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MANUAL DE TRONCO COMUM DE

CURSOS DE LICENCIATURA
DIDÁCTICA GERAL

ENSINO ONLINE. ENSINO COM FUTURO 2022


MANUAL DE TRONCO COMUM DE CURSOS DE
LICENCIATURA
DIDÁCTICA GERAL

1º ANO - Manual de Tronco Comum

CÓDIGO

TOTAL HORAS/1
75
SEMESTRE

CRÉDITOS (SNATCA) 3

NÚMERO DE TEMAS 6
MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

Direitos de autor (copyright)

Este manual é propriedade da Universidade Aberta ISCED (UnISCED), e contém reservado


todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução parcial ou total deste manual, sob
quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrónicos, mecânico, gravação, fotocópia ou
outros), sem permissão expressa de entidade editora Universidade Aberta ISCED (UnISCED).

A não observância do acima estipulado o infractor é passível a aplicação de processos


judiciais em vigor no País.

A Universidade Aberta ISCED

Vice-reitoria Académica
Rua Paiva Couceiro, Macuti
Beira - Moçambique
Telefone: +258 23 323501
Cel: +258 82 3055839
Fax: 23323501
E-mail: suporte@unisced.edu.mz

i
MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

Website:www.unisced.edu.mz

Agradecimentos

A Universidade Aberta ISCED (UnISCED) agradece a colaboração dos seguintes indivíduos e


instituições na elaboração deste manual:

Autor Msc. Aissa Firoza Madeira

Coordenação Vice-reitoria Académica

Design Universidade Aberta ISCED (UnISCED)


Instituto Africano de Promoção da Educação a Distância (IAPED)
Financiamento e
Logística

Ano de Publicação 2019

Ano de Actualização 2022

Local de Publicação UnISCED – BEIRA

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MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

Visão geral 1
Bem-vindo ao Manual da Disciplina de Didáctica Geral ................................................... 1
Objectivos do Manual ....................................................................................................... 1
Quem deveria estudar este manual ................................................................................. 2
Como está estruturado este manual ................................................................................ 2
Conteúdo deste manual.................................................................................................... 2
Outros recursos ............................................................................................................... 3
Auto-avaliação e Tarefas de avaliação .......................................................................... 3
Habilidades de estudo ...................................................................................................... 3
Precisa de apoio? .............................................................................................................. 6
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ................................................................................ 7
Avaliação ........................................................................................................................... 7

TEMA I: FUNDAMENTOS DA DIDÁCTICA 9


Introdução da Unidade Temática I ............................................................................... 9
Introdução ....................................................................................................................... 9
UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Evolução histórica e pensamentos pedagógicos .................... 10
Sumário ........................................................................................................................... 10
Sumario ........................................................................................................................... 12
Exercícios de auto-avaliação ........................................................................................... 12
Exercícios ........................................................................................................................ 13
UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Desenvolvimento histórico da Didática: principais teóricos e
evolução das ideias pedagógicas .................................................................................... 14
Sumário ........................................................................................................................... 14
Sumario ........................................................................................................................... 21
Exercícios de auto – avaliação ........................................................................................ 22
UNIDADE TEMÁTICA: 1.3. Didática Instrumental para Didática Fundamental .............. 24
Sumário ........................................................................................................................... 24
Suamario ......................................................................................................................... 27
Exercícios de auto-avaliação ........................................................................................... 27
Exercícios ......................................................................................................................... 29
UNIDADE TEMÁTICA: 1.4. Didáctica Inter/Multicultural e as principais categorias
pedagógicas .................................................................................................................... 30
Sumário ........................................................................................................................... 30
Exercícios de auto – avaliação ........................................................................................ 34
Unidade Temática 1.5. Didáctica – e Suas Relações com a Pedagógia e outras ciências37
Introdução .............................................................................................................. 37
Sumário ........................................................................................................................... 37
Exercícios de auto – avaliação ........................................................................................ 40
UNIDADE TEMÁTICA: 2.1. O papel da didáctica na formação do professor .................... 41
Introdução .............................................................................................................. 41

iii
MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

Sumário ........................................................................................................................... 41
Exercícios de auto – avaliação ........................................................................................ 44
UNIDADE Temática 2.2. Formação de Professor Inicial e Continuada- professor
reflexivo .......................................................................................................................... 46
Introdução....................................................................................................................... 46
Sumário ........................................................................................................................... 46
A formação de professor inicial continuada- professor reflexivo................................... 46
Exercícios de auto-avaliação ........................................................................................... 51
UNIDADE Temática 2.3. O Processo de Ensino e aprendizagem e as metodologias de
ensino: estruturando o processo. ................................................................................... 53
Introdução....................................................................................................................... 53
Sumário ........................................................................................................................... 53
Exercícios de auto-avaliação ........................................................................................... 57
UNIDADE Temática 3.1. Planificação do Processo de Ensino-Aprendizagem ................ 61
Tema: Planificação do Processo de Ensino - Aprendizagem .......................................... 61
Introdução....................................................................................................................... 61
Sumário ........................................................................................................................... 62
Exercícios de auto-avaliação ........................................................................................... 65
UNIDADE Temática 3.2. Níveis de Planificação do PEA e Tipos de Planejamentos ....... 68
Introdução....................................................................................................................... 68
Sumário ........................................................................................................................... 68
Níveis de Planificação do PEA e Tipos de Planos.......................................................... 68
Exercícios de auto-avaliação ........................................................................................... 70
UNIDADE Temática 3. 3. Componentes de planificação e do processo de ensino e
aprendizagem. ................................................................................................................ 72
Introdução .............................................................................................................. 72
Sumário ........................................................................................................................... 72
Exercícios de auto-avaliação ........................................................................................... 76
UNIDADE Temática 3. 4. Etapas de Processo de Ensino- Aprendizagem ....................... 80
Introdução ............................................................................................................. 80
Sumário ........................................................................................................................... 80
Exercícios de auto-avaliação ........................................................................................... 82
Unidade Temática 3.5. Estrutura da aula – funções didácticas ...................................... 84
Introdução .............................................................................................................. 84
Sumário ........................................................................................................................... 85
Exercícios – de auto- avaliação ...................................................................................... 87
Perguntas dissertivas ....................................................................................................... 87
UNIDADE Temática 3.6. Funções – Didácticas e suas caracteristicas .......................... 89
Introdução .............................................................................................................. 89
Sumário ........................................................................................................................... 89
Exercícios – de auto- avaliação ...................................................................................... 97
Unidade Temática 3.7. Objectivos de Ensino ............................................................... 100
Introdução ........................................................................................................... 100
Sumário ......................................................................................................................... 100
Exercícios – de auto- avaliação .................................................................................... 104
UNIDADE Temática 4. 1. Método e Técnica de Ensino ................................................. 106
Introdução ............................................................................................................ 106

iv
MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

Sumário ......................................................................................................................... 107


Exercícios de auto-avaliação ......................................................................................... 109
Unidade Temática 4.2. Classificação dos métodos de ensino-aprendizagem............... 111
Introdução ............................................................................................................ 111
Sumário ......................................................................................................................... 111
Exercícios de auto-avaliação ......................................................................................... 117
UNIDADE Temática 5. 1. Meios de Ensino - Aprendizagem ......................................... 120
Introdução ............................................................................................................ 120
Sumário ......................................................................................................................... 120
Sintese ........................................................................................................................... 125
Exercícios de auto – avaliação ...................................................................................... 126
UNIDADE TEMÁTICA 6.1. Avaliação no processo de ensino-aprendizagem ................ 128
Introdução..................................................................................................................... 128
Sumário ......................................................................................................................... 129
Exercícios de auto – avaliação ...................................................................................... 133
Referência Bibliográfica ................................................................................................ 135

v
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

Visão geral

Bem-vindo ao Manual da Disciplina de Didáctica


Geral

Caro estudante, bem-vindo ao manual da disciplina de Didáctica


Geral. É uma das disciplinas que, nos sistemas de formação de
professores, se coloca ao centro de formação pedagógica do
professor contribuíndo significativamente para desenvolver a
compreensão práctica de realização do processo de ensino e
aprendizagem que favoreça um ensino activo e, ainda,
desenvolver a capacidade de reflexão do professor sobre o
processo de ensino e aprendizagem e sobre a sua práctica, de
modo a poder melhorá-los.
E assim se espera que este módulo traga uma contribuição valiosa
na formação de todos que desejam ser professor e, porque não,
guia de actualização do pensamento e práctica pedagógica dos
que já são professores e tem, desse modo, a nobre tarefa de
fazer com que os saberes, saber fazer e saber ser e estar da
humanidade seja apropriados pelos alunos, servindo assim de
base para o desenvolvimento das suas personalidades, a medida
da demanda social, cultural, política e económica dos países de
formação de homens e mulheres com competências significativas
para fazer face ao progresso e harmonia da humanidade, a
começar pela das instituições e indivíduos.

Objectivos do Manual
Ao terminar o estudo deste módulo de Didáctica Geral deverás ser
capaz de:
Conhecer a Didáctica e sua evolução histórica
Conhecer diferentes bases teóricas que orientam o processo de
ensino-aprendizagem.

1
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

• Desenvolver actividades de planificação do processo de


ensino aprendizagem;
• Desenvolver conhecimentos sobre procedimentos
metodológicos do PEA;
• Conhecer as diferentes formas de avalição do PEA
classificar os diferentes recursos e meios didácticos;
• Identificar a especificidade (objecto) e as relações da
Objectivos Didáctica com outras ciências;
• Classificar os diferentes recursos e meios didácticos.
• Praticar, na sua actividade docente, a unidade dialéctica
entre as diferentes funções didácticas.

Quem deveria estudar este manual

Este Manual foi concebido para estudantes do 1º


ano dos cursos de licenciatura da UnISCED.

Como está estruturado este manual

O presente manual está estruturado da seguinte maneira:

Conteúdos deste manual.


Abordagem geral dos conteúdos do manual, resumindo os
aspectos-chave que você precisa para conhecer a história da
comunicação. Recomendamos vivamente que leia esta secção
com atenção antes de começar o seu estudo, como componente
de habilidades de estudos.

Conteúdo deste manual

Este manual está estruturado em temas. Cada tema, comporta


certo número de unidades temáticas ou simplesmente unidades,
cada unidade temática caracteriza-se por conter um título
específico, seguido dos seus respectivos subtítulos.

No final de cada unidade temática, são propostos 10 exercícios de


fechados e 5 exercicios abertos. No fim de cada tema, são
incorporados 10 exercícios fechados para avaliação e 5 exercicios
abertos para auto-avaliacao. No final do manual estão
incorporados 100 exercicios fechados para preparação aos
exames. Os exercícios de avaliação são teóricos e Práticos.

2
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

Outros recursos

A UnISCED pode, adicionalmente, disponibilizar material de


estudo na Biblioteca do Centro de recursos, na Biblioteca Virtual,
em formato físico ou digital.

Auto-avaliação e Tarefas de avaliação

As tarefas de auto-avaliação para este manual encontram-se no


final de cada unidade temática e de cada tema. As tarefas dos
exercícios de auto-avaliação apresentam duas características:
primeiro apresentam exercícios resolvidos com detalhes.
Segundo, exercícios que mostram apenas respostas.
As tarefas de avaliação neste manual também se encontram no
final de cada unidade temática, assim como no fim do manual em
si, e, devem ser semelhantes às de auto-avaliação, mas sem
mostrar os passos e devem obedecer o grau crescente de
dificuldades do processo de aprendizagem, umas a seguir a
outras. Parte das tarefas de avaliação será objecto dos trabalhos
de campo a serem entregues aos tutores/docentes para efeitos
de correcção e subsequentemente atribuição de uma nota.
Também constará do exame do fim do manual. Pelo que, caro
estudante, fazer todos os exercícios de avaliação é uma grande
vantagem.

Habilidades de estudo

O principal objectivo desta secção, é ensinar a aprender


aprendendo.

Durante a formação e desenvolvimento de competências, para


facilitar a aprendizagem e alcançar melhores resultados, implicará
empenho, dedicação e disciplina no estudo. Isto é, os bons
resultados apenas se conseguem com estratégias eficientes e
eficazes. Por isso, é importante saber como, onde e quando
estudar. Apresentamos algumas sugestões com as quais
esperamos que caro estudante possa rentabilizar o tempo
dedicado aos estudos, procedendo como se segue:

3
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

1º - Praticar a leitura. Aprender à distância exige alto


domínio de leitura.

2º - Fazer leitura diagonal aos conteúdos (leitura


corrida).

3º - Voltar a fazer a leitura, desta vez para a


compreensão e assimilação crítica dos conteúdos
(ESTUDAR).

4º - Fazer seminário (debate em grupos), para comprovar


se a sua aprendizagem confere ou não com a dos colegas
e com o padrão.

5º - Fazer TC (Trabalho de Campo), algumas actividades


práticas ou as de estudo de caso, se existir.

IMPORTANTE: Em observância ao triângulo modo-


espaço-tempo, respectivamente como, onde e quando
estudar, como foi referido no início deste item, antes de
organizar os seus momentos de estudo reflicta sobre o
ambiente de estudo que seria ideal para si: Estudo
melhor em casa/biblioteca/café/outro lugar? Estudo
melhor à noite/de manhã/de tarde/fins-de-semana/ao
longo da semana? Estudo melhor com música/num sítio
sossegado/num sítio barulhento!? Preciso de intervalo a
cada 30 minutos ou a cada 60 minutos? etc.

É impossível estudar numa noite tudo o que devia ter


sido estudado durante um determinado período de
tempo; deve estudar cada ponto da matéria em
profundidade e passar só a seguinte quando achar que já
domina bem o anterior.

Privilegia-se saber bem (com profundidade) o pouco que


puder ler e estudar, que saber tudo superficialmente!
Mas a melhor opção é juntar o útil ao agradável: saber
com profundidade todos conteúdos de cada tema, no
manual.

4
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

Dica importante: não recomendamos estudar


seguidamente por tempo superior a uma hora. Estudar
por tempo de uma hora intercalado por 10 (dez) a 15
(quinze) minutos de descanso (chama-se descanso à
mudança de actividades). Ou seja, que durante o
intervalo não se continuar a tratar dos mesmos assuntos
das actividades obrigatórias.

Uma longa exposição aos estudos ou ao trabalho


intelectual obrigatório, pode conduzir ao efeito
contrário: baixar o rendimento da aprendizagem. Por
que o estudante acumula um elevado volume de
trabalho, em termos de estudos, em pouco tempo,
criando interferência entre os conhecimentos, perde
sequência lógica, por fim ao perceber que estuda tanto,
mas não aprende, cai em insegurança, depressão e
desespero, por se achar injustamente incapaz!

Não estude na última da hora; quando se trate de fazer


alguma avaliação. Aprenda a ser estudante de facto
(aquele que estuda sistematicamente), não estudar
apenas para responder a questões de alguma avaliação,
mas sim estude para a vida, sobretudo, estude pensando
na sua utilidade como futuro profissional, na área em
que está a se formar.

Organize na sua agenda um horário onde define a que


horas e que matérias deve estudar durante a semana;
face ao tempo livre que resta, deve decidir como o
utilizar produtivamente, decidindo quanto tempo será
dedicado ao estudo e a outras actividades.

É importante identificar as ideias principais de um texto,


pois será uma necessidade para o estudo das diversas
matérias que compõem o curso: A colocação de notas
nas margens pode ajudar a estruturar a matéria de modo
que seja mais fácil identificar as partes que está a
estudar e pode escrever conclusões, exemplos,
vantagens, definições, datas, nomes, pode também
utilizar a margem para colocar comentários seus
relacionados com o que está a ler; a melhor altura para
sublinhar é imediatamente a seguir à compreensão do
texto e não depois de uma primeira leitura; utilizar o

5
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

dicionário sempre que surja um conceito cujo significado


não conhece ou não lhe é familiar.

Precisa de apoio?

Caro estudante, temos a certeza que por uma ou por


outra razão, o material de estudos impresso, pode
suscitar-lhe algumas dúvidas como falta de clareza,
alguns erros de concordância, prováveis erros
ortográficos, falta de clareza, fraca visibilidade, página
trocada ou invertidas, etc.). Nestes casos, contacte os
serviços de atendimento e apoio ao estudante do seu
Centro de Recursos (CR), via telefone, SMS, E-mail, Casos
Bilhetes, se tiver tempo, escreva mesmo uma carta
participando a preocupação.

Uma das atribuições dos Gestores dos CR e seus


assistentes (Pedagógico e Administrativo), é a de
monitorar e garantir a sua aprendizagem com qualidade
e sucesso. Dai a relevância da comunicação no Ensino à
Distância (EAD), onde o recurso às TIC se tornam
incontornável: entre estudante, estudante – tutor,
estudante – CR, etc.

As sessões presenciais são um momento em que caro


estudante, tem a oportunidade de interagir fisicamente
com staff do seu CR, com tutores ou com parte da
equipa central da UnISCED indigitada para acompanhar
as suas sessões presenciais. Neste período, pode
apresentar dúvidas, tratar assuntos de natureza
pedagógica e/ou administrativa.

O estudo em grupo, que está estimado para ocupar cerca


de 30% do tempo de estudos a distância, é de muita
importância na medida em que permite-lhe situar, em
termos do grau de aprendizagem com relação aos outros
colegas. Desta maneira fica a saber se precisa de apoio
ou precisa de apoiar aos colegas. Desenvolver hábito de
debater assuntos relacionados com os conteúdos
programáticos, constantes nos diferentes temas e
unidade temática, no manual.

6
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

Tarefas (avaliação e auto-avaliação)

O estudante deve realizar todas as tarefas (actividades


avaliação e auto−avaliação), pois, influenciam
directamente no seu aproveitamento pedagógico.

Para cada tarefa serão estabelecidos prazos de entrega,


e o não cumprimento dos prazos de entrega, implica a
não classificação do estudante. Esteja sempre ciente de
que a nota das avaliações conta e é decisiva para a
admissão ao exame final da disciplina.

As avaliações são realizadas e submetidas na Plataforma


MOODLE.

Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de


pesquisa, contudo os mesmos devem ser devidamente
referenciados, respeitando os direitos do autor.

O plágio1 é uma violação do direito intelectual do (s)


autor (es). Uma transcrição à letra de mais de 8 (oito)
palavras do texto de um autor, sem o citar é considerada
plágio. A honestidade, humildade científica e o respeito
pelos direitos autorais devem caracterizar a realização
dos trabalhos e seu autor (estudante da UnISCED).

Avaliação

Muitos perguntam: como é possível avaliar estudantes à


distância, estando eles fisicamente separados e muito
distantes do docente/tutor!? Nós dissemos: sim é muito
possível, talvez seja uma avaliação mais fiável e
consistente.

Você será avaliado durante os estudos à distância que


contam com um mínimo de 90% do total de tempo que
precisa de estudar os conteúdos do seu manual. Quanto
ao tempo de contacto presencial, conta com um máximo
de 10% do total de tempo do manual. A avaliação do
estudante consta de forma detalhada do regulamento de
avaliação.

1
Plágio - copiar ou assinar parcial ou totalmente uma obra literária,
propriedade intelectual de outras pessoas, sem prévia autorização.
7
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM 1° Ano/ MODULO DE DIDÁCTICA GERAL

As avaliações de frequência pesam 40% e servem de


nota de frequência para ir aos exames. Os exames são
realizados no final da disciplina e decorrem durante as
sessões presenciais. Os exames pesam 60%, o que
adicionado aos 40% da média de frequência,
determinam a nota final com a qual o estudante conclui
a disciplina.

É definida a nota de 10 (dez) valores como nota mínima


de aprovação na disciplina.

Nesta disciplina, o estudante deverá realizar pelo menos


3 avaliações, e 1 (um) exame final.

Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão


utilizados como ferramentas de avaliação formativa.

Durante a realização das avaliações, os estudantes


devem ter em consideração a apresentação, a coerência
textual, o grau de cientificidade, a forma de conclusão
dos assuntos, as recomendações, a identificação das
referências bibliográficas utilizadas, o respeito pelos
direitos do autor, entre outros.

Os objectivos e critérios de avaliação constam do


Regulamento ds Cursos e Sistemas de Avaliação da
UnISCED.

8
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

TEMA I: FUNDAMENTOS DA DIDÁCTICA

Introdução da Unidade Temática I

Introdução

Caro estudante, na presente unidade temática iremos nos


debruçar em torno de quatro (5) itens fundamentais sobre a
Didáctica como forma de Conhecimento, como são apresentados
a seguir:

• Unidade Temática 1.1 Evolução histórica e pensamentos


pedagógicos;
• Unidade Temática 1.2 Desenvolvimento histórico da Didática:
principais teóricos e evolução das ideias pedagógicas;
• Unidade Temática 1.3 Da Didática Instrumental para Didática
Fundamental;
• Unidade Temática 1.4. Didática Inter/Multicultural.
• Unidade Temática 1. 5. Didáctica e suas Relações com outras ciências.

A disciplina de Didática tem como propósito central apresentar e


análisar um conjunto de conhecimentos específicos dessa área de
estudos. Apresentamos o desenvolvimento histórico da Didática,
evidênciando os principais teóricos e a evolução das ideias
pedagógicas e o conceito de Didática e os estudos por ela
desenvolvidos. Também, analisamos sobre a evolução das
principais tendências pedagógicas, focalizando seus aspectos
educacionais e de aprendizagem, bem como algumas
considerações em relação às acções desenvolvidas pelos
professores.

Por isso, apelamos ao caro estudante, para que desenvolva uma


postura diferente na construção do conhecimento.

Seja bem-vindo!

9
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE TEMÁTICA 1.1. Evolução histórica e pensamentos pedagógicos

Introdução

Caro estudante, nesse primeiro capítulo vamos estudar o


desenvolvimento histórico da Didáctica das ideias pedagógicas, e
o conceito, evidênciando os principais teóricos e de Didáctica e os
estudos por ela desenvolvidos. Também apresentaremos
propostas de revisão da Didáctica: Instrumental para a Didáctica
fundamental. Por isso, nesta unidade, pretendemos que você
desenvolva uma postura diferente na construção do
conhecimento.

Seja bem-vindo!

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Compreender o teor da Didáctica na visão de vários autores


▪ Conceituar a Didática e descrever seu objeto de estudo e, ainda,
Objectivos
apresentar e evidênciar.
Especificos
▪ Indicar o pai da Didáctica

Sumário

Presado estudante você se lembra de Como seus professores lhe


ensinavam as lições?

É importante pensar nisso para que possamos compreender o


desenvolvimento histórico da Didática, seu campo de estudo e
até mesmo analisar sua influência no pensamento e na realização
do trabalho docente ao longo do processo de escolarização,
inclusive nos dias actuais.

O que é didática? O que a didática estuda?

A palavra Didática deriva da expressão grega (didaktiké), que se


traduz como arte ou técnica de ensinar. Durante muito tempo,
seu conceito ficou restrito ao acto de ensinar, mas, nos dias de
hoje, os estudos dessa área interligam o acto de ensinar ao acto
de aprender, ou seja, preocupam-se em desenvolver teorias e

10
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

práticas, buscando subsidiar e orientar a actuação dos


professores para a eficácia do processo de ensino e de
aprendizagem.

O pai da didática- foi joão amos komensky ou comenius (1592-


1670)

O
O pastor protestante, educador e pedagogo do século XVII;
O escreve a primeira obra clássica sobre a didática: didáctica magna
O tratado da arte universal de ensinar tudo a todos.

Para Heinrich Pestalozzi.

O termo Didáctica, é concido desde da Gécia antiga, e alguns


pensadores definem a didáctica como uma acção que se refere ao
ensino, e outros, como uma ciência , cujo objectivo fundamental é de
ocupar – se das estratégias de ensino, das questões práticas relativas
á metodologias e ás estratégias de aprendizagens. A partir da
trajetória de surgimento da Didáctica, é possível perceber que sua
temática central se traduziu (e se traduz) em torno de estudos,
discussões e análises para nortear e/ou instrumentalizar o processo
de ensino-aprendizagem em que estão envolvidos aluno e professor
(ALVITE apud DAMIS, 2007).

As preocupações centravam-se (e centram-se), ainda, no estudo de


um conjunto de normas, recursos e procedimentos que deveriam
informar e orientar o trabalho docente.
Nessa trajetória de evolução, é possível observar que, além da pro-
dução de conhecimentos sobre o acto de ensinar, a escola se
organizou e se legitimou como uma instituição social. Nesse contexto,
foram identificadas relações entre as práticas pedagógicas
desenvolvidas pelos professores e a finalidade social da escola. Então,
como reflexão sistemática (aquela que estuda as teorias de ensino e
aprendizagem e seus resultados), a Didática, segundo Masetto (1997,
p. 13) vai pensar e reflectir sobre questões relacionadas à escola e à
sala da aula, dentre as quais, destacamos:

• Como a criança e o adolescente aprendem?


• Como é a actividade do professor em aula?

11
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

• Como o professor ajuda os alunos a aprender?


• Como organizar o currículo de uma escola?

Como fazer o processo de avaliação?


Tendo pensado e reflectindo sobre o processo ensino-aprendizagem
que acontece na escola e na sala de aula, na actualidade, a Didática é
reconhecida como um campo de estudo que se dedica a
compreender as práticas pedagógicas, bem como a buscar
alternativas e caminhos para que a aprendizagem se realize de forma
activa e significativa. Também investiga as condições materiais e
sociais que permeiam as relações entre a docência e a aprendizagem
e, ainda, se preocupa em conhecer e estudar as teorias da educação,
as quais norteiam as directrizes da actividade profissional dos
professores (LIBÂNEO, 1994). Ainda conforme o autor:

[...] a ela cabe converter objetivos sociopolíticos e pedagógicos em


objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função
desses obcjetivos, estabelecer os vínculos entre o ensino e aprendi-
zagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais.

A Didática é o estudo do processo de ensino e aprendizagem e, nesse sentido,


ela enfatiza a relação professor-aluno (HAYDT, 2006, p 13).

Sumario

Nesse sentido, é importante que o professor organize o processo de


ensino-aprendizagem a partir da concepção actualizada de Didática – a
compreensão de que ensinar e aprender são processos que caminham
juntos, pois têm como princípio básico uma dinâmica de acções
pedagógicas que visa às actividades dos alunos e não à passividade.

Exercícios de auto-avaliação

Verdadeiro Falso
Exercícios 1. A disciplina de Didática tem como propósito central apresentar e análisar um conjunto
de conhecimentos específicos dessa área de estudos.

2. O termo Didáctica, é concido desde da Gécia antiga, e alguns pensadores definem a


didáctica como uma acção que se refere ao ensino, e outros.

12
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

3. A palavra Didática deriva da expressão aramaico (didaktiké), que


se traduz como arte ou técnica de ensinar.

Respostas: 1 V; 2 V; 3 F

1. Quem foi o pai da Didáctica.


a) Libâneo.
b)Alvite.
c) Aristotiles
d)João Comênio

2. A Didática, segundo Masetto (1997, p. 13) vai pensar e reflectir


sobre questões relacionadas à escola e à sala da aula. Qual das
opções é falsa
a) Como a criança e o adolescente aprendem?
b)Como é a actividade do professor fora da escola?
c) Como o professor ajuda os alunos a aprender?
d)Como organizar o currículo de uma escola?

Respostas: 1 D; 2 B.

Exercícios

1. Defina o conceito da didáctica?

2. Descreva a evolução da tragetoria da didáctica?

3. Explica o conceito da didáctica na visão de (Libâneo, 1994).

4. O que significa a palavra Didáctica.

5. Em que contexto a Didática surgiu?

6. Quais são os pressupostos evidênciados pelos grandes teóricos da Didática


em relação ao processo de ensino e aprendizagem?.

7. Qual (is) é(são) a(s) contribuição(ões) da Didática para o trabalho docente

13
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE TEMÁTICA 1.2. Desenvolvimento histórico da Didática:


principais teóricos e evolução das ideias pedagógicas

Introdução

Pretende-se nesta unidade temática debater entorno da história da


Didáctica que esta relacionada ao aparecimento do ensino – no
decorrer do planejamento e intencional.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Conhecer o surgimento e o desenvolvimento


histórico da Didática e seus principais teóricos,
Objectivos ▪ Definir os conceitos das três catecogorias,
(Educação, Instrução e Ensino).
▪ Descrever e analisar os pensamentos pedagógicos
de cada dos teóricos apresentados.
▪ Explicar o surgimento da didáctica com disciplina.

Sumário

Discrição e Evolução da História da Didáctica

Estudos realizados por Haydt (2006) e Libâneo (1994-2002) revelam


que a história da Didática está relacionada ao aparecimento do
ensino – no decorrer do desenvolvimento da sociedade, da
produção e das Ciências – como uma actividade planejada e
intencional, destinada à instrução.

Desde os primeiros tempos existem indícios de formas elementares


de instrução e aprendizagem, porém não como forma organizada
de ensino, por exemplo, nas comunidades primitivas a
aprendizagem acontecia a partir da convivência diária entre as
pessoas, bem como das diferentes situações e actividades
vivênciadas umas com as outras. Na realização dessas actividades,
o saber era transmitido de maneira informal, ou seja, ainda não
existia o carácter “didático”, o ensino formal (LIBÂNEO, 1994).

14
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Na chamada Antiguidade Clássica (gregos e romanos) e no período


medíeval, também se desenvolveram formas de acção pedagógica
em escolas mosteiros, igrejas, univesidades. Entretanto, até
meados do século XVII, não podemos falar de Didáctica como teoria
do ensino que sistematiza o pesamento didáctico e o estudo
científico das formas de ensinar.

O termo “Didática” teve origem quando os adultos começaram a


intervir, de forma organizada e planejada, na actividade de
aprendizagem de crianças e jovens, por meio do agrupamento dos
conhecimentos pedagógicos e da atribuição da actividade de
ensinar com intenção pedagógica. “A escola se torna uma
instituição, o processo de ensino passa a ser sistematizado
conforme níveis, tendo em vista a adequação às possibilidades das
crianças, às idades e ritmo de assimilação dos estudos” (LIBÂNEO,
1994, p. 58).
Foi no século XVII que a Didática emergiu formalmente como uma
área de conhecimento que visa à investigação da ligação entre
ensino e aprendizagem. Nesse século, João Amós Comênio (1592-
1670) escreveu a primeira obra clássica sobre Didática, A Didática
Magna, a qual é uma de suas obras mais expressivas.

Suas ideias foram fórmuladas em uma época em que surgiram novi-


dades no campo da Filosofia e das Ciências e grandes
transformações nas técnicas de produção se iniciaram. Nesse
contexto, Comênio desenvolveu ideias avançadas para a prática
educativa nas escolas, opondo-se às ideias conservadoras da
nobreza e do clero.

Didática da vida, por isso chamada magna.


Na sua obra A Didática Magna, Comênio propõe a reforma da es-
cola na busca pelo ensino, pela aprendizagem e por um método
para preparar o indivíduo para a cidadania, partindo da vida
religiosa-comunitária, fundamentado nas leis e estruturas da
natureza. Assim, na abertura desta obra revela como propósito
que:
a proa e a popa da nossa Didática sejam: buscar e encontrar um
método para que os docentes ensinem menos e os discentes apren-
dam mais; que nas escolas, haja menos conversa, menos enfado e
trabalhos inúteis, mais tempo livre, mais alegria e mais proveito; na
república cristã, haja menos trevas, menos confusão, menos dis-
sídios e mais luz, mais ordem, mais paz e mais tranquilidade (CO-
MENIUS, 1997, p.13).

15
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Comênio (apud LIBÂNEO, 1994) foi o primeiro educador a formular


a ideia de que os conhecimentos deveriam ser difundidos a todos, a
criar princípios e regras do ensino. Ao lutar para que a educação
fosse direito de todos, revelou sua indignação em relação ao
sistema educacional de sua época, no qual a educação era
discriminatória e privilégio de poucos. Outro aspecto que merece
destaque na Didática defendida por Comênio é a proposta de uma
educação de uso prático e contextualizada, na qual o homem deixa
de ser mero espectador.

Em nos referimos que a


história da Didáctica,
encontramos ideias de
ensinar por “instinto”,
ou segidose a cultura e
a prática de uma
epoca. Voltaremos
ainda da história

Surgimento da Disciplina da didáctica


A disciplina da didáctica surge como campo de conhecimento, no
século XVII, e constitui um marco revolucionário e doutrinário.no
campo da educação, com os seguintes educadores: RATÍQUIO e
COMÊNIO (século XVII), que propuseram agruparmos os
conhecimentos pedagógicos.

(Comênio)

ROUSSEAU (1712-1778), onde deu origem a um novo conceito de


infância.

16
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

(Rousseau)

PESTALOZZI (1746 - 1827) que defendia dimensões sociais á


problemática educacional, também abordava entorno da
metodologia da didáctica que se dstinase ao desenvolvimento do
aluno.

(Pestalozzi)

E por último o HERBART (1776- 1841), que defendia a ideia da


“Educação”, através dos fundamentos das suas propostas que
foram criticads pelos precusores da Escola Nova.

(Herbat)

A Didática se fundamentou nos seguintes princípios:

➢ A finalidade da educação é conduzir o ser humano à


felicidade eterna com Deus,

➢ Todos os homens merecem a sabedoria, a moralidade e a


religião.

➢ O homem deve ser educado de acordo com seu


desenvolvimento natural, isto é, de acordo com as
características de idade e de capacidade conhecimento.

➢ A principal tarefa da Didática é estudar essas características


e os métodos de ensino correspondentes, de acordo com a

17
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

ordem natural das coísas.

➢ Salientava a importância da educação formal nas crianças


pequenas e preconizou a criação de escolas maternais, pois
essas teriam, desde cedo, a oportunidade de adquirir as
noções elementares do que deveria ser aprofundado mais
tarde.

➢ Os conhecimentos devem ser adquiridos e assimilados pelos


alunos a partir da observação das coisas e dos fenômenos,
utilizando e desenvolvendo sistematicamente os órgãos dos
sentidos.

➢ A educação deveria começar pelos sentidos, pois as


experiências sensoriais obtidas por meio dos objectos
seriam internalizadas e, mais tarde, interpretadas pela
razão.

➢ Comênio defende também, na sua obra, “A Didática


Magna” que o professor, ao ensinar sobre um assunto,
deveria preencher as seguintes etapas:

1. Apresentar o objecto ou ideia directamente, fazendo


demonstração, pois o aluno aprende através dos sentidos,
principalmente vendo e tocando.

2. Mostrar a utilidade específica do conhecimento


transmitido e a sua aplicação na vida diária.
3. Fazer referência à natureza e [à] origem dos fenômenos
estudados, isto é, às suas causas.
4. Explicar primeiramente os princípios gerais e só depois
os detalhes.
5. Passar para o assunto ou tópico seguinte do conteúdo
apenas quando o aluno tiver compreendido o anterior
(COMÊNIO apud HAYDT, 2006, p.17).

Pensamentos pedagógicos de cada teóricos apresentados


pelos pensadores:

As ideias apresentadas e defendidas por Comênio


impulsionaram o surgimento de uma teoria do ensino,
influênciando directamente o trabalho docente, mas,
mesmo assim, Comênio não conseguiu retirar algumas
crenças usuais da época, sobre o ensino, pois, mesmo
partilhando um ensino a partir da observação e da

18
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

experiência sensorial, manteve seu caráter transmissor; e,


apesar de defender a adaptação do ensino às fases do
desenvolvimento infantil, conservou, ao mesmo tempo,
um método único e o ensino simultâneo a todos.

Assim, demarcamos outro grande nome da Didática: Jean


Jacques Rousseau (1712- 1778), filósofo iluminista,
considerado um dos principais pensadores franceses do
século XVIII, que, procurando atender aos anseios da
época, propôs uma nova concepção de ensino, a qual se
fundamentava directamente nas necessidades e nos
interesses da criança.

Vejamos, então, as principais ideias de Rousseau (apud


LIBÂNEO, 1994, p. 60):
1) A preparação da criança para a vida adulta deve
basear-se no estudo das coisas que correspondem às
suas necessidades e interesses actuais.
2) A Educação é um processo natural, ela se
fundamenta no desenvolvimento interno do aluno.

Estudos revelam que Rousseau não colocou suas


ideias em prática e nem elaborou uma teoria de ensino.
Essa tarefa foi realizada por outro grande nome da
Didática, o pedagogo João Henrique Pestalozzi (1746-
1827), que trabalhou na educação de crianças pobres, em
instituições que ele próprio dirigiu. Atribuía grande
importância ao ensino como meio de educação e
desenvolvimento das capacidades humanas, cultivando o
sentimento, a mente e o caráter.

Para Pestalozzi (apud LIBÂNEO, 1994, p. 60), a


educação escolar, sendo desenvolvida a partir do método
intuitivo, poderia conduzir os alunos a desenvolver “o
senso de observação, análise dos objetos e fenômenos da
natureza e a capacidade de linguagem, através da qual se
expressa em palavras o resultado das observações”.

A educação era entendida por Pestalozzi como um


instrumento de reforma social, ou seja, uma possibilidade
que poderia mudar as condições precárias de vida do
povo. Defendeu a democratização da educação e o acesso
à educação escolar para todas as crianças,
independentemente de sua condição social (HAYDT,
2006).

19
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

O método de ensino elaborado por Pestalozzi (apud


HAYDT, 2006, p. 19) trouxe à educação intelectual vários
aspectos inovadores: esta inovacao foram resumidos em
principios educacionais como:
• O estabelecimento de uma relação de amor e
respeito mútuos entre professor e aluno.
• O professor deve respeitar a individualidade do
aluno.
• A finalidade da educação é favorecer o
desenvolvimento físico, intelectual e moral.
• O objectivo do ensino não é a exposição dogmática e
a memorização, mas sim o desenvolvimento das
capacidades intelectuais do aluno

• A instrução escolar deve favorecer tanto o


desenvolvimento físico como o intelectual.

• A aprendizagem escolar não deve corresponder


apenas à aquisição de conhecimentos, mas
principalmente ao desenvolvimento de habilidades
e ao domínio de técnicas

• O método de instrução deve ter por base a


observação ou percepção sensórial e começar
pelos elementos mais simples.

• O ensino deve seguir a ordem psicológica e respeitar


o dedenvolvimento infântil.
• O professor deve desenvolver cada tópico do
conteúdo de tal forma gradual, considerando que a
aquisição dos conhecimentos se dá forma
gradativa.

Na sequência, encontramos Johann Friedrich Herbart


(1776-1841), pedagogo alemão que também exerceu
grande influência na didática e na prática docente. Hebart
(apud HAYDT, 2006) atribuía grande importância à
educação, como responsável pela formação das
representações e pela forma como essas representações
são combinadas nos mais elaborados processos mentais.

Para Hebart (apud LIBÂNEO, 1994), a actividade educativa


deve orientar o homem para querer bem, possibilitando
que aprenda a comandar a si próprio.

20
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Os métodos de ensino do professor têm a função de


introduzir ideias correctas na mente dos alunos e de
provocar-lhes a acumulação de ideias. Assim determinou
quatro passos didáticos que deveriam ser rigorosamente
seguidos pelo professor:
• A preparação e a apresentação da matéria de forma
clara e completa, às quais denominou clareza;
• A associação entre as ideias antigas e as novas.
• A sistematização dos conhecimentos, tendo em vista a
generalização.
• A aplicação do uso dos conhecimentos adquiridos por
meio de exercícios, denominado de método.

Com isso, a aprendizagem torna-se mecânica, automática,


desprovida de mobilização da actividade mental, ou seja, da
reflexão e do pensamento independente e criativo dos
alunos (LIBÂNEO, 1994).
Ensino- são acções meios e condições para a realização
intencional da instrução. É importante vincar a
intencionalidade de quem ensina, isto é dos objectivos, dos
meios, dos conteúdos e das condições da sua realização.
Instrução- Formação e desenvolvimento intelectual
mediante domínio de um determinado corpo de
conhecimentos.

Sumario

O conceito central de seus pressupostos é a experiência, na qual,


para ele, é o que impulsiona e dirige o conhecimento. Então, a
escola não é a preparação para a vida, é a própria vida. Por isso,
deve direccionar o ensino para o crescimento da criança,
possibilitando o significado do que é aprendido, bem como o
desenvolvimento de habilidades para suprir as necessidades actuais
da vida individual e social do aluno.
O professor deverá criar situações estimuladoras para investigar,
nos alunos, reacções e respostas que garantam a formação de
actitudes intelectuais e sentimentais adequadas. Para isso, o ensino
deve ser desenvolvido pelo professor, a partir de centros de
interesses directos e práticas com perspectiva, é um grande
defensor dos métodos de ensino activos.
É possível observar que a evolução dos pensamentos sobre a
Didática se fundamenta em pressupostos teóricos, bem como em

21
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

ideias pedagógicas que caminharam em direcção à necessidade de


se reverem os processos de ensino e de aprendizagem. Tais
pressupostos teóricos muito contribuíram para a organização do
espaço escolar, bem como para a reforma dos métodos de ensino e
de sua aplicação, ao longo do desenvolvimento do ensino formal.

Exercícios de auto – avaliação

Multipla Escolha
Exercícios 1.A Didática se fundamentou nos seguintes princípios:

a.A preparação e a apresentação da matéria de forma clara e completa, às


quais denominou clareza.

b.A principal tarefa da Didática é estudar essas características e os


métodos de ensino correspondentes, de acordo com a ordem natural das
coisas.

c.A associação entre as ideias antigas e as novas.

d.O professor deve respeitar a individualidade do aluno.

A disciplina da didáctica surge como campo de conhecimento, no século


XVII, e constitui um marco revolucionário e doutrinário.

a) Menciona os nomes dos pensadores que marcaram essa epoca.

b) Ratíquio e Comênio, Rousseau, Pestalozzi e Herbt.

c) Rousseau, Piaget e Aristoteles.

d) Pestalozzi, Carlos Max e Comênio

e) Herbat, Joao Comênio e Pestalozzi

Respostas: 1 B; 2 A.

Verdadeiro ou falso

1. Rousseau na sua obra, “A Didática Magna” estabeleceu algumas etapas


em como o professor deve ensinar. A afirmação é.

2. Para Hebart, a actividade educativa deve orientar o homem para querer


bem, possibilitando que aprenda a comandar a si próprio.

3.O método de ensino elaborado por Pestalozzi (apud HAYDT, 2006, p. 19)

22
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

trouxe à educação intelectual vários aspectos inovadores educacionais


como:
O estabelecimento de uma relação de amor e respeito mútuos entre
professor e aluno.
O professor deve respeitar a individualidade do aluno.

Respostas: 1. F: 2 V; 3 V

Pergunta dissertiva

1. Defina o conceito da Educação

Resposta:

2.Educação é uma acção reguladora e estimuladora do processo de


desenvolvimento humano e da personalidade humana. Também pode se
considerar como um processo social âmplo de influências e interrelação,
compreemde situações intencionais e ocasionais.

1. Tabela de correposdência

1. Ratíquio & A. Defendia a ideia da “Educação”, através dos


Comênio fundamentos das suas propostas que foram criticadas
pelos precursores da Escola Nova.
2. Rousseau B. Propuseram agruparmos os conhecimentos
pedagógicos.

3. Pestalozzi C. Deu origem a um novo conceito de infância.


4. Erbart D. Defendia dimensões sociais á problemática
educacional, também abordava entorno da
metodologia da didáctica que se destinasse ao
desenvolvimento do aluno.
Respostas: 1 B; 2 C; 3 D; 4 A.

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UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE TEMÁTICA: 1.3. Didática Instrumental para Didática


Fundamental

Introdução

Ao iniciar esta unidade , vamos abordar sobre a didáctica


instumental, que e concebida por conhecimentos técnicos e para
a didáctica fundamental são quelas que analisam as prácticas
pedagogicas no processo de ensino. Também iremos reflectir
entorno das prepectivas didáctica.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

• Evidênciar as características da proposta


da Didática Fundamental e Instrumental.
• Explicar os fundamentos Humanos da
Objectivos Didáctica.
• Descrever a diferença que existe entre
abordagem humanista e técnica.
• Explicar a Didáctica como uma disciplina
pedagógica.

Sumário

Antes de prosseguirmos a responder à seguinte questão: O que é


uma didática exclusivamente instrumental?
A Didática, numa perspectiva instrumental, é concebida como um
conjunto de conhecimentos técnicos sobre o “como fazer” os
pedagógico, conhecimentos estes apresentados de forma universal
e, consequentemente, desvinculados dos problemas relativos ao
sentído e aos fins da educação, dos conteúdos específicos, assim
como do contexto sóciocultural concrecto em que foram gerados
(CANDAU, 2002, 13-14).

Para a autora, nessa proposta (a Didática exclusivamente


instrumental) o processo de ensino-aprendizagem é desenvolvido a
partir de uma visão reducionista e neutra. Por isso, propõe a
construção de uma Didática fundamental, a qual deve assumir a
multidimensionalidade do processo ensino-aprendizagem e
promover uma articulação entre as dimensões humana, técnica e

24
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

político-social no centro de sua discussão (CANDAU, 2002).


Ora vejamos a:
Abordagem humanista: as didáticas têm como centro a dimensão
humana no processo ensino-aprendizagem, preocupando-se, poís,
com a aquisição de actitudes como empatía, calor humano, etc.
Considera a relação interpessoal como centro do processo ensino-
aprendizagem.

Na abordagem técnica: o processo ensino-aprendizagem é uma


acção intencional e sistemática, portanto precisa ser organizado da
melhor maneira possível, considerando os objectivos instrucionais,
o conteúdo programático, as estratégias de ensino, o sistema de
avaliação. Há uma busca pela organização de condições que
favoreçam a aprendizagem. Em relação à dimensão político-social,
a autora explica que nesta dimensão está intimamente relacionada
à organização social que se impregna em toda prática pedagógica.
Poís todo processo ensino-aprendizagem que acontece sempre
numa cultura específica têm uma posição de classe definida na
Didática: evolução histórica e pensamentos pedagógicos. Em suma
e uma organização social. Nesta perpectiva (CANDAU, 2002, p.14),
diz que toda prática pedagógica possui em si mesma uma dimensão
político-social.

(CANDAU, 1984 apud CANDAU, 2002, p.15), explica que a Didática


fundamental é aquela que analisa as boas práticas pedagógicas e
seus determinantes, aprofundando algumas questões tais como: “a
natureza do saber escolar, a relação escola e sociedade, a
competência do professor e suas dimensões”.

Abordagens Metodológicas
Nesta temática vamos discutir diferentes abordagens
metodológicas no contexto em que foram geradas, a visão de
homem na sociedade em relação ao conhecimento da educação e
fazer uma reflexão didáctica com base nas experiências
concrectas da teoria e da prática. Contudo podemos dizer que a
Didáctica Fundamental preocupa – se com os seguintes aspectos:
▪ Como realizar a prática pedagógica,
▪ Para que realizar a prática pedagógica,
▪ Por que realizar a prática pedagógica.
Em gesto de conclusão podemos nos referir que esses elementos
têm sentido quando são desenvolvidos de forma articulada usando
a mecanização e manipulação de métodos e técnicos.

A história da Pedagógia é longa, remonta da Grécia; era papel dos


escravos acompanhar as crianças dos senhores aos locais de

25
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

instrução, aos poucos essa actividade deixou de ser do escravo e


passou a ser de um profissional a que hoje chamamos de pedagogo.
Etimologicamente, pai, paidós=crianças, agein=conduzir; logo=
ciência, assim a Pedagógia significa ciência para a condução das
Crianças, Piletti (1990).

Hoje a Pedagógia assume um papel diferente daquele


desempenhado pelos escravos, trata de investigar as leís e
regularidades que orientam o processo de ensino-aprendizagem.
Evidentemente que esse papel não seria possível se a Pedagógia
não lançasse mãos a outras ciências de natureza psicológia,
sociológica e, até pedagógica (assunto a ser abordado com maior
detalhes na Unidade II). Dentro dessa complexidade, Piletti (1990)
apresenta três áreas importantes da Pedagogia:

1- Aspecto Filosófico: nesta área situam-se as disciplinas como a


Filosofia educacional, Políticas Educativas, teoria da Educação,
História da Educação sua principal preocupação é direccionar a
educação para o ideal proposto por cada povo, responde a
questão o que deve ser a educação para um determinado povo
ou nação.
2- Aspecto técnico: esta área é mais operacional, no sentido de
conduzir a educação para as finalidades propostas, constam as
disciplinas como, por exemplo, a Administração Escolar, Saúde e
Higiene Escolar, e a própria Didáctica.
3- Aspecto Científico: esta área pedagógica trata de investigar o
campo educativo, responde a questão o que é a Educação,
fazem parte as disciplinas como a Sociologia Educacional,
Biologia Educacional, Educação Comparada etc.
Depois da classificação da Pedagogia apresentada, facilmente pode se
compreender que a Didáctica é uma disciplina técnica da Pedagógia que
procura conduzir o processo educativo. Dissemos processo educativo por
simples razão, há uma visão tecnicista que se tem da Didáctica
sobretudo, quando é encarrada como a “ciência que ensina a ensinar” ou
seja reduzida ao contexto da sala de aula. Actualmente a Didáctica
reclama “autonómia” e sua acção transcende o contexto escolar, sendo
assim é pertinente apresentar os fundamentos humanos da Didáctica.

Fundamentos Humanos da Didáctica

A educação é um processo histórico, colectivo e dinâmico


que visa a humanização do homem. Humanização
entendida como processo de construção do homem e da

26
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

sociedade numa constante busca de superação de


condições opressoras e desumanizantes, (Marafon, 2001).

Suamario

Queremos destacar que, na Didática instrumental, a Didática é


concebida como “um conjunto de procedimentos e técnicas que o
professor deve dominar para promover um ensino eficiente. É a
operacionalidade do processo que constitui a preocupação central”. Já
a Didática fundamental é concebida como “um saber de mediação e
garante sua especificidade pela preocupação com a compreensão do
processo ensino-aprendizagem e a busca de intervenção na prática
pedagógica, concebida como prática social, articulando sempre o ‘fazer’
com o sentido ético e político de todo projecto educativo”.

Exercícios de auto-avaliação

Verdadeiro ou Falso

1. A didáctica fundamental é concebida como um saber da


mediação.
2. (CANDAU, 1984), explica que a Didática fundamental é
aquela que analisa as boas práticas pedagógicas e seus
determinantes, aprofundando algumas questões tais como:
“a natureza do saber escolar, a relação escola e sociedade, a
competência do professor e suas dimensões”
Respostas: 1 V; 2 V.
Multipla escolha
1. O conceito da Didáctica na prespectiva instrumental.
a) é concebida como “um conjunto de procedimentos e técnicas que o
professor deve dominar para promover um ensino eficiente.
b) é um processo histórico, colectivo e dinâmico que visa a
humanização do homem. Humanização entendida como processo
de construção do homem e da sociedade numa constante busca de
superação de condições opressoras e desumanizantes
c) é concebida como “um saber de mediação e garante sua
especificidade pela preocupação com a compreensão do processo
ensino-aprendizagem e a busca de intervenção na prática
pedagógica

27
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

d) é aquela que analisa as boas prática pedagógica e seus


determinantes
2. O conceito da Didáctica na prespectiva fundamental.
a) é concebida como “um conjunto de procedimentos e técnicas que o
professor deve dominar para promover um ensino eficiente.
b) é um processo histórico, colectivo e dinâmico que visa a
humanização do homem. Humanização entendida como processo
de construção do homem e da sociedade numa constante busca de
superação de condições opressoras e desumanizantes
c) é concebida como “um saber de mediação e garante sua
especificidade pela preocupação com a compreensão do processo
ensino-aprendizagem e a busca de intervenção na prática
pedagógica
d) é aquela que analisa as boa prática pedagógica e seus
determinantes
3. Na abordagem técnica da pedagogia
a) o processo ensino-aprendizagem é uma acção intencional e
sistemática, portanto precisa ser organizado da melhor maneira
possível, considerando os objectivos instrucionais
b) é mais operacional, no sentido de conduzir a educação para as
finalidades propostas, constam as disciplinas como, por
exemplo, a Administração Escolar, Saúde e Higiene Escolar
c) a didática tem como centro a dimensão humana no processo
ensino-aprendizagem, preocupando-se, poís, com a aquisição de
actitudes como empatía, calor humano
d) está intimamente relacionada à organização social que se
impregna em toda prática pedagógica
Resposta: 1 A; 2 C; 3 A.

Tabela de correspondência

Aspecto Filosófico Esta área é mais operacional, no sentido de


conduzir a educação para as finalidades
propostas, constam as disciplinas como, por
exemplo, a Administração Escolar, Saúde e
Higiene Escolar, e a própria Didáctica

28
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Aspecto Científico Nesta área situam-se as disciplinas como a


Filosofia educacional, Políticas Educativas,
teoria da Educação, História da Educação sua
principal preocupação é direccionar a
educação para o ideal proposto por cada povo,
responde a questão o que deve ser a educação
para um determinado povo ou nação.

Aspecto técnico Esta área pedagógica trata de investigar o


campo educativo, responde a questão o que é
a Educação, fazem parte as disciplinas como a
Sociologia Educacional, Biologia Educacional,
Educação Comparada etc.
Respostas: 1 B; 2 C; 3 A;

Exercícios

1. O conhecimento científico é distinguido dos


Exercícios
demais conhecimentos por duas características
essenciais. Diga quais são.
2. Aponte dos aspectos de discusão na Didáctica
Instrumental e Fundamental
3. Aponte os aspectos que fazem com que a
didáctica na formação dos professores são importantes.
4. Explica porque o processo de ensino- aprendizagem funciona como
objecto de estudo da didáctica.
5. A especificidade Didáctica, está no processo de ensino-
aprendizagem em sua relação com finalidades educativas.justifique.
6. Qual é o objecto de estudo da pedagógia.
7. Explicar a Didáctica como uma disciplina pedagógica.
Resposta:
Didáctica é uma disciplina técnica da Pedagógia que procura conduzir o
processo de educativo. Actualmente a Didáctica reclama “autonómia” e
sua acção transcende o contexto escolar, ela investiga o processo de
ensino-aprendizagem, orienta o processo educativo para os fins
propostos.

29
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE TEMÁTICA: 1.4. Didáctica Inter/Multicultural e as principais


categorias pedagógicas

Introdução

Nesta unidade pretendemos discutir alguns conceitos básicos para melhor


compreensão da Pedagogia, a esses conceitos basilares aqui denominamos
categorias pedagógicas. Vamos nos deter essencialmente em três categorias:
Educação, Ensino e Instrução, também vamos procurar compreender as
actuais exigências de trabalho docente e discente na escola.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

• Compreender os conceitos que envolvem


exigênciais e proposta da Didática Multi-
Intercultural.
Objectivo • Identificar as categorias pedagógicas.
s
• Explicar a relação entre as diferentes categorias
pedagógicas

Sumário

Propomos o estudo destas categorias, para a compreensão do


campo educativo que é nossa preocupação, essas categorias
para além de ser pedagógicas elas também são didácticas.
Vamos centrar maior atenção ao conceito da didáctica ineter/
multicultural e educação porque explica a complexidade
pedagógica e constitui objecto de estudo da própria Pedagógia e
é também uma preocupação didáctica.

Didática Inter/Multicultural
A perspectiva do multi/interculturalismo, é uma expressão
contemporânea que respossanbilizasse pelas actuais exigências
de trabalho docente e discente. Onde o espaço escolar encontra
– se com uma prática da didáctica monocultural. Dentro da
perspectiva multi/intercultural de didática pode-se afirmar que
há um novo desafio que envolve acção dos professores na sua
prática como docente.

Segundo Candau (2002, p.51-52), “urge ampliar este enfoque e

30
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

considerar a educação intercultural como um princípio


orientador, teórica e práticamente, dos sistemas educacionais
na sua globalidade (...) a desconexão entre a cultura escolar e a
cultura social de referência dos alunos e alunas têm sido
últimamente denunciada por inúmeros autores e evidênciada
por diversas pesquisas”.

Deste modo, a importância de se considerar a temática cultural


para compreender uma exigência que a sociedade vem
travando ao longo do tempo para que possamos compreender e
responder às questões que envolvem o direito à diferença e o
direito à igualdade, para além da compreensão das múltiplas
razões que circunscrevem as dificuldades que muitos alunos
encontram nas expectativas escolares.

Portanto, para inserção de uma nova concepção de didática, na


perspectiva multi/intercultural, faz-se necessário buscar estra-
tégias onde as diferenças culturais possam coexistir de forma
democrática no quotidiano das instituições, de modo que as
práticas pedagógicas possam ser repensadas e/ou reinventadas,
incorporando críticamente, a questõees das diferenças culturais.

O que é educação?

Caro estudante, não espere resposta taxativa desta categoria a


essa questão, poís o conceito é bastante complexo na sua
definição. Várias são as definições que são apresentadas pelos
autores, elas diferem em função das escolas, do contexto, da
época que influênciam o pensamento de cada autor, aliás se o
estudante se quiser compreender melhor a complexidade deste
termo, pega numa caneta e um bloco, pergunta a pelo menos dez
pessoas de diferentes estatutos e se possível de diferentes
contextos pergunte o que eles entendem por educação; verás que
as respostas apontam para ângulos distintos, não obstante
existirá algumas semelhanças nos depoimentos fornecidos.

31
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Em função desta complexidade, Brandão (2007), escreveu num


dos subtítulos sua obra, educação ou educações? Para ele a
educação existe nas representações dos indivíduos, na vivência de
cada povo, daí que é difícil termos uma visão uniforme de
educação porque ela é fruto das relações sociais e culturais de um
determinado povo, região ou comunidade.

A palavra educação têm sido utilizada, ao longo do tempo, com


dois sentidos: Social e individual.Do ponto de vista social, é a
acção que as gerações adultas exercem sobre gerações jovens,
orientando sua conduta, por meio da transmissão do conjunto de
conhecimento, normas, valores, crenças, usos e constumes
aceites pelo grupo social. Nesse sentido, o termo educação tem
sua origem no verbo latino educare, que significa a acção de
formar, insttruir, guiar. Esse verbo espressa, portanto, a ídeia de
que a educação é algo externa, concedido a alguém.Assim
concebida, a educação é uma maifestação da cultura e depende
do contexto histórico e social em que está inserida. Assim sendo,
os seus fins variam, portanto com as épocas e as sociedades. “
Não há grupo nemhum, por mais rudimentar que seja sua cultura.
Em suma, a educação, como facto social, possibilita que as
aquisições culturais do grupo sejam transmitidas as novas
gerações.

Do ponto de vista individual, a educação refere-se ao desenvolvimento


das aptidões e potencialidades de cada idividuo, tendo em vista o
aprimoramento da sua personalidade. Nesse sentido, o termo educação
se refere ao verbo latino educare, que significa fazer sair, conduzir para
fora. O verbo latino expressa, nesse caso, a ídeia de estimulação e
liberação das forças latentes. Como podemos veríficar, nos dois
sentidos a palavra educação está ligada ao aspecto formativo.

32
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Não pretendemos esgotar com a discussão desta temática neste


espaço, sugerimos, para aprofundar a discussão em educação, a leitura
das obras de Carlos Rodriques Brandão (2007), O que é Educação e a de
Carlos Libâneo (2005) Pedagógia e Pedagogos para quê? De recordar
que a educação para Brandão (2007), acontece tanto na escola como na
família, no grupo de amigos, na rua, no bar, em casa, em todos lugares
está presente a educação nas diferentes formas de manifestação
(formal, não-formal e informal). É essencialmente na educação formal
que está presente a educação escolar, já no sentido mais amplo, a
educação e quando fenómeno social, integra todas componentes
descritas anteriorimente.

Educação é uma acção reguladora e estimuladora do processo de


desenvolvimento humano e da personalidade humana. Também pode
se considerar como um processo social amplo de influências e
interrelação, compreemde situações intencionais e ocasionais. Para
Kant(1724-1804), o ser humano só se torna verdadeiramente humano
pela educação.

Para Martins, J (1990:144) a educação é um processo de acção da


sociedade sobre o educando, visando entregá-lo segundo seus padrões
sociais, econômicos, políticos, e seus interesses. Reconhece-se aqui a
necessária preparação para a vida, já referida em outras definições e
que só se logra a através de convicções fortes e bem definidas de
acordo com esses padrões. Por isso é tão importante, mas que uma
definição o mais precisa possível, a caracterização deste objecto de
estudo e pesquisa da Pedagógia.

33
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Ensino- acções meios e condições para a realização intencional da


instrução. É importante vincar a intencionalidade de quem ensina, isto
é dos objectivos, dos meios, dos conteúdos e das condições da sua
realização.

Segundo Baranov, S.P. et al (1989, p. 75) o ensino é "um processo


bilateral de ensino e aprendizagem". Daí, que seja axiomático explicitar
que não existe ensino sem "aprendizagem". Seu posicionamento
sempre foi muito claro, quando estabeleciam entre ensino e
aprendizagem, uma unidade dialética.

Instrução- Formação e desenvolvimento intelectual mediante domínio


de um determinado corpo de conhecimentos.

Segundo Baranov, S.P. et al. (1989, p. 22) "a instrução constitui o


aspecto da educação que compreende o sistema de valores científicos
culturais, acumulados pela humanidade". Nesta perspectiva nota-se a
coincidência com o próprio termo de educação. A instrução, não é
directamente um aspecto da educação, nem reside dentro desta, nem é
inerente a ela; porém, deve ser considerada essa instrução, como uma
das melhores formas de aperfeiçoar e otimizar o processo educativo, o
que é diferente.
A instrução não é inerente à educação; não obstante, atravéis da
instrução pode-se desenvolver a educação. Se os especialistas que
consideram a instrução ou ensino como parte inerente à educação, se
eles estiveram certos, não existiriam pessoas bem instruídas, pessoas já
formadas, porém más educadas. Ou também, não existiriam
analfabetos, sem alguma instrução, com uma "boa educação".

Exercícios de auto – avaliação

Multipla Escolhas
1. O conceito de Educação deriva de:
a) Do latim;

34
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

b) Do Grego;
c) Do Espanhol;
d) Do Inglês.
Respostas: 1 A;

Verdadeiro e Falso
1. Segundo Baranov, S.P. et al (1989, p. 75) o ensino é "um
processo bilateral de ensino e aprendizagem".
2. Do ponto de vista social, a educação refere-se ao
desenvolvimento das aptidões e potencialidades de cada
idividuo, tendo em vista o aprimoramento da sua personalidade.
3. Para Martins, J (1990:144) a educação é um processo de acção
da sociedade sobre o educando, visando entregá-lo segundo
seus padrões sociais, econômicos, políticos, e seus interesses.
4. Para Kant, o ser humano não só se torna verdadeiramente
humano pela educação.

Resposta: 1 V; 2 F; 3 V; 4 F.

Exercícios
1. A palavra Educação tem sido utilizada, ao longo do tempo, com
dois sentidos: do ponto de vista Social e individual.
a- Descreva o ponto vista Social.
2. Defina o conceito da Educação.
3. Na visão de Candau, explica a educação intercultural.
4. Defina o conceito de Ensino.
5. Explique a relação entre as categorias de Ensino, Educação e
Intrução.
6. Descreva o ponto de vista individual.
7. Explique a evolução das três categorias em Moçambique.
8. Faça uma refrlexão em 20 linhas com relacao a educação
intercultural em Moçambique.

35
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Exercícios Sistematização
O desenvolvimento histórico da Didática foi marcado por ídeias
pedagógicas de grandes teóricos, os quais deixaram sua influência no
pensamento didático até os dias actuais. Observamos a evolução dos
pensamentos sobre a Didática, os quais se fundamentaram em
pressupostos teóricos, bem como em ídeias pedagógicas que
caminharam em direção à necessidade de se reverem os processos de
ensino e de aprendizagem. Tais pressupostos teóricos muito
contribuíram com a organização do espaço escolar, bem como com a
reforma dos métodos de ensino e de sua aplicação, ao longo do
desenvolvimento do ensino formal.

Como vimos, na actualidade ainda observamos a necessidade


de ressignificação da Didática em decorrência dos novos
desafios impostos pela sociedade contemporânea.

Leituras recomendadas

MASSETO, Marcos. Didática: a aula Como centro. 4ª. Edição. São


Paulo: FTD, 1997. (Nesse livro, o autor apresenta informações e
reflexões importantes sobre temas significativos à educação tais
como: buscando o significado da didática, a escola e o
desenvolvimento dos alunos, a sala de aula: espaço de vida? o
processo de ensino-aprendizagem, escolar.

CORDEIRO, Jaime. Didática. 1ª. Edição. Editora Contexto. São


Paulo, 2007

(O autor aborda a didática de forma, clara e moderna),

Para aprofundar seus conhecimentos na temática desenvolvida


nesse capítulo, leia o texto abaixo: Crise na Educação: por quê?
(Regina Célia Cazaux Haydt, thot, n. 22, p.45). Esse trecho foi
extraído na íntegra do site:
http://eduol.uniceub.br/_temp/eduol.asp?id=EFE&sec=38.

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UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Unidade Temática 1.5. Didáctica – e Suas Relações com a


Pedagógia e outras ciências

Introdução
Dissemos na primeira Unidade que a Didáctica é uma ciência
pedagógica, sendo por isso que mantém relação com a pedagogia. Mas
também vemos que devido a compelxidade do processo de ensino e
aprendizagem, de um lado e, por outro, tende em conta ao carácter
interdisciplinar de quase todos os ramos de saber, a didáctica mantem
relações com outras ciências.

De facto, a actuação do professor com o propósito de ensinar, exige


deste um agir tendo em conta não somente habilidades didácticas, mas
também pedagógicas e um certo sentido psicológico, sociológico,
biológico, filosófico etc, devendo, neste sentido, o professor se
municiar de conhecimentos destas disciplinas: o agir didáctico é ao
mesmo tempo pedagógico, biológico, sociológico, filosófico, etc.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Explicar a contribuição das outras ciências


(pedagogia, psicologia, biologia, sociologia,
filosofia) para a actividade didáctica do professor;
Objectivos ▪ Redefinir o campo específico de investigação da
didáctica, tendo em conta as especificidades de
objecto de estudo das outras ciências com as quais
tem relação;
▪ Diferenciar o objecto de estudo da Didáctica Geral
das Didacticas específicas.

Sumário

Didáctica; suas relações com a Pedagogia e outras ciências


Caro estudante

Nesta unidade tematica vamos discutir sobre a pedagogia e a relação com


outras ciências. É verdade que a finalidade imediata do processo didáctico
é o ensino de determinadas matérias e de habilidades cognitivas conexas;
todavia por se tratar de materiais ou temas de ensino, implicando,

37
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

portanto dimensão formativa, a eles se sobrepõe objectivos e tarefas mais


amplas determinadas social e pedagogicamente. Dai considera-se a
didáctica como disciplina de intersecção entre a teoria educacional e as
metodologias específicas das matérias que se esclarecem e se
particularizam sob caracteristicas comuns, básica, da actividade
pedagógica e, em particular, do processo de ensino aprendizagem.

Em outras palavras a didáctica opera a interligação entre a teoria e a


práctica. Ela engloba um conjunto de conhecimentos que entrelanaçam
contribuições de diferentes esferas científicas (teoria de educação,
teoria do conhecmento, psicologia, sociologia, etc), junto com
requisitos de operacionalização.

Noutros termos, a pedagógia investiga a natureza das finalidades da


educação como processo social, no seio de uma determinada
sociedade, bem como as metodologias apropriadas para a formação
dos individuos, tendo em vista o seu desenvolvimento humano para
tarefas na vida em sociedade. Quando falamos das finalidades da
educação no seio de uma determinada sociedade, queremos dizer que
o entendimento dos objectivos, conteúdos e métodos da educação se
modifica conforme as concepções de homem em sociedade que, em
cada contexto económico e social de um momento da história humana,
caracterizam o modo de pensar, de agir e os interesses das classes e
grupos sociais. Portanto, a pedagogia é sempre uma concepção da
direcção do processo educativo subordinado a uma concepção politico-
social.

Chegados a este ponto, estamos certos que foi fácil relembrar a tarefa e
o objecto específicos da didáctica. A didáctica é, poís uma das
disciplinas da pedagógia que estuda o processo de ensino atravéis dos
seus componentes, os conteúdos escolares, o ensino e a aprendizagem
para, com o ambasamento numa teoria da educação, fórmular
directrizes orientadoras da actividade profissional dos professores.

A Didáctica Geral estabelece relação com as Didácticas especiais ou


seja, Metodológias de Ensino de Disciplinas específica (ex: Matemática,
linguas, etc). De facto, as metodológias das diferentes disciplinas
analisam as questões de ensino de uma determinada disciplina,
enquanto a Didáctica Geral têm um objecto de natureza geral: Se
abstrai das particularidades das distintas disciplinas e generaliza as
manifestações e leís especiais do ensino e aprendizagem nas diferentes

38
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

disciplinas e formas de ensino. Assim, as Didácticas ou Metodológias


específicas são uma base importante para a Didáctica Geral, e esta, por
sua vez, generaliza os resultados de estudo sobre o ensino das
disciplinas específicas.

Finalmente, no que diz respeito as outras disciplinas, constatámos que


a relação da Didáctica Geral com estas disciplinas se explica da segunte
maneira:

A Psicologia indica a Didáctica as oportunidades que melhor favorecem


a expansão/desenvolvimento da personalidade bem como os processos
que melhor garantem a efectivação da aprendizagem.

A Sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a


solidariedade, a liderança, a responsabilidade no contexto de interções
sociais, pois a aprendizagem acontece no contexto socialmente
construído o que implica reconhecer o papel dessas relações na
educação dos alunos.

A Biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga


dos alunos, a nutrição e a herança também tem o seu peso na
aprendizagem dos alunos.

A Filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base


a Didáctica, coordenando – as numa visão que tem por fim explicar o
educando como um ser completo que necessita de atendimento
adequado, personalizado, de forma que se possam efectuar os
propósitos de educação.

A complexidade do trabalho do professor está na sua capacidade de


poder planificar, realizar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem,
com garantia de que os seus alunos aprendam, desenvolvam saber,
saber fazer e saber ser/estar. Igualmente vemos que esta complexidade
se refere em parte, ao facto de que o professor deve ensinar a partir de
uma concepção da direcção do processo educativo subordinada a uma
concepção político-social, agindo, portanto, como pedagogo; e ao
mesmo tempo o professor deve:

Respeitar a individualidade dos seus alunos e as condições que melhor


favorecem a expansão/desenvolvimento da personalidade bem como
os processos que melhor a afectivação da aprendizagem. Garantem
orientar – se sobre o desenvolvimento físico e os índeces de fádiga dos

39
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

alunos e, a partir disso, por exemplo, conceder aos alunos intervalos


depois de um período significativo de trabalho para permitir o repouso
dos estudantes, programar actividades em função das cacapacidades de
resistência dos alunos. Criar formas de trabalho na sala de aulas e na
escola que permitem desenvolver a solidáriedade, a liderança, a
responsabilidade nos alunos, tendo em conta o carácter social da sua
actividade e da natureza dos alunos e dele mesmo. Visionar o educando
como um ser completo que necessita de atendimento adequado,
personalizado, de forma que se possam efectivar os propósitos da educação.

Exercícios de auto – avaliação

Multipla Escolha
O professor compete requerer um sentido e tácto pedagógico,
didáctico, psicológico, filosófico;
Ao considerar importante que os alunos tenham necessidade e
direito a pausa ao longo do trabalho, revela do professor a
consideração da psicologia;
A filosofia instiga o professor a visualizar o aluno como um todo,
a procurar ensiná-lo conforme as metas que se pretendem em
termos do tipo de personalidade a desenvolver;

1.A didáctica geral proporciona uma visão geral das diferentes


metodologias que poderão ser utilizadas nas diferentes
disciplinas específicas.

2.Se quiser olhar para a contribuição das diversas disciplinas no


seu acto didáctico, o professor jamais cumprirá a sua tarefa; por
isso, o melhor é planificar bem as suas aulas e ensinar
convenientimente, porque desta forma qualquer aluno irá
aprender.

1.De que forma a didáctica se relaciona com a pedagogia e


Exercícios outras ciências?
2.Qual é o objecto específico da didáctica dentro da
investigação pedagógica?
3. Diferencie a Didáctica Geral das Didácticas Específicas.
4.A didáctica opera a interligação entre a teoria e a práctica.
Justifica a resposta.
5.Qual é a complxidade do trabalho do professor.

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UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Tema II: O Papel da Didáctica na formação do Professor

UNIDADE TEMÁTICA: 2.1. O papel da didáctica na formação do professor

Introdução

Estimado estudante, na presente unidade temática iremos nos


debruçar em torno de quatro (3) itens fundamentais sobre o papel da
Didáctica na formação de professores como forma de Conhecimento,
são apresentados a seguir:

Unidade Temática 2.1. O Papel da Didáctica na formação de


Professores;

Unidade Temática 2.2. A formação de Professores inicial e


continuada – o professor reflexivo;

Unidade Temática 2.3. O Processo – Ensino Aprendizagem e as


metodológias de de ensino estruturado.

Sumário

Prezado estudante, depois de discutirmos vários aspectos ligados a


pedagógia, ciência e educaçã, nesta unidade temática vamos nos cingir
naquilo que constítui como principal preocupaçã do manual da
Didáctica. Um pouco sobre o papel da didáctica no processo – ensino e
aprendizagem, enfatizando os conhecimentos indispensavéis do
professor.

Como vimos a Didáctica e uma disciplina que se preocupa com a


direcao através do ensino, ou seja, processo de ensino e aprendizgem.
Ainda vamos abordar aspectos da area científica, onde vai estudar a
didáctica, isto é aparte especifica da didáctica. Porque a didáctica na
formação de professores ou profissionais da educação, procura
compreender as transformação social, a realidade cultural, a política
educacional, bem como a permanência dos alunos na escola, buscando
práticas pedagógicas que atendam com eficiência a diversidade
humana.. educação? Estas e outras questões serão a base de
orientação desta unidade temática.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

41
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

▪ Definir o objecto de estudo da Didáctica


▪ Explicar as principais causas da dificuldade imposta a
Pedagógia na sua cientificidade.
Objectivos
▪ Explicar a importância do estudo da Didáctica na
formação de professores.

O processo de ensino-aprendizagem como objecto de estudo da Didáctica


Já vimos nas unidades anteriores o objecto de estudo da Pedagogia que
é a educação, mas a educação processa-se de várias maneiras: na
familiar, na escolar, nos grupos de amigos, na comunidade, até na
empresa. Como já dissemos, a missão didáctica é direccionar a acção
educativa. O mais característico da acção didáctica é a intencionalidade
de quem a orienta. Será necessária uma orientação educativa, se a
educação existe mesmo onde não há escola? (Brandão, 2007).
O mais importante destacamos, Como uma prática social, pois, Como
tal, “o processo ensino-aprendizagem é um processo intencional,
portanto, uma actividade humana desenvolvida em acção conjunta
pelos autores sociais nela envolvidos” (CALDEIRA e AZZI, 2003, p. 99).
Didáctica Geral
A educação enquanto uma construção social sempre existiu, porém
com o aumento do património cultural não foi possível transmitir todo
o manancial sócio cultural a todos na comunidade, surge então uma
outra estrutura social para regular o que deve ser aprendido numa
determinada sociedade, essa instituição chama-se escola. Vários
autores concordam com a existência de uma instituição reguladora,
tornando a educação sistemática. A função da escola neste caso de
acordo com Schmitz (1993), é tornar um ambiente, em que os jovens
reúnem-se entre si e com os educadores profissionais para tomarem
consciência profunda de suas aspirações e valores mais íntimos e mais
legítimos e tomarem decisões mais esclarecidas sobre a sua vida e para
a comunidade em que vivem, a partir das aprendizagens significativas.
Caro estudante, até agora deve estar a questionar a pertinência da
abordagem da educação sistemática e do surgimento da escola como
istituição social, a explicação é simples, o processo de ensino-
aprendizagem, é intencional e faz sentido falar dele na educação
sistemática, intencional e isso acontece na escola. Porque então
processo de ensino-aprendizagem? Por muito tempo, mesmo até agora,
alguns autores de obras didácticas assumem o ensino como verdadeiro
objecto de estudo da Didáctica; alguns preferem não dissociar o ensino
da aprendizagem, visto que a intenção de quem ensino é suscitar

42
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

aprendizagem no aluno, porém pode haver ensino sem que haja


aprendizagem, o recíproco também é válido. Claro, todos nós sabemos
que por mais que a intenção seja de proporcionar aprendizagem no
aluno, nem todos aprendem; assim como a aprendizagem não ocorre
apenas na escola, ela pode ocorrer nos grupos de amigos, no serviço e
ainda na família onde o ensino no seu verdadeiro sentido não está
presente.
Nosso posicionamento se é o ensino ou processo de ensino-
aprendizagem o objecto de estudo da Didáctica, acreditamos que as
duas visões são válidas, esclarecendo melhor, já o dissemos que quem
ensina pressupõe uma intecionalidade de promover aprendizagens no
aluno, sua missão principal é que o aluno aprenda, daí que é
tautológico dizer ensino-aprendizagem. Para finalizar esta discussão, é
processo, o ensino-aprendizagem, porque é resultado da conjugação de
actividades do aluno e do processor.
A especificidade Didáctica, está no processo de ensino-aprendizagem
em sua relação com finalidades educativas (Libâneo, 2005), quer dizer,
a Didáctica ao preocupar-se com o processo de ensino na sua
globalidade tem em conta as finalidades sócio-pedagógicas, princípios,
condições e meios de direção do processo educativo.
O Papel da Didáctica na Formaçãoo dos Professores
O papel da Didáctica na formação dos professores está precisamente na
necessidade de propocionar uma melhor orientação dos profissionais
da educação na direcção do processo de ensino-aprendizagem. A
organização sistemática da educação exige também uma preparação
sólida dos profissionais que trabalham nessas instituções escolares.
Segundo as autoras, no processo ensino-aprendizagem há uma relação
entre seus sujeitos: professor e aluno e essa relação não se esgota, pois
há um elemento básico que deve também ser considerado: o
conhecimento. A autora mostra-se atenta para o fato de que, na
formação docente, é importante entender que, no processo formal de
ensino-aprendizagem (a educação escolar), ensina-se e aprende-se algo
que é identificado como o conteúdo, ou seja, o saber escolar
(sistematizado e constituído cientificamente).

Ainda segundo as autoras, é importante considerar que o acto de


ensinar não se preocupa apenas a aprendizagem do conteúdo proposto
no currículo escolar, mas o professor parte de uma proposta de
trabalho que visa não simplesmente à reprodução do conteúdo (a
simples transmissão do conteúdo), mas, sim, a uma proposta em que o
processo ensino-aprendizagem irá se traduzir para o aluno em
discussões e experimentações da própria realidade, estimulando a
aprendizagem democráticamente (CALDEIRA e AZZI, 2003).

43
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Exercícios de auto – avaliação

Multipla Escolha

A função da escola de acordo com Schmitz (1993), é:


a). Suscitar aprendizagem no aluno, porém pode haver ensino sem
que haja aprendizagem, o recíproco também é válido);

b). Tornar um ambiente, em que os jovens se reúnem entre si e


com os educadores profissionais para tomarem consciência
profunda de suas aspirações e valores mais íntimos e mais legítimos
e tomarem decisões mais esclarecidas sobre a sua vida e para a
comunidade em que vivem, a partir das aprendizagens
significativas.

c). Preocupar-se com o processo de ensino na sua globalidade tem


em conta as finalidades sócio-pedagógicas, princípios, condições e
meios de direção do processo educativo.

d). Suscitar aprendizagem no aluno, porém pode haver ensino sem


que haja aprendizagem, o recíproco também é válido.

Respostas: 1 C;

1. O papel da Didáctica na formação dos professores está


precisamente na necessidade de propocionar uma melhor
orientação dos profissionais da educação na direcção do
processo de ensino-aprendizagem.
2. O processo ensino-aprendizagem há uma relação entre seus
sujeitos: professor e aluno e essa relação não se esgota, pois
há um elemento básico que deve também ser considerado: o
conhecimento.

Resposta: 1 V; 2 V;

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UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

1. O papel da Didáctica na formação dos professores está precisamente


Exercícios na necessidade de propocionar uma melhor orientação dos profissionais
da educação na direcção do processo de ensino-aprendizagem.

a. Faca uma reflexão daquilo que e o processo- ensino aprendizagem no


instituto superior de educação a distância.

2. Qual e o papel da didáctica na formação dos professores.

3. Os professores, em seu processo de formação profissional, estão dis-


cutindo as relações que integram o processo ensino-aprendizagem?

Faça uma refrlexãoo em 20 linhas com relação a formação de professores


em Moçambique.

45
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE Temática 2.2. Formação de Professor Inicial e Continuada- professor


reflexivo

Introdução

Esta unidade está programada para o estudo sobre a


formação do professor inicial e continuada – professor
reflexivo. Trata – se de aprofundar os conhecimentos
em relação a necessidade de se terem profissionais
capacitados para tarefa de educar.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

Reflectir sobre as discussões acerca da formação de


professores,
Explicar formação inicial e a formação continuada,
Objectivos

Sumário

A formação de professor inicial continuada-


professor reflexivo

Paralelamente às preocupações apresentadas, há muita


discussão em relação à necessidade de se terem
profissionais capacitados para a tarefa de educar. Nesse
sentido:
A formação do professor abrange, poís, duas dimensões:
➢ A Formação teórico – ciêntifica,
➢ A formação técnica - prática

1. A formação teórico – científica – é aquela que inclui


a formação académica especifica nas disciplinas em
que o docente vai especializar – se e a formação
pedagógica, que envolve os conhecimentos da
filosofia, sociologia, história da educação e da propia
pedagógia que contribuem para o esclarecimento

46
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

histórico social.
2. Formação técnico-prática, visando à preparação
profissional específica para a docência, incluindo a
didática, as metodológias específicas das matérias, a
psicologia da educação, a pesquisa educacional e
outras.

As disciplinas teórico-científicas são necessariamente referidas à


prática escolar, de modo que os estudos específicos realizados no
âmbito da formação acadêmica sejam relacionados com os de
formação pedagógica que tratam das finalidades da educação e dos
condicionantes históricos, sociais e políticos da escola.

As disciplinas de formação teórico-prática não se reduzem ao mero


domínio de técnicas e regras, mas implicam também os aspectos
teóricos, ao mesmo tempo que fornecem à teoria os problemas e
desafios da prática. A formação profissional do professor implica, pois,
uma contínua interpenetração entre teória e prática, a teória vinculada
aos problemas reais postos pela experiência prática orintada
teoricamente.

Neste caso a Didáctica apresnta as seguintes:

Caracteristicas da Didáctica

nas disciplinas em que o docente vai especializar-se e a formação


▪ Como mediação
pedagógica, entre asos conhecimentos da Filosofia,
que envolve Ela opera como História
Sociologia, uma ponte
da entre o “o
bases teórico-científicas
Educação e da própria Pedagogia que contribuem paraquê”oeesclarecimento
o “como” o processo
do
fenômeno
da educação educativo
escolar no
e acontexto histórico-social; pedagógico escolar corre. Para isso
prática, docente. recorre às contribuições das ciências
auxiliares da Educação e das próprias
metodologias específica.

É, pois, uma matéria de estudo que integra e articula conhecimentos


teóricos e práticos obtidos nas disciplinas de formação acadêmica,
formação pedagógica e formação técnico-prática, provendo o que é
comum, básico e indispensável para o ensino de todas as demais
disciplinas de conteúdo.
Que o domínio das bases teórico-científicas e técnicas e sua articulação

47
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

com as exigências concrectas do ensino permitem maior segurança


profissional, de modo que o docente ganhe base para pensar sua
prática e aprimore sempre mais a qualidade do seu trabalho (LIBÂNEO,
1994, p. 27-28).

PROFISSIONAL TRABALHO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

FORMAÇÃO PROFISSIONAL TRABALHO

Na Decada 80 no sec (XX), as discusões da formação intensificaram – se


com o intuito de mudanças no pensamento da educacional e formação
de professores. Então na actualidade desde da década 90 no (XX), a
formação de professor e considerada continua de profissionalizações.
Sendo a formação inicial o primeiro momento.

A profissao de docente nos dias hoje: lida com um conhecimento


de construção e nao mais imultavel, e analisao a educação como
um compromisso politico, carregado de valores éticos e morais,
que conisidera o desenvolvimento da pessoa e a colaboração
entre iguais e que seja capaz de conviver com mudanças e
incertezas,

MIZUKAMI(2002,p:12)

Com base na citação, podemos dizer que o conhecimento profissional


do professor deve estar em constante construção e aperfeiçoamento,
para que acompanhe o desenvolvimento acelerado do conhecimento

48
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

científico, na cultura e na arte, bases do conhecimento escolar e das


estruturas materiais e institucionais da sociedade. Também deve
“acompanhar a evolução dos conhecimentos específicos da formação
pedagógica, o que o capacita a intervir e reflectir sobre sua própria
prática” (CALDEIRA e AZZI, 2003, p.104).

Outra consideração importante em relação à formação de professores é


a de que essa formação não pode ser considerada como um âmbito
autônomo de conhecimento e decisão, pois, conforme revela Perez Gó-
mez (1992), a formação de professores é determinada profundamente
por concepções de escola e de ensino, de conhecimento e de sua
produção, transmissão e aprendizagem, de relação teória-prática, de
cultura e de sociedade.

De forma geral, a formação de professores que estamos buscando se


fundamenta em uma perspectiva que amplia e ressignifica os modelos
de formação profissionais iniciais (aqueles que visavam ao domínio dos
conteúdos, das disciplinas e as técnicas para transmiti-lós) para aderir a
uma formação profissional contemporânea, que visa à formação de um
profissional cidadão “nas diversas instâncias em que a se cidadania se
materializa: democrática, social, solidária, igualitária, intercultural e
ambiental” (MIZUKAMI, 2002, p 12).
Modelos de Formação

Modelo racionalidade técnica, e a actividade profissional consiste na


resolução de problemas instrumentais, rigorosamente discutidos pela
aplicação da teória e da técnica científica. Ao estudar esse modelo-
formação, o autor revela que “a teória consiste num conjunto de
princípios gerais e conhecimentos científicos, e a prática, na aplicação
rigorosa de teórias e técnicas científicas” (SCHÖN apud CALDEIRA e
AZZI, 2003, p. 104).

Nessa perspectiva, a teória é colocada em primeiro plano, ou seja,


primeiro os professores adquirem os conhecimentos dos princípios, das
leís e das teórias que esclarecem o processo de ensino-aprendizagem.
Apenas em um segundo momento (no futuro, ou seja, após esse
período de formação profissional), esses princípios, essas leís e essas
teórias são empregadas na prática escolar.

Outro modelo estudado por Schön (apud CALDEIRA e AZZI, 2003, p.


104), é o da racionalidade prática, que, segundo o autor, “representa
uma tentativa de superar a relação linear e mecânica entre o
conhecimento científico-técnico e a prática escolar”. Nessa perspectiva,
analisa-se a prática dos professores, buscando compreender como

49
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

fazem uso do conhecimento científico, como enfrentam as diferentes


situações (complexas, singulares, imediatas, conflituosas) que emergem
na sala de aula.

Dessa forma, nesse segundo modelo, Schön (1995), destaca que a


formação básica (ou inicial) , e diz que a formação docente não deve
ocorrer apenas por acumulação de cursos e técnicas, mas
também por meio da interligação de um trabalho permanente de
reflexão crítica e de construção de uma identidade profissional
docente.
Assim, a concepção do desenvolvimento de uma prática reflexiva é
explicada por Schön (1995) a partir de três diferentes aspectos que
integram o pensamento prático. São eles:

Reflexão na acção: evidência-se no saber fazer. Permeia os


conhecimentos que um professor possui e/ou alcança ao longo de sua
experiência ou reflexões profissionais vivênciadas ao longo da
realização de seu trabalho.
–Reflexão sobre a acção: é pensar sobre o que faz ao mesmo tempo
em que actua.
– A reflexão sobre a acção e sobre a reflexão na acção: é uma análise
realizada pelo professor, a posteriori, sobre sua acção. A partir dessa
análise, o professor pode analisar sua prática e reconstruí-la a partir
da compreensão de tal análise.

Contudo a formação inicial apresenta alguns (exigências de


conhecimentos universitários e burocrácias curriculares) para a
formação de um profissional prático reflexivo. Nesta ordem de ídeia
defende – se a formação contínua dos professores, acreditando que
nela os professores podem reflectir e pensar críticamente sobre sua
prática. Explica que, para isto, na formação contínua, as actividades -
desenvolvidas.

segundo Santos (apud PEREIRA, 2000, p. 49): “é de fundamental


importância compreender que a formação do professor começa antes
mesmo de sua formação acadêmica e prossegue durante toda sua
actividade profissional”.
Em suma importa nos referimos que os professores exercem um
processo de reflexão sobre acções pedagógicas que desenvolve na sala
de aula para melhorar a sua eficácia, onde lhe possibilitará a
compreender as suas interpretações a realidades da sala de aula e na
escola.

Ressalta Mizukami (2002, p.31), coerentemente com o novo perfíl do


professor, o conceito de formação docente é relacionado ao de

50
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

aprendizagem permanente, que considera os saberes e as


competências docentes como resultados da transformação pfissional e
do exercício da docência, mas também da aprendizagem realizada ao
longo da vida, dentro e fora da escolar.

Exercícios de auto-avaliação

1. A formação teórica – científica do professor é

a) Pensar sobre o que faz ao mesmo tempo em que actua

b) Aquela que inclui a formação académica especifica nas


disciplinas em que o docente vai especializar – se e a formação
pedagógica.

c) Compreender as suas interpretações a realidades da sala de aula


e na escola

d) Preparação profissional específica para a docência, incluindo a


didática, as metodológias específicas das matérias, a psicologia
da educação, a pesquisa educacional

2. A formação técnico-prática do professor é:

a) Pensar sobre o que faz ao mesmo tempo em que actua

b) Aquela que inclui a formação académica especifica nas


disciplinas em que o docente vai especializar – se e a formação
pedagógica.

c) Compreender as suas interpretações a realidades da sala de aula


e na escola

d) Preparação profissional específica para a docência, incluindo a


didática, as metodológias específicas das matérias, a psicologia
da educação, a pesquisa educacional

Respostas: 1 B; 2 D1.

1. Mizukani, diz que a formação de docente esta relacionado com


as aprendizagens permanentes que considera os saberes e
competência docente como resultado de transformação
profissional.

51
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

2. A reflexão sobre a acção e sobre a reflexão na acção: é uma


análise realizada pelo professor, a posteriori, sobre sua acção.

Respostas: 1 V; 2 V.

1. os professores exercerem um processo de reflexão sobre as


acções pedagógicas que desenvolvem em sala de aula para melhorar a
Exercícios
eficácia.

2. Faca reflexão daquilo que e o prcesso de formação de professor em


moçambique.

3. Quais são os modelos de formação usados em moçambique.

4. Faça uma análise de modelo de formação inicial (10 +1),


ministrada em moçambique. Apontando as vatagegens e
desvantagens.

5. Quais são as caracteristicas apresentas pela didáctica em relação


a formação docente.

5. Descreva os aspectos de formação docente nos dias de hoje.

6. Explique a contribuição de Mizukami com relação ao conceito de


formação docente.

7. A formação do professor abrange, duas dimensões. Justifica a


resposta explificando uma dela.

52
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE Temática 2.3. O Processo de Ensino e aprendizagem e as


metodologias de ensino: estruturando o processo.

Introdução

Esta unidade está programada para o estudo sobre a origem e


desenvolvimento histórico do processo de ensino-aprendizagem. Trata-
se de aprofundar os conhecimentos das unidades anteriores,
sobretudo, quando falamos da especificidade didáctica. E ainda vamos
apresentar as carcteristicas do PEA.

Caro estudante

Nesta unidade temática iremos abordar o processo de ensino-


apendizagem ligado ao período histórico de sua criação e seu
desenvolvimento na sociedade.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

✓ Abordar o processo de ensino-aprendizagem sob diferentes


concepções.
✓ Identificar as particularidas de uma educação com carácter
Objectivos intencional.
✓ Caracterizar o desenvolvimento Histórico do PEA
✓ Explicar a origem e evolução do PEA.

Sumário

Daremos início à temática – planejamento – trazendo uma breve


reflexão sobre o seu conceito, num sentido amplo e geral.
O planejar é uma realidade que acompanha a trajetória histórica da
humanidade.

Exemplo: O homem sempre sonhou, pensou e imaginou algo na sua


vida.

O homem primitivo, no seu modo e habilidade de pensar, imaginou


como poderia agir para vencer os obstáculos que se interpunham na
sua vida diária. Pensava as estratégias de como poderia caçar, pescar,

53
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

catar frutas e de como deveria atacar seus inimigos (MENENGOLA e


SANT’ANNA, 2002, p. 15).

Com base na citação acima, é possível observar que a acção de planejar


está presente na vida das pessoas nos seus mais variados momentos,
constituindo-se um referencial organizacional para suas acções (ao
planejar, as pessoas pensam sobre as possibilidades e/ou a
inviabilidade para se executar algo). A educação, é o ensino e toda a
acção pedagógica que devem ser pensados e planejados, visando a
propiciar melhores condições de vida às pessoas.

Nessa prespectiva, ainda segundo Menengola e Sant’Anna (2002,


p.21), destaca alguns elementos fundamentasis para o
planejamento que são:

- Conhecimento da realidade, das suas urgências, necessidades e


tendências;

- Definição de objectivos claros e significativos;

- Determinação de meios e recursos possíveis, viáveis e disponíveis;

- Estabelecimento de critérios e de princípios de avaliação para o


processo de planejamento e execução;

Estabelecimento de prazos e etapas para a sua execução.

Assim, O planejamento do processo educativo, segundo a análise


de Menengola e Sant’Anna (2002), envolve um processo de análise,
reflexões, previsão e tomadas de decisões no sentido de contribuir
para a formação de pessoas autônomas e críticas, tornando-as capazes
de escolher seus caminhos e, embora parta de uma realidade e seja
dirigido pelas normas e necessidade da socidade.

54
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Processo de Ensino-Aprendizagem, Origens e Desenvolvimento


Histórico do PEA

Relacionar o desenvolvimento do património sócio-cultural e


técnico científico com o surgimento do processo de ensino-
aprendizagem.
Já ouviu falar várias vezes do termo “educação” e terá tido a
ocasião de se questionar sobre o seu conceito e significado no
desenvolvimento da sociedade.
Na sociedade primitiva (de caçadores e recolectores) todos os
adultos educam todas as crianças directamente no processo
mesmo da vida e do trabalho junto com os adultos. Mais, a
medida que o trabalho se desenvolvia, começa a haver
excedentes de produçãoes, assim, aparece a divisão de trabalho
e, consequentimente, a especialização do trabalho.

Na sequência disso, aumenta o património sócio-cultural e


técnico científico da humanidade e torna-se cada vez mais
complicado todos os adultos “ ensinarem a todas as crianças”.
Assim, surgem pessoas especializadas em educação das crianças
e criam-se situações específicas de educação; e, neste sentido,
surge o processo de ensino-aprendizagem com processo
organizado e intencional para a educação das crianças
Exacto, na sociedade primitiva a educação tinha um carácter informal,
todos ensinavam a todas as crianças, enquanto com as especialização
do trabalho, surgem pessoas e situações específicas em que se realiza a
educação, o que caracteriza o processo de ensino e aprendizagem. Mais
precisamente, podemos destinguir a educação da sociedade primitiva e
a da sociedade em que surge a especialização do trabalho da seguinte
forma:

55
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Características da Educação

Na sociedade Primitiva Na sociedade de divisão


de trabalho

A educação/formação do A educação é
homem depende dos organizada, razão pela
seguintes factores: qual toma o carácter de
processo de ensino-
A simples imitação aos
aprendizagem, o que
adultos (por isso, era
implica:
espontânea)
Carácter intencional do
A transmissão oral
PEA

Colocação prévia de
A influência do meio objectivos e tarefas de
ensino
Os exercícios no próprio
processo de traballho (a Elaboração de
imitação) conteúdos e métodos de
ensino/educação

Designação de homens
especiais (alunos e
professores /educadores
com características
próprias

Estabelecimento da
duração e de locais
especiais para realização
do PEA

Desde que o homem vive na sociedade foi acumulando saberes sociais,


culturais, técnicos e científicos que serviam de base a educação das
novas gerações, no sentido de assegurar a sua continuidade e
generalização ao longo do tempo e das gerações. Trata-se de um
processo que, no princípio era realizado de forma espontânea e
envolvendo a todos, graças a pouca diferenciação dos agentes
“educadores”, dai a celebre idéia de que “todos ensinavam a todos”.
Com o aumento desse património sócio-cultural e técnico-científico,
nem todos são capazes de ensinar “tudo” e começa a haver

56
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

diferenciação dos homens, em parte, pelo tipo de saber desenvolvido.


Isso ocasiona a especialização e já nem todos podem ensinar tudo, ao
mesmo tempo que surgem individuos cuja função específica é de
educar “ensinar “, fazendo com que o ensino seja uma actividade
intencional, contrariamente ao momento em que “ todos ensinavam
tudo “ onde a educação tinha um carácter espontâneo.
Características do Processo do Ensino e Aprendizagem
O processo de ensino-aprendizagem é uma actividade particular que se
destingue pelas suas características próprias. Assim, dentre outras
características, podemos dizer que o PEA apresenta as seguintes
características:
Carácter social
Carácter educativo
O PEA desenvolve a personalidade
O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento,isto
é, dialético
O PEA tem carácter sistemático e planificado
O PEA é regido por leis que se exprimem em
regularidades

DIALÉTICA
A dialética não é mais do que a ciência das leis gerais do movimento e da
evolução da natureza, da sociedade e do pensamento. A dialéctica no
processo de ensino-aprendizagem expressa-se nas interações entre os
sujeitos sociais, a educação na ideia de Dewey, é uma contínua
estruturação e reorganização da experiência, o que pressupõe que ao
interagir com a situação, o sujeito muda a sua visão, assim como a visão
que tem da situação. Daí que reconhecemos que o PEA, espaço de
concretização da educação tem essas características.

Exercícios de auto-avaliação

Verdadeiro ou Falso
1. Existem processos de ensino-aprendizagem desde a sociedade
primitiva.
2. Tendo em conta a problemática fundamental da didáctica,
cabe a Didáctica conduzir o processo de ensino-aprendizagem.
3. O carácter intencional do PEA obriga o professor a planificá-lo
cuidadosamente, incluindo, entre outros aspectos, os métodos

57
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

a usar, os meios, a avaliação a ralizar antes, durante e ao fim


do PEA.
4. Devido ao caráter intencional do PEA, o professor não se deve
autorizar a realizar e agir diante dos alunos fora do que está
planificado para essa aula.

Resposta: 1. F; 2 V; 3 V; 4 F.

Pergunta Dissertiva

1. O que é dialectica?

2. Descreva o planejamento do processo de educativo segundo


Menengola e Sant’Anna.

Respostas

1. A dialética é a ciência das leis gerais do movimento e da


evolução da natureza, da sociedade e do pensamento

2. O planejamento do processo educativo, segundo a análise de


Menengola e Sant’Anna (2002), envolve um processo de análise,
reflexões, previsão e tomadas de decisões no sentido de
contribuir para a formação de pessoas autônomas e críticas,
tornando-as capazes de escolher seus caminhos e, embora parta
de uma realidade e seja dirigido pelas normas e necessidade da
socidade.

01. Os professores, em seu processo de formação profissional,


Exercícios estão discutindo as relações que integram o processo ensino-
aprendizagem. Justifica a resposta.

02. Por que a formação de professores deve integrar a teória e


a prática? Os professores estão buscando a formação
continuada?

03. Leia a citação abaixo e reflita sobre a realização do trabalho


docente. Nele, elabore um comentário, respondendo à seguinte
questão: quais são as contribuições da prática reflexiva para a
formação de professores?
O professor, ao ensinar, encontra-se constantemente monitorando o
que ocorre durante a aula e agindo com base em percepções e

58
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

interpretações do está acontecendo. As crenças, metas, objetivos e


conhecimentos dos professores se inter-relacionam, afetando-os uns
aos outros. Suas escolhas e decisões, além do contexto imediato, estão
submetidas às influências da história pessoal do professor e da história
deste com seus alunos (MIZUKAMI, 2002, p. 44).
04. Que saberes integram a formação de professores e
consequentemente estão presentes na prática docente, segundo Freire.

Leituras recomendadas
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petró-
polis: Vozes, 2002. (O livro discute os saberes que servem de base aos
professores para realizarem seu trabalho em sala de aula.)

PIMENTA, Selma G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade docente.


São Paulo: Cortez, 2000. (Nesse livro, a autora apresenta algumas
reflexões sobre a prática docente.)

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Repensando a didática. 25ª. edição.


Campinas, SP: Papirus, 2007.SP: Papirus, 2007.( Nesse livro, a autora,
propõe repensar o papel da didática na formação de professores da
Educação Básica.

59
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

TEMA III PLANIFICAÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Presado estudante, na presente unidade temática iremos nos debruçar em


torno de quatro (7) itens fundamentais sobre a planificação do processo
de Ensino - Aprendizagem, são apresentados a seguir:

Unidade Temática 3.1. planificação do processo de Ensino - Aprendizagem;

Unidade Temática 3.2. Niveis de Planificação do PEA

Unidade Temática 3.3. Componentes de Planificaçã do PEA.

Unidade Temática 3.4. Etapas do Processo de Planificação.

Unidade Temática 3.5. Objectivos de Ensino

Unidade Tematica 3.6. Estrutura de aula e suas Funções

Unidade Tematica 3.7. Funções didácticas e suas características

60
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE Temática 3.1. Planificação do Processo de Ensino-


Aprendizagem

Nesta unidade temática vamos estudar o trabalho docente e as


competências profissionais. Alêm disso, iremos reflectir sobre a
importância de cada modalidade de planejamento educacional.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Definir as intenções educativas que presidem o


Planejamento de Ensino.
▪ Definir a planificação do Processo de Ensino-
Objectivos aprendizagem;
▪ Explicar importância da planificação do PEA.

Tema: Planificação do Processo de Ensino - Aprendizagem

Introdução

Nesta Aula, tomaremos como referência as análises de Libâneo (1992) e


Vasconcellos (1995), sobre o assunto planejamento, claro porque
essêcial, ao trabalho docente.
(1992) e Vasconcellos (1995), sobre o assunto Planejamento, claro,
porque essêncial, ao trabalho docente.
Planejamento de ensino consiste em traduzir, em termos mais
concrectos e operacionais, o que o professor fará em sala de aula, para
conduzir os alunos a alcançar os objectivos propostos.

O processo de ensino aprendizagem é uma actividade intencional e,


nesta condição, requere uma planificação, a começar pelo nível central,
da escola e da aula. Neste sentido, a palnificação do ensino-
aprendizagem assume carácter de obrigatoriedade para o professor: o
plano de ensino determina os objectivos a que se pretende chegar e o
conteúdo a mediar e ademais, algumas caracteristicas fundamentais da

61
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

estruturação didáctico-metodológica e organização de ensino. É, pois,


pela importância que a planificação do PEA tem, de seguida iremos nos
debruçar sobre ela, focalizando, conceito e importância da planificação
do PEA.

Sumário

Caro estudante, se tivéssemos pedido para listar o que


fará hoje? Diria-nos que vai ao cinema, a praia, no grupo
de estudo, ou seja um monte de possibilidades, mas
porquê não deixa essas actividades para outro dia? O
nosso dia – a – dia exige uma organização, preparação ou
simplesmente antevisão de acções para nao nos
surpreender ou surpeendidos. Vejamos a seguir que a
semelhanca das actividades quotidianas, educativas,
exige uma preparacao, um nivel de organizacao para
garantir o cumprimento das finalidades.

o que é planejamento escolar


O Planejamento é uma antecipação mental de uma acção que será
realizada. É fazer o plano (planejar).

CONCEITO E IMPORTÂCIA DA PLANIFICAÇÃO DO PEA

De acordo com Libâneo (1992, p. 222), “é uma tarefa


docente que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas em termos da sua organização e coordenação em
face dos O
objectivos
real a serpropostos,
comandado quanto a sua visão revisão e
pelo ideal.
adadequação
A Planificação
no decorrer é ensino.
do processo de uma práctica corente em todas as
actividades humanas, especificamente as que são
realizadas intencionalmente. Por isso terá sido fácil para você
concluir que o plano de aula (ou seja, a planificação do PEA) é a
previsão mais objectiva possível de todas as actividades
escolares para a efectivação do processo de ensino e
aprendizagem que conduz o aluno a alcançar os objectivos
previstos; e, neste sentido, a planificação do ensino é uma
actividade que consiste em traduzir em termos mais concrectos
e operacionais o que o professor e os alunos farão na aula para
coduzir os alunos a alcançar os objectivos educacionais
propostos.

62
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

A Planifiação do PEA é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão


das actividades didácticas em termos da sua organização e
coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua revisão e
adequação no decorrer do processo de ensino. A planificação é um
meio para se programar as acções docentes, mas é também um
momento de pesquisa e reflexão intimamente ligado a avaliação.
A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE AULA
Se será fácil definirmos a planificação do ensino, não parece tão simples
falar da importância da palanificação do ensino, sobretudo com uma
parte dos nossos professores que trabalham nas nossas escolas a
relativamente muito tempo; referimo-nos a aqueles (muito
experientes) que pensam ser dispensável o plano de aula, como
acontece também com alguns recém-formados ou contratados que não
devolveram ainda nem hábito, nem suficiente capacidades para fazer a
planificação das aulas.
Sempre que se inicia um empreendimento complexo, tende em vista
alcançar determinadas metas, torna-se importante fazer uma
previsão básica da acção a ser realizada, previsão essa, que funcione
como um fio condutor susceptível de orientar a acção. Com efeito,
na medida em que a acção educativa põe em causa o presente e o
futuro da criança, do adolescente e do jovem, pondo
consequentemente em causa a própria comunidade, não se pode
permitir que ela se desenrole ao sabor dos acasos da improvisão.
Com a planificação da aula, o professor determina objectivos a
alcançar ao término do processo de ensino- aprendizagem, os
conteúdos a serem aprendidos, as actividades a serem relizadas pelo
professor e aluno, a distrubuição do tempo, etc, ou seja, a
planificação permite visualizar previamente a sequência de tudo o
que vai ser desenvolvido em dia lectivo.
Assim a planificação da aula é a sistematização de todas as
actividades que se desenvolvem no periodo de tempo em que o
professor e aluno interagem numa dinâmica de ensino e
aprendizagem. Mas porquê é importante planificar as
actividades de ensino-aprendizagem? Para responder essa
questão solicitamos a visão de Piletti (2004:75), para este autor
a planificação,
“- Evita a rotina e a improvisão;
-Contribui para a realização dos objectivos visados;
-Promove a eficiência do ensino;
-Garante maior segurança na direccao do ensinoi;
-Garante economia de tempo e energia”

63
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

A Planificação do PEA, por parte do professor afigura-se como


uma etapa necessária se admitirmos que se trata de prever o
conjunto de actividaes (do professor e dos alunos) que estarão
ao centro do PEA, incluindo conteúdo, meios, selecionados
tendo em conta os objectivos que se pretendem atingir e as
condições em que se irá realizar o PEA.

Ao falarmos da planificação das aulas, sobretudo da a sua


importância, compreendemos porquê a aula não pode ser um
improviso, cada aula enquadra-se dentro de um universo do
sitema de saberes que se pretendem sejam propriedade dos
alunos mediante o PEA, os quais estão interligados e respodem
a interesses curriculares. Estamos, portanto cientes que cada
aula dada, significa aula planificada, não que isso signifique que
o que vai acontecer na sala de aulas é uma simples reprodução
mecânica do plano. O plano de aula é um intrumento flexivel,
aliás, o momento de aula é dinâmico por envolver uma relação
dialéctica entre alunos e destes para com o professor, o que
suscita reacções, inter-relações, a ajustar /equilibrar, istos mas
que para que o PEA respeite o rítimo do que se passa
efectivamente na sala de aula: Dificuldade de aprendizagem dos
alunos, perguntas e contribuições dos alunos, recursos
existentes na sala de aula antes não previstos mas que têm
grande potêncialidade para a aprendizagem dos alunos, tempo
(disponibilidade e escassez), etc.

De acordo com Libâneo (1992, p. 223) o planejamento escolar exerce


várias funções que são :
• Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho
docente;
• Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, politico –
pedagógico e profissional e as acções efectivas que o pofessor ira’
realizar na sala de aula.
• Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho
docente.
• Prever objectivos, conteúdos e métodos, a partir da consideração das
exigências postas pela realidade sócial, no âmbito de preparo e das
condições sócioculturais e índividuais dos alunos.
• Assegurar a unidade e coerência do trabalho docente;
• Actualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto;
• Facilitar a preparação das aulas.

64
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Dimensões e características do plano


Tipos de planos
(Vasconcellos, 1995)

O Plano envolve três


dimensões

Acção Finalidade Realidade

De acordo com Vasconcellos (1995), o Planejamento tem como


finalidade fazer acontecer e estabelece condicoes de espaco e tempo,
materiais e disposição.

Distinção entre Planejamento e Plano


O planejamento é o processo de reflexão para se tomar uma decisão, e
é permanente.
Plano é um guia de orientação, que deve se estabelecer ordem
sequêncial, progressive, para que se alcance seus objectivos ou
objectividade e flexíbilidade. (Vasconcellos, 1995)

Exercícios de auto-avaliação

Multipla Escolha
1. De acordo com Libâneo (1992, p. 223) o planejamento escolar
exerce várias funções. Qual das opções é verdadeira
a) Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho
docente;
b) Promove a eficiência do ensino;

65
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

c) Garante maior segurança na direccao do ensinoi;


d) Garante economia de tempo e energia”

Respostas: 1 A;

Verdadeiro e Falso
1. Planejamento de ensino consiste em traduzir, em termos mais
concrectos e operacionais, o que o professor fará em sala de aula,
para conduzir os alunos a alcançar os objectivos propostos.

Respostas: 1 V;
Perguntas disssertivas

1. Qual é a diferença que existe entre planejamento e plano?


2. Mencione as tres dimensões que envolve plano?
3. Mencione três funções da planejamento.
4. Porquê é importante planificar as actividades de ensino-
aprendizagem?
Respostas

1. A diferença que existe entre o planejamento e o Plano e de


que, O planejamento e o processo de reflexão para se tomar
uma decisão, e é permanente. Equanto que Plano e um guia de
orientação, que deve se estabelecer ordem sequêncial,
progressive, para que se alcance seus objectivos ou
objectividade flexibilidade.
2. As três dimensões que envolvem o plano são: acao, finalidade e
realidade.
3. As três funções do planejamento são: Assegurar a unidade e
coerência do trabalho docente; Actualizar o conteúdo do plano
sempre que é revisto e facilitar a preparação das aulas.
4. É importante planificar as actividades de ensino-aprendizagem
porque: Evita a rotina e a improvisão; contribui para a realização
dos objectivos visados e promove a eficiência do ensino;
Garante maior segurança na direccao do ensinoi e Garante
economia de tempo e energia.

66
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Exercícios

01. Quais as finalidades do planejamento educacional?


Tais finalidades são importantes para a realização do
trabalho docente? Por quê?
02. Os planos curriculares estão sendo documentados,
levando-se em consideração as directrizes oficiais e as condições sociais
e educacionais dos sujeitos envolvidos no processo de ensino?
03. Qual a importância do plano de ensino?
04. Que aspectos devem ser considerados pelo professor na elaboração
do plano de aula?
05. O planejamento escolar exerce várias funções.
a. Diga quais são essas funções.

67
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE Temática 3.2. Níveis de Planificação do PEA e


Tipos de Planejamentos

Introdução

A prática do ensino mostra que o que acontece na escola como


experiências da aprendizagem faz parte do currículo previsto para esse
nivel, classe ou tipo de ensino.
O professor, na sua planificação, desempenha, nesse sentido, o
papel quem operacionaliza e concrectiza no tereno uma
planificação anteriormente feita a níveis acima dele. Isto, em
parte orienta o professor, mas ao mesmo tempo, como vimos
anteriormente, nenhum plano do PEA pode considerar-se
proposição rígida, acabada, o que faz com que da sua parte, o
professor planifique, a sua maneira, as suas aulas.
Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão
activa o tema proposto na unidade.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Identificar os elementos constantes nos modelos


de plano de aula que normalmente são
utilizados pelos professores
Objectivos ▪ Definir os diferentes níveis de planificação no
PEA
▪ Tipos de planejamentos.

Sumário

Níveis de Planificação do PEA e Tipos de


Planos

A planificação do processo e ensino- aprendizagem se realiza em dois níveis


fundamentais: central e do professor, passando por um nível intermediário, o da
planificação pela escola.

A nível central, a planificação curricular é feita para todos os níveis e


graus de ensino-aprendizagem (a nível da nação) e, na base disso,
procede-se a definição do perfil de saida do nível/grau, curso, disciplina,
ano, etc a partir do qual se faz:
• A definição dos objectivos, conteúdos e métodos gerais

68
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

A distribuição destes pelos anos (semestres, trimestres, etc) e pelas


unidades do PEA.
A elaboração dos programas detalhadas por disciplin
Com base nos programas detalhados, elabora-se o livro do aluno, o manual do
professor e outros meios de ensino-aprendizagem.

Em termos de modelos para a planificação das aulas, convém realçar que


existem muitos, em função do autor que os propõe. Por iso, nos parece
marginal a discussão sobre qual é o melhor modelo, desde que se chegue
ao ponto de incluir os elementos que simbolizam a dinâmica do processo
de ensino-aprendizagem.
Assim, por uma questão meramente elucidativa, incluiremos a seguir
alguns modelos de plano de aula, deixando ao critério do professor, em
grupo de disciplina ou nível da escola, e em função da disciplina que
lecciona adoptar este ou aquele modelo, ou ainda a combinação entre
eles.
A planificação do professor têm como base a planificação curricular que, por sua
vez orienta a planificação a nível da escola. Deste plano da escola, que reflecte o
curriculo, o professor se serve para planificar as suas aulas.

A planificação das aulas, é uma etapa essêncial da actividade do


professor como podemos ver nas aulas anteriores, é realizada, regra
geral obedecendo a determinados modelos. Em todo caso, mesmo com
esta diversificação de modelos de planificação de aulas, parece haver
algum consenso de que ele comporta actividades do professor e dos
alunos (traduzindo os métodos “ variantes métodicas básicas “ de ensino
a utilizar), os meios de ensino, o tempo, o conteúdo, os objectivos e as
funções didácticas (na sua integralidade, incluindo momentos de
introdução e motivação, mediação assimilação, dominio e consolidação
e, finalmente, controlo e avaliação).

69
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

TIPOS DE PLANO
(Vasconcellos, 1995)

Planejamento
Planejamento Planejamento
como Instrumental / Planejamento da
príncipio Participativo escola
Planejamento
prático

Preocupa- Preocupa
se com Preocupa –
– se com Estabele
tarefa da se com os
a técnica plano de
sala de saberes,
da ensino.
aula valorização
educacao
.

Exercícios de auto-avaliação

Verdadeiro ou Falso
A planificação do nível central é importante por orientar ao professor sobre
as experiências educativas que deverá organizar para os seus alunos.
Em função das condições concrectas, o professor, pode incorporar ou
enriquecer o curriculo para poder ajustar as condições da sua escola e as
particularidades dos seus alunos.
O plano central, portanto, o curriculo deve ser cumprido sequêncialmente e
de forma linear.
Resposta: 1 V; 2 V; 3 F.

Perguntas Dissertivas

1. Menciona os tipos de Planejamento segundo vasconselos.

2. Qual é a base da planificacao do professor.

3. Qual é o papel do professor na planificação das aulas?

Respostas:

1. Os Tipos de planejamentos definidos por vasconsellos são: Planejamento

70
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

como princípio prático, planejamento instrumental e planejamento


participativo e Planejamento da escola.

2. A planificação do professor têm como base a planificação curricular que,


por sua vez orienta a planificação a nível da escola.

3. O professor, na sua planificação, desempenha, nesse sentido, o papel


quem operacionaliza e concrectiza no tereno uma planificação
anteriormente feita a níveis acima dele.

1.
Exercícios
epois da planificação central, em que vai
consistir a planificação ao nível do
professor?
Quais são os modelos existentes para a elaboração do plano de
aula?
A planificação do processo e ensino- aprendizagem se realiza em dois
niveis fundamentais: central e do professor, passando por um nível
intermediário, o da planificação pela escola. Justifica a resposta.

A planificação das aulas, é uma etapa essêncial da actividade do


professor. Explica porque?

Livros Recomendados (Didáctica Geral ) Rosilene Horta Tavares Belo Horizonte


Editora UFMG – 2011.

71
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE Temática 3. 3. Componentes de planificação e do


processo de ensino e aprendizagem.

Introdução
Prezado estudante, ao completar esta unidade, vamos abordar sobre
apresentação dos modelos de plano de lição ja foi um bom passo para
visualização dos componentes (ou elementos) que orientam a elaboração
da planificação do PEA e, quiçá, em todos os níveis de planificação do
PEA. Estes componentes, em parte, devem ser cuidadosamente
analisados, visto que qulquer plano de ensino para ser funcional deve,
por exemplo, ajustar-se aos alunos, aos conteúdos, aos meios existentes
e outros componentes que a seguir nos debruçaremos deles.
Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Identificar os componentes que se devem ter


em conta para a planificação do PEA;
▪ Explicar, em que medida, é util se ter em
Objectivos conta cada um desses componentes.

Sumário

Componentes de planificação do PEA

O meio ambiente
Só artificialmente se pode considerar a escola separada do meio. As paredes da
sala de aula são unicamente barreiras físicas, totalmente permeáveis aos
problemas, interesses e hábitos culturais da zona em que ela está inserida. Se estes
factores, aparentemente estranhos não são considerados nas propostas de
aprendizagem, corre-se risco de não interessarem ou de serem inacessíveis aos
alunos. Os exemplos que se dão, os exercícios a que se vão propôr, as motivações
que se utilizam, a linguagem que se usa, tudo têm de ser adequado ao meio. E
evidentimente, esta adequação tem muito a ver com as limitações e com os
recursos quer materiais quer humanos que a escola e o meio oferecem. Com efeito,
as condições em que se trabalha são por vezes tão fortemente imitantes que será
utópico não se tomar em consideração. E assim, frequentimente o professor é
forçado, por exemplo, a mudar de estratégia porque não é mesmo possivel
concretiza-la com o material e que dispõe.

72
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

b. Recursos/meios de ensino existentes

É importante conseguir o aproveitamento óptimo dos recursos


existentes. Desde o quadro preto a árvore do pátio da escola, a mão do
professor que pousa amigavelmente no ombro do aluno, as experiências
vividas podem contribuir para que a aprendizagem se torne mais rica e
gratificante.
O facto de a escola ter ou não máquina de projectar, filmes, slides,
retroprojectores, ter laboratórios bem ou mal equipados, o facto de a
região ter ou não indústrias, explorações mineiras, etc, abertas a uma
colaboração com a escola, ou ainda mercados ou feiras, artesanatos
característicos que se possam explorar, irá ser decisivo na escolha de
estratégias. Há pois que contar com a riqueza de que são portadores os
professores, os alunos, os familiares dos alunos, bem como os elementos
da comunidade.
Finalmente, pensando nos recursos, é importante que o professor pense
também que ele constitui um excelente reurso de ensino, pois tudo depende do
seu “empenhamento, das atitudes, da natureza e da qualidade de relação
pedagógica investida no processo educativo”. O professor ao planificar a sua
acção tem, pois de estar bem conciente dos seus aspectos positivos e das suas
limitações como pessoa e como profissional, a fim de que possa delas tirar o
maior partido possivel.
c. O aluno

Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência


de vida, de um saber, cujo aproveitamento é um recurso económico e
eficaz (a compreensão de um determinado assunto é muitas vezes mais
facíl se esse assunto for tratado por um colega em vez do professor), é o
facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo ao
PEA permite-lhe sentir que é um dos protagonistas desse processo e fá-
lo-á sentir-se digno de crédito, confiante em si mesmo e nso outros.
Por outro lado, uma componente importante na palnificação do PEA é a
sua adequação ao aluno. Realmente, para além da compreensão das
caracteristicas próprias do nível etário do aluno e das caracteristicas da
população escolar, certamente tidas na elaboração dos programas, é
fundamental que o professor conheça as caracteristicas pessoais do
aluno.
O conhecimento do comportamento da turma irá ainda ter uma
influência decisiva no tipo de trabalho que se irá propor: a uma turma
irrequieta será preciso fazer propostas mais dinâmicas que canalizam
aquela energia excessiva para actividade produtiva. Para alunos
excessivamente competitiva terá de insistir em propostas assentes no

73
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

trabalho de grupo.

Conteúdos
Os conteúdos a se ter em conta na planificação do PEA pelo professor já
vêm indicados, em linhas gerais, pelos programas de ensino que se
baseiam nos esquemas conseptuais que os presidem e os temas
organizadores.
Neste sentido, quando os professores duma mesma escola não
trabalham em conjunto sobre um mesmo programa pode haver
diferenças de interpretação. Este facto poderá aparentemente não ser
importante, mas a discrepância de situações em que inevitavelmente oa
alunos se encontrarão ao enfretarem os exames, naturalmente, a nível
da classificação.

Neste sentido, o importante conciste em perceber que para além da


organização do conhecimento em si, com base nas sua regras, o
conteúdo abrange todas as experiências educativas do conhecimento,
devidamente seleccionadas e organizadas pela escola. E na selecção da
matéria deve-se ter em conta o valor funcional que mais se liga aos
problemas da actualidade e tenha valor social. A selecção deve ter em
conta os interesses regionais bem como as necessidades e fases do
desenvolvimento do aluno.

Objectivos
Os objectivos consistem na descrição clara do que se pretende alcançar
como resultado da nossa actividade. Os objectivos nascem da própria
situação (comunidade, da familia, da escola, da disciplina, do professor e,
principalmente, do aluno).

f. Procedimentos de ensino
Trata-se de acções, processos ou comportamentos planeados pelo
professor para colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e
fenómenos que possibilitam modificar sua conduta, em funçõ dos
objectivos previstos. Eles se relacionam com os recursos didácticos,
teóricos e materiais que o professor tem de utilizar para alcançar os
objectivos da aprendizagem dos seus alunos: compreende método e
técnicas de ensino e de todos os recursos auxiliares usados para
estimular a aprendizagem do aluno.

74
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

g. Avaliação

A avaliação se justifica como componente essêncial do palno de ensino


pelo facto de ajudar na determinação do grau e quantidade de resultados
alcançados em relação aos objectivos definidos. Nesta ordem de ideias,
quando terminam os trabalhos previstos para o ano lectivo, para aquela
unidade de ensino ou para aquela lição, bem como as actividades que,
por se ter de atender a qualquer acontecimento inesperado substituíram
ou complementaram o que estava planificado, a proxima etapa são avalir
o plano executado, referindo determinadas perspectivas: a sua eficácia, o
seu rendimento e optimização, a sua maximização

O ambiente escolar. Esse sim, é o elemento fortemente a considerar para


a planificação do PEA. O Professor, qualquer disciplina que seja, não
poderia dar aula indistintamente quer esteja nesta unidade naquela
escola, neste ou naquele ponto do pais, soretudo em função das
condições de que dispõe: é uma questão de pragmatismo e de
adequação as condições locais, para que, efectivamente o palno seja
funcional sob o ponto de conseguir levar oa alunos a atingirem os
objectivos de aprendizagem que se desejam.
Igualmente diriamos para o caso doutros componentes de que acabamos
de retratar: meios ou recursos de ensino, conteúdos e aluno. E como
poderemos ver na aula que se segue, o exercicio tem que ser sempre o
mesmo em relação a outros componentes, nomeadamente objectivos,
procedimentos (métodos) de ensino e a avaliação do plano de ensino.
Estratégias para elaborar um plano de Ensino
• Para elaborarmos um Plano de Ensino,
• precisamos definir os objectivos que conduzem uma
aula ou um conjunto de aulas.

QUAL É O OBJECTIVO DE UM PLANO DE ENSINO?


O objectivo é a realização das actividades planejadas pelo professor com base no
desenvolvimento de conhecimentos, competências, habilidades e atitudes
demonstradas pelos alunos.

75
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

O PLANO DE AULA

É a sucessão das actividades que serão desenvolvidas durante uma aula, sendo
importante seguir as etapas:
• Definir o tema central da aula.
• Estabelecer objectivos da aula.
• Indicar o conteúdo a ser abordado.
• Prever a avaliação da aprendizagem.

2. Procedimentos de ensino
Sao acções e processos ou comportamentos planeados pelo professor
para colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos
que possibilitam modificar sua conduta, em funçõ dos objectivos
previstos.

1. A avaliação se justifica como componente essêncial do palno de ensino pelo


facto de ajudar na determinação do grau e quantidade de resultados
alcançados em relação aos objectivos definidos. Enquanto que os
procedimentos de ensino São acções e processos ou comportamentos
planeados pelo professor para colocar o aluno em contacto directo com
coisas, factos e fenómenos que possibilitam modificar sua conduta, em
função dos objectivos previstos.

Exercícios de auto-avaliação

1. Os objectivos consistem na:


a) Avaliação do componente essêncial do palno de ensino pelo facto de
ajudar na determinação do grau e quantidade de resultados alcançados.
b) Definir o tema central da aula.
c) na descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa

76
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

actividade.
d) Sao acções e processos ou comportamentos planeados pelo professor
para colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos
que possibilitam modificar sua conduta, em funçõ dos objectivos
previstos.

2. O Plano de aula É:
a) A sucessão das actividades que serão desenvolvidas durante uma aula
b)Realização das actividades planejadas pelo professor com base no
desenvolvimento de conhecimentos, competências, habilidades e
atitudes demonstradas pelos alunos.

c) É o elemento fortemente a considerar para a planificação do PEA


d)Todas estão corretas
3. Procedimentos de ensino:

a) Avaliação do componente essêncial do palno de ensino pelo facto de


ajudar na determinação do grau e quantidade de resultados alcançados.
b)Definir o tema central da aula.
c) na descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa
actividade.
d)Sao acções e processos ou comportamentos planeados pelo professor
para colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos
que possibilitam modificar sua conduta, em funçõ dos objectivos
previstos.

4. A Avaliação é:
a) Componente essêncial do palno de ensino pelo facto de ajudar na
determinação do grau e quantidade de resultados alcançados.
b)Definir o tema central da aula.
c) na descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa
actividade.
d)Sao acções e processos ou comportamentos planeados pelo professor
para colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos
que possibilitam modificar sua conduta, em funçõ dos objectivos
previstos.

Respostas: 1 C; 2 D; 3 D; 4 A.

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UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Perguntas dissertivas
1. Mencione os componetes da planificação do PEA.
2. Faça a descrição das etapas de o planejamento da aula.
3. Explica o concito de procedimentos de ensino.
4. Fale de avaliação como componente de plano.

Resposta:
1. As componentes da planificação no PEA são: O meio ambiente,
Recurso/meios de ensino existentes, aluno, conteúdos, objectivos,
procedimentos de ensino e avaliação.
2. Definir o tema central da aula, Estabelecer objectivos da aula, indicar o
conteúdo a ser abordado, prever a avalição da aprendizagem.
3. Procedimentos de ensino - São acções e processos ou comportamentos
planeados pelo professor para colocar o aluno em contacto directo com
coisas, factos e fenómenos que possibilitam modificar sua conduta, em
funçõ dos objectivos previstos.
4. Avaliação como componente de plano pelo facto de ajudar na
determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em relação
aos objectivos definidos. Enquanto os procedimentos de ensino São
acções e processos ou comportamentos planeados pelo professor para
colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos que
possibilitam modificar sua conduta, em função dos objectivos previstos.

Exercícios 1. Seleccione apenas as afirmações verdadeiras do conjunto das


seguintes frases:

a) Para além da organização do conhecimento em si, com


base nas suas regras, o conteúdo abrange todas as
experiências educativas do conhecimento, devidamente seleccionado
e organizado pela escola (em grupo de professores da esma disciplina
ou classe)
Nenhum plano de aula teria espaço para acomodar os vários aspectos
do ambiente envolvente: o que interessa é que ele se restrinja ao que
consta no programa.
A verdadeira aprendizagem é sempre o produto da actividade pessoal
de cada um, razão pela qual, o papel do professor conciste em tentar
criar soluções que favoreçam em cada aluno a mobilização optima de

78
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

todos os seus recursos, particilarmente dos seus pré-requisitos.


O que se disse na alinea anterior obriga o professor a planificar as
suas aulas em função das particularidades dos seus alunos.
Se pudéssemos com a riqueza cultural das pessoas existentes a volta
da escola para servirem de meios de ensino, isso iria atrasar ainda
mais o cumprimento do programa.

79
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE Temática 3. 4. Etapas de Processo de Ensino-


Aprendizagem

Introdução
Ao definirmos a planificação como sequência de actividades a serem
desenvolvidas na sala de aula, remete-nos a ídeia de uma sequencialidade
dessas acções didácticas/pedagógicas. Nesta unidade vamos analisar as
diferentes etapas que orientam o processo de Planificação

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

Identificar as etapas do processo de Planificação

Explicar a essência de cada etapa no processo de


planificação.
Objectivos
Diferenciar o plano da planificação

Sumário

Vamos começar coma abordagem das etapas do processo de planifição, são


principalmente quatro etapas: a sondagem, a elaboração, a execução do plano e
a avaliação do mesmo. Vejamos detalhadamente essas etapas.
Sondagem
Essa etapa é crucial, para começar qualquer tipo de planeamento, trata-se do
conhecimento da realidade, realidade em que esse plano vai ser realizado;
sobre a pertinência desta etapa, Schmitz (1993:105), observa que “conhecendo
o aluno em seu ambiente, com seus elementos integrantes, com suas
aspirações, frustrações, necessidades epossibilidades pode-se planificar para ele.
A falta de sondagem e diagnóstico, muitas vezes se propõe ou o que é impossível
alcançar, ou o que não interessa, ou até o que já foi alcançado”. A observação
deste autor é importante para a compreensão da necessidade de olhar sempre
para o destinatário desse processo de planificação, incluindo as condições
ambientais e materiais, bem como os métodos, os recursos didácticos
necessários para o cumprimento das actividades de aprendizagem planific
planificadas.

Repare que voltamos a falar do diagnóstico como etapa fundamental para se


começar a actividade educativa e de aprendizagem em especial. Esse exercício,
minimiza as imprecisões e incuprimento das actividades, pois a planificação
assenta-se numa realidade concreta. Imagine um professor que vai ao Distrito,
pensa em usar um recurso didáctico, o retroprojector ou datashow, o que exige

80
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

a utilização de energia, ele não sabe se no Distrito têm energia ou não. Será que
esse vai cumprir com as actividades de aprendizagem planificadas? Certamente
que não, porque não observou as condições concretas do terreno, faltou aqui a
sondagem, o diagnóstico ou simplesmente o conhecimento da realidade, o plano
tem que ser realista, uma das suas característas.

Elaboração
Comecemos a distinguir o plano da planificação. A planificação refere-se ao
processo em que o professor ou os profissionais da educação, senta para esse
exercício em que prevém o que deverá acontecer na prática, no terreno
pensando nas condições físicas, sociais e mentais dos alunos, nas condições da
sala de aula ou da escola, condições da comunidade, no conteúdo que será
trabalhado, nos objectivos a atingir, nos procedimentos a empregar, na forma de
avaliação, isso tudo faz parte da planificação. Essas actividades serão colocadas a
disposição sob forma de um documento escrito, a esse documento é que se
chama de plano. Quer dizer, um é processo (planificação) e o outro é produto
deste processo (plano). Penso que o nosso estudante, já compreendeu a
diferença, agora vamos explicar em que consite a elaboração do plano.
A partir das informações obtidas na sondagem, agora estamos em condições de
decidir se levamos o retroprojector ou datashow, ou ainda nada disso? Para não
cairmos numa simples repetição, repare nas actividades descritas quando
explicamos a planificação no parágrafo anterior, essas corespondem a esse
processo de elaboração, olhar para os objectivos, condições de realização,
formas de avaliar e todas actividaes descritas nesse parágrafo.
Execução
Essa etapa faz a trasposição da teoria para a prática, isto é, das idealizações para
a concretização das acções previstas, é colocar em prática as ideias esboçadas
nas etapas anteriores. Aqui a semelhança da elaboração há sempre um
elemento não previsto desde que não coloque em causa os objectivos
planificados daí que se refere que a planificação exige flexibilidade, uma das
características do plano. Ao longo deste processo é sempre importante ter em
conta a avliação dessas actividades.
Avaliação
Igualmente importante na planificação, pois é a garantia dos resultados Schmitz
(1993), importa referir, que a avaliação dos resultados da planificação exige
também estabelecimento de critérios claros para não correr o risco de
pensarmos que tudo anda bem quando na verdade estamos longe de cumprir
com os objectivos previstos.
Essa etapa envolve todo o processo de planificação. As etapas aqui descritas não
podem ser consideradas de forma separada porque sendo um processo, elas são
dinâmicas e interligadas, quer dizer o processo não para na avaliação, pois a
avaliação vai permitir a replanificação, tornando um ciclo vicioso

81
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Exercícios de auto-avaliação

Verdadeiro ou Falso
1. Segundo Schmitz (1993:105), “conhecendo o aluno em seu ambiente, com
seus elementos integrantes, com suas aspirações, frustrações,
necessidades epossibilidades pode-se planificar para ele. A afirmação é

Respostas: 1 V

Multipla Escolha

1. A Execução é importante na planificação, pois é

a) Comecemos a distinguir o plano da planificação

b)A garantia dos resultados

c) Essa etapa faz a trasposição da teoria para a prática

d)Trata-se do conhecimento da realidade, realidade em que esse plano vai


ser realizado

2. A Elaboração é importante na planificação, pois

a) Começamos a distinguir o plano da planificação

b) A garantia dos resultados

c) Essa etapa faz a trasposição da teoria para a prática

d) trata-se do conhecimento da realidade, realidade em que esse plano vai


ser realizado

Respostas: 1 C; 2 A.

Perguntas Dissertivas

1. Apesar do dinamismo reconhecido no processo de planificação, a


sondagem é considerada uma etapa crucial deste processo. Explique
porquê?

2. Aponta as Etapas de Processo de Ensino - Aprendizagem.

3. Quando é que avalição usa - se na planifição?

82
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

4. Define o concito de execução?

Respostas

1. Vamos ser sintético na resposta, a falta de sondagem e diagnóstico, muitas


vezes se propõe ou o que é impossível alcançar, ou o que não interessa,
ou até o que já foi alcançado, todas etapas para a sua melhor execussão,
dependem essencialmente do conhecimento da realidade.
2. As Etapas de processo de ensino- aprendizagem sao: sondagem, execução,
avaliação e elaboração.
3. Avalição usa – se na planificaçã porque exige estabelecimento de critérios
claros para não correr o risco de pensarmos que tudo anda bem quando
na verdade estamos longe de cumprir com os objectivos previstos.
4. Essa etapa faz a trasposição da teoria para a prática, isto é, das
idealizações para a concretização das acções previstas, é colocar em
prática as ideias esboçadas nas etapas anteriores. Aqui a semelhança da
elaboração há sempre um elemento não previsto desde que não coloque
em causa os objectivos planificados daí que se refere que a planificação
exige flexibilidade, uma das características do plano.

1. Faça um resumo de 10 paginas numa reflexão do processo –


Exercícios ensino e aprendizagem em mocambique.
2. Qual é importância política e pedagógica do plano de
ensino?
3. Que aspectos devem ser considerados pelo professor na
elaboração do plano.
4. Os planos curriculares estão sendo documentados, levando-se em
consideração as directrizes oficiais e as condições sociais e educacionais dos
sujeitos envolvidos no processo de ensino?

Livros Recomendados
Rosilene Horta Tavares, Belo Horizonte. Didactica Geral. EditoraUFMG - 2011
MENENGOLA, M.; SANT’ANNA, I. M. Por quê planejar? Como planejar? currículo,
área, aula. 12ª. edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002

83
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Unidade Temática 3.5. Estrutura da aula –


funções didácticas

Introdução
Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade de estrutura e dinamica do
PEA. A educação especialmente organizada realiza-se, nas escolas,
sobretudo através das aulas que em si, constituem um conjunto de
condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino
em função da actividade própria do aluno no processo de aprendizagem
escolar, ou seja, a assimilação consciente e activa dos conteúdos. Por
outras palavras, o processo de ensino, através das aulas, possibilita o
encontro entre os alunos e a matéria do ensino, preparada
didácticamente no plano de ensino e nos planos de aula. A realização de
uma aula ou conjunto de aulas requere uma estrutura didáctica, isto é,
etapas ou passos mais ou menos constantes que estabelecem a
sequeência do ensino de acordo com a matéria ensinada, características
do grupo de alunos e de cada aluno e situações didácticas específicas; é
neste sentido que nesta unidade vamos discutir sobre a estrutura da
aula, como forma de organização do processo de ensino e aprendizagem.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Explicar o papel das funções


didácticas;
• Identificar as principais funções
Objectictivos didácticas.

84
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Sumário

Estrutura e Dinâmica do Processo de Ensino e Aprendizagem

As diferentes etapas serão apresentadas sucessivamente e, ao


mesmo tempo, chamaremos atenção sobre a interligação existente
entre elas.
Trata-se das etapas, também chamadas funções didácticas
passemos a apresentar as funções didácticas:

Função Didáctica de Introdução a Motivação;


Função Didáctica Mediação e Assimilação;
Função Didáctica de Domínio e Consolidação;
Função Didáctica de Controlo e Avalição.

As funções didácticas como já referimos, são etapas ou fases do


PEA que, na sua essência realizam-se não rigidamente de forma
sequênciadas, mas sim interligada.

De certeza que já deu ou assisntiu aulas e deve ter ficado com a


impressão de que a indicação das etapas ou funções didácticas não
significa que todas devem seguir um esquema rígida. A opção pela qual
etapa é mais adequada iniciar a aula ou conjugação de vários passos
numa mesma aula ou conjunto de aulas depende dos objectos da
matéria, das caracteristicas dos alunos, dos recursos didácticos
disponíveis, das informações obtidas na avaliação diagnostica etc.

Por exemplo, ao iniciar a aula sobre “ As caracteristicas dos rios de


Moçambique “, por causa da relação que esse conteúdo tem com o
“Relevo e o Clima de Moçambique “, o professor poderá fazer uma breve
revisão destes conteúdos e, neste sentido, pode se entender como
sendo Introdução e Motivação por cumprir a função de (re) activação
dos pré-requisitos, mas ao mesmo tempo pode ser uma consolidação
(envolve repetição, exrcitação ou sistematização do (já aprendido),

85
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

assim como avaliação por ajudar a verificar o nivel de compreensão e


aprendizagem que os alunos tiveram nesta matéria (relevo e clima de
Moçambique).

Por isso, a estrutura da aula por parte do professor é um processo que


implica criatividade e flexibilidade, isto é perspicacia de saber o que
fazer perante a situações didácticas especificas, cujo rumo nem sempre
é previsivel.

Devemos entender, portanto, as funções como tarefa do PEA


relativamente constantes e comuns a todas as matérias, considerando-
se que não há entre elas uma sequência necessariamente fixa, e que
dentro de uma etapa se realizam simultanêamente outras. Elas estão em
interacção reciproca, tal como se pretende ilustrar na figura abaixo.

Figura 1- A interdependência entre as funções didácticas

Introdução e Motivação

Controlo e Avaliação
Mediação e Assimilação

Dominio e Consolidação

Como pode imaginar, a função didáctica Introdução e Motivação


teoricamente é a primeira função didáctica, aquela que faz iniciar a aula,
mas que, como vimos anteriormente, pode estar associada a outras
funções didácticas. Para este caso, o importantente é o professor
reconhecer a importância da motivação no PEA e, de seguida, procurar
encontrar as formas práticas para conseguir a motivação dos alunos
nesse PEA.
No inicio da aula, a preparação dos alunos visa criar condições de
estudo: mobilização da atenção para criar uma atitude favorável ao
estudo, organização do ambiente, suiscitamento do interesse e ligação
da matéria nova em relação a anterior.
Os alunos motivados ficam conscientes do que estudam e isso estimula a

86
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

actividade cognitiva deles e faz com que eleve o seu papel educativo e
formativo.

Exercícios – de auto- avaliação

Perguntas dissertivas

1. Como se sente um aluno motivado na sala de aula?

2. Explica quais as estratégias usadas para prepação no inicio de uma aula?

3. Diga o que é função como tarefa de PEA ?

4. Menciona as Funções Didácticas que conheces?

5. A função Didáctica de motivação, usa – se no inicio de uma aula ou no fim


de uma aula?

Resposta:

1. .Os alunos motivados na sala de aula, ficam conscientes do que estudam e


isso estimula a actividade cognitiva deles e faz com que eleve o seu papel
educativo e formativo.
2. As estratégias usada para a prepação do inicio da aula, são: mobilização da
atenção para criar uma atitude favorável ao estudo, organização do
ambiente, suiscitamento do interesse e ligação da matéria nova em
relação a anterior.
3. Funções é uma tarefa do PEA relativamente constantes e comuns a todas
as matérias, considerando-se que não há entre elas uma sequência
necessariamente fixa, e que dentro de uma etapa se realizam
simultanêamente outras. Elas estão em interacção reciproca, tal como se
pretende ilustrar na figura abaixo.
4. Introdução e Motivação, Mediação e Assimilação, Dominio e consolidação
e controlo e avaliação.
5. Usa – se no incio de uma aula. Dependendo de caso porque a motivação é
permanente.

87
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

A
u
t
o 1.Explique as tarefas que podem ser realizadas pelo professor para
- conseguir a mobilização da motivacao na sala de aula.
Exercíc
a
iosv
a
l
i
a 2. Em que momento da aula se realiza a avaliçõo formativa . Escolha a
opcção
ç correcta.
ãa) Dominio e Consolidação,
o
b)Introdução e Motivação,
c) Mediação e assimilação.
d)Controlo e Avaliação.

3. Em que momento da aula se usa o método de elaboração Conjunta. Escolha a


opção certa.
a) Controlo e avalição
b) Dominio e Consolidação
c) Mediação e Assimilação
Introdução e motivação
d) Assimilação

88
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

UNIDADE Temática 3.6. Funções – Didácticas e


suas caracteristicas

Introdução
Caro estudante, nesta aula procuramos desenvolver um entendimento comum
sobre a importância da motivação, assimilação, dominio e consolidação e
controlo e avaliação no PEA e, sobretudo, para a aprendizagem dos alunos,
tendo em conta a natureza de que a aprendizagem dos alunos deve ser
consciente e activa, integrando os novos conhecimentos na estrutura mental do
aluno. Fizemos isso antes de apresentarmos a relação dialéctica entre as funções
didácticas de que falamos na unidade anterior.E na sequência disso, devido a
grande importância das funções didácticas o no PEA, iremos nos debruçar sobre
as tarefas didácticas que o professor deve realizar para conseguir a usar todas as
funções nos alunos, falarenos de forma resumida apresentando as suas
carateristicas.

Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa sobre o tema
proposto nesta unidade.

Ao completares esta unidade será capaz de:

▪ Definir Recapitular o objectivo principal da


actividade do professor na FD “ I + M”,
Mediação e Assimilação, Dominio e
Objectictivos Consolidação e Controlo e Avaliação.
▪ Explicar as tarefas do professor para
conseguir a concretização desta no
PEA.Mencionar as implicações educativas
inerentes ao adulto.
▪ Mencionar as implicações educativas
inerentes ao adulto
▪ Controlar a aprendizagem dos alunos;
▪ Avaliar os alunos.

Sumário

Introdução e Motivação

89
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Antes de ver as tarefas do professor para assegurar a motivação doa alunos,


você compreendeu que na FD I + M (função didáctica Introdução e Motivação) o
objectivo principal consiste em conseguir a mobilização psíquica e física dos
alunos para a aprendizagem do (não) novo conteúdo. Para o efeito devem, por
exemplo, serem realizadas as seguintes tarefas:

a) Averiguar, através de perguntas, se os conhecimentos anteriores estão


efectivamente disponíveis e prontos para o conhecimento novo. Aqui o
empenho do professor está em estimular o raciocínio dos alunos, instigá-los a
emitir opiniões próprias sobre o que aprenderam, fazê-los ligar os conteúdos a
coisas ou eventos do quotidiano. A correcção dos trabalhos de casa trona-se
importante factor de reforço e consolidação. As vezes haverá necessidade de
uma breve revisão (recapacitação) da matéria, ou a rectificação de conceitos ou
habilidades insuficientimente assimilados.
Estabelecer a ligação entre noções que ao alunos ja possuem com a matéria
nova, bem como estabelecer vinculos entre a prática quotidiana e o assunto.
Para isso, o melhor procedimento é apresentar a matéria como um problema a
ser resolvido, embora nem todos os assuntos se prestem a isso. Mediante
perguntas e trouca de experiências, colocação de possíveis soluções,
estabelecimento de relação causa-efeito, os problemas atinentes ao tema vão-se
encaminhando para se tronarem também problemas para os alunos em suas
vidas práticas

Criar ou obter uma atmósfera propícia para a aprendizagem.


Para isso é necessário:
Dar informações sobre o conteúdo da aula;
Orientar para os objectvos em vista;
Procurar curiosidade;
Assegurar ordem e disciplina no sentido positivo, ou seja, sem
recursos ao medo, ao castigo, mas sim com base na persuação
e envolvimento dos alunos na aula que (vai) iniciar (iniciou).

Conseguir o interesse e a atenção dos alunos: se os alunos não estiverem interessados,


não estiverem atentos, então, não há aprendizagem.

Portanto, para uma efectiva motivação dos alunos no PEA, é fundamental:

A orientação para objectivos concretos atingiveis pelos alunos,


que se encontrem na zona de desenvolvimento próximo.
A conexão dos motivos da sociedade (representados pelo
professor), da turma e de cada

90
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Motivação contínua e final

Antes de a aula iniciar a motivação inicial põe os alunos em condições de


poderem querer aprender, ou seja, dispostos para realizarem as actividades
requeridas nesse PEA e ao mesmo tempo, gradualmente o professor trabalha
para manter essa motivação ao longo de todo PEA, daí a pertinência da
motivação contínua. Mas os alunos devem também serem/estarem preparados,
motivados, para as tarefas ou actividades seguintes parecidas ou semelhantes a
estas.

A motivação permanente ou contínua tem como sua estratégia atingir o bjectivo


de uma tarefa, de uma aula: atingir o objectivo de uma tarefa/actividade tem
uma função motivadora. Por isso, dada a sua importância dos objectivos na
actividade do professor e dos alunos, eles devem ser recordados e verificados
em todas as etapas do ensino.Esse cuidado auxilia a avaliação permanente do
PEA, assim como evita a dispersão, impedindo que aspectos secundários tomem
conta do essencial no desenvolviemrnto, etc.

Os alunos precisam de ser activados logo desde o princípio da aula; igualmente


devem permanecer activos, motivados ao discurso da aula em causa para
garantir a manutenção do nível optimal por muito mais tempo, fazendo
permanecer a capacidade de recepção, assimilação do conteúdo, ao mesmo
tempo que fará com que os alunos se inventam nas actividades em virtude de
estarem “despertados “, com alto nível de actividade neurofisiologiaca “. É uma
questão de princípio didáctivo, mas também de garantia de que o professor não
estará a agir para com individuos ” amorfos “, “inactivos “ e “ incenssiveis “ as
actividades que estão sendo desenvovidas na aula.

De igual modo, surge, a partir do que vimos nesta unidade, o imperativo de que
as aulas sejam realizadas de tal forma que todos e cada um dos alunos atinja os
objectivos preconizados, isto é, sinta que está a aprender, a progredir, visto que
isso será condição para que encontrem energia psíquica necessária para as
aprendizagens seguintes, partindo duma relação/atitude positiva para com as
matérias/disciplnas (e respectivo professor) em que os alunos atingiram niveis
satisfatorios de aprendizagem aluno individualmente. Esse parágrafo explica a
pertinência da motivação final. Assim como nas funcoes didácticas aprendidas, a
diferenciação da motivação deve ser entendida no sentido didáctivo, pois
nenhum professor será capaz de identificar a motivação inicial, contínua e final
nos seus alunos; além de que a motivação criada na fase inicial pode não exigir
outra movivação para certos alunos, mesmo assim ao propósitos da aula serem
atingidos.

91
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Mediação e Assimilação

Lembramos mais uma vez, as etapas ou funções didácticas, estão estritamente


relacionadas, de modo que, neste caso, podemos dizer que o tratamento da
matéria nova começa inclusive na função didáctica Introdução e Motivação. Mas
na função didáctica mediação e assimilação há o propósito de maior
sistematização, envolvendo a transmissão-mediação/assimilação activa dos
conhecimentos. Nesta etapa se realiza a percepção dos objectivos e fenómenos
ligados ao tema, a formação de conceitos, o desenvolvimento de capacidades
cognitivas de observação, imaginação e raciocinio dos alunos. Neste sentido o
professor nesta etapa coloca os alunos em contacto com a “matéria nova”.

Quer dizer, depois de preparação dos alunos para a aprendizagem, isto é criado
a atmosfera propícia para a aprendizagem, conseguido o interesse e atenção é
feita a reactivação do nível inicial dos alunos, o professor passa para a etapa na
qual se realiza uma parte fundamental da aprendizagem propriamente dita, ou
seja, para a etapa em que o profesor medeia um novo conteúdo e, na sequência
disso, os alunos assimilam novos conceitos, teorias, princípios, etc, contribuindo
para o desenvolvimento de um novo saber, novo saber fazer e novo saber ser e
estar.

Importa clarificar que, pela sua designação, a função didáctica Mediação e


Assimilação compreende, de um lado a actividade do professor (mediação do
novo conteúdo) e do aluno (assimilação do novo conteúdo).

Lembrando o que discutimos na FD I+M, sobre tudo em termos de reactivação


do nível inicial, podemos entender o processo de mediação/assimilação como
um caminho que vai do “não saber” para o saber, admitindo-se que o ensino
consiste no domínio do “saber absoluto”, pois os alunos são protadores de
conhecimentos e experiências, seja da sua prática quotidiana, seja aquelas
obtidas no processo de aprendizagem escolar ou não. Portanto, para a
realização desta FD, o professor deve ter em conta algumas considerações:

Qual é o nível (de pré-requisitos) dos alunos (depois da


reactivação)?
Quais são os objectivos a atingir?
Quais são os conteúdos através dos quais os objectivos devem
ser atingidos?
Quais os métodos através dos quais os conteúdos devem ser
mediados e os objectivos atingidos?
Que meios de ensino serão mais adequados aos alunos, aos
objectivos definidos, ao conteúdo, aos métodos escolhidos e as
características do professor, de maneira a atingir uma
assimilação activa por parte dos alunos?

Através destas questões pretende-se chamar particular atenção ao facto de que


na FD M +A o professor não deve concentrar a sua atenção exclusivamente para o

92
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

conteúdo que está a ser mediado, mas também sobre todas as outras categorias
didacticas numa relação dialéctica (aluno, professor, métodos e meios de ensino-
aprendizagem, objectivos), de modo a tornar efectiva a aprendizagem dos alunos; e,
analizando a interligação entre as categorias, na FD M+A, o professor determinará se
os métodos de ensino adoptadas/ou a adoptar estão mais variados para:

A assimilação de novos conhecimentos (saber)


O desenvolvimento de habilidades, métodos, habitos e técnicas de
trabalho (saber fazer)
O desenvolvimento de entidades, convicções e comportamentos (saber
se e estar)
Ou a interligação, conexão entre esses processos parciais.

Ora, vista a questão nos termos que se está a dizer, conclui-se que uma das
considerações básicas para o professor decidir os métodos de ensino e
aprendizagem a empregar é “quais são as actividades dos alunos necessários
para atingir a assimilação de um determinado conteúdo nas suas
potencialidades cognitivas, instrutivas e educativas “.

E porque o PEA é uma sequência lógico-didáctica de actividades planificadas e


sistematizadas dos professores e dos alunos, podemos e devemos fazer essa
pergunta, também, da seguinte maneira: “quais as actividades do professor
necessárias para desencadear as devidas actividades dos alunos em relação aos
objectos e conteúdos?”; e como resultado desta questão, vê-se que a qualidade
das actividades do professor determina em larga medida a qualidade das
actividades dos alunos.

Dominio e Consolidação

Se olharmos para o PEA, como tendo o objectivo de conseguir que os alunos,


efectivamente aprendam, vemos que o trabalho com a nova matéria não se
deve reduzir a simples exposição e explicação dessa matéria e colocá-la a
disposição dos alunos. Mas deve, ao mesmo tempo, ir tratando de conseguir
apuramento desse (ja não) novo saber nos alunos, visto que o trabalho docente
consiste em provar as condições de assimilação e compreensão da matéria,
incluindo já exercícios e actividades prácticas para solidificar a compreensão.
Entretanto, o processo de ensino não pára por aí. É preciso que os
conhecimentos sejam organizados, aprimorados e fixados na mente dos alunos,
a fim de que estejam disponíveis para orienta-los nas situações concretas de
estudo de vida. Do mesmo modo, e em consonância com os conhecimentos, é
preciso aprimorar a formação de habilidades e hábitos para a utilização
independente e criadora dos conhecimentos.

Trata-se, assim, do que justifica a necessidade de se ter no PEA uma etapa, uma
FD essencialmente destinada ao domínio, consolidação e fixação da matéria.
Alias, os conteúdos só são realmente dominados, assimilados, apropriados,

93
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

quando se atingiu a capacidade de operar com elas nas várias tarefas de


aplicação teóricas e práctica; e para tal, são necessários na continuidade do
trabalho com os conteúdos novos, etapas, fases ou componentes do PEA que
tem por objectivo directo a consolidação e o domínio dos conteúdos: no PEA é
preciso proceder-se a uma constante consolidação dos resultados da
aprendizagem.

Esta constante consolidação dos resultados requer que o professor veja o PEA
como unidade de todas as funções didácticas. Muitos professores são
habilidosos na” Introdução e Motivação”, outros podem expor o novo conteúdo
de modo impressionante e astimular os alunos para a autoactividade criadora.
Mas nem todos estes professores têm habilidades para terminar o processo de
ensino-aprendizagem: não só é interessante a motivação, a exposição do
prblema e do conteúdo que desperta o entusiasmo e a viva conversação na sala
de aulas, integram também no PEA a repetição e sistematização planificadas, a
prática intensiva e a aplicação variada dos conhecimentos e habilidades.

A consolidação, neste sentido, pode dar-se em qualquer etapa do processo


didáctico: antes de iniciar matéria nova, recorda-se, são realizados exercícios em
relação a matéria anterior; no estudo do novo conteúdo, ocorre paralelamente
as actividades de assimilação e compreensão. Mas constitui também, um
momento determinado do processo didáctico, quando é posterior a assimilação
inicial e compreensão da matéria.

A consolidação pode ser reprodutiva, de generalização e criativa. Estes três


tipos, diferenciam-se no seguinte:

Consolidação reprodutiva

Nesta consolidação, o aluno reproduz o que o professor disse, sem muito espaço
para a criatividade, notam-se esses estudantes pela capacidade de recordar os
exemplos que o professor usou na explicação da matéria.

Consolidação criativa

Aqui recide a compreensão verdadeira, quando o aluno não se limita nos


exemplos do professor, mas procura exemplos da vida quotidiana, das suas
experiências, ligadas a matéria estudada. Não usam necessariamente as
expressões utilisadas pelo professor, mas sim suas próprias palavras.

Consolidação generalizadora:

Inclui a aplicação de conhecimentos para situações novas, após a sua


sistematização;
Implica a integração de conhecimento de forma que os alunos
estabeleçam a relação entre os conceitos, analisem os factos e fnómenos
variados sob varios pontos de vista, façam a ligação dos conhecimentos
com novas situações e factos da prática social.

94
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Controlo e Avaliação
Controle e avaliação acompanha todo o prcesso de ensino aprendizagem e
forma, ao mesmo tempo, a conclusão das unidades de ensino (ou unidades
temáticas). No geral, podemos destinguir:

Controle e avaliação directos, isto é, especificamete nas fases de FD


C+A
Controle e avaliação contínuos ou imanentes, isto é, em todas as
outras funções didácticas.
Nesta primeira aula sobre a FD “C+A”, vamos nos ocupar sobre o conceito,
objecto e caracteristicas básicas da avaliação; e, nas aulas seguintes trataremos
de outros aspectos, tais como os tipos e funções da avalação, os instrumentos de
avaliação e a utilização dos resultados de avaliação.

Conceito de Avaliação

Definir a avaliação, não é uma tarefa fácil, se tivesse consultado bibliografia da


área pedagógica de certeza teria visto que na literatura pedagógica existem
muitos conceitos sobre avaliação dos alunos; mas de modo geral ela pressupõe
classificar os alunos, determinar em que medida cada um dos objectivos foi
atingido e as qualidades dos métodos e os meios de ensino e dos próprios
professores, selecionar os alunos, etc.

Para INDE/MINED (2008), a avaliação “e um instrumento que permite visualizar


o andamento do processo de ensino-aprendizagem, permitindo adequar, ou
melhorar estratégias de ensino face aos objectivos propostos, sendo assim deve
ser concebida no sentido dinâmico, contínua e sistemática.

A principal missão é permitir uma imagem possível do desempenho dos alunos e


a retroalimentação do PEA (processo de ensino-aprendizagem). De acordo com o
mesmo autor, cumpre a avaliação:

Aos alunos

- Consciencializa-los sobre os pontos fortes e fracos da sua aprendizagem;

- Estimular o gosto pela aprendizaem de modo a superar as dificuldades


encontradas no PEA;

- Desenvolver atitude crítica e activa no PEA.

Aos professores

- Identificar o nível de desempenho dos alunos;

- Adequar os métodos e os meios de ensino-aprendizagem;

95
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

- Informar regularmente os pais sobre o progresso.

Aos pais e encarregados de educação

Sugerir junto dos pais e professores formas de melhorar o processo de ensino-


aprendizagem.

A valiação é uma tarefa didáctica necessária e permanente do trabalho docente,


que deve acompanhar passo a passo o PEA. Através dela os resultados que vão
sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto dos professores e dos alunos
são comparados com os objectivos propostos, a fim de constatar progressos,
dificuldades e reorientar o trabalho para as correcções necessárias. Deste modo,
podemos afirmar que a valiação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do
trabalho escolar tanto do professor, dos pais e encarregados de educação, como
dos alunos.

Portanto, avaliar é:

Aperceber-se do rendimento aproveitamento escolar dos alunos


e traduzi-lo em dados qualitativos e quantitativos.
A perceber se da incorrecção ou correcção do trabalho
desenvolvido pelo professor para ver se é ou não necessário uma
revisão do PEA.
Como pode ver, graças a valiação é possivel saber se a aprendizagem está a
efectuar se conforme o previsto ou não. E em caso negativo, a realimentação
pela avaliação permitirá saber se de facto deve-se:

A inadequação dos objectivos.


A deficiências individuais que possam ou não ser superadas.
As deficiências individuais relacionadas com pré-requisitos de
aprendizagem.
A inadequação da orientação do PEA por parte do professor
devido aos métodso e meios de ensino ou outros factores.
Objecto da Avaliação

Ao falarmos do objecto da avaliação pretendemos saber o que se avalia. E, nesse


caso, é evidente que a avaliação dirige-se essencialmente ao progresso nos
resultados de aprendizagem demonstrando ao longo e ao fim do ano lectivo.

Características Básicas do Controle e Avaliação

O controlo e avaliação da aprendizagem dos alunos caracteriza-se por ser


simultaneamente meio didáctico e meio pedagógico. E o que significa? Você
concordará connosco ao afirmar que a avaliação é um meio didáctico e
pedagógico por causa das suas finalidades. Assim, a avaliação é:

Meio didáctico, isto é, de condução do PEA pelo professor para:


Comparar o decorrer e os resultados da parendizagem com
os objectivos pretendidos

96
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Avaliar o nível de aprendizagem atingido


Analisar problemas e possibilidades de desenvolvimento
Descobrir sobre a continuação do processo

Meio Pedagógico, isto é, de educação dos alunos para:


Consolidar saber, saber fazer e saber ser/estar
Desenvolver as capacidades de expressão linguistica
Desenvolver a capacidade de auto-avaliação
Desenvolver a auto-confiança
Influenciar a auto-avaliação
Desenvolver a capacidade de autocorecção.

Exercícios – de auto- avaliação

1. Seleccione, dentre as estratégias a seguir, aquelas que darão bom sentido a


actividade de um professor:

a) Iniciar a aula cumprimentando os alunos (Sim)

b) Preocupar-se em desenvolver nos alunos uma aprendizagem consciente e


activa através da motivação dos alunos (Sim)

c) Os propositos do trabalho didactico, em princípio, devem ser apenas do


dominio do professor (Não)

d) O professor deve forçar os alunos a aprender qualquer que seja o conteudo, o

97
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

importante é que esteja previsto no programa (Não)

e) A aula deve partir de um ponto em que os alunos participem, para não


ficarem naquela atitude passiva.(Sim)

Respostas: a) sim; b) sim; c) não; d) não; e) Sim.

Verdadeiro e Falso

1. Para INDE/MINED (2008), a avaliação “e um instrumento que permite


visualizar o andamento do processo de ensino-aprendizagem, permitindo
adequar, ou melhorar estratégias de ensino face aos objectivos propostos, sendo
assim deve ser concebida no sentido dinâmico, contínua e sistemática.

Respostas: 1 V;

Multipla Escolha

1. Avaliar é:

a) Aperceber-se do rendimento aproveitamento escolar dos alunos e traduzi-


lo em dados qualitativos e quantitativos.
b)Consolidar saber, saber fazer e saber ser/estar
c) Desenvolver as capacidades de expressão linguistica
d)Comparar o decorrer e os resultados da parendizagem com os objectivos
pretendidos

Resposta: 1 A.

98
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

A
u
t
o 1.Explique as tarefas que podem ser realizadas pelo professor para
- conseguir a mobilização psiquica e fisica dos alunos para a
Exercíc
a
iosv aprendizagem do novo conteudo.

a
l
i
a
ç
ã 2. Em que momento da aula se assilão os conteudo novo. Escolha a opcção
o correcta.

a) Dominio e Consolidação;
b)Introdução e Motivação;
c) Mediação e assimilação;
d)Controlo e Avaliação.

3. Indica os tipos de consolidação que aprendeste. E faça a sua descrição.


4. Meio Didáctico uma das caracteristicas básicas de controlo e avaliação que
conduz o professor no PEA. Justifica a resposta.
5. Explica como ocorre a motivação contínua e final.

99
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Unidade Temática 3.7. Objectivos de Ensino

Introdução
Caro estudante, nesta unidade temática vamos tratar dos objectivos de ensino.
Para entendermos mais sobre as finalidades dos objetivos na prática
educacional, vamos explicar os objectivos gerais e os objectivos específicos
determinates do processo de ensino – aprendizagem.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Conceituar os objetivos gerais e específicos do


processo ensino-aprendizagem;
▪ Explicar a importância destes no processo de
Objectictivos ensino-aprendizagem;
▪ Distinguir objectivos de ensino das actividades
de ensino.

Sumário

Objectivos de Ensino

Os objectivos de ensino também designados por objectivos


comportamentais ou objectivos operacionais, são listagem de resultados
específicos do ensino, indicadores do comportamento e da capacidade de
execução dos alunos (Hannah, 1985 apud Golias, 1999:220).

Objectivos como a descrição da aprendizagem

Os objectivos são formulados no sentido do comportamento esperado, aliás


a aprendizagem em última instância culmina com a modificação do
comportamento, mas nem todo o comportamento em mudança é resultado
da aprendizagem, dai a necessidade de clarificar o comportamento esperado
em forma de objectivos. De facto dissemos na unidade anterior que ao
ensinar o professor visa suscitar aprendizagem nos seus alunos, essa
aprendizagem que se traduz em mudança de comportamento previsto, veja
o esquema proposto por Golias (1999) a seguir:

Observe o esquema:

ENSINO  APRENDIZAGEM  OBJECTIVOS


100
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Descrição dos resultados


esperados da aprendizagem do
aluno

Fonte: Extraído de Manuel Golias (1999)

Observando o esquema é fácil de compreender que os objectivos são


especificações de resultados de aprendizagem expressos em forma de
conduta, vamos entender comportamento no sentido dos
comportamentalistas que aprendeu em Psicologia Geral, isto é, de condutas
expressas.
Em síntese

Os objectivos de ensino especificam resultados esperados como consequência


do ensino. Tais resultados constituem expressão de condutas resultantes da
aprendizagem.

Vantagens de formulação de objectivos de ensino

Autores como Hannah e Michaelis (1985) citados por Golias (1999) que
sintetizam algumas destas vantagens:

❖ Quando são indicados resultados específicos, é mais fácil distinguir os


objectivos que vale mais a pena perseguir daqueles que não tem tanto
valor;
❖ As necessidades individuais dos alunos bem como as necessidades
especiais dos grupos podem ser, com mais propriedade, identificadas,
planificadas e avaliadas;
❖ As actividades de aprendizagem e materiais de ensinos podem ser
seleccionados e utilizados de modo a alcançar resultados claramente
definidos.
❖ Avaliação dos resultados do ensino podem ser melhorados porque é
especificada num comportamento observável ou um produto desse
comportamento;
❖ É mais fácil comunicar aos alunos e aos pais os resultados do ensino
desejado;
❖ A operacionalidade dos programas pode ser melhorada porque são
especificados os objectivos claramente definidos;
❖ A planificação oficial e a tomada de decisões pode ser facilitados,
porque são fornecidas mais dados sobre as necessidades adicionais, as
forcas e fraquezas do ensino. (Golias, 1999 & Schmitz, 1993).

Distinção entre ”objectivos de ensino” e “ actividades do ensino”

Não menos verdade, os professores confundem, de facto, os objectivos e

101
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

as actividades a serem desenvolvidas pelos alunos, a seguir passamos a


síntese de Golias (1999) na especificação deste equívoco:

❖ Os objectivos de ensino descrevem e especificam os resultados de


aprendizagem;

❖ Os objectivos de ensino descrevem condutas do aluno, não actividades do


ensino a realizar pelo professor ou pelo aluno para conseguir aqueles;

❖ Os objectivos de ensino constituem condutas que se esperam que os


alunos consigam, não enunciados de itens de avaliação.

❖ Os objectivos de ensino não são objectivos temáticos, simples


especificações de conteúdos, mais sim o conjunto de conteúdos e
habilidades e actividades que desejamos que se desenrolem nos alunos ao
estudar o seu conteúdo.

Lembre-se que os objectivos gerais expressam intenções a serem


alcançadas no fim da aula ou da aprendizagem, não são facilmente
mensuráveis pois não indicam uma conduta manifesta, já os específicos,
instrucionais ou comportamentais, indicam uma conduta manifesta que se
espera verificar como resultado da aprendizagem. Gostaríamos de decifrar
um possível equívoco: nem tudo na aprendizagem é possível prever, mas
vale apenas estabelecer alguns critérios para conseguir verificar se o aluno
aprendeu ou não.

Conceitos de Objectivos Gerais e Especificos

Os objetivos gerais, segundo Libâneo (1992), são importantes para o


processo pedagógico e social, uma vez que eles se ocupam com o sistema
escolar, a escola e o professor, conforme discriminado a seguir:

O sistema escolar determina A escola instaura as O Professor realiza as


as finalidades educativas de diretrizes e princípios prátcas na sala de aula.
acordo com a sociedade em do trabalho escolar.
que está inserido.

102
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

OBJETIVOS GERAIS
Expressam propósitos mais amplos acerca
do papel da escola e do ensino diante das
exigências postas pela realidade social e
do desenvolvimento da perssonalidade
dos alunos.segundo Libâneo (1992), determinam
OS OBJETIVOS ESPECÍFICOS,
exigências e resultados esperados da atividade dos alunos, referentes
a conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Expressam as expectativas do professor sobre o que
deseja obter dos alunos no decorrer do processo de
ensino. Têm sempre um carácter pedagógico,
porque excitam a direcção a ser estabelecida ao
trabalho escolar, em torno de um programa de
formação.

• Situar a educação escolar no conjunto das lutas pela democratização da


sociedade.
• Garantir a todos os estudantes, sem nenhuma discriminação, uma sólida
preparação cultural e científica, através do ensino das matérias.

• Formar nos alunos a capacidades crítica e criativa em relação às matérias de


ensino e à aplicação dos conhecimentos e habilidade e tarefas teóricas e
práticas.

• Atender à função educativa do ensino, ou seja, a formação de convicções para


a vida coletiva.

103
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

O trabalho do professor deve estar voltado para a formação de qualidades


humanas, modos de agir em relação ao trabalho, ao estudo, á natureza, em
concordância com princípios éticos.
• Instituição de processos participativos, envolvendo todas as pessoas que,
direta ou indiretamente,
se relacionam com a escola: diretor, coordenador de ensino, professores,
funcionários, alunos, pais.

Exercícios – de auto- avaliação

Pergunta dissertiva
1. Explique a importância da definição dos objectivos de ensino.

Resposta
❖ Quando são indicados resultados específicos, é mais fácil distinguir os
objectivos que vale mais a pena perseguir daqueles que não tem tanto valor;
❖ As necessidades individuais dos alunos bem como as necessidades especiais
dos grupos podem ser, com mais propriedade, identificadas, planificadas e
avaliadas;
❖ As actividades de aprendizagem e materiais de ensinos podem ser
seleccionados e utilizados de modo a alcançar resultados claramente
definidos.
❖ Avaliação dos resultados do ensino podem ser melhorados porque é
especificada num comportamento observável ou um produto desse
comportamento;
❖ É mais fácil comunicar aos alunos e aos pais os resultados do ensino
desejado;
❖ A operacionalidade dos programas pode ser melhorada porque são
especificados os objectivos claramente definidos;
A planificação oficial e a tomada de decisões pode ser facilitados, porque são
fornecidas mais dados sobre as necessidades adicionais, as forcas e fraquezas do
ensino

Verdadeiro ou Falso

1. Os objetivos gerais, segundo Libâneo (1992), são importantes para o


processo pedagógico e social, uma vez que eles se ocupam com o sistema

104
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

escolar, a escola e o professor.

2. os objetivos específicos, segundo libâneo (1992), determinam exigências e


resultados esperados da atividade dos professores, referentes a
conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções.

Respostas: 1 V; 2 V;

A
u
t
o 1.Explique as Vantagens dos Objectivos.
-
Exercíc
a 2. Faça a Distinção entre ”objectivos de ensino” e “ actividades do
iosv ensino?
a 3. Indica os tipos de Objectivos que aprendeste. E faça a sua descrição.
l
4. Defina o Conceito de Objectivo.
i
a Livros Recomendados (Didactica Geral ) Rosilene Horta Tavares Belo Horizonte
ç UFMG – 2011.
Editora
ã
o

105
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

TEMA IV: METODOLOGIAS DE ENSINO-APRENDIZAGEM

Caro estudante, na presente unidade temática iremos nos debruçar em torno de


dois (2) itens fundamentais sobre as metodologias de processo - ensino
planificação do processo de Ensino - Aprendizagem, são apresentados a seguir:

• Unidade Temática 4.1. Métodos e Técnica de Ensino;


• Unidade Temática 4.2. Classifcação dos Métodos de
Ensino

UNIDADE Temática 4. 1. Método e Técnica de Ensino

Introdução

Presado estudante a nossa intenção nesta unidade, é de priomeiro


discutirmos sobre os conceitos de métodos e de técnicas de ensino-
aprendizagem, para servir de seguida apresentarmos na sua
classificação dos métodso de ensino-aprendizagem, na esperança
de que desta forma você possa compreender o imperativo de uso
de variados e multifacetados métodos de ensino-aprendizagem
com o propósito de conseguir a aprendizagem dos alunos. Assim,
esta unidade falaremos do Conceito de Método e de Técnica de
Ensino-aprendizagem.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

106
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

• Definir os métodos de ensino-aprendizagem

• Diferenciar métodos de técnicas de ensino-


aprendizagem
Objectivos
• Apresentar as características e o conceito dos
métodos de ensino e a sua
relação com os objetivos e conteúdos de ensino.

Sumário

Métodos e Técnicas de Ensino-Aprendizagem

CARACTERÍSTICAS DOS MÉTODOS DE ENSINO

• Orientados para objetivos.


• Implicam uma sucessão planejada e sistematizada de acções,
tanto do professor quanto dos alunos.

• Requerem a utilização de meios

Conceito de Método de Ensino


Antes de mais nada importa referir que, etimologicamente, método quer
dizer “ caminho para chegar a um fim “. Representa a maneira de
conduzir o pensamento ou acções para alcançar um objectivo.É, também
forma de disciplinar o pensamento e as acções para obter maior
eficiência no que se deseja realizar.

Existem várias definições sobre os métodos de ensino, alguns autores


partem essencialmente da actividade do professor, outros integram a
actividade do professor e dos alunos; alguns definem com uma via para
alcançar os objectivos de ensino, outros como um conjunto de
procedimentos metodológicos. Assim os métodos de ensino são um
conjunto de acções, pessoais, condições externas e procedimentos
utilizados intencionalmente pelo professor para dirigir e estimular o
professor de ensino em função da aprendizagem dos alunos (Libâneo,
1992).

107
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

A par das dificuldades de se encontrar unanimidade na definição dos


métodos, o professor na actividade docente tenta estabelecer uma
diferenciação entre método e técnica de ensino. No entanto, não é fácil
estabelecer fronteiras bem definidas entre estas duas componentes
essênciais da formação.Na literatura sobre o assunto não encontramos
unanimidade. Alguns autores consideram como método que outros
reduzem a simples técnicas, sendo o contrário igualmente verdadeiro.
Assim, tendo em conta o carácter necessariamente “elástico” e
“permeável” da actividade pedagógica, talvez não seja muito
conveniente estabelecer fronteiras rígidas; é necessário, todavia, definir
conceitos que consideramos essênciais e igualmente compreender a
relação entre métodos e técnica.
A técnica de ensino ou pedagógica é o conjunto de atitudes, procedimentos e
actuações que o professor/formador adopta para utilizar correctamente os
diversos instrumentos de formação de que dispõe: a palavra, o gesto, a imagem,
o texto, o audiovisual, a informática, etc. Deste modo, autilização correcta de
diferentes técnicas pedagógicas contribui para que o método desempenhe, de
facto, a sua função de gestão de situação de formação.

Exemplificando, se, ao fazer uma exposição de determinido assunto, o formador


não é conhecedor das técnicas de exposição ou não as emprega de forma
correcta, é evidente que o método utilizado, Expositivo - não pode cumprir a sua
função e deste modo a relação de formação é claramente prejudicada.

Os métodos podem ser dividos em dois:


Métodos Tradicionais – são aqueles que exigem um comportamento passivo do
aluno. Muitas vezes o professor e como o possuidor do poder que deve ser
transmitido ao estudante a quem se considera vazio e que precisa de encher a
sua mente.
MétodosModerno – são aqueles que Consideram o desenvolvimento natural do
aluno e a necessidade de aprendizado active, participante e de descobertas. Isto
e precisa de todos sentidos ver, ouvir, tocar,experimentar e ate provar se for
possivel.

108
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

No ensino Primário e Secundário o ensino deve:

•Compreender (conceitos e princípios).

•Aplicação dos conhecimentos (habilidade reproductiva).


•Informar (factos e procedimentos).
Na Universidade:deve-se ter em considerações: informar
Compreender e aplicação dos conhecimentos.

•Alto Nivel de habilidade (habilidade produtiva).


A RELAÇÃO OBJETIVO-CONTEÚDO-MÉTODO
• Os métodos são as formas pelas quais os objetivos e conteúdos
se manifestam no processo de ensino.
• A relação objetivo-conteúdo-método tem como característica a
mútua interdependência.
• O método de ensino é determinado pela relação objetivoconteúdo,
mas pode também influir na determinação de objetivos
e conteúdos.
• O conteúdo determina o método, pois é a base informativa
Concrecta para atingir os objetivos. Mas o método pode ser um
conteúdo quando é também objeto de assimilação activa dos
Conteúdos.

Exercícios de auto-avaliação

1. Métodos Tradicionais
a) São aqueles que consideram o desenvolvimento natural do aluno e a
necessidade de aprendizado active, participante e de descobertas.
b) São as formas pelas quais os objetivos e conteúdos se manifestam
no processo de ensino.
c) São aqueles que exigem um comportamento passivo do aluno.
d) Todas estão erradas
2. Defina o conceito de Método.escolhendo a linha correcta.
a) É assimilação activa dos conteudos.
b) É a base formativa.
c) É caminho para chegar a um fim
d) É o fim de um conteudo.

109
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Perguntas Dissertivas
1. Diga o que é técnica de ensino ou pedagógica?
2. Defina o método tradicionais?
3. Diferencie os métodos das técnicas de ensino.

Resposta:
1. Os métodos de ensino são um conjunto de acções, pessoais, condições
externas e procedimentos utilizados intencionalmente pelo professor
para dirigir e estimular o professor de ensino em função da
aprendizagem dos alunos, já a técnica de ensino ou pedagógia é o
conjunto de atitudes, procedimentos e actuações que o
professor/formador adopta para utilizar correctamente os diversos
instrumentos de formação de que dispõe: a palavra, o gesto, a imagem, o
texto, o audiovisual, a informática, etc.

2. Técnica de ensino ou pedagogico é o conjunto de atitudes, procedimentos


e actuações que o professor/formador adopta para utilizar
correctamente os diversos instrumentos de formação.

3. Métodos Tradicionais - são aqueles que exigem um comportamento


passivo do aluno. Muitas vezes o professor e como o possuidor do poder
que deve ser transmitido ao estudante a quem se considera vazio e que
precisa de encher a sua mente.

1.Descreva as caracteristícas dos Métodos.

Exercícios 2. Explica como os métodos estão devididos.

3. Qual e a relação que existe entre objectivo-conteudos- método.

4. Faça descriçã dos métodos no ensino primário e secundário e no ensino


superior.

5. Técnica de ensino ou pedagogico é o conjunto de atitudes, procedimentos e


actuações que o professor/formador adopta para utilizar correctamente os
diversos instrumentos de formação. Explica como se espressa essa técnica na
sala de aula?

110
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Unidade Temática 4.2. Classificação dos métodos


de ensino-aprendizagem

Introdução
Perante uma turma, mas sobretudo durante a fase de planificação da
aula, provavelmente o professor se pergunta sobre que método podem
ser utilizar. Para responder a esta questão importa, pois, do lado do
professor ter um inventário geral sobre as possibilidades de métodos que
se podem utilizar no PEA.
De certeza que esta seria também uma questão que você iria se colocar.
De facto, não pretendemos que, para cada situação, lhe daremos
indicações sobre os métodos que deveria utilizar, se não alistarmos as
variedades destes métodos, conforme os diferentes tipos de
classificações de métodos de ensino-aprendizagem que temos a
disposição na literatura pedagógica e de acordo com as circunstâncias de
ensino saberá escolher o método ou técnica adequada.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

• Distinguir as diferentes classificações dods


métodos de Ensino
• Explicar a vantagem e desvantagem da
aplicação de alguns métodos no PEA.
Objectivos

Sumário

Classificação segundo as vias lógicas de obtenção de cohecimento:


Métodos Indutivos
Métodos Dedutivos
Métodos analitico-sintético
Classificação segundo as fontes de obtenção dos conhecimentos:

Métodos orais (os que se centram na palavra como fonte


essencial de aquisição de conhecimento. Ex: conversação,
exposição, conto, narção, etc)
Método e percepção sensorial (os que centram nas fontes
visuais. Ex: Ilustração, demonstração, etc.)
Métodos práticos (os que fundamentam no uso de

111
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

exercícios escritos e gráficos, nos trabalhos em


laboratórios, nos ateliers.etc)

Classificação dos Métodos, tendo em conta aspectos em


realção as posições do professor, do aluno, da disciplina e
organização escolar:

Método quanto a forma de raciocínio:


Método Dedutivo
O professor procede do geral para o particular;
O professor apresenta conceitos ou princípios,
definições ou afirmações, dos quais se extraem
conclusões ou consequências;
Permite tirar consequências, prever o que pode
acontecer, ver a riqueza de um princípio ou de uma
afirmação;
Método indutivo

O assunto é estudado por meio de casos particulares,


sugerindo-se que se descubra o princípio geral que os
rege;
Começa com a apresentação de elementos que originam
generalizações por parte dos alunos com ou sem ajuda do
professor
Basea-se na experiência, na observação, nos factos.

Método analógico, comparativo ou transdutisc

Utiliza-se quando os dados particulares apresentados


permitem comparações que levam a concluir por
semelhança
O pensamento procede do particular para o particular. Por
isso, este método pode conduzir o aluno a analogias entre
o reino vegetal e mesmo animal, com relação a vida
humana.
Métodos quanto a coordenação da Matéria

Método Lógico

Os dados ou factos são apresentados em ordem de


antecedência e conseqência;
A estrutura da matéria, dos factos ou elementos é do
menos para o mais complexo, ou da origem a actualidade
Principalmente faz a ordenação partindo da (s) causa (s)
para o (s) efeito (s).

112
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Método Psicológico

A ordem dos elementos segue-se mais egundo os


intereses, necessidade e experiências dos alunos;
Segue mais a motivação do momento do que um esquema
rígido previamente estabelecido;
Atende a idade evolutiva dos alunos ao invés de
determinações da lógica do adulto.
Método quanto a relação do Professor com aluno

Método individual

Destina-se a educação de um só aluno/formando


Trata-se do caso em que o professor está para um aluno;
É recomendável em casos de recuperação para alunos
que, por qualquer motivo, tenham-se atrasado nos seus
estudos. Também pode ser usado em casos de alunos
excepcionais, que requerem um tratamento
individualizado, exigem maior atenção e muito tempo por
parte do professor.

Procura ajustar o ensino a realidade de cada aluno, o que é
vantajoso no sentido de que: o aluno passa a ser o centro de
acção educativa; o ensino é adequado realmente as condições
pessoais doas alunos; possibilita a motivação, o que favorece
o crescimento pessoal; propicia o desenvolvimento da
criatividade.

Entretanto: não favorece a sociabilização do aluno,


quando a aluno trabalha sozinho; não oferece situações de
estudo compatíveis com a realidade; é mais caro.
Método de ensino colectivo

Dirigem-se ao mesmo tempo e sub mesmas condições


para todos os educandos;
De modo geral, o professor actua com base no aluno
médio
As tarefas a serem desenvolvidas individualmente são as
mesmas para todos os alunos;
Exemplo destes métodos: método expositivo, de
Arguição, de leitura, etc.
Método quanto a actividade dos alunos

Método Passivo

Enfatiza a actividade do professor, ficando os alunos em


atitude passiva;

113
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Suas formas de realização podem ser os ditados, a


exposição oral, lições do livro, perguntas e respostas, etc.

Métodos activos

A aula decorre com a participação dos alunos;


Se desenvolve na base de realização da aula por parte do
aluno, em que o professor torna-se um orientador, um
incentivador e não um transmissor do saber, um ensinador

Métodos quanto a abordagem do tema

Método analítico

Implica análise, a separação de um todo em suas partes ou


em seus elementos constitutivos;
Basea-se na concepção de que, para compreender um
fenómeno, é preciso conhecer-lhe as partes que o
constituem.

O PROCESSO DE ENSINO POSSUI DOIS ASPECTOS:

Aspecto externo, sao representados pelos conteudos de


ensino

Aspeto interno , elas se representao atraves das condicoes


mentais e fisicas dos alunos para a assimilacao dos
conteudos.

Esses aspectos se relacionam mutuamente


estabelecendo alguns criterios.

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO

1. Método de exposição pelo professor


Os conhecimentos, habilidades e tarefas são apresentadas, explicadas ou
demontradas pelo professor como um método bastante utilizado em nossas
escolas, e podemos discriminá – lo com os seguintes critérios:

• A exposição verbal possui como função principal explicar de modo sistemazado

114
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

de um dterminado assunto.

• A demonstração representa fenômenos e processos que ocorrem na realidade.


• A ilustração é uma forma de apresentação gráfica de fatos e fenómenos da
realidade.

• A exemplificação é um importante meio auxiliar da exposição verbal, quando o


professor utiliza recursos para auxiliar o conteúdo ministrado.

2. Método de trabalho independente


Consiste com base nas tarefas, dirigidas e orientadas pelo professor, para que os
alunos as resolvam de modo relativamente independente e criador. Seu aspecto
mais importante é a actividade mental dos alunos, a criticidade e a reflexão.
• A tarefa preparatória estimula os alunos a escrevem o que pensam sobrem
determinado assunto. Essa tarefa serve para verificar os conheccimentos pévios
dos alunos.
• As tarefas de assimilação do conteúdo são exercícios de aprofundamento e
aplicação de problemas dos temas já tratados, enfatizando a resolução de
problemas, como uma competência relativa ás áreas do conhecimento.

• As tarefas de elaboração pessoal são exercícios nos quais os alunos produzem


respostas surgidas do seu próprio pensamento.

3. Método de elaboração conjunta


É uma forma de interação ativa entre o professor e os alunos visando á obtenção
de novos conhecimentos, habilidades e competências.

• A forma mais típica é a conversação didática ou aula dialogada.


• Atinge os objetivos quando os temas da matéria estimulam o desenvolvimento
das capacidades mentais dos alunos.
• Organiza-se pelas perguntas feitas pelo professor aos alunos.

4. Método de trabalho em grupo


Consiste em distribuir temas de estudo diversificados e deve sere empregado
eventualmente, conjugado com outros métods de trabalho independente. Sua
finalidade principal é obter a cooperação dos alunos entre si na realização de
uma tarefa.

115
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Trabalhos em Grupo
•Favorece o debate e a crítica.
• Favorece a participação de alunos que, muitas vezes, não o fazem no grupo
maior.
• Desenvolve habilidades de síntese, coordenação, colaboração, análise,
aceitação de opiniões divergents e autodisciplina.
• Para executar uma tarefa específica.
•Quando se deseja aprofundar determinado tema.
• Para resolução de casos e problemas.
• Para leitura e análise de textos.
•Quando se deseja maior participação e envolvimento dos alunos.

A Técnica de Perguntas e Respostas: perguntas aos alunos sobre algo que


estudaram ou sobre sua experiencia. Base de perguntas objectivos e tema.
Restritas: Sim, Não, está bem, Ok.
Abertas : argumenta, Porque, critica, que dizes.

Técnica de Solução de Problemas: ensinar é apresentar problemas e que


aprender problemas que estimulem o pensamento reflexivo na busca de uma
solução satisfetória.
Princípios fundamentais:
•Desenvolver o pensamento reflexivo, pois só este resolve as situações novas;
•Apresentar ao aluno problemas que exijam solução reflexiva.

6.Visita de Campo: Este pode ser feito indo em locais onde o fenómeno que se
está estudando, o que está justamente acontecer.
Os alunos têm oportunidade de ver as coisas acotecer na realidade.
Por examplo: a visita a fábrica de cerveja, a visita ao parque nacional de Angola,
a visita a Assembleia nacional.

7.Método de Ditado e Fascículo: O professor dita a matéria aos alunos.


Vantajoso: toda a matéria é preparada pelo professor.
Limitado: torna o aluno preguiçoso, o erro transmitiddo pelo professor será
aprendido assim pelo aluno.

8.Métodos de Recursos humanos


Se convida alguém que é especialista em alguma matéria e ele expõe e partilha

116
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

os seus conhecimentos com os alunos. Os alunos têm opurtinidade de escutar e


pedir exclarecimentos.

9. Métodos de discussão. Diálogo e partilha


-Examinar o problema e trabalhar para a sua solução.
-Procurar a informação que ainda não está registada.
-Envolve o aluno no processso de ensino.
-Estimular e desenvolver a habilidade de pensamento.
-Desenvolve cooperação, escuta e respeito pelos outros.
Valores: Democracia, Escuta, humildade e comunidade
Entre os Métodos de ensino tem havido a divisão de
dois niveis:
10. Métodos Centrado no Aluno: Demonstrativo; Método de Discusão, Método
de tarefa ou projecto, Método de visita de campo, Metodo de pergunta e
resposta.
Métodos Centrado no Professor: Exposição; Ditado;

Exercícios de auto-avaliação

Multipla escolha
1. Os Métodos orais são

a) os que se centram na palavra como fonte essencial de


aquisição de conhecimento
b)os que centram nas fontes visuais.
c) os que fundamentam no uso de exercícios escritos e gráficos, nos
trabalhos em laboratórios, nos ateliers
d)Todas estão corretas

2. Os Métodos praticos são


a) os que se centram na palavra como fonte essencial de aquisição de
conhecimento
b)os que centram nas fontes visuais.
c) os que fundamentam no uso de exercícios escritos e gráficos, nos
trabalhos em laboratórios, nos ateliers
d)Todas estão corretas

3. No Método de ensino colectivo


a) A aula decorre com a participação dos alunos
b) Dirigem-se ao mesmo tempo e sub mesmas condições para todos
os educandos;
c) Enfatiza a actividade do professor, ficando os alunos em atitude
passiva
d)Trata-se do caso em que o professor está para um aluno

117
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

4. No Método de ensino activo


a) A aula decorre com a participação dos alunos
b) Dirigem-se ao mesmo tempo e sub mesmas condições para todos
os educandos;
c) Enfatiza a actividade do professor, ficando os alunos em atitude
passiva
d)Trata-se do caso em que o professor está para um aluno
1. A seguir se apresenta uma lista de abordagem dos métodos de ensino
aprendizagem, da qual se pede que diga quais são as afirmações com as quais
concorda e com as que não concorda:
a) A
o designarmos métodos de ensino-aprendizagem, da-se a ideia de que as
actividades de ensino condicionam fortemente as de aprendizagem (de
acordo)
b) O
trabalho do professor de planificação das aulas, desde que sejam
excelentes, os métodos que forem a utilizar pouco importa para a
qualidade de aprndizagem (discordo)
c) N
a questão sobre os métodos de ensino-aprendizagem, temos que ver a
actividade do professor, dos alunos como sendo interdependentes (de
acordo)
d) N
a questão sobre os métodos de ensino-aprendizagem, temos que ver a
actividade do professor, dos alunos como sendo interdependentes (de
acordo)
e)A utilização correcta de diferentes técnicas pedagógicas contribui para que o
método desempenhe, de facto, a sua função de gestão da sua situação de
formação (de acordo)

Exercícios 1.Descreva as caracteristicas de Metodos.

2. Explica como os metodos estao devididos.

3. O Processo de Ensino Possui dois aspectos. Explica como ocorre a sua


relacao.

4.Descreva a classificacao dos Metodos.

5. Como se classifica os Método quanto a actividade dos alunos?

118
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Leituras Recomendadas: FERRARI, Márcio. Comênio – o pai da Didática


moderna. Revista Nova Escola . Ed.especial. São
Paulo:Abril.out.2008.Disponivel em: MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Conteúdos
escolares: a quem compete a seleção e a organização. In: VEIGA, Ilma Passos
Alencastro (coord.). Repensando a didática. 25ª. edição. Campinas: Papirus,
2007, p. 75-92.
MENENGOLA, M.; SANT’ANNA, I. M. Por quê planejar? Como planejar?: currículo,
área, aula. 12ª. edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002
Escola. Ed. especial. São Paulo: Abril. out. 2008. Disponível em: <http://
revistaescola.abril.com.br/história/prática-pedagógica/pai-didáticamoderna-
423273.shtml»Acesso em: 8 set.2010.

119
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

TEMA V: MEIOS E RECURSOS DIDÁCTICOS

UNIDADE Temática 5. 1. Meios de Ensino - Aprendizagem

UNIDADE Temática 5. 1. Meios de Ensino - Aprendizagem


UNIDADE Temática 5.2. Classificasão dos meios de Ensino

Presado estudante, na presente unidade temática iremos nos debruçar em


torno de dois (2) itens fundamentais sobre a planificação do processo
de Ensino - Aprendizagem, são apresentados a seguir:

Introdução
A unidade de estudo de meios de Ensino e Aprendizagem, mesmo que
seja tradicional, apoia-se em meios ou recursos; aliás, esta é uma
participação inerente a todas actividades humanas que, para a sua
realização, um mínimo de recursos materiais e humanos (para além de
financeiros, em certos casos) serem indispensavel.
No caso do ensino trata-se sobretudo de meios que se devem utilizar
para dispertar e motivar as actividades dos alunos, ao mesmo tempo que
poderam representar forma atravéis da qual os conteúdos são
representados e concretizados, tornando-os reais e palpáveis, próximos
dos alunos. Portanto, são estes meios de ensino que iremos tratar nesta
unidade.

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Definir meios de ensino-aprendizagem


Object ▪ Classificar os meios de ensino-aprendizagem
ivos
▪ Explicar a importância do uso dos meios de ensino-
aprendizagem

Sumário

Meios de Ensino e Aprendizagem

120
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Conceito
Dissemos anteriormente que em qualquer situação de ensino-
aprendizagem se usam meios ou recursos didácticos. Trata-se de uma
variada gama de dispositivos materiais e humanos, naturais e artificiais
que o professor utiliza para facilitar o seu trabalho didáctico. Quer dizer,
os meios de ensino são usados com determinados fins pedagógicos.
Por outras palavras, os recursos de ensino são componentes do ambiente
da aprendizagem que dão origem a estimulação para o aluno (Piletti,
2004). Esses componentes podem ser, o profesor, os livros, os mapas, os
objectos físicos, as fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os
recursos da comunidade, os recursos materiais e assim por diante. Para
Libâneo, (1994), meios de ensino são meios e recursos materiais
utilizados pelo professor e pelos alunos para a realização e condução
metódica do processo de ensino-aprendizagem.
O material didáctico é uma exigência daquilo que está sendo estudado
por meio de palavras, a fim de torná-lo concrecto e intuitivo.
Importa desde já esclarecer os quívocos frequentes no estudo dos
recursos de ensino, são eles sinónimos de materiais didácticos, recursos
didácticos, meios didácticos ou de ensino? Ou referem amesma coisa?
Certamente, vários autores ao usarem esses termos, em algum momento
parece diferentes, deu para entender nas definições apresentadas acima.
Seja como for, esses conceitos são sinónimos, referem-se a mesma coisa,
dito de outro, a designação desses recursos, mudou ao longo do tempo,
do material didáctico, hoje falamos de recursos didácticos, incluindo
deste modo o aluno, professor (recursos humanos), os recursos materiais
(correspondem aos antigos materiais didácticos). Ao tratar de recursos
de ensino seja qual for a designação, não olhemos para a definição, mas
sim para a finalidade, aí que vamos compreender que são todos recursos
de aprendizagem.

Finalidades do uso dos meios de Ensino-aprendizagem.


A partir dos conceitos de “meios de ensino- aprendizagem”, que vimos
anteriormente, facilmente podemos chegar a conclusão de que os meios
de ensino-aprendizagem são usados com vista a determinadas
finalidades, dentre as quais:
• “
Aproximar o aluno a realidade;
Desenvolver a capacidade de observação;
Desenvolver a experimentação concreta;
Visualizar, ou concretizar os conteúdos de aprendizagem;

121
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Permitem a fixação da aprendizagem.” (Schmitz, 1993:47)

Em resumo, pode dizer-se que, na escola actual, o material didáctico


mais do que ilustrar, tem por fim levar o aluno a trabalhar, a investigar, a
descobrir e a construir, pois é neste sentido que ele aprende. Assume
assim, aspecto funcional e dinâmico, proporcionando oportunidade de
enriquecer a experiência do aluno, aproximando-o da realidade e
oferendo-lhe oportunidade de actuação.

Entretanto, para que o material didáctico seja realmente auxiliar


eficiente do ensino, deve obedecer as seguintes condições:
Ser adequado ao assunto da aula
Ser de facil apreensão e manejo
Estar em perfeito estado de funcionamento quando,
principalmente, se trata de aparelhos.
E por outro lado, a utilização dos recursos de ensino de acordo com
Piletti (2004:154) deve ter em conta alguns critérios e princípios,
nomeadamente:
seleccionar um recurso de ensino deve-se ter em vista os objectivos a serem
alcançados.
Nunca se deve utilizar um recurso de ensino so porque esta na moda.

Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido


sificientimente de forma a poder empregar correctamente.
A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os
alunos”.

Por isso, devemos estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam
a sua receptividade, tais como a atenção, a percepção, o interesse, a sua
participação activa, etc.

Classificação dos Meios de Ensino-aprendizagem

Existem muitas classificações de meios de ensino-aprendizagem e, de igual


modo, constata-se que cada disciplina exige também seu material específico,
como ilustrações, gravuras, filmes, mapas e globo terrestre, discos e fitas, livros,
enciclopedias, dicinários, revistas, album seriado, manuais e livros didácticos,
etc, ao mesmo tempo que temos equipamentos ou meios de ensino gerais
necessários para todas as disciplinas (exemplo, carteiras ou mesaz, quadro -
negro, projector de slides ou filmes, gravador, flanelógrafo etc.).

Piletti (2004), explica que tradicionalmente os meios de ensino são classificados


em visuais (projecções, cartazes, gravuras) auditivos (radio, gravação) e

122
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

audiovisuais (cinema, televisão), apesar de se reconhecer que, na paratica, as


expressões verbais, sonoras e visuais se complementam, fazendo com que os
recursos/meios visuais, auditivos e audiovisuais muitas vezes sejam funcionais
quando se utilizam de forma complementar. Uma outra classificação de meios
de ensino considera existirem:

Meios/recursos humanos
Porfessores
Alunos
Pessoal escolar
Comunidade

Para além da classificação acima, uma outra que podemos registar


apresenta as eguintes categorias de meios de ensino-aprendizagem:

Categoria/tipo Exemplos

Cadernos, lapis, esferografica,


régua, escantilhão, compasso, giz,
Meios simples de trabalho
apagador, etc.

Móveis e equipamento geral das Carteiras e mesa do professor,


salas de aula armarios/estantes, etc.

Objectos originais/naturais Partes de seres vivos ou na sua


totalidade, vivos ou mortos,
exemplos minerologicos, matérias-
primas, etc.

Reprodução ou imtações Modelos didácticos: modelo do


tridimencionais sistema solar, máquinas
simplificadas

Aparelhos e aparelhagens para Aparelhos de demonstração e


experiências e produção mediação, máquinas e ferramentas
de produção, estojos de
dissecação, microscopios,
aparelhos em vidro (tubos de
ensaio, pipetas, provetas, buretas,
alambique, etc)

Meios visuais, auditivos e audio- Veja a classificação anterior


visuais

123
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Importância dos meios audiovisuais


Os meios de ensino que acabamos de apresentar, podemos destacar
aqueles cuja acção se faz mediante o uso da visão (meios visuais), da
audição (meios auditivos) e, finalmente, aqueles que estmulam
simultneamente a visão e audição (meios audiovisuais, colaborando para
aproximar a aprendizagem de situações reais.
Quanto a utilização dos meios audiovisuais na sala de aula, devemos ter
presente que o homem toma conheciemento do mundo exterior através
de cinco sentidos. Pesquisas revelam que aprendemos:
• 1
% - Através do gosto
• 1
.5 % - Do tacto
• 1
1 % - Através do ouvido
• 8
3 % - Através da vista
E retemos:
• 1
0 % Que lemos
• 2
0 % Que escutamos
• 3
0 % Que vemos
• 5
0 % Que vemos e escutamos
• 7
0 % Que ouvimos e logo discutimos
• 9
0 % Do que ouvimos e logo realizamos, (Piletti, 2004: 156)

124
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

A partir destes dados concluimos que os cinco sentidos não tem a mesma
importância para a aprendizagem.Concluimos também que a percepção
através de um sentido isolado é menos eficaz do que a percepção através
de dois ou mais sentidos. Por isso é importante utilizar método e ensino
que utilizem simultaneamente os meios orais e visuais. Para reforçar esta
importância dos recursos audiovisuais, apresentamos os dados do
quadro abaixo que nos ilustra de que retêm mais informações/dados por
muito mais tempo se tiverem sido assimilados através de método de
ensino que combinem a estimulação da visão e da audição dos alunos.

Método de Ensino Dados Dados


retidos retidos
depois de depois de
três horas três dias

Somente oral
70 10

Somente Visual
72 20

Visual e Oral
Simultaneamente
85 65

Fonte: Piletti (2004), Didáctica Geral


De facto, a partir destes dados surge a ideia de que, o professor para
tornar a aula mais dinâmica e com maiores potencialidades de atingir os
objectivos, deve conbinar os meios auditivos com os visuais, evitando,
quanto possivel, utiliza-los separadamente

Sintese
Um ensino activo, participativo requer inevitavelmente o so de meios de
ensino-aprendizagem. Será com base nestes meios que o professor
facilmente guiará as experimentações, a observação e a manipulação dos
alunos, podendo, estes, descrever os factos e fenómenos representados
pelos meios de ensino-aprendizagem. De facto, eles constituem um
grande suporte para a actividae do professor, no sentido de, através da
intuição, dos orgãos de sentido, aproxima-se o aluno a realidade do que
se pretende aprender, visto que estes meios representam sempre um
conteudo específico.
• C
om este procedimento, do uso de meios de ensino, os alunos
estarão em condições de estar cada vez mais dispertos e aptos
para a aprendizagem. Entretanto, resta, para um

125
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

aproveitamento integral dos meios de ensino, reconhecermos


que eles não se utilizam e nem devem ser utilizados com
finalidade em si mesmos, senão virados para a aprendizagem
dos alunos, eis porque, o professor precisa de ter domínio
exaustivo sobre a finalidade com que usa os meios,
recorrendo, ao mesmo tempo, a principios e critérios
fundamentados sob ponto de vista didactico. Lembra-nos
Schmitz (1993), que autilização dos recursos didácticos
dependerá do tipo de aluno, o seu interesse, os objectivos, os
conteúdos, os métodos, e muitos outros factores ocasionais ou
ambientais.

Exercícios de auto – avaliação

1.Estando diante da conversa entre dois professores, cujo profesor A aconselha


o B nos termos que se seguem, assinala apenas aquelas que considera
possuirem afirmções correctas:
Os meios de ensino estimulam a actividade dos alunos (certo)
A eficácia dos meios de ensino na sala de aula está condicionada a
capacidade de mobilizar a atenção, observaçào, manipulação dos alunos.
(Certo)
Para cada aula, todos os meios de ensino são válidos, é só uma questão do
professor ver -os que estão próximos, evitando assim “dar” aulas sem
auxílio de quasquer que sejam os meios de ensino (Negativo)
A palavra do professor, o professor ele mesmo, nunca pode ser um meio
de ensino a explorar; por isso antes de cada aula que cada professor faça o
esforço de olhar seu exterior, aos recursos materiais disponíveis.
(Negativo)
Meios modernos, aqueles que atraem mais a curiosidae dos alunos por
causa da novidade que inspiram são muito mais funcionais que os
conhecidos, mesmo que o professor não tenha dominio suficiente sobre o
funcionamento daqueles.(Negativo)
Um ensino em que se faz uso diversificado de meios desde que sejam
adequados e utilizados eficazmente, facilitam a fixação do conteúdo pelos
alunos. (certo)

1. Piletti (2004), explica que tradicionalmente os meios de ensino são


classificados em visuais, auditivos e audiovisuais.
Resposta: 1 V.

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1. Defina o conceito de Meios de Ensino.


Exercícios
3. Qual é o foco das finalidades do uso dos meios de Ensino – aprendizagem.
4. Discuta os meios de Ensino Humanos e meios audio visuais.
5. Quais são os criterios e principios apresentados Piletti (2004:154).

Lituras Recomendadas : KARLING, A.A. (1991), A didáctica necessária, São


Paulo, Ibrasa.

LURIA, LEONTIEV, VIGOTSKY, et al, (1977), Psicologia e pedagogia, Lisboa,


Editorial Estampa.

127
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

TEMA VI: Avaliação no Processo de Ensino e Aprendizagem

UNIDADE TEMÁTICA 6.1. Avaliação no processo de ensino-aprendizagem

Introdução

Esta unidade pretende dotar os estudantes no concernente avaliação no


processo- ensino e aprendizagem.

Sabemos que, devido às mudanças acarretadas pela Lei de Directrizes e Bases da


Educação Nacional – LDBEN 9394/96- para os novos parâmetros curriculares
nacionais e os conteúdos multidiciplinares, aqui entendidos como as quatro
áreas do conhecimento :
– Ciências Humans, Ciências da Natureza, Linguagens e suas tecnologias
e Matemática –, tornam-se necessárias novas diretrizes para a avaliação do
processo de aprendizagem e do ensino.

Colaborando com autores como Cortesão e Torres (1990), Nérici (1989) Piletti
(1990), Libâneo (1992) e outros, podemos destinguir três tipos de avaliação no
PEA, nomeadamente avaliação Diagnóstica, Formativa ou continua e Sumativa.
Vamos ver, nesta unidade, o conceito de cada um destes tipos de avaliação, as
suas funções, os momentos do PEA em que se devem realizar e as formas da sua
realização.

Portanto, nesta unidade está convidado para uma discussão activa sobre o tema
proposto nesta unidade

Ao completar esta unidade, você será capaz de:

▪ Caracterizar a avaliação Diagnóstica, formativa


sumativa, indicando o momento em que se
realizam e os seus objectivos/funções
Objectivos ▪ Reconhecer a avaliação diagnóstica, formativa e
sumativa como instrumentos para (re) orientação
do PEA.
▪ Mencionar as formas através das quais se pode
realizar a valição diagnóstica, formativa e sumativa.
▪ Apresentar os princípios básicos da avaliação da
aprendizagem e do ensino

128
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Sumário

Avaliação deve servir como diagnósticco do ensino realizado, tendo em vista as


competências e as habilidades e a capacidade de organizar as informações,
construindo conhecimento

Avaliar o quê?

Para que possamos desenvolver as competências propostas pelos PCNs,(


PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS) , precisamos também
trabalhar com métods e estrarégias de ensino que visem oferecer aos
alunos questões de reflexão e, por que não, de memorização para o
desenvolvimento de formas de pensamento mais complexo.

Princípios que norteiam as práticas pedagógicas no processo de avaliação


1. Estabelecer os objetivos que devem ser avaliados (para quê, por quê, como,
quando e quanto).
2. Aplicar estratégias adequadas para que a avaliação esteja focada dentro dos
bjetivos propostos.

3. Diversificar as técnicas, a fim de se obterem resultados satisfatórios do


desenvolvimento do aluno.

129
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

4. Utilizar métodos que sirvam para avaliar os aspectos quantitativos e técnicas


que sirvam para avaliar os desempenhos qualitativos.
Função da Avaliação
É diagnosticar o processo de aprendizagem, não a capacidade do aluno.”

avalia quem de facto examina o aluno.

Tipos e Funções de Avaliação

Avaliação Diagnóstica

A avaliação Diagnóstica realiza-se no ínicio do curso, do ano lectivo, do


semestre, da unidade ou dum novo tema. A valiação diagnóstica tem
como objectivo verificar o dominio de pré-requisitos necessários para a
aprendizagem posteriores (=nível dos alunos). Estes pré-requisitos
constituem o ponto de partida para estabelecer uma estratégia do PEA
adequado para os alunos, de forma que o professor possa ajudar todos
os seus alunos a terem o domínio do saber, saber fazer e saber ser/estar
correspondentes a objectivos considerados fundamentais. Deste modo é
possível que se faça:

Organização de aulas de recuperação


Simplificação dos conteúdos programáticos que serão
estudados, reduzindo-os ao essencial
Acompanhamento contínuo dos alunos individualmente
ou em grupo.
Elaboração constante de trabalhos pelos alunos e sua
correcçào regular pelo professor.
Testagem regular dos progressos e resultados de
aprendizagem.
.
Portanto a avaliação diagnóstica tem uma função formativa, pois tem
como finalidade, através de conhecimento do nível inicial dos alunos,
elevar a aprendizagem para atingir os objectivos educacionais propostos.

130
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Avaliação Continua ou formativa


Este tipo de avaliação, como o nome já diz, realiza-se continuamente ao
longo das aulas Também tem uma função formativa, uma vez que dá a
conhecer ao professor e ao aluno se os objectivos estão a ser alcançados,
identifica os obstáculos que estão a comprometer a aprendizagem,
estabelecendo estratégias que ajudem os alunos e os professores a
ultrapassar as dificuldades detectadas.

Esta actividade (avaliação contínua) vai revelar problemas de


aprendizagem colectivos (da turma) ou individuos. Por exemplo, o facto
de uma noção não ter sido adequada por grande número de alunos na
turma pode significar que ela é dificil ou que o professor não actua de
forma adequada.

Consequentimente, há um diagnóstico do PEA, e em caso de os


resultados serem negativos, exige-se a replanificação que consiste em:

Rever os objectivos traçados e os conteúdos por parte do


professor
Rever os métodos e os meios de ensino e aprendizagem
utilizados na aula
Alongar o tempo previsto inicialmente de modo a fazer
compreender os conteúdos eficazmente.
Acompanhar de perto o trabalho dos alunos ou exigir mais
esforço com vista a compreensão da matéria.

Avaliação Sumativa

No fim de uma determinada etapa de aprendizagem (unidade, trimestre,


semestre, ano ou curso) chegou o momento de se “medir a distância” a
que o aluno ficou da méta pré-estabelecida, ou seja, avaliar se os
objectivos traçados foram ou não alcançados pelos alunos. Esta distância
é quantificada, isto é, classificada. A função desta avaliação é, pois, emitir
um juízo de valor final.

Mas classificar pressupõe que haja um critério de como fazer uma


comparação com o que está a ser classificado num determinado quadro
de referência, e nosso caso temos a escala de valores, de notas, surgindo
daí as classificações de Muito Bom, Bom, Sufciente, Mediocre e Mau.

131
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Contudo, a avaliação sumativa para além de função de classifica ção pode


também assumir a função formativa e orientadora do percurso de
aprendizagem na medida em que será um instrumento que permitirá ao
professor:
Decidir da possibilidade de passar ou não para uma nova unidade
didáctica.
Medir a posição de cada aluno, tendo em conta os objectivos
estabelecidos na planificação e toda a avaliação que o aluno foi
evidenciado.
Decidir da possibilidade de os alunos transmitirem para o ano seguinte,
apoiando-se também, como é óbvio, em todas as informações recebidas
sobre aluno.
Constatar se porventura houve folha no seu próprio trabalho, identificar
as causas, a fim de as ultrapassar posteriormente.
A avaliação acompanha todo o PEA; alias, juntamente com planificação e
realização do PEA, construem os ciclos docentes, ou seja, o ciclo de
actividades fundamentais do professor: planificar, realizar e avaliar o
PEA. E não se trata de uma avaliação “fim” em sim mesmo, mas de uma
avaliação que inicia com o processo para o diagnóstico das
particulardades individuais dos alunos e da turma, para ajustar as
actividades ao aluno e, depois, a medida que se vai realizando o PEA o
professor e o aluno requerem uma informação sobre como está a
decorrer a aprendizagem para reorientação da actividae do ensino tendo
em conta o rítmo da aula e da aprendizagem dos alunos. E, finalmente,
após a conclusão de uma unidade, semestre ou curso, faz-se a avaliação
sumativa para classificação dos alunos.

132
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O importante, em nosso entender, é que a avaliação, contrariamente ao


que fazem muitos professores, não deve servir apenas para “ dar notas “
aos alunos, classificá-los, mas sim como um instrumento valioso para
condução do PEA. Para o efeito, se impõe ao professor a realização, não
apenas da avaliação sumativa, mas cada vez mais da avaliação
diagnóstica e formativa.

Exercícios de auto – avaliação

Verdadeiro Falso
1. Quando se realiza a avaliação diagnóstica temos em vista aferir o nível
inicial dos alunos para a aprendizagem do novo conteúdo. (Verdadeira)
2. Despois da realização a avaliação diagnóstica, quando se verificar que os
alunos não têm os pré-requisitos , o professor deve reprogramar a
recuperação dos alunos antes de avançar com a nova matéria.
(Verdadeira)
3. A recupração dos alunos pode acontecer tanto no início de uma aula com
nova matéria ou numa aula inteira especificamnte reservado para o
efeito. (Verdadeira)
4. A avaliação sumativa serve essencialmente para diagnosticar as
dificuldades dos alunos em termos do seu progresso na aprendizagem.
(Falso)
5. A avaliação formativa não é realizável nas nossas escolas por causa do
número elevado de alunos e da extensão dos programas (Falso)
6. O que é mesmo importante é que cada um dos alunos percebe, através da
avaliação, os seus progressos e as suas dificuldades para, a partir dai,
esforçar-se no que for necessário. (verdadeira).

Exercícios 1.Apesar do dinamismo reconhecido no processo de planificação, a


sondagem é considerada uma etapa crucial deste processo. Explique
porquê?

2. Explica quando é que se usa Avaliação Continua ou formativa no


Processo de Ensino e Aprendizagem?
3. Indica os Princípios que norteiam as práticas pedagógicas no processo de

133
UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

avaliação?
4. Qual é o foco das finalidades do uso Avaliação Diagnóstica?
5. Menciona os tipos de avalição. E qual é a sua função?

Lituras Recomendadas :
HAYDT, Regina Cazaux. Avaliação do processo ensino-aprendizagem. 6ª Edição.
São Paulo: Editora Ática, 2008.
HOFFMANN, Jussara: Avaliação –mito e desafio. Porto Alegre: Editora Mediação,
2005.
LUCKESI, Cipriano Carlos: Avaliação da Aprendizagem Escolar. 21° Edição. São
Paulo: Editora Cortez, 2010 (p. 17-26).

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UnISCED MANUAL DE TRONCO COMUM DIDÁCTICA GERAL

Referência Bibliográfica

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na Avaliação; Porto Editora, Porto, 1990
GOLIAS, Manuel. Educação Básica: Temáticas e conceitos, Maputo, 1999.
HAIDT, Regina Célia C. Curso de Didática Geral. 8ª Edição, ática, São Paulo,
2006.
KLINGBERG, Lothar. Itroducción a la didáctica general.Editorial Pueblo y
educacion; Ciudad de la Habana, 1972.
LEMOS, V.O Critério do Sucesso-Técnicas de Avaliação da Aprendizagem;
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LIBANEO, J. Didáctica; Cortez editora; SP, 1992_________. Pedagogia e
Pedagogos para quê? Cortez Editora, 8ª Edição, SP,2005.
LIBANEO, José Carlos. Directrizes curriculares da pedagogia: imprecisões
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MENENGOLA, M.; SANT’ANNA, I. M. Por quê planejar? Como planejar?:
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MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Conteúdos escolares: a quem compete a seleção e
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MENENGOLA, M.; SANT’ANNA, I. M. Por quê planejar? Como planejar?:
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PIAGET, Jean. Pedagogia. Horizontes Pedagógicos, Lisboa. 1998.
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