,
48).

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B.2.2.6 – Trabalho de um autor citado por outro (fonte
secundária)

Nos casos em que for estritamente necessário citar uma fonte secundária
deve-se usar a abreviatura cit. por (citado por) seguida da identificação da autoria da
citação (Apelido, data, página).

Neste caso a seguir ao autor (da fonte secundária) inclui-se citado por (na
primeira citação) e cit. por (nas citações seguintes) seguido do autor que cita.

Exemplo:

Freud citado por Alvarez (1993) - Primeira citação

Freud cit. por Alvarez (1993) - Citações seguintes

B.2.3 – Notas bibliográficas nas citações ao longo do texto

Apenas um autor

Quadro 18 – Aplicação da norma APA nas notas bibliográfica das citações ao longo do texto
nas publicações de apenas um autor
Citações Formais ou Directas Conceptuais ou Indirectas

APA
Forma: (Apelido, Ano, p. X) (Apelido, Ano)
Exemplo: (Vaz-Freixo, 2011, p. 188) (Vaz-Freixo, 2011)

Mais de um autor

Quadro 19 – Aplicação da norma APA nas notas bibliográfica das citações ao longo do texto
nas publicações de dois ou mais autores
Citações Formais ou Directas Conceptuais ou Indirectas

APA até seis autores


(até seis devem ser colocados os nomes de todos os autores na lista de referências
bibliográficas, separados por uma vírgula, separando-se o último citado por &)
Forma: (Apelido1, …, & Apelido6, Ano, p. X) (Apelido1 & Apelido2, Ano)
Exemplo: (Nery, Souza, Peres, Cardia, & (Nery, Souza, Peres, Cardia, & Adorno,
Adorno, 2014, p. 10) 2014)

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Quadro 19 – Aplicação da norma APA nas notas bibliográfica das citações ao longo do texto
nas publicações de dois ou mais autores
Citações Formais ou Directas Conceptuais ou Indirectas

APA 6 ou mais autores


(mais de 6 autores, colocar apenas o nome do primeiro autor, seguido de et al.)
Forma: (Apelido1, et al., Ano, p. X) (Apelido1, et al., Ano)
Exemplo: (Santos, et al., 1997, p. 56) (Santos, et al., 1997)

B.3 – Referências Bibliográficas

B.3.1 – Considerações gerais

− O sistema utilizado é o sistema autor-data;


− O título da obra é escrito a itálico;
− Os subtítulos também são escritos em itálico e separam-se do título por
dois pontos (:);
− O volume da obra (caso se trate de mais de um volume) é referido em
números árabes;
− Não se deve abreviar o nome das editoras nem das revistas;
− Se no nome do editor existir um “e” ou “&” esta conjunção deve ser
mantida;
− Não devem constar na bibliografia obras que não foram utilizadas no
decorrer do trabalho;
− Há obras que não devem ser referenciadas na bibliografia como
manuais e dicionários que não sejam especializados;
− Em bibliografias de grande extensão deve-se fazer uma divisão
temática de acordo com a especificidade do trabalho escrito (por
exemplo: Bibliografia; Webgrafia e Legislação);
− Deve ser respeitada a ordem alfabética;

82 © Coordenação Científica do Doutoramento | 2012-2015-2018


− Dentro da ordem alfabética, quando se trata de várias obras do mesmo
autor ou de autores com o mesmo nome, a primeira obra a ser
referenciada é a que foi publicada em primeiro lugar;
− Quando, na Bibliografia, existem duas ou mais obras do mesmo autor,
publicadas no mesmo ano, deve-se colocar, a seguir à data as vogais do
alfabeto em minúsculas (ex.: 1998a e 1998b).

B.3.2 – Aplicação da norma APA

B.3.2.1 – Considerações gerais

B.3.2.1.1 – Autor
Pessoa ou entidade responsável pelo conteúdo intelectual e/ou artístico de um
documento. O nome da pessoa é indicado de forma invertida (Apelido, Iniciais dos
nomes) e o das entidades de forma directa.

a) Participação de apenas um autor na obra:

Exemplo:

Vaz-Freixo, M. J.

b) Autoria de uma Associação ou Instituição:

Exemplo:

World Health Organization [WHO]

c) Participação de dois até cinco autores na obra:

Se a publicação tiver de dois até cinco autores, estes são indicados segundo a
ordem em que aparecem no documento, separados por uma vírgula.

Exemplos:

Maroco, J. & Garcia-Marques, T.

Apóstolo, J. A., Figueiredo, M. H., Mendes, A. C., & Rodrigues, M. A.

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c.1) Participação de 6 ou mais autores na obra:

Se a publicação tiver até seis autores, estes são indicados segundo a ordem em
que aparecem no documento, separados por uma vírgula e o último autor separado
por um &.

Exemplo:

Mucci, S., Nardelli, M., Noto, G.P.D., Rapisardi, M.F., Quiroga, C., & Centrón, D.

B.3.2.1.2 – Título
O título deve estar tipograficamente destacado em itálico.

B.3.2.1.3 – Local de publicação


O dado referente ao local de publicação deve ser transcrito na língua do
documento.

Dois ou três locais - Indique ambos separados por ponto e vírgula (;).

Exemplo:

Lisboa; Madrid

Mais de três locais - Cite apenas o mais destacado seguido de (etc.).

Exemplo:

Santarém (etc.)

Se o local de publicação é incerto, mencione o local provável dentro de


parêntesis recto com um ponto de interrogação.

Exemplo:

[Lisboa?]

Se não consta nenhum local de publicação utilize a expressão “local de


publicação desconhecido” ou a abreviatura [s.l.], que significa sine loco.

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B.3.2.1.4 – Editor
O dado referente ao local de publicação deve ser transcrito na língua do
documento.

Se num documento figurar mais de um editor, siga o mesmo critério aplicado


para o local de publicação.

Quando o editor é desconhecido, utilize a expressão “Editor desconhecido" ou


a abreviatura [s. n.], que significa sine nomine.

B.3.2.1.5 – Data de publicação


Quando não consta a data de publicação registe a data de depósito legal,
copyright ou impressão:

Exemplos:

DL 1998

cop. 1997

imp. 2003

Se não houver dados sobre a data, indique uma data aproximada. Exemplo: ca.
1962.

Nos documentos electrónicos a apresentação da data de publicação, de


actualização/revisão e consulta pode efectuar-se de duas formas:

Exemplos:

(17 Maio 2001)

(2001-05-17)

B.3.2.1.6 – Numeração
A numeração é composta pelos seguintes elementos: volume, fascículo,
número, etc..
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B.3.2.1.7 – Disponibilidade e acesso a documentos electrónicos


A fonte do documento citado deve ser referenciada. Essa informação é
identificada com a expressão em português, “Obtido em dia de mês de ano:URL”.
Na localização de documentos electrónicos deve referir o método de acesso (ftp,
www, etc.), bem como o endereço electrónico.

Exemplos:

Obtido em 14 de Março de 2012: http://www......

Obtido em 10 de Maio de 2011: ftp://.....

Obtido em 15 de Janeiro de 2011: NOME DA BASE DE DADOS ….

B.3.3 – Demonstração

B.3.3.1. – Documentos impressos

B.3.3.1.1 – Livros

Quadro 20 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo livros


APA
Forma: Apelido, Iniciais dos nomes. Título. Cidade: Editora.
Exemplo: Vaz-Freixo, M.J. (2013). Teorias e Modelos de Comunicação. 3ª Edição. Lisboa:
Instituto Piaget.

B.3.3.1.2 – Volumes e partes de livros

Quadro 21 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo volumes e partes
de livros
APA
Forma: Apelido do autor da parte, Iniciais dos nomes do autor da parte (Ano da publicação).
Título da parte. In Iniciais dos nomes do autor do livro Apelido do autor do
livro, Título do Livro (cardinal da edição ed., Vol. número do volume, p.
número das páginas). Localidade: Editora.
Exemplo: Franco, J.A. & Afonso, M.L.R. (1994). Alismataceae – Iridaceae In J.A. Franco e

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M.L.R. Afonso, Nova Flora de Portugal (Vol. III, fascículo I). Lisboa: Escolar
Editora.

B.3.3.1.2 – Artigos, capítulos, etc. em livros

Quadro 22 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo artigos, capítulos,
etc. em livros
APA
Forma: Apelido, Iniciais dos nomes do autor (Ano da publicação). Título da contribuição. In
Iniciais dos nomes e Apelido (Qualidade do autor do livro). Título da
Monografia (cardinal da edição ed., Vol. número do volume, p. número das
páginas). Localidade: Editora.
Exemplo: Senge, P. (2005). Entrando na escola. In P. Senge et al. (ed.). Escolas que aprendem:
Um guia da quinta disciplina para educadores, pais e todos que se interessam
pela educação (Capítulo 1, pp. 16-45). Porto Alegre: Artmed.

B.3.3.1.4– Artigos de revistas, jornais, etc.

Quadro 23 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo artigos de


revistas, jornais, etc.
APA
Forma: Apelido do autor do artigo, Iniciais dos nomes do autor (Ano). Título do artigo. Título
do periódico, Número (Volume), p. Páginas.
Exemplo: Maroco, J., & Garcia-Marques, T. (2006). Qual a fiabilidade do alfa de Cronback?
Questões antigas soluções modernas? Laboratório da Psicologia, 4(1), pp. 65-
90.

B.3.3.1.5 – Teses, dissertações, relatórios e outras provas


académicas

Quadro 24 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo teses, dissertações,
relatórios e outras provas académicas
APA
Forma: Apelido do autor do relatório, Iniciais do Nome do autor (Ano). Título do relatório,
dissertação ou tese. Instituição, Nome do Departamento, Faculdade. Localidade.
Exemplo: Lima, R.M. (2003). Sistemas distribuídos de produção em ambiente de produção
simultâneo. Tese de Doutoramento, Universidade do Minho, Braga. 2003.

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B.3.3.1.6 – Comunicações em congresso

Quadro 25 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo comunicações em


congressos
APA
Forma: Apelido do autor da comunicação, Iniciais dos nomes do autor (Ano). Título da
comunicação. In Editor (Ed.), Nome da publicação da Conferência, Seminário
ou Simpósio (pp. Páginas). Localidade: Editora.
Exemplo: Rodrigues, E., Almeida, M., Miranda, Â., Guimarães, A. X., & Castro, D. (2004).
RepositóriUM: criação e desenvolvimento do Repositório Institucional da
Universidade do Minho. In Nas encruzilhadas da informação e da cultura:
(re)inventar a profissão: actas do Congresso Nacional de Bibliotecários,
Arquivistas e Documentalistas, 8, Estoril, 2004. Lisboa: Associação Portuguesa
de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas.

B.3.3.2 – Outros documentos impressos

B.3.3.2.1 – Normas

Quadro 26 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo Normas


APA
Forma: NORMA (Ano). Designação da Norma N.º. País
Exemplo: ISO 690 (1987). Documentation - Bibliographic references: content, form and
structure. 2nd ed.

B.3.3.2.2 – Patentes

Quadro 27 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo Patentes


APA
Forma: Apelido do inventor, Iniciais dos nomes. (Ano). Designação da Patente Número da
patente. País.
Exemplo: Lindemann, M. & Deacon, K. (1987). Binder for fibers or fabrics. US Patent 4 683
165. SUN CHEMICAL CORP. United States of America.

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B.3.3.2.3 – Legislação

Quadro 28 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo Legislação


APA
Forma: Designação do Ministério [SIGLA DO MINISTÉRIO]. (Ano). Decreto-Lei n.º
(Número do decreto)/Ano de Dia de Mês. Diário da República, X.ª série
(Número da série) - N.º Z - Dia de Mês de Ano, Páginas. País: Editora.
Exemplo: Ministério da Educação [ME]. (2008). Decreto-Lei n.º 3/2008 de 7 de Janeiro. Diário
da República, 1.ª série - N.º 4 - 7 de Janeiro de 2008, 154-164. Portugal:
Imprensa Nacional Casa da Moeda

B.3.3.2.4 – Processos de Tribunal

Quadro 29 – Aplicação da norma APA para documentos impressos do tipo processo de


tribunal
APA
Forma: Título do Processo, Número do processo (Tribunal Dia de Mês de Ano).
Exemplo: Apreciação da inconstitucionalidade da norma constante do artigo 381.º, n.º1, do
Código de Processo Penal, na redação introduzida pela Lei n.º 20/2013, de 21 de
fevereiro de 2013. Acórdão N.º 174/2014, Processo n.º 1297/2013, 3ª Secção
(Tribunal Constitucional, 2014).

B.3.3.3 – Documentos electrónicos

B.3.3.3.1 – e-books, bases de dados e programas informáticos


(termo técnico: documentos electrónicos:
Monografias, bases de dados e programas)

Quadro 30 – Aplicação da norma APA para documentos electrónicos do tipo e-books, bases
de dados e programas informáticos
APA
Forma: Apelido do autor, Inicial dos nomes (Ano). Nome do documento electrónico. Obtido
em Dia de Acesso de Mês de Acesso de Ano de Acesso, de Nome do Web Site:
URL
Exemplo: World Health Organization [WHO]. (2005). Disability, including prevention,
management and rehabilitation: Fifty-Eighth World Health Assembly. Obtido
em 3 de Janeiro de 2012, de WHO:
http://www.who.int/gb/ebwha/pdf_files/WHA58/WHA58_23-en.pdf

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B.3.3.3.2 – Artigos e capítulos, etc. em e-books

Quadro 31 – Aplicação da norma APA para documentos electrónicos do tipo e-books, bases
de dados e programas informáticos
APA
Forma: Apelido do autor, Inicial dos nomes (Ano). Título da Monografia. Obtido em Dia de
Acesso de Mês de Acesso de Ano de Acesso, de Nome do Web Site: URL
Exemplo: Bianco, S. (2012). Os Estranhos Poemas Perdidos do Senhor Rumpel. Brasil. Obtido
em 12 de Junho de 2013, de Português Free Ebooks.net: http://portugues.free-
ebooks.net/ebook/Os-Estranhos-Poemas-Perdidos-do-Senhor-Rumpel/pdf/view

B.3.3.3.3 – Artigos em documentos electrónicos: revistas,


jornais, etc.

Quadro 32 – Aplicação da norma APA para documentos electrónicos do tipo artigos em


revistas, jornais, etc.
APA
Forma: Apelido, Iniciais dos nomes. Título do artigo. Título da publicação, Volume, número,
pp. páginas. Obtido em Dia de Mês de Ano, de Disponibilidade: acesso.
Exemplo: Ceccim, R. B. (set.2004/fev.2005). Educação Permanente em Saúde: desafio
ambicioso e necessário. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v.9, n.16,
pp. 161-177. Obtido em 18 de Março de 2014, de Scielo:
http://www.scielo.br/pdf/icse/v9n16/v9n16a13.pdf

Os artigos científicos electrónicos podem ser identificados através do URL ou


do DOI. A sigla URL significa Universal Resource Locator, em português
Localizador de Recursos Universal, é o endereço de um recurso (um arquivo, uma
impressora, etc.), disponível numa rede, seja a Internet, ou uma rede corporativa,
uma intranet. Já DOI significa Digital Object Identifier, em português Identificador
de Objecto Digital. Este identificador, composto de dígitos, é atribuído ao objecto
digital (no caso, um artigo) para que este seja unicamente identificado na Internet. O
DOI é atribuído pela editora da publicação, e cabe a ela informar o número DOI de
cada artigo. Se o artigo possui número DOI, provavelmente aparecerá no cabeçalho
do artigo.

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B.3.4 – Outras regras

6. Na referência bibliográfica (isto é na secção da bibliografia) utiliza-se o


“&” (APA) sempre que a obra tem mais do que um autor;

7. O estudante deve conferir sempre a posição dos elementos da referência


bibliográfica quando exportados de uma base informática de referenciação
bibliográfica;

8. Usa-se a p. ou pp. para indicação de página ou páginas nos artigos de


publicações periódicas, respectivamente;

9. Na norma APA não se usam os prefixos vol. e nº especialmente em revistas.


Estas abreviaturas são apenas usadas em enciclopédias ou capítulos de
livros, como se pode verificar nos exemplos abaixo:

− Capítulo de um livro:

Exemplo:

Senge, P. (2005). Entrando na escola. In Peter Senge et al. (Editores), Escolas que
aprendem: Um guia da quinta disciplina para educadores, pais e todos que se
interessam pela educação (pp. 16-45). Porto Alegre: Artmed.

− Enciclopédia

Exemplo:

Franco, J.A. & Afonso, M.L.R. (1994). Nova Flora de Portugal: Alismataceae –
Iridaceae (vol. III, fascículo I). Lisboa: Escolar Editora.

10. Sempre que o artigo electrónico disponha de um identificador do objecto


digital - DOI, o estilo APA, recomenda que este seja referido. O DOI não é
uma ligação estável ao artigo digital. Este é constituído por um código
alfanúmerico longo, que geralmente se encontra na primeira página do
artigo. Nos casos em que não existe DOI, coloca-se o URL;

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Exemplo:

Antonio, I., & Packer, A.L. Seminário sobre Avaliação da Produção Científica:
Relatório Final. Ciência da Informação [online]. 1998, 27(2): pp. 236-238. doi
10.1590/S0100-19651998000200023.

11. A lista de referências bibliográficas é organizada alfabeticamente pelo


último nome do autor. Nos casos em que não há autor, as referências são
colocadas alfabeticamente pelo título na mesma lista.

Campus Universitário de Viana (Luanda), aos 30 dias do mês de Abril de 2012.

Revisões em 2015 e 2017.

Pro. Doutor Manuel João Vaz Freixo

Vicia-Reitor p/docência e investigação


Prof. Catedrático

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