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Universidade Aberta Isced (UnISCED)
Tutor:
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Índice
1. Introdução.................................................................................................................................4
1.1. Objectivo...............................................................................................................................4
1.2. Metodologia..........................................................................................................................4
2.1. Estrutura................................................................................................................................5
4. Conclusão...............................................................................................................................11
5. Bibliografia.............................................................................................................................12
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1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre a importância do texto argumentativo na vida académica, onde,
no texto argumentativo, apresentamos argumentos com provas completas. Logo, o fato é uma
realidade desse tipo de texto. Para alguns alunos, o “bate-boca” é um tipo de argumentação. Isso
não é verdade. Insulto, xingamento, ironia podem irritar, contudo não convence. Um aspecto que
deve ser levado a sério é o roteiro de um texto dissertativo. Alguns estudantes consideram
desnecessário elaborar um roteiro. O fato é que, dispensando o roteiro, o aluno irá perder tempo
ao reler o texto. Após a leitura e compreensão do tema, temos que traçar uma diretriz. O roteiro é
como uma bússola que guia o aluno para o caminho mais coerente. Quando se faz um esquema,
certamente não haverá fuga do tema. Escolhendo os argumentos, o estudante irá abordar as três
partes do texto argumentativo.
1.1. Objectivo
Geral:
Específicos:
1.2. Metodologia
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2. Definição de um texto argumentativo
“Textos argumentativos são aqueles que apresentam recursos, justificativas e alegações com o
objetivo principal de persuadir o leitor sobre determinado ponto de vista. A imaginação é mais
importante que a ciência, porque a ciência é limitada, ao passo que a imaginação abrange o
mundo inteiro.
A frase do cientista Albert Einstein pode ser um convite à reflexão sobre o número de horas que
os jovens brasileiros têm de investir estudando matérias como física, química ou matemática para
conseguir ingressar no ensino superior.
Trazer a ideia de outras pessoas ao seu texto pode conferir mais credibilidade ao seu ponto de
vista. Esse elemento pode se tornar um valioso ponto de conexão com o leitor, uma vez que a
citação desperte sua atenção sobre o tema.
2.1. Estrutura
Todo texto argumentativo — não importa se é um artigo de opinião, uma dissertação do Enem
ou um blog post — deve apresentar 3 elementos:
Agora que você já conhece algumas estratégias que podem te ajudar no seu texto, vamos ver
alguns tipos de argumento que você pode usar para sustentar sua tese:
Argumento de autoridade
Esse argumento toma emprestada a credibilidade da sua fonte, como um instituto de pesquisa,
um pesquisador ou uma testemunha, tão importante para os jornalistas.
Como a força desse argumento vem justamente da sua fonte, é fundamental incluir links para as
pesquisas mencionadas ou citar a instituição por trás delas. Dizer “pesquisas apontam” é o
mesmo que não dizer nada, justamente porque, quando você faz isso, está deixando de fora a
credibilidade do argumento.
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Vale mencionar também que, quando você está escrevendo como ghost writer (o que é o caso da
maioria das produções de conteúdo para a web), a sua própria autoridade não significa nada, pois
o seu nome não está atrelado ao texto.
Não importa se for phD no assunto sobre o qual está escrevendo: será necessário sustentar seus
argumentos com fontes verificáveis e confiáveis.
Aqui, trata-se usar exemplos para confirmar que os pontos levantados são, de fato, observáveis
na realidade. Vale mencionar que os exemplos não precisam ser apenas positivos: se a ideia é
comprovar, por exemplo, a necessidade de colocar uma coleira de identificação no seu cãozinho,
você pode citar tanto casos em que a presença da coleira teve final feliz como situações em que,
por não ter identificação, o animal não foi encontrado.
Mas não se preocupe: não é preciso dividir todo o seu texto em premissas e conclusões e tentar
entender o raciocínio lógico entre elas. Argumentar por lógica é bem mais simples do que isso —
relações de causa e consequência e de condicionalidade são excelentes exemplos de argumentos
lógicos.
As pesquisas linguísticas que se referem ao ensino de língua devem atentar para o texto
argumentativo, pois é nesse modo de organização do discurso que se concentram os problemas
mais surpreendentes da produção e da leitura escolar.
A argumentação costuma ser abordada sob dois prismas diferentes. Ora ela é inerente a toda
atividade linguística humana por carrear sempre uma ideologia (Koch, 1993), ora a
argumentação é vista como um dos modos de organização do discurso. Há uma dissonância
terminológica entre os autores na literatura linguística sobre os tipos de textos existentes, mas em
todos eles está presente o modo de organização argumentativo (Oliveira, 2007).
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A argumentação difere dos demais modos também por ter uma finalidade racionalizante e ser
marcada não só pela lógica, mas também por um princípio de não contradição. Isto é, o que se
diz na defesa de uma tese, de um ponto de vista, não pode ser contraditório ou dissonante do
mundo denotativo. Para o meio social em que vivem os falantes, a argumentação deve ser (...)
construtiva na sua finalidade, cooperativa em espírito e socialmente útil (Penteado, 1964, apud
Garcia, 1999, p. 371). Com isso o autor quer dizer que não se deve procurar argumentar a favor
de ideias falaciosas, como também é imprescindível que o tema seja discutível, ideias que são
ponto pacífico entre os interlocutores não são passíveis de serem argumentadas.
Quanto à forma como se apresenta aos interlocutores do argumentador, a argumentação pode ser
dialógica (argumentação interlocutiva), oratória (monológica) ou escrita. É sob essa última forma
que se apresenta a argumentação dos textos que serão lidos em nossos experimentos. Mesmo em
um texto escrito, porém, pode haver interação entre os usuários, de sorte que o leitor não é
indiferente às perspectivas apresentadas e defendidas no texto argumentativo em apreço. Pelo
contrário, ele reage – ao menos ideologicamente – fazendo do texto um enunciado.
O discurso bem estruturado é aquele que traz todos os dados necessários à sua compreensão,
implícita ou explicitamente (Koch, 1993). Para Fávero (2003), a estrutura completa que um texto
argumentativo deve apresentar é formada de tese anterior (ideia falsa com que o argumentador a
princípio concordaria), premissas (condições para que essa tese seja verdadeira, e normalmente
não atendidas), argumentos, contra-argumentos (que irão atacar a tese anterior e mostrar sua
invalidez), síntese (súmula do caminho lógico seguido até o momento) e conclusão, que encerra
a nova tese, verdadeira na opinião do argumentador.
O que Fávero (op. cit) oferece é uma sugestão para bem argumentar. Na verdade, o critério, aqui,
para determinar se um dado texto é ou não argumentativo é a predominância qualitativa de
sequências argumentativas.
Para uma argumentação existir, são precisos três elementos (Charaudeau, 2004): uma ideia sobre
o mundo que precise ser legitimada; um sujeito que se proponha a estabelecer uma verdade
lógica acerca dessa ideia; e um sujeito também relacionado a essa ideia e a quem o argumentador
se dirigirá e buscará convencer da legitimidade de seu modo de pensar e ver.
A argumentação sempre é, ainda que não pareça, impositiva: o falante impõe ao interlocutor seu
modo de raciocínio e seus argumentos. A despeito do termo impositiva, não se quer dizer que a
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argumentação deve ter tom áspero. Essa imposição é feita de modo sutil. Primeiro, conduz-se o
sujeito-alvo ao mesmo questionamento, o argumentador precisa suscitar no seu interlocutor o
interesse pelo assunto do texto, pela tese defendida. Em seguida, propõem-se uma maneira de
tratar o questionamento levantado e, simultaneamente, traz-se um meio de avaliar a validade do
julgamento. Isto quer dizer a argumentação envolve três atividades cognitivas: problematização,
elucidação e comprovação.
Problematizando, o argumentador mostra não só do que trata o texto, mas também que questões
podem ser levantadas acerca do assunto em apreço, levantando um quadro de questionamentos.
Elucidando, o argumentador leva à compreensão das razões que levam uma hipótese a ser
admitida. Não se trata de verificar um fato – fatos não podem ser postos em dúvidas, eles
simplesmente ocorrem ou não, o que se fala sobre eles é que pode ser questionado (Oliva, 2010,
p. 21) –, mas de explicar o porquê e o modo dos fatos acontecerem. A elucidação pertence ao
universo discursivo da causalidade, e não ao do existencialismo fenomenal.
Provando, o argumentador leva a crer, o que serve de base para o valor da elucidação. Além de
problematizar uma questão, o argumentador deve se posicionar face à validade de sua elucidação
e que dê ao interlocutor condições de julgar o ato de elucidar realizado a partir da
problematização inicial. O interlocutor deve estar, pois, apto a aceitar ou refutar a elucidação a
que ele foi exposto. É para provar que o argumentador lança mão de argumentos de ordem
experimental, empírica, estatística, ou que tenha valor pragmático, ético ou hedônico. A escolha
dos argumentos é feita visando à garantia do raciocínio (Charaudeau, op. cit.).
Embora não haja uma maneira única e ideal de argumentar, já que são muitos os contextos e
contratos de comunicação a que a atividade discursiva se submete, os argumentos devem ter uma
estrutura peculiar para lograrem sucesso, já que são eles que estabelecem o vínculo entre o
argumentador e seu interlocutor. A estrutura de um argumento padrão é composta por Tese,
Dados e Garantias (Toulmin, apud Pilar, 2002). A Tese deve ser verdadeira, para resistir às
oposições, e denotar uma maneira de ver o mundo. Os Dados são os fatos e estatísticas que
servem de apoio à Tese. Já as garantias são as proposições que ligam os Dados à Tese defendida.
O que pode ser questionado na argumentação é o argumento, nunca a tese. Um argumento deve
apresentar, para ser eficiente, relevância, aceitabilidade e suficiência.
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Outra característica que a argumentação deve apresentar, segundo Fiorin e Savioli (1993), é a
unidade. Um texto argumentativo deve ser focado num único objeto de análise, sob pena de
tornar-se dispersivo, deixando o leitor/ouvinte sem saber ao certo sobre o que se está falando e
com a impressão de que, no fundo, não se falou sobre nada. Não se deve confundir, porém,
unidade com redundância. O texto argumentativo pode ter uma variedade de argumentos, desde
que essa variedade se debruce sobre o mesmo ponto, cercando-o e mostrando-lhe todas as
nuances, sempre dentro do mesmo tema central.
a escola diz respeito ao conjunto de parceiros do ato comunicativo, o que mostra o papel
que a escola pode desempenhar no ensino dessa atividade linguageira, que é o principal
instrumento da formação da opinião pública (Charaudeau, 2004, p. 44).
As pessoas de modo geral, mas sobretudo alunos dos Ensinos Fundamental e Médio, costumam
se negar a admitir não ter compreendido um texto. Isso, con- jugado à má determinação dos
objetivos de leitura, pode levar a uma ilusão de compreensão que pode se tornar hábito. A
maioria dos livros didáticos e manuais escolares de Língua Portuguesa das escolas brasileiras
trata os textos com perguntas de decodificação do texto, cuja resposta pode ser obtida por
transcrição de trechos do texto lido, sem levar o aluno à reflexão e apreensão da arquitetura
argumentativa elaborada.
O tipo de texto determina, de modo muito radical, a interpretação que um texto deve receber. Em
textos argumentativos, a estrutura lógico-informacional é a mensagem. Um sério problema
ocorre na leitura, então, quando o leitor encara a argumentação com subjetivismo e sem
vinculações de caráter lógico, fazendo uma representação mental mais condizente a um texto
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literário (Perini, 2007). A subjetividade que deve haver na argumentação se deve tão somente ao
caráter interpessoal da linguagem, não à passionalidade do falante.
Para Perini (op. cit.), a primeira razão do problema é o aluno ser treinado na escola para ler
apenas textos literários, haja vista o valor cultural que eles apresentam. Quando o aluno lê um
texto fora do domínio discursivo literário, ele procede do mesmo modo quando diante de
literatura. Isso explica parte da causa do fracasso escolar em produção textual, pois ao aluno é
solicitado escrever um texto argumentativo, sem ele ter trabalhado a leitura desse tipo de texto
anteriormente. O aluno lê textos argumentativos em outras disciplinas, mas não é feita nenhuma
atividade sistemática de estudo do caráter argumentativo desses textos.
A segunda razão do problema está na má escrita de muitos textos argumentativos que o são
apenas no objetivo. O autor não consegue elaborar um texto unívoco, permitindo mais de uma
interpretação. Embora isso possa ser dado como virtude no discurso literário, trata-se de um
empecilho na defesa de um ponto de vista. Ainda que dois leitores nunca façam a mesma leitura
de um mesmo texto – e um leitor nunca faz a mesma leitura quando lê um texto pela segunda vez
–, não convêm aos textos argumentativos múltiplas possibilidades de interpretação.
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4. Conclusão
Contudo, cheguei as conclusões que A partir dos estudos realizados foi possível perceber que
muitos autores relatam que o texto dissertativo-argumentativo é muito importante para a vida
acadêmica e social dos estudantes. Além disso, nota-se que essa tipologia textual está presente
como uma das etapas mais importantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e também
em vestibulares, como requisito para ingresso no ensino superior, pois os organizadores
acreditam que esse gênero textual é o que melhor atende e representa as tarefas, realizadas no
cotidiano escolar e na vida social dos estudantes.
Além disso, muitos autores destacam sobre a importância do hábito da leitura para os estudantes,
pois ela influencia muito na construção de bons textos. Entende-se que a partir do hábito pela
leitura o discente constrói argumentos válidos e que fazem sentido para dar embasamento na sua
produção textual. Dessa forma, quanto mais o estudante ler mais ele irá obter conhecimento
sobre diversos assuntos, construindo seu conhecimento de mundo. Nota-se também a
importância do professor para auxiliar os estudantes na construção do texto dissertativo-
argumentativo, tanto para demonstrar ao discente a importância e necessidade de sua escrita,
quanto no ato de produzir o texto. Percebe-se que o docente precisa criar estratégias
metodológicas que auxiliem os estudantes na preparação da construção da redação,
demonstrando o quão importante é o hábito da escrita para sua formação como sujeito.
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5. Bibliografia
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