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Estudante: Samuel Fernando Mandlate

Relatório de Práticas Pedagógicas

Licenciatura de Ensino de Física

Universidade Pedagógica de Maputo


Dezembro - 2021
Estudante: Samuel Fernando Mandlate

Relatório de Práticas Pedagógicas

Relatório de práticas pedagógicas a ser enviado


na plataforma à Faculdade de Ciências Naturais
e Matemática, para efeito de avaliação na
cadeira de Prática Pedagógica Geral, sob
orientação do docente Chadreque Cuambe.

Universidade Pedagógica de Maputo


Dezembro - 2021
Índice
1. Introdução ..................................................................................................................................... 5
1. Resumo ........................................................................................................................................... 6
Relatório de Práticas Pedagógicas .......................................................................................................... 7
2. Objectivos .................................................................................................................................. 7
2.1. Objectivo geral das práticas pedagógicas ........................................................................... 7
2.2. Objectivos específicos ........................................................................................................... 7
3. Escola ............................................................................................................................................. 7
4. Importância das práticas pedagógicas ........................................................................................ 8
5. Intervenientes das práticas pedagógicas ..................................................................................... 8
6. Período/local da realização ........................................................................................................... 8
CAPITULO I – Revisão da literatura ..................................................................................................... 8
7. Fundamentação teórica ............................................................................................................ 8
7.1. Conceito de PPG ................................................................................................................. 10
8. Metodologia de trabalho......................................................................................................... 11
8.1. Procedimentos técnicos/Métodos .............................................................................................. 11
Capítulo III ............................................................................................................................................ 12
9. Etapas da realização das PPs ................................................................................................. 12
10. Cronograma das actividades .................................................................................................. 13
14. Localização da escola .......................................................................................................... 15
15. Historial da Escola Secundária da Manhiça......................................................................... 15
15.1. Primeira Fase (1930-1975).......................................................................................... 15
15.2. Segunda Fase (1975-1984) .......................................................................................... 16
15.3. Terceira Fase (1984-1997) .......................................................................................... 16
15.4. Quarta Fase (1997-presente) ...................................................................................... 17
16. Descrição da escola. ................................................................................................................ 17
17. Membros de Direcção da Escola e as devidas funções ......................................................... 18
17.1. O Director da Escola ....................................................................................................... 18
17.2. Director Adjunto Pedagógico (DAP) ............................................................................. 18
17.3. Chefe da secretaria.......................................................................................................... 19
17.4. Presidente do Conselho da Escola ................................................................................. 20
Efectivos Escolares ........................................................................................................................... 21
Efectivo de Professores ..................................................................................................................... 21
Pessoal Não docente ............................................................................................................................. 22
Anexos .................................................................................................................................................. 23
18. Conclusão ................................................................................................................................. 24
19. Bibliografia .............................................................................................................................. 25
1. Introdução

As práticas pedagógicas proporcionam um espaço de aprendizagem com variadas e


ricas situações da realização educativa que possibilitam ao estudante consolidar os seus
saberes teóricos aprendidos durante as aulas e compara-las com a realidade e para depois tirar
as lições para o melhor contributo para o processo de ensino e aprendizagem.

Dialogar sobre práticas pedagógicas, é pensar inicialmente em indagações que


fazemos enquanto professor, em de que forma atuamos no contexto educacional. A
identidade profissional ainda demanda reflexões sobre este ser individual e colectivo que
compõe o profissional da docência.

O presente trabalho pretende apresentar as actividades desenvolvidas no âmbito da


prática pedagógica e no percurso académico de desenvolvimento profissional.

É nas práticas pedagógicas, que são implementadas as actividades curriculares que garantem
um contacto experimental com situações psíquicas e pedagógicas e ainda didácticas concretas
que contribuem para preparar de forma gradual o formando para a vida profissional da qual a
importância é de aproximar o futuro professor a situações reais de ensino e aprendizagem.

Entende-se que as práticas pedagógicas visa fazer a medição entre a teoria desenvolvida no
instituto e a prática vivenciada nas escolas, nessa óptica, foi desenvolvida durante um período
de aproximadamente 30 dias. O programa de práticas pedagógicas foi desenvolvido na Escola
Secundária da Manhiça. De ressaltar que, apesar de ter sido num tempo crítico (período da
realização dos exames finais), a direcção da escola não se negou a prestar quaisquer
informações a respeito da sua estrutura ou conduta pedagógica, propiciando liberdade para
que as observações fossem a contento e ainda contando com a ajudo de funcionários da
escola.

O relatório está dividido em capítulos para facilitar a compreensão das actividades


desenvolvidas, onde no capítulo um define-se conceitos e fala dos objectivos, o capítulo dois
versa sobre a metodologia do trabalho e no terceiro capítulo é apresentado o desenvolvimento
do trabalho.
1. Resumo

O presente relatório aborda as actividades desenvolvidas nesta fase de formação, do primeiro


contacto com a instituição/Escola referente à cadeira de Práticas pedagógicas Gerais e
descreve-as em suas distintas etapas, desde actividades desenvolvidas pelo docente e
estudantes na UP até a compilação dos dados recolhidos no local onde foram realizadas as
Práticas Pedagógicas. A realização das Práticas pedagógicas Gerais compreende ainda a
discrição das actividades de submissão da carta, apresentação do estudante, desenvolvimento
das actividades propriamente realizadas na Escola Secundária da Manhiça desde a
composição da repartição, descrição e historial da escola, funcionamento da escola,
documentos normativos que regulam a escola, mapas de efectivo escolar, docentes e corpo
não docente, bem como suas potencialidades e fraquezas, conclusões e recomendações
tiradas ao longo do trabalho.

Palavras-chaves: Relatório, Práticas pedagógicas, Escola.


Relatório de Práticas Pedagógicas

2. Objectivos

Objectivo é um fim que se pretende atingir. https//:www.wikipedia.com (cessado 29.11.2021)

2.1. Objectivo geral das práticas pedagógicas

Segundo MARCONI e LAKATOS (2001: 102) os objectivos gerais estão ligados a uma
visão global e abrangente.

 Conhecer os dados informativos de uma escola, avaliando sobre o seu funcionamento


no seio de toda actividade educacional.
 Conciliar a prática do ensino e a sua teoria.

2.2. Objectivos específicos


 Proporcionar o desenvolvimento de competências profissionais;
 Descrever dados informativos em regime do funcionamento escolar;
 Identificar os documentos constantes numa escola e no sector Pedagógico;
 Descrever a utilidade de tais documentos e o funcionamento dos mesmos.

3. Escola

Para GOMES (2014, p. 46-47), a escola é um lugar marcado pela diversidade de pessoas que
ali convivem, e, ao discutir sua função social é inevitável pensar nos elementos culturais
presentes de diferentes formas em seu interior, bem como em sua função como instituição do
estado, estando a ele ligada, tendo, portanto, que seguir as normas estabelecidas.

A escola é uma instituição que foi se transformando ao longo da história em cada sociedade,
pois cada tempo perpassa seu próprio modelo escolar, de acordo com a sua realidade Sócio
Histórica. No actual momento histórico, a reflexão sobre o tipo de homem que estaria com a
nova sociedade apresenta questões cruciais para a educação e para o papel a ser
desempenhado pela escola, salienta o autor.
4. Importância das práticas pedagógicas
Prepara de forma gradual o estudante para a vida profissional;
Possibilitam-nos a vivência do meio escolar em contacto com os alunos. Desenvolvem
actividades do PEA, pesquisa o desenvolvimento de competências de saber ensinar,
aprender, conviver profissionalmente assim como desenvolver capacidades de análise e
contribuição crítica e criadora par um melhor ensino de qualidade.
A prática pedagógica permite-nos conhecer quais os documentos que são usados nas
escolas, a estrutura organizacional duma escola, ambiente escolar, relação
professores/alunos, professores/professor; aluno/aluno e entre os demais funcionários.

5. Intervenientes das práticas pedagógicas

Estudantes;
Direcção da escola:
Tutor Geral e
Tutor de Especialidade.

6. Período/local da realização

A realização de Práticas pedagógica teve lugar e período na Escola Secundária da Manhiça,


no segundo semestre do primeiro ano (2021), respectivamente.

CAPITULO I – Revisão da literatura

7. Fundamentação teórica

O presente capítulo tem como objectivo ajudar o praticante buscar algumas obras com o intuito de
sustentar a produção do relatório, por ser um documento académico que precisa de ser produzido
seguindo regras institucionais. Por ser este um trabalho que visa trazer recomendações e sugestões
para a melhoria da actividade docente, por qualificar o professor praticante é da categoria de
pesquisa, por conseguinte, carece de uma fundamentação teórica, razão pela qual para a
concretização deste trabalho fez-se a revisão bibliográfica de alguns autores que sustentarão a
parte teórica.
As políticas públicas educacionais vêm valorizando a gestão escolar como um meio que
pode contribuir de forma significativa para a melhoria dos resultados da aprendizagem dos
alunos, a gestão representa um dos condicionantes da qualidade de ensino. PARO (2007).

Para Libânio (2008) “ o modo como a Escola funciona suas práticas de organização e gestão
faz diferença em relação aos resultados escolares, com respeito a estas práticas na gestão
escolar, pode-se citar a capacidade de liderança dos dirigentes, sobretudo do director, a gestão
participativa, o clima de trabalho, a organização do ambiente, as relações entre os sujeitos
escolares e outros.

STONE & FREEMAN (1985, p. 4), definem administrar como um processo de planejar,
organizar, liderar e controlar o trabalho dos membros da organização, e de usar os recursos
disponíveis da organização para alcançar os objectivos disponíveis. De acordo com
CHANLAT (1999, p. 31), gestão é um conjunto de práticas e de actividades fundamentadas
sobre certo número de princípios que visam uma finalidade PREDEBON & SOUSA (2003, p
2) gestão, pode ser definida como o conjunto de acções, de todos os processos de direcção,
organização, assimilação de recursos, controle, planeamento, activação e animação de uma
empresa ou unidade de trabalho. Segundo MAXIMIANO (2007) administração é um
trabalho em que as pessoas buscam realizar seus objectivos próprios ou de terceiros com a
finalidade com a finalidade de alcançar as metas e objectivos traçados. Para o mesmo autor
Direcção é a função administrativa que orienta, conduz e coordena as pessoas na execução
das actividades planificadas e organizadas. A Educação é o conjunto das influências
exercidas voluntariamente por um ser humano em relação a outro, em princípio um adulto em
relação a um jovem, orientadas para um fim que consiste na formação das disposições de
vária ordem que correspondam as finalidades para as quais está destinado esse jovem quando
chegar a maturidade. (HUBERT, 1970 citado por Sobral, 1980).

Observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações utilizando os


sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver ou
ouvir, mas também em examinar factos ou fenómenos que se deseja estudar (LAKATOS,
2009:275. Libâneo (1994), afirma que os métodos são caminhos pelos quais se atinge uma
certa finalidade educativa e, estes estão em estreita ligação com os conteúdos de ensino,
condição básica para a decorrência e consumação do processo de ensino e Aprendizagem. No
entanto sempre que planificar uma certa actividade de aprendizagem, é tarefa do professor
seleccionar métodos ideias que vão de acordo com o tema a leccionar, pois os métodos
consistem na mediação escolar tendo em vista activar as forças mentais do aluno para a
assimilação da matéria.

Para VYGOTSKY (1993 pág. 44); o desenvolvimento humano é o conjunto de mudanças


progressivas e contínuas do organismo ao longo da vida. Afirma também que o conceito de
desenvolvimento abrange todas as transformações e processos internos que permitem que a
experiência, o conhecimento e o comportamento adquiram uma diferenciação e
complexificação crescentes, tal como uma forma hierarquizada de integração, englobando
todas as funções.

Método é o caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho não
tenha sido fixado de antemão de modo reflectido e deliberado (HEGENBERG, 1976:11-115
apud MORSI, 2003:12) ora, método é tido num trabalho de pesquisa como o vector, pelo qual
é possível alcançar os objectivos desejados, entretanto, a quando de confeccionar-se este
relatório de estágio deu-se primazia aos seguintes métodos:

O Relatório de Práticas Pedagógicas (RPP) resulta de um trabalho científico destinado à


pesquisa de determinadas questões pedagógicas relacionadas com a prática pedagógica
escolar, sobretudo com o ensino de uma determinada disciplina na escola moçambicana.
Através dele, o estudante articula os saberes científicos específicos com os psicopedagógicos
e didácticos. Assim, ele visa contribuir para a melhoria da qualidade de ensino.

7.1. Conceito de PPG

De acordo com o regulamento académico da UP (2017, p. 44) a Prática Pedagógica é uma


actividade curricular, articuladora da teoria e prática que garante o contacto experimental
com situações psicopedagógicas, didácticas e laborais concretas, reais e simuladas e que
contribuem para preparar, de forma gradual, o estudante para o estágio e a vida profissional.

A comissão de práticas pedagógicas é constituída tutores, supervisores da UP, representantes


das escolas, representantes do MINEDH, Chefes de Departamento e Directores de Curso em
cada uma das Delegações, Faculdades ou Escolas da UP, Regulamento académico da UP
(2017, p. 45)
CAPÍTULO II

8. Metodologia de trabalho

A metodologia é a ciência compreendida por meio da sistematização dos processos a ser


desenvolvidos no decorrer da pesquisa académica para gerar conhecimento. Assim sendo, a
metodologia vai descrever quais são os métodos e instrumentos empregados para realização
da pesquisa científica.

No que tange a metodologia do presente trabalho, realizei uma reflexão sobre a componente
lectiva do estágio Integral Começando pela localização e o historial da escola, no ponto
relativo á amostra, e continuo a minha reflexão com o desenrolo de todas as actividades por
mim realizada para a elaboração deste relatório.

8.1.Procedimentos técnicos/Métodos
“Método é o caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse caminho
não tenha sido fixado de antemão de modo reflectido e deliberado” (HEGENBERG, 1976:11-
115 apud MORSI, 2003:12) entretanto, método é tido num trabalho de pesquisa como o
vector, pelo qual é possível alcançar os objectivos desejados, entretanto, a quando de
materializar-se este relatório de estágio deu-se primazia aos seguintes métodos:

 Método bibliográfico
 Método documental
 Entrevista

De salientar que, relativamente ao método bibliográfico, houve a necessidade de pesquisar os


livros e manuais que abordam sobre todos os componentes que acompanham as Práticas
pedagógicas gerais, no seio das organizações para que melhor se faça face à instituição com
conhecimentos sólidos sobre o processo de gesta e administração. Em relação ao método
documental, a quando de dar seguimento a pesquisa, ia pedindo documentos produzidos e
usados na instituição para efeitos de recolha de várias informações patentes nos mesmos. E, a
entrevista culminou na sequência de perguntas e respostas.

Para o efeito, a pesquisa será realizada no seio da Escola Secundária da Manhiça. Num prazo
de 30 dias, para a recolha de mais dados, para além da observação directa na instituição, terei
encontros com os membros da direcção, nomeadamente: O Director e o DAP da escola, o
chefe da secretaria e o presidente do conselho da escola.
Capítulo III

9. Etapas da realização das PPs

A realização das práticas pedagógicas obedeceu fundamentalmente três fases: pré-


observação, observação e pós-observação.

Pré-observação

Antes do início do trabalho do campo, houve a necessidade de uma orientação sobre os


procedimentos para a realização eficaz das PPs e levantamento de credencial.

As orientações foram dadas pelo Mestre Chadreque Cuambe, na ocasião, deu todas
orientações a respeito dos procedimentos com os trabalhos, desde a apresentação até ao
último dia. O tutor de especialidade exortou nos aspectos de recolha de dados e frisou a parte
de autenticidade da informação, onde falou de evidências e factos. Por fim, orientou o
preenchimento dos protocolos de realização de PPs e os devidos credenciais, realçando que a
escola de realização do trabalho era de escolha livre desde que fosse numa Escola
Secundária.

O estudante procedeu com a submissão do credencial de realização das práticas no dia 18 de


Novembro de 2021, felizmente, no mesmo dia teve a autorização para realização dos
trabalhos.

Observação

Nesta etapa, tratou-se de observação em torno do pátio da escola Secundária da Manhiça com
o objectivo de apurar a composição física e total da instituição. As actividades foram
decorrendo, até ao sector pedagógico, tendo culminado na apresentação pessoal bem como
dos programas escolar, que regulam o funcionamento da escola desde apresentação e
interpretação dos normativos da escola, onde fiquei sabendo que a instituição possui o
regulamento interno, projectos para o seu desenvolvimento, organograma, horário geral da
escola, efectividade escolar e o historial documentado.
O acesso aos membros da direcção previamente seleccionados (director, DAP, chefe da
secretaria) foi, de certa forma deficitárias pelo principal facto ter calhado no período de
realização dos exames finais. Razão pela qual, houve necessidade de aguardar pela
disponibilidade e consequentemente processo tornou-se moroso e o tempo de interacção
comprimido.

Pós-observação

Esta fase consistiu na organização de dados e posterior, a produção ou elaboração do


relatório.

10. Cronograma das actividades

Semana Actividades a realizar


18/11 a 19/11 Apresentação na escolar e observação das condições físicas da Escola
22/11 a 26/11 Encontro com o Director da Escola e com o chefe da secretaria
29/11 a 03/12 Encontro com o Director Adjunto da Escola
6/12 a 10/12 Encontro com o presidente do Conselho da Escola
13/12 a 17/12 Organização dos dados, realização e entrega do relatório e portfólio

11. Conhecimento adquirido

Várias foram os conhecimentos colhidos no terreno da escola Secundária da Manhiça ao


decorrer das PPs, foi onde pude-me familiarizar com a realidade no que diz respeito ao
funcionamento duma escola Secundária, desde a sua estruturação física, os documentos
normativos e a sua implementação. Para um bom funcionamento duma instituição é
necessário o uso correcto dos documentos normativos, como também é preciso que se
observe a validade dos mesmos, pois alguns inspiram e/ou são revogados. Para o sucesso de
qualquer instituição que seja é preciso que as actividades sejam planificadas, organizadas e
executadas dentro dos prazos e de acordo com o planificado.

Para Libânio (2008) “ o modo como a escola funciona suas práticas de organização e gestão faz
diferença em relação aos resultados escolares, com respeito a estas práticas na gestão escolar,
pode-se referenciar a capacidade de liderança dos dirigentes, sobretudo do director, a gestão
participativa, o clima de trabalho, a organização do ambiente, as relações entre os sujeitos
escolares e outros. É importante considerar que a forma como a escola se organiza em sua
estrutura administrativa e política envolve uma gama de factores importantes que determinam
os rumos dos resultados. Algumas variáveis, presentes no quotidiano escolar podem trazer
implicações favoráveis ou não a estes resultados, como exemplo, pode se citar o preparo dos
professores, as condições de trabalho, factores socioeconómicos, dentre outros que
representam os condicionantes do desempenho dos alunos e da escola. A gestão se apresenta
como uma forma de colaborar no provimento dos recursos necessários para o sucesso das
actividades de ensino, uma vez que se torna necessário investigar sobre a forma como tais
factores se organizam e se desenvolvem em meio a diversidade de situações que envolvem as
realidades das escolas.

Portanto, foi de grande valia ter frequentado a disciplina de Prática Pedagógica Geral. Com a
realização de vários trabalhos orientados pelo docente, nomeadamente: A elaboração de
fichas de leitura com base nas diversas obras ricas em informações ligadas a minha área de
formação, por exemplo: métodos científicos, funções didácticas e a sua descrição bem como
a planificação do Ensino-aprendizagem e o último que culminou com a elaboração de um
trabalho científico retratando a avaliação do PEA. Na sequência, houve também o decurso de
vários fóruns de debate em volta de diversos temas, em destaque, o Sistema Nacional de
Educação.

Com certeza, a grelha dos trabalhos acima elencados, foi um instrumento de estrema
importância para o estudante se familiarizar com a leitura de obras, o que resultou na
assimilação de matérias ligadas ao Processo de Ensino e Aprendizagem.
12. Apresentação de dados

13. Documentos Normativos usados na Escola Secundaria da Manhiça


Diploma ministerial número 106/78 de 1978.
Regulamente interno da escola
Projecto da escola
Plano anual de Actividades 2021
Horário geral dos professores

14. Localização da escola

A Escola Secundaria da Manhiça localiza-se na Província de Maputo, distrito de Manhiça ao


sul da vila sede, a 78Km da cidade e de Maputo ao longo da Estrada N1, precisamente no
bairro Cambeve a 1.5 Km do centro da vila.

15. Historial da Escola Secundária da Manhiça

Concernente ao historial, a escola actualmente secundária da Manhiça foi criada pelo diploma
ministerial nᵒ 106/78 de 1978.

Para uma breve contextualização da escola, importa considerar quatro (4) fases:

15.1. Primeira Fase (1930-1975)

Inicia com a construção do que hoje é comummente designado por Escola de Alvor. Trata-se
de um empreendimento construído a fim de dar corpo ao primeiro projecto colonial de
extensão do ensino aos moçambicanos de raça negra, no âmbito da política adoptada pelo
Estado Novo (nome que ficou conhecido o governo colonial português implantado em 1928,
liderado por António de Oliveira Salazar).

O projecto de expansão do ensino aos “indígenas”, estava sintetizado num documento


chamado Acto Colonial e, entre outras coisas, previa a construção de Escola de Formação de
Professores com a designação de Escolas de Habilitação de Professores Indígenas do Alvor.
É nesse contexto que surge a Escola de Habilitação de Professores Indígenas de Alvor. “e de
salientar que, em plena 2a Guerra Mundial, e num período impreciso da década de quarenta, o
Alvor funcionou como um quartel, altura em que se que se diz ter albergado militares de
diversas nacionalidades da África Austral.

Já em 1958, na base de um acordo anteriormente celebrado entre o Governo colonial e o


Vaticano no sentido de a Igreja Católica passar a tutelar as Escolas de Habilitação de
Professores Indígenas, o Alvor passa para as mãos dos Irmãos Maristas. Esta situação
prevaleceu até 1975, ano da independência nacional.

15.2. Segunda Fase (1975-1984)

Após a proclamação da Independência de Moçambique, a 25 de Junho de 1975, o Governo


moçambicano pautou por uma política de massificação do ensino. O primeiro passo rumo à
materialização dessa política, ocorreu no dia 24 de Julho de 1975, com a nacionalização de
estabelecimentos de ensino de que o Alvor fazia parte. A 16 de Fevereiro de 1976, nas
instalações do alvor passa pela primeira vez, a funcionar o ensino secundário geral.

15.3. Terceira Fase (1984-1997)

Na história da Escola Secundária da Manhiça, esta é a fase mais sombria, por coincidir com o
momento em que o impacto negativo do conflito da luta armada se fez sentir com maior
intensidade na Manhiça. Com efeito, sabe-se que a primeira semana de Abril de 1984, um
grupo armado realizou o primeiro ataque as instalações onde funcionava a Escola Secundária.
Desde então, a Escola passou a viver num clima constante de insegurança.

Mesmo assim, não esteve ultrapassada da transformação curricular em curso nesta altura,
tendo sucessivamente introduzido a 7a, 8a e 9a classes do ASE naqueles difíceis anos de 1983,
1984 e 1985, respectivamente. Em 1990, face à agudização do conflito, ocorre uma
transferência forçada da escola.

Parte dos alunos internos é albergada no centro educacional de Magude enquanto a outra se
refugiava na então Escola Secundária de Namaacha (antiga escola da Frelimo) em Namaacha.
Para alunos externos coube a sorte de estudar na vila da Manhiça. Numa fase inicial tratou-se
de identificar, espaços que podiam ser adoptados como salas de aulas. Dentre eles, clube da
Manhiça constitui o espaço onde funcionou o ESG e o EP2.

Numa primeira fase funcionou em locais dispersos designadamente o centro de Saúde, a


Localidade-sede, o espaço pertencente á Igreja Católica. Mais tarde, com base em material
local, foram construídos pavilhões na zona onde actualmente funciona o Mercado Informal
conhecido por Nwankakana.

15.4. Quarta Fase (1997-presente)

Finalmente, esta fase inicia com a ocupação das actuais instalações, facto que aconteceu no
ano de 1997, inicialmente, o ESG e o EP2 funcionaram nas mesmas instalações.

A dissociação dos dois níveis de ensino ocorreu em 2001, com a construção duma nova
escola primária localizada no bairro de Maciana. Refira-se que até ao presente momento a
dissociação do EP2 com o ESG nunca foi efectiva, sempre houve partilha tanto do espaço
como dos recursos humanos. Com efeito até 2004, o curso nocturno do EP2 funcionou nas
instalações da Escola Secundária de Manhiça. Por seu turno, a Escola Primária de Manhiça
alberga desde 2003 um considerável número de alunos do ESG, dando assim resposta à
enorme pressão que é exercida sobre a escola secundária.

Para dar resposta a demanda dos alunos que necessitam do II Ciclo (11a e 12a) no distrito,
introduziu-se em 2008, quatro (4) turmas da 11a classe sendo duas do Grupo B e uma do
Grupo C, reduzindo a saída dos alunos para outros distritos e outros que ficavam sem vaga.
Portanto, nos anos subsequentes aumentou-se o número de turmas no curso diurno e
introduziu-se no curso nocturno.

De ressaltar que, a escola conta com um novo director, João Arnaldo Boane (empossado no
dia 06 de Outubro de 2020, na sala de Sessões do Governo do Distrito da Manhiça que
substituiu o Orlando Benzane), Luísa André Mahandzule na qualidade de directora adjunta
do 1ᵒ ciclo e Joaquim Vicente Mangane, na qualidade de director adjunto do 2ᵒ ciclo.

16. Descrição da escola.

Liderado actualmente por Arnaldo João Boane, a escola possui quarenta e duas (42) salas de
aulas convencionais com uma média de 30 carteiras em cada, destas, vinte e duas (22)
funcionam como salas anexas e, lecciona de 8ᵃ a 12ᵃ classe, além de salas de aulas possuí dois
(2) blocos de casas de banho modernos, dos quais um (1) bloco para os alunos e outro para
professores e funcionários não docentes, possuí também uma cantina (que se encontra
actualmente encerada devido a pandemia), um campo de futebol, papelaria, uma pequena
biblioteca, uma sala de informática. A escola está cercada por um muro de vedação, no geral,
a escola a E.S.M, apresenta boas infra-estruturas e devidamente equipadas, com quadros,
carteiras, mesa do professor e preparada para acompanhar as mudanças climáticas e situação
pandémica, a escola, possui 20 salas de aulas na sua sede, divididas por cinco (5) blocos e,
um (1) bloco administrativo com uma vasta secretaria, dois (2) blocos, do tipo dois que
constituem residências dos professores e um campo de futebol.

17. Membros de Direcção da Escola e as devidas funções

17.1. O Director da Escola

É a figura central da Escola, com responsabilidades que vão desde a gestão de contas até a
gestão dos relacionamentos, ele precisa ser polivalente a fim de conseguir desempenhar com
maestria todas as responsabilidades que são inerentes ao seu cargo. Além disso, precisa
também ser capaz de enxergar as possibilidades e inovar. Conduzir a escola à evolução
constante é um desafio.

A gestão escolar precisa desenvolver um vínculo saudável com todos os grupos que fazem
parte da instituição, com vista a alcançar a vivência de uma gestão democrática e
participativa. Portanto, o director tem a missão de estabelecer bons relacionamentos e de
envolver todos os grupos que compõem o ambiente escolar, unindo forças em órgãos
públicos e privados, na comunidade, família e entidades do segmento, e mostrar que o papel
de educar não cabe apenas ao estabelecimento de ensino.

João Arnaldo Boane, director da Escola, possui a licenciatura em ensino de História.


Formado pela Universidade Pedagógica, ocupa o cargo há pouco mais de um ano, e, antes de
assumir o cargo de director, foi director de turma e delegado.

17.2. Director Adjunto Pedagógico (DAP)

É a personalidade que coordena, supervisiona, acompanha, apoia e avalia as actividades


pedagógicas curriculares, compete a este organizar o processo docente, metodologia de
ensino e de avaliação da aprendizagem em coordenação com os demais membros do conselho
pedagógico.

Joaquim Vicente Mangane, na qualidade de DAP, é formado na área pedagógica


especificamente licenciado em ensino de Inglês.
Sobre elaboração de horário, o director adjunto disse que o Sector Pedagógico incumbe essa
tarefa a alguns membros deste órgão e depois faz-se a verificação e a validação.

Perguntado sobre as dificuldades enfrentadas na instituição, fez a questão de mencionar a


insuficiência de carteiras, a redução de carga horária devido a pandemia o que torna difícil
conciliar os horários, o cumprimento do protocolo sanitário e a défice de professores.
Segundo Mangane, o encarregado educação é sensibilizado logo na reunião de abertura
solene do ano lectivo para actuar como tal. Deve, portanto, visitar a escola regularmente para
acompanhar o desenvolvimento do seu educando, alguns encarregados o fazem porem alguns
não dão-se tempo. Em casos de indisciplina ou mau comportamento de um determinado
aluno, o seu encarregado é convocado e junto com a escola procuram educá-lo.

17.3. Chefe da secretaria

A secretaria escolar é o departamento que se assume o relevante encargo de manter, com


eficiência e eficácia a documentação, a escrituração e arquivos.

A secretaria é o suporte fundamental para o bom andamento da escola. É através de seus


relatórios, dos seus registos, de sua história e organização que a escola poderá respaldar o seu
projecto político pedagógico.

O chefe da secretaria é o responsável directo da Secretaria escolar. Seu papel reveste-se de


extrema importância para o melhor funcionamento da escola, competindo-lhe a organização e
preservação de toda a documentação da escola, de forma escrita ou digitalizada.

Suzana Armando Nhambe, formada em Administração pública, é funcionária da secretaria


há mais de 15 anos e assume a categoria de chefe do sector há 4 anos. No que tange a
organização dos arquivos, quanto aos alunos é feita em turmas, e para os professores em
ordem alfabética nas respectivas pastas de acordo com o conteúdo. Pelo facto de tudo
começar e terminar na secretaria, com certeza toda documentação é tramitado naquele sector,
no entanto, a chefe diz acreditar que consegue corresponder as necessidades dos requerentes
com eficiência pelo facto de não ter havido nenhuma reclamação pela demora dos
documentos pois, são tramitados a tempo.
17.4. Presidente do Conselho da Escola

Conforme (REGEB, 2008), o Conselho da Escola é o órgão máximo do estabelecimento de


ensino, e que tem como funções de regular os princípios fundamentais das instituições de
ensino e as respectivas metas estabelecidas a vários níveis, tais como, central, orientações que
estão instituídas no topo e local onde abrangem ao nível da base, que à qualquer a realidade
da escola este órgão é estabelecido com o propósito de garantir o bom desempenho do
mesmo na gestão democrática, solidária e co-responsável.

O fortalecimento do papel do Conselho Escolar, deve estar vinculado ao compromisso


sociopolítico da comunidade, sendo essa construção resultado da participação permanente,
tomando em vista as seguintes práticas: eliminar as práticas de gestão centralizadas; acautelar
o nível de capacidade de debate nos segmentos e consolidar a participação efectiva na tomada
de decisões.

O presidente do conselho escolar é o representante que tem como funções: convocar as


reuniões; elaborar a pauta das reuniões de acordo comum; acompanhar os trabalhos do
Conselho, entre outros.

Entretanto, no caso da Escola Secundária da Manhiça, até ao período da realização das


práticas, não havia um presidente. Segundo a direcção da escola, o anterior já não exercia as
funções e os membros do conselho estavam no processo de eleição do novo representante.
Efectivos Escolares

Efectivo de Professores
Pessoal Não docente
Anexos
18. Conclusão

Ao longo da realização das Práticas Pedagógicas percebei que esta etapa é de alto valor para
os estudantes visto que estes são os futuros profissionais da educação e que, seguramente, vão
ter que contribuir para o desenvolvimento das instituições e, por conseguinte, para o país
através da ilustração das habilidades que se anexam nos aspectos condizentes a saber ser,
saber estar e saber fazer perante os outros, competências e conhecimentos científicos.

O primeiro contacto com a escola é de grande relevância, visto que permite com que o
estudante ou estagiário tenha, sobretudo, a noção do seu futuro campo de actuação. No final,
o resultado foi positivo concilie os conhecimentos adquiridos na sala de aulas com a prática o
que, indubitavelmente, vai torná-lo um grande profissional porém terá tido uma oportunidade
de saber até que ponto deve se preparar para enfrentar o dia - a - dia dom funcionário pública,
pois, cada dia torna -se mais exigente, no que tange a competência dos funcionários para que
façam face à concorrência no mercado do emprego. No atinente a competência na execução
de qualquer função, esta é fundamental pois o profissional sente-se a vontade na presença de
qualquer que seja que pretende beneficiar - se dos seus serviços.
19. Bibliografia

Aleque Joaquim Meia - 05/11/2020;

FERREIRA, L. B, TORRECILHA, N. &MACHADO, S. H. S; A técnica de observação em


estudos de administração; In: XXXVI encontro da ANPAD; Rio de Janeiro, 2012;

GOMES, função social da escola PUC-SP, São Paulo, 2014;

http//:www.wikipedia.com (cessado 29.11.2021);

LAKATOS & MARCONI, Fundamentos de Metodologia científica. 4a Ed. São Paulo: Atlas,
2001;

LIBÂNIO, José Carlos Didáctica. Cortez Editora. São Paulo Brasil, 1994;

MAXIMIANO, Administração e Gestão Publica, 2007;

PARO, Gestão escolar, democracia e qualidade do ensino. São Paulo: Ática, 2007;

REGEB, Conselhos de Educação: luzes e sombras. Revista de Educação, 2008;

Regulamento académico, Up, Maputo 2017;

VYGOTSKY, L.S. 1993. Pensamento e Linguagem. São Paulo, Martins Fontes.

Fontes Orais
João Boane – Director
Joaquim Mangane – Directora adjunta pedagógica
Suzana Nhambe – Chefe da Secretaria

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