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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIENCIAS E TECNOLOGIA

LICENCIATURA EM ENSINO DE BIOLOGIA

Arcanjo Gabriel Comadante

Bebito Eduardo Francisco Agente

Isabel Caetano

EDUCACAO DE VALORES

Regras de conduta na comunidade, resolução pacifica de conflitos, equidade, género,


identidade, cultura e multiculturalismo

Quelimane

2023
Arcanjo Gabriel Comadante

Bebito Eduardo Francisco Agente

Isabel Caetano

EDUCACAO DE VALORES

Regras de conduta na comunidade, resolução pacífica de conflitos, equidade, género,


identidade, cultura e multiculturalismo

Trabalho de caracter avaliativo a ser


entregue na Faculdade de ciências e
Tecnologias na cadeira de Temas
Transversais III ao docente:

Dr. Henriques Murrima

Quelimane

2023

1
Índice
Introdução........................................................................................................................................3
EDUCAÇÃO DE VALORES.........................................................................................................4
REGRAS DE CONDUTA NA COMUNIDADE............................................................................4
Resolução pacífica de conflitos........................................................................................................6
Resolução negociada.....................................................................................................................7
Resolução facilitada......................................................................................................................8
Equidade.......................................................................................................................................8
Género..........................................................................................................................................9
O conceito de gênero em movimento.........................................................................................9
Identidade......................................................................................................................................9
Cultura.......................................................................................................................................10
Tipos de cultura..........................................................................................................................11
Cultura popular........................................................................................................................11
Cultura erudita.........................................................................................................................11
Cultura de massa.....................................................................................................................12
Cultura material.......................................................................................................................12
Cultura imaterial......................................................................................................................12
Cultura organizacional............................................................................................................13
Elementos da cultura...................................................................................................................13
Multiculturalismo.....................................................................................................................13
Exemplos de Multiculturalismo..................................................................................................14
Multiculturalismo na Educação..................................................................................................15
Conclusão...................................................................................................................................16
Bibliografia................................................................................................................................17

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Introdução
Estamos vivendo num mundo onde as pessoas estão dominadas pelo medo e se mostram
impotentes diante do quadro atual de violência, corrupção e falência generalizada das instituições
sociais. Vivemos atordoados por uma sociedade que prioriza o periférico e o superficial. O
individualismo e o anonimato corroem o ser humano, destroem seus melhores desejos e, ao
mesmo tempo, marginalizam os valores mais nobres da convivência. O presente trabalho visa
abordar acerca educação de valores. E não so também a abordar a cerca da resolução pacifica de
conflitos, dizer que, A Resolução Pacífica de Conflitos tem sido descrita como se “introduzisse
nos procedimentos já estabelecidos mecanismos para chegar a um resultado sem a necessidade de
percorrer todas as etapas de um processo. Em muitos aspectos, ela é
melhor compreendida como uma resolução mais apropriada às disputas, pois leva
em consideração as circunstâncias do caso específico para propor solução para uma
ou para ambas as partes envolvidas na disputa, sem, contudo, expedir decisão vinculante formal
quanto ao mérito da reclamação.

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EDUCAÇÃO DE VALORES
A educação de valores é um conceito muito amplo, extenso e não muito específico  que
não cabe apenas aos professores, mas também aos pais e à sociedade em geral. No entanto,
quase ninguém presta a devida atenção a ele. Pelo contrário, este assunto é deixado de lado
em favor de reter conhecimento ou de passar nas matérias.

Os aspectos mais importantes da educação de valores

Não é apenas necessário que haja alguém que fale e transmita a educação de valores, mas é
essencial que ela seja incluída em qualquer outra matéria. Assim como  seria importante
que este tipo de educação estivesse presente em todos os agregados familiares e na
sociedade em geral. Mas em que aspectos a educação de valores é centrada?
 Fomenta um espírito crítico sobre os costumes ou os hábitos de consumo, entre
muitos outros.
 Destaca a igualdade de oportunidades, independentemente de raça, cultura, género,
nacionalidade ou religião.
 Ensina pautas para tratar o meio ambiente com cuidado, evitando danificá-lo e
sabendo desfrutar dele.
 Transmite a tolerância em relação à sexualidade dos outros.
 Fomenta um consumo responsável, dotando de ferramentas que permitam decidir
com consciência.
Estes são alguns dos aspectos que se tenta transmitir com a educação de valores e que
nos dão uma ideia sobre qual é o seu objetivo. A grande questão é:  por que não ensinar
valores na sala de aula ou dentro de casa? Talvez porque, nas salas de aula, dar as
aulas programadas e terminar a grade curricular parecem ser as únicas coisas
importantes. E em casa, porque você não pode dar o que não aprendeu.

REGRAS DE CONDUTA NA COMUNIDADE


Professores e pessoal não docente

 Exercer o seu papel de figura de autoridade;

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 Conhecer bem as suas funções e os procedimentos do Agrupamento;
 Fazer cumprir as normas e as regras do Agrupamento e agir de acordo com os
procedimentos instituídos;
 Ser pontual e assíduo;
 Respeitar os alunos e todos os membros da comunidade escolar e fazer-se respeitar;
 Comunicar superiormente sempre que algo não esteja a correr de acordo com o previsto;
 Atuar de imediato e de acordo com a sua função;
 Garantir que os espaços fiquem limpos e arrumados.
 Promover uma cultura de trabalho, de empenho e de brio pessoal.

Dos Pais e Encarregados de Educação

 Acompanhar ativamente a vida escolar do seu educando, por cuja educação são
responsáveis;
 Exigir o cumprimento das regras básicas de boa educação e das regras definidas no
código de conduta dos alunos, Regulamento Interno e Estatuto do Aluno;
 Manter-se informados sobre tudo o que se relaciona com a vida escolar do seu educando;
 Comunicar com o Professor Titular de Turma/ Diretor de Turma sempre que julguem
pertinente ou sejam convocados;
 Participar ativamente na gestão de problemas de indisciplina;
 Verificar, regularmente, as mensagens da escola através da Caderneta do Aluno;
 Verificar, sempre, o caderno diário e acompanhar os trabalhos de casa do seu educando;
 Justificar as faltas do seu educando no prazo e termos previstos na lei;
 Tomar conhecimento de todas as comunicações emitidas pela escola, em tempo útil/ no
prazo estipulado;
 Certificar-se de que o seu educando se organiza de forma a gerir os momentos de trabalho
e lazer;
 Promover uma cultura de trabalho, de empenho e de brio pessoal.

Normas de Conduta Agrupamento de Escolas de Airães 3 Dos Alunos

 Respeitar os professores, pessoal não docente e os outros alunos;


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 Acatar as ordens ou instruções de professores e/ou pessoal não docente;
 Zelar pela preservação, conservação e asseio das instalações escolares, material didático,
mobiliário e espaços verdes da escola;
 Comunicar ao professor ou assistente, sempre e logo que seja detetado material
danificado;
 Trazer sempre consigo o Cartão GIAE e Caderneta do Aluno;
 Ter atitudes corretas e de respeito, quer no recinto escolar e espaços circundantes quer nos
transportes escolares.

Resolução pacífica de conflitos


A resolução de conflitos pode ser definida como um processo formal ou informal que duas ou
mais partes usam para encontrar uma solução pacífica do litígio que as opõe. Como podemos
configurar um processo de resolução de conflito construtivo ao lidar com o conflito no trabalho e
em outras esferas? Conflitos podem ser resolvidos de diversas maneiras: negociação, mediação,
arbitragem e o litigio.

 Na negociação colaborativa, por exemplo, você deve apontar para descobrir os interesses


subjacentes das partes, tal como um desejo de resolver uma disputa sem atrair publicidade
negativa ou reparar um relacionamento comercial danificado.
 Na mediação, uma terceira parte neutra, sem impor uma solução, incentiva as partes a
descobrir os interesses subjacentes às suas posições. Os mediadores trabalham com as
partes juntamente e separadamente, ajudando-as descobrir uma resolução que seja
sustentável, voluntária e satisfatória para ambas.
 Quanto à arbitragem, que pode assemelhar-se a um processo no tribunal, o árbitro ouve
os argumentos e provas apresentados por cada lado, em seguida, processa uma decisão
vinculativa e, muitas vezes, confidenciais. Embora as partes normalmente não possam
recorrer da decisão de um árbitro, eles podem negociar a maioria dos aspectos do
processo de arbitragem, incluindo se os advogados estarão presentes e se serão utilizados
padrões de evidência.

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 No litígio, as partes buscam resolver os conflitos através de demandas no judiciário,
transferindo a responsabilidade de uma decisão para um juiz, que muitas das vezes não
são satisfatórias para as partes, com um alto custo económico e um forte desgaste
emocional, numa relação ganha-perde.
Resolução pacífica de conflitos é o termo usado para descrever o conjunto de processos e
mecanismos pelos quais instituições que lidam com conflitos no âmbito
administrativo.

Internacionalmente, a resolução pacífica de conflitos é amplamente utilizada por


instituições que atuam no âmbito de disputas, como Ouvidorias e Comissões de
acesso à informação.

Quais as formas que a resolução pacífica de conflitos assume?

A Resolução Pacífica de Conflitos tem sido descrita como se “introduzisse nos procedimentos já
estabelecidos mecanismos para chegar a um resultado sem a necessidade de percorrer todas as
etapas de um processo. Em muitos aspectos, ela é
melhor compreendida como uma resolução mais apropriada às disputas, pois leva
em consideração as circunstâncias do caso específico para propor solução para uma
ou para ambas as partes envolvidas na disputa, sem, contudo, expedir decisão vinculante formal
quanto ao mérito da reclamação.
No que se refere aos tipos de reclamações ou recursos feitos a Comissários de
Acesso à Informação e Ouvidores, a Resolução Pacífica de Conflitos assume duas
principais formas: a negociada e a facilitada.

Resolução negociada

A Resolução negociada ocorre quando na avaliação preliminar de uma reclamação


ou de um recurso é possível demonstrar que o órgão falhou em cumprir com seu
dever legal. Se o órgão concorda em remediar tal falha antes de uma decisão formal,
esse procedimento é normalmente chamado de resolução negociada.
Normalmente ela ocorre quando o auditor encarregado do caso informa ao órgão

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demandado sobre o provável desfecho do recurso ou da reclamação, e obtém um acordo a fim de
que o órgão admita o erro e o corrija de acordo com suas recomendações.

Resolução facilitada

A resolução facilitada é um processo mais complexo. Ela depende principalmente


da acção do auditor, que colhe informações de ambas as partes em conflito e identifica uma
oportunidade para resolver o caso sem uma decisão vinculante quanto
ao mérito da questão. Difere do que ocorre na mediação, na qual o mediador não
toma posições quanto ao caso e cabe a ele apenas aproximar as partes a fim de
que explorem e troquem impressões sobre as soluções propostas. Ao contrário
disso, a resolução facilitada é avaliativa, e se fundamenta na habilidade do auditor de
persuadir as partes a aceitar a solução proposta.

Equidade

É um princípio da justiça social que supõe o respeito às diferenças como condição para se atingir
a igualdade. Esse princípio permite demonstrar que igualdade não significa homogeneidade, isto
é, o não reconhecimento de diferenças entre as pessoas. Por exemplo, não se pode pensar que
tratar do mesmo modo uma criança, um adulto, ou um idoso seja igualdade.

Obter igualdade exige a disposição de reconhecer o direito de cada um em ter reconhecido suas
necessidades. O direito em ter diferenças reconhecidas é que constitui a equidade. Por vezes, a
noção de universalidade é distorcida por uma leitura imediatista e pragmática que lhe atribui o
significado de homogeneidade e não do respeito à heterogeneidade. A noção de equidade se torna
mais clara quando analisamos as situações a partir das desigualdades, mediata ou imediatamente
vividas.

A etimologia do termo equidade do latim aequitas, atis, um substantivo feminino, tem o sentido
de igualdade e moderação e o substantivo neutro, aequum, i, significa equidade e justiça. O
sentimento de justiça supõe que a análise das situações inclua outros componentes para além do
estritamente legal.

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A ausência de equidade provoca a iniquidade, isto é, inexistência de acesso justo e igual para que
todos superem suas necessidades e tenham igualdade distributiva ou redistributiva na qualidade
de atenção a essas necessidades e acesso a oportunidades construídas pela sociedade.

 Equidade, por outro lado, reconhece que não somos todos iguais e que é preciso ajustar esse
“desequilíbrio”.
Se nosso objetivo é garantir que as pessoas desfrutem das mesmas oportunidades, não podemos
deixar de considerar as diferenças individuais.
Equidade significa dar às pessoas o que elas precisam para que todos tenham acesso às mesmas
oportunidades.

Por exemplo, em um pronto-socorro, a vítima de acidente grave passa à frente de quem necessita
de um atendimento menos urgente, mesmo que esta pessoa tenha chegado mais cedo ao hospital.
Portanto, a distinção entre equidade e igualdade é fundamental para respeitar verdadeiramente as
diversidades e ser, de fato, inclusivo.

Género

Género é uma gama de características pertencentes e diferenciadas entre a masculinidade e


a feminilidade. Dependendo do contexto, essas características podem incluir o sexo biológico:
como o estado de ser do sexo masculino, do sexo feminino, ou uma variação intersexo (que pode
complicar a atribuição do sexo). Também poderá incluir as opressões sociais baseadas no sexo,
incluindo papéis sexuais e outros papéis sociais, e a identidade de gênero. Algumas culturas têm
papéis de género específicos que podem ser considerados distintos das categorias "homem" e
"mulher", como a hijra na Índia e Paquistão. Em culturas Ocidentais, aqueles que não se
identificam como "homens" e "mulheres" costumam ser chamados de gênero não-binário
ou gênero fluido.

O conceito de gênero em movimento

Este contexto inicial de surgimento do conceito de género é marcado pela matriz teórica dos
estudos de género denominada de essencialista. De acordo com esta matriz, os géneros –
masculino e feminino – são naturalmente determinados pela biologia dos corpos.

Identidade
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O conceito de identidade tem sua origem na filosofia. Utiliza-se este conceito para descrever algo
que é diferente dos demais, porém idêntico a si mesmo. A esse respeito, Habermas1 faz a
seguinte proposta: “a auto-identificação predicativa que efectua uma pessoa é, em certa medida,
condição para que essa pessoa possa ser identificada genericamente e numericamente pelas
demais” (Habermas, p.147, tradução nossa) Assim a identidade é formada dialecticamente entre
individuo e sociedade sendo mutável em boa medida inconscientemente, num processo que inclui
a identificação própria e a identificação reconhecida por outros.

Habermas concebe que um indivíduo é responsável pela condução de sua biografia e pode
construir novas identidades ao longo de sua existência motivada por fragmentações e rupturas
que conduzem a uma superação, permitindo um novo reconhecimento nas interações sociais em
que faz parte.

Cultura

A cultura é compreendida como os comportamentos, tradições e conhecimentos de um


determinado grupo social, incluindo a língua, as comidas típicas, as religiões, música
local, artes, vestimenta, entre inúmeros outros aspectos.

Para as ciências sociais (entre elas a sociologia e antropologia), cultura é uma rede de
compartilhamento de símbolos, significados e valores de um grupo ou sociedade. São formados
artificialmente pelo homem, ou seja, de uma maneira não natural.

A origem da palavra cultura vem do termo em latim colere, que significa cuidar, cultivar e


crescer. Por isso o termo também está associado a outras palavras, como a agricultura, que trata
do cultivo e crescimento das plantações.

Os elementos que compõem uma cultura são compartilhados pelos membros da sociedade,
criando-se, assim, uma identidade cultural.

As é errado dizer que todos os brasileiros, assim como os cidadãos de outros países, possuem o
mesmo comportamento ou reproduzem a mesma cultura pelo qual o seu país é conhecido.

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Isso porque cada estado ou pequena região possui sua cultura tipicamente local, com
diferentes comidas típicas, estilos musicais, comportamentos, dialetos, entre outros aspectos, que
criam a identidade de um determinado grupo social.

A cultura é também um mecanismo cumulativo, porque as modificações trazidas por uma


geração passam à geração seguinte.

Ela perde e incorpora outros aspectos, numa forma de melhorar a vivência das novas gerações e
acrescentar novos elementos.

Tipos de cultura

Cultura popular
A cultura popular é a base da cultura de qualquer povo e região. Uma característica importante
deste tipo de cultura é que ela começa de baixo para cima, ou seja, são as classes populares quem
determinam o que é essa cultura e como ela deve ser reproduzida.

Na cultura popular, seus elementos, como as danças, estilo musical, costume, entre outros, são
transmitidos de geração para geração por um povo.

Por exemplo, nas festas, podemos identificar o Frevo, como pertencente ao estado de
Pernambuco, e a Chula, do Rio Grande do Sul, criados, consequentemente, pelo povo.

Cultura erudita
A cultura erudita é aquela reproduzida pela classe média ou alta de um povo, como os
intelectuais e os artistas, sendo financiada pela elite econômica. É o tipo de cultura que está
concentrada no meio acadêmico.

Um grande exemplo foi o movimento do Renascimento. Seus artistas, principalmente os


pintores, eram financiados para produzir artes que seriam apreciadas pela elite social da época.

É importante saber que, mesmo sendo considerada uma cultura da elite, a cultura erudita não
necessariamente será produzida por estas pessoas, mas sim financiada por elas.

Alguns exemplos da cultura erudita são as exposições em museus, as pinturas, o balé, a ópera,


entre outros.
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Cultura de massa

A cultura de massa une os aspectos da cultura erudita e da cultura popular, transformando-as em


uma cultura mais acessível, simples e como entretenimento para o consumo geral.

A cultura de massa se concentra principalmente nas grandes mídias, como a TV e redes sociais,
focado no consumo.

Uma grande questão é que, através da cultura de massa, as culturas erudita e popular deixam de
ser uma experiência, uma vivência e uma identidade, para se tornarem um conteúdo de
entretenimento que pode ser vendido de alguma maneira.

Um exemplo é a pintura da Monalisa, de Leonardo da Vinci. Considerada parte da cultura


erudita, a pintura da Monalisa começa ser usada pela cultura de massa em estampas de camisetas,
ou com fotos editadas, reproduzidas principalmente nas redes sociais, numa forma de
entretenimento.

Um exemplo de cultura popular transformada pela cultura de massa é o sertanejo. Esse


estilo musical surgiu nos meios rurais, numa forma de descrever a vida no campo, mas a cultura
de massa, através do sertanejo universitário, transformou o estilo em entretenimento acessível a
outros públicos.

Cultura material

A cultura material são os aspectos da cultura que são tangíveis, ou seja, aqueles que podem ser
tocados. São objetos físicos e concretos.

A cultura material são elementos produzidos manualmente pelo ser humano, e que se tornam
aspectos físicos da cultura e tradição de um povo.

Alguns exemplos de cultura material são: um cocar indígena, o Pelourinho na Bahia, o Centro
Nacional de Ouro Preto, entre diversas outras.

Cultura imaterial
A cultura imaterial é considerada intangível, ou seja, os elementos que não podem ser tocados.
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São, basicamente, os costumes e tradições que não são físicas e que precisam ser reproduzidos e
vivenciados. Geralmente, um grupo social preserva este tipo de cultura em respeito à sua
ancestralidade.

Alguns exemplos de cultura imaterial são a Literatura de Cordel, a Roda de Capoeira, o Frevo,
entre outros.

Cultura organizacional

A cultura organizacional é o conjunto de hábitos, crenças e normas que estabelecem o


comportamento dos funcionários dentro de uma determinada empresa.
A cultura organizacional define os princípios que constroem a identidade de uma organização, a
forma como as pessoas se relacionam, se comunicam e se transformam.

Elementos da cultura
A cultura é definida por elementos abstractos, ou seja, ideias, crenças, valores e símbolos, e os
elementos concretos, ou seja, objectos físicos que formam a sua estrutura.

Estes elementos estão associados às culturas material e imaterial da seguinte forma:

 Elementos da cultura imaterial: são todas as ideias e símbolos que compõem uma cultura.
Esses elementos estruturam uma cultura abstracta, ou seja, são os valores, as crenças, os símbolos
e a linguagem que compõe um grupo social.

 Elementos da cultura material: são todos os objectos físicos que compõe a cultura. Diferentes
dos imateriais, os elementos materiais da cultura são constituídos por elementos que pode ser
tocado, como, por exemplo, as comidas típicas, roupas e monumentos.

Multiculturalismo

O multiculturalismo é a inter-relações de várias culturas em um mesmo ambiente. É um


fenómeno social que pode ser relacionado com a globalização e as sociedades pós-modernas.

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Alguns países apresentam uma maior multiculturalidade. Muito devido aos diferentes grupos de
imigrantes recebidos, mas também por observar outros factores de integração e o
desenvolvimento de novas culturas a partir do choque cultural.

O multiculturalismo também pode ser chamado de pluralismo cultural, é um conceito da


sociologia aplicado aos estudos em ciências sociais. A ideia de um grupo multicultural pressupõe
que os grupos culturais estariam interligados, em função do contacto que as culturas têm entre si.

A questão é correntemente debatida entre antropólogos e sociólogos de diferentes linhas de


pensamento. Alguns estudiosos acreditam que esta visão multicultural não existe, e que houve
uma imposição da cultura dominante com a chegada dos europeus e a subordinação das demais
culturas.

Já outros pensadores vêem diversos traços multi-étnicos e defendem a existência das múltiplas
culturas que se integram mutuamente e que coabitam em harmonia justamente em função da
possibilidade das relações globais.

O conceito de multiculturalismo tem grande influência do relativismo cultural, que questiona a


ideia de que os hábitos e costumes de um grupo poderiam ser superiores a outros.

Esta ideia de que as culturas são diversas e devem ser respeitadas na sua essência, sem existir um
certo ou errado nos costumes, é a base do multiculturalismo.

Exemplos de Multiculturalismo
A coexistência de diversos grupos culturais as em um mesmo lugar é um exemplo de
multiculturalidade e representatividade. Como quando temos em uma mesma sala de aula alunos
e alunas afrodescendentes, indígenas, caucasianos e asiáticos.

O respeito ao culto de diferentes religiões é um exemplo de multiculturalismo na nossa


sociedade. Em lugares em que convivam de forma amistosa membros do candomblé, fiéis de
igrejas evangélicas, seguidores do catolicismo, ateus, budistas, entre outras crenças, é um
ambiente multicultural.

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Multiculturalismo na Educação
A questão do multiculturalismo é de extrema importância na área da pedagogia e educação. É
interessante que os professores levem tais discussões para dentro de sala de aula para criar um
ambiente que possa integrar as diferenças, e assim despertar problematizações como as questões
de racismo e preconceito entre os alunos.

O multiculturalismo aplicado à educação envolve práticas pedagógicas que despertem os alunos


para a diversidade dos grupos culturais. É importante que se aprenda a respeitar as diferenças e
que se defrontem com assuntos como identidade cultural e de género.

Essas práticas são essenciais para que haja a formação em valores que contribuem para uma
sociedade multicultural mais justa e que respeite as diversidades.

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Conclusão

Ao concluímos o presente trabalho chegamos a conclusão que, A reflexão sobre a presença dos
valores humanos na vida de um indivíduo é um ponto
de extrema importância para os questionamentos que envolvem a relação educação/valores
humanos, uma vez que na contemporaneidade, essa discussão é fundamental para a
manutenção de todo um sistema educacional, pois estará buscando redefinir ou reencontrar o
verdadeiro papel da escola na formação de valores humanos, não só no Brasil, mas no mundo
todo este tema se faz presente e gera grandes debates. Reflectir acerca da capacidade que estes
mesmos valores têm de formar um cidadão completo e preparado para viver em sociedade,
reveste-se de grande importância pelas implicações que este tem na formação dos jovens
estudantes. A trajetória deste estudo teve como foco inicial a inquietação de entendermos a
concepção dos professores e alunos, acerca do processo da construção dos valores humanos
no cotidiano escolar, analisando se é possível existir esta construção e desenvolvimento.
Nesse sentido, algumas conclusões poderão servir de ponto de partida para novos estudos e
investigações pessoais e também de outros pesquisadores, que se aventurarem pelo tema do
Papel da Escola na Educação de Valores.

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Bibliografia

BOURDIEU, Pierre. Escritos de educação. Rio de Janeiro: Vozes, 1998.

BRANDÃO, Zaia. Pesquisa em educação: conversas com pós-graduados. Rio de Janeiro: Ed.

Valente, M. O. (1989). A Educação para os Valores . in E. L. Pires, O Ensino Básico


em Portugal . Rio Tinto: ASA.

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