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 Descrever a origem embriológica

 Listar as características dos tecidos ósseo e


cartilaginoso.
 Identificar as diferentes camadas do osso.
 Descrever os processos fisiológicos envolvidos
na formação, crescimento e remodelação dos
ossos.
 Descrever as funções básicas dos ossos e das
cartilagens.
 Identificar os tipos de ossos
 Osso é um tecido conjuntivo duro, altamente
especializado e vascularizado, com
metabolismo muito activo, responsável pela
rigidez do sistema esquelético.
O conjunto articulado de ossos e cartilagens
forma o esqueleto ou sistema esquelético,
estrutura de suporte do corpo, com funções
de:
 Manutenção da posição erecta,
 Protecção de órgãos vitais,
 Facilitação dos movimentos do corpo,
 Produção de células sanguíneas (na medula
óssea), e
 Armazenamento de sais minerais (ajuda na
homeostase do meio interno).
A maior parte das estruturas do sistema músculo-
esquelético são derivados do mesoderma
 Inicialmente (2º mês de vida intra-uterina), esse
mesénquima vai desenvolvendo-se num molde
de cartilagem hialino (esqueleto cartilaginoso)
sobre o que mais tarde se formarão os ossos.
 A certas partes deste esqueleto cartilaginoso,
chegarão (3º mês) células ósseas formando os
“centros de ossificação primários”. Trata-se de
uma “ossificação endocondral” (diferenciação
do cartilagem hialino em tecido ósseo primário).
 Os “centros de ossificação secundários”
começam aparecer só depois do nascimento,
no extremo dos ossos longos (nas epífise).
 Centros primários e secundários estender-se-
ão (ao longo de anos, até a idade adulta) ao
resto do molde cartilaginoso até criar um
osso inteiro adulto.
O osso é um tecido altamente especializado,
composto por:
 Matriz, que é o meio extracelular composto
por:
 Ampla rede de fibras colágenas, que dão ao osso
uma certa flexibilidade frente à tensão mecânica
 Sais minerais (principalmente cálcio e fosfatos)
depositadas sobre a rede fibrosa, que conferem a
consistência dura típica do osso.
Células especializadas, relacionadas entre elas,
em diferentes fases de diferenciação e com
função diversa, Incluem 3 tipos:

 Osteoblastos, células mais imaturas, capazes


de formar a matriz óssea (encontradas em
ossos em crescimento e nas zonas de
regeneração e reparação)
 Osteoclastos, células fagocitárias que
reabsorvem (eliminam) osso, mediante a
digestão enzimática das fibras e dos sais

 Osteócitos, células maduras (osteoblastos já


diferenciados), encontrados em tecido ósseo
do adulto (com baixa taxa de regeneração),
incapazes de formar osso, com função de
manutenção do mesmo.
 Compacto, tecido denso, muito resistente,
com rede colágena apertada e mínimos
espaços abertos.
 Esponjoso ou Trabecular, tecido laxo, com
muitos espaços abertos interiores
(trabéculas), que normalmente acolhem a
medula óssea (tecido de formação de células
sanguíneas).
Periósteo” (“pericóndrio” na cartilagem, com
estrutura e função semelhante), bainha
externa de tecido conjuntivo vascularizado e
inervado, com funções de :
 Nutrir as faces externas do sistema
esquelético,
 Regenerar os tecidos esqueléticos pois tem
capacidade para produzir osteoblastos
(recâmbio normal e reparação de fracturas,
lesões,…),
 Fixação de músculos, tendões e ligamentos.
 Tecido ósseo compacto, muito denso e duro,
que dá resistência ao osso

 Tecido ósseo esponjoso, mas leve que o


compacto, e que preenche o interior dos ossos
curtos e das epífises dos ossos longos

 Endósteo”, tecido conjuntivo frouxo que


reveste as cavidades ósseas internas (como o
canal medular da diáfise dos ossos longos)
com capacidade de regenerar osso, tal como o
periósteo
 Medula óssea, tecido que preenche as
cavidades interna dos ossos. Pode ser:
 Medula vermelha, associado às pequenas cavidades
das trabéculas do tecido ósseo esponjoso. Está
formada por células precursoras das células
sanguíneas, com função de regeneração do sangue

 Medula amarela, tecido areolar, principalmente


adiposo (no canal medular diafisário dos ossos longos e
curtos).
 Uma (ou várias) “artéria nutrícia” diafisária,
que dá ramos pelo periósteo (para nutrir o osso
mais superficial) e que atravessa o osso
compacto diafisário (por uns buracos chamados
“forames nutrícios”) para vascularizar a
medula e a parte interna da cortical.
 Artérias epifisárias, que se estendem e
ramifica-se pelo osso esponjoso epifisário
O “Sistema de Havers composto pelos componentes:

 Canais de Havers”, paralelos à superfície do osso, por


onde discorrem os capilares que distribuem o sangue
pelo tecido ósseo. Os canais estão formados por tubos
concêntricos de matriz óssea (“lamelas”) e se
comunicam entre si por outros canais transversais
(“canais de Volkman”)
 Os canais se comunicam com o tecido ósseo por outros
canais mais finos transversais (“canalículos”), já sem
vasos, onde circula líquido extracelular que leva
nutrientes às células ósseas.
 As células se encontram em cavidades microscópicas
(“lacunas”), comunicadas com este sistema de canais.
  
 A inervação do osso (distribuição de
terminais nervosas por todo o tecido) é
paralela à vascularização. É especialmente
rica em terminais sensitivos (à dor) no
periósteo.
Tipos de ossos:
Os ossos podem ser:

 Longos: têm duas


extremidades ou epífises; o
corpo do osso é a diáfise;
entre a diáfise e cada epífise
fica a metáfise. A diáfise é
formada por
tecido ósseo compacto,
enquanto a epífise e a
metáfise, por
tecido ósseo esponjoso. 
Exemplos: fémur, úmero. 
 Curtos: têm as três
extremidades
praticamente
equivalentes e são
encontrados nas mãos
e nos pés. São
constituídos por
tecido ósseo
esponjoso. Exemplos:
calcâneo, tarsos,
carpos. 
 Planos, Chatos ou
Laminar: são formados
por duas camadas de
tecido ósseo
compacto, tendo entre
elas uma camada de
tecido ósseo esponjoso
e de medula óssea
Exemplos: esterno,
ossos do crânio, ossos
da bacia, escápula.
 Irregulares, compartem características como
os curtos e os planos, mas tem formas
sofisticadas, adaptadas à sua função, como
as vértebras ou os ossos do ouvido.

 Sesamóides, pequenos ossos arredondados,


incluídos dentro de tendões (perto da sua
inserção no osso), com função de melhorar o
rendimento e proteger o tendão (como a
patella ou rótula do joelho).
O ESQUELETO HUMANO

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Ao longo da infância, os ossos vão crescendo
para se adaptarem ao crescimento geral do
corpo.

 Só na idade adulta, esta cartilagem se ossifica


(fechamento das epífises na “linha
epifisária”), terminando o crescimento do
osso.
 Em ossos curtos ou planos (só têm centros de
ossificação primários), o processo é igual,
mas a partir de células não diferenciadas da
periferia do centro primário.
É mediada por diferentes substâncias (vitaminas e
hormónios), que se encontram em um complexo
equilíbrio homeostático, que vai mudando em cada
fase da vida. Incluem:
 Vitamina C (presente em alimentos como laranja,
limão,...) facilita a correcta formação do colágeno,
dando maior densidade à matriz do osso.
 Vitamina D , produzida na pele a partir de pró-
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vitaminas hepáticas que se activam pela luz solar,
têm o efeito de aumentar a absorção intestinal de Ca+
+
e a sua deposição no osso como sais cálcicos.
 A falta de vitamina D nas crianças provoca
“raquitismo”: ossos insuficientemente calcificados,
moles, que quando o bebe começa andar, dobram-se
pela pressão.
 Vitamina A (presente em alimentos como
cenoura, abóbora, ovos,...) estimula os
osteoclastos a liberarem enzimas lisosómicos
que reabsorvem o osso

 Hormónio do crescimento (“somatotropina”),


secretado pela hipófise (no cérebro), têm
efeito de estimular a divisão celular ao nível
do disco epifisário e por tanto estimula o
crescimento do osso durante a infância (até o
encerramento dos discos).
 Tiroxina, secretada pela glândula tiróide,
aumenta a velocidade de substituição de
cartilagem por osso ao nível do disco
epifisário, pelo que deve estar balançada com
a somatotropina, para que não exista um
encerramento precoce do disco
 Hormónios sexuais (androgénios e
estrogénios), estimulam a deposição de osso
durante a fase adulta e inibem a acção da
paratohormónio (PTH) sobre o osso
(diminuindo a sua reabsorção.

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