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STRESS NO TRABALHO:

CAUSAS E
CONSEQUÊNCIAS
EFEITOS DO STRESS NO TRABALHADOR E ORGANIZAÇÃO

Quem nunca passou por momentos de stress no trabalho? O stress é normal de


acontecer, até certo nível é positivo, pode ajudar na concretização de objetivos e
no desempenho do trabalho, aumentando a criatividade na resolução de
problemas. Torna-se um problema quando é recorrente e atinge altos níveis. 

As organizações estão cada vez mais atentas à saúde dos seus trabalhadores.
Ambientes organizacionais não saudáveis têm consequências no trabalhador e na
própria organização, como o aumento de pedidos de baixa por doença, aumento
das taxas de absentismo, aumento da rotatividade, baixa produtividade e baixa
qualidade no trabalho que desempenham. Uma coisa é certa, trabalhadores
saudáveis são mais felizes e produzem mais. 

O QUE É O TÃO FALADO STRESS? 


É muito comum falarmos “estou stressado/a” ou “o meu colega estava stressado”,
mas, o que é o stress? O stress é definido como um conjunto de reações físicas,
químicas e mentais em resposta a algum fator que esteja a desencadear o
desequilíbrio do organismo. É a soma de perturbações orgânicas e psíquicas
provocadas por agentes agressores, como fadiga e situações conflituosas, por
exemplo, que gera stress, que, por sua vez, pode provocar ansiedade e angústia e
depressão.

QUAIS AS CAUSAS DO STRESS NO TRABALHO? 


Existem duas principais fontes de causalidade de stress no
trabalho: ambientais e pessoais. 

CAUSAS AMBIENTAIS

As causas ambientais envolvem fatores externos e contextuais, que podem


induzir ao stress no trabalho. A falta de tranquilidade no trabalho, a insegurança no
cargo/emprego, alta carga de trabalho, ritmo intenso de trabalho, o número e a
natureza dos clientes fazem parte das causas ambientais. Chiavenato listou alguns
fatores de stress ambiental:

1. No cargo, o stress pode surgir quando há uma grande sobrecarga de


trabalho, insegurança, rigidez, monotonia e programação. 
2. Na função, a falta de apoio dos colegas e chefias, autoritarismo das
chefias, conflitos, responsabilidades e a ambiguidade.
3. Na estrutura de trabalho, quando há má comunicação interna, pouca
participação do colaborador e rigidez estrutural.
4. Na cultura organizacional, quando a empresa tenta restringir a iniciativa
nos seus colaboradores, o raciocínio, o pensamento a normas rígidas,
quando não há igualdade, pouca possibilidade de progresso ou quando não
há participação dos colaboradores.
5. Fatores externos, como a economia, problemas na comunidade ou na vida
particular. 
6. Dificuldade nos relacionamentos, com as chefias, colegas e clientes.

CAUSAS PESSOAIS

As causas pessoais envolvem uma variedade de características individuais que


irão predispor ao stress. Existem pessoas que lidam melhor com o stress do que
outras, isto tem a ver com a sua individualidade. A falta de paciência, baixo
autoestima, saúde precária, sedentarismo e privação de sono são fatores que
levam as pessoas a reagirem negativamente ao stress, seja ele proveniente do
trabalho ou pessoal.  

Os fatores de stress individuais, segundo o mesmo autor, estão associados às


suas próprias necessidades, aspirações, estabilidade emocional, às suas
experiências, flexibilidade, autoestima e os padrões de comportamentos.
QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DO STRESS NO
TRABALHO?
A lista das consequências do stress no trabalho é longa, a nível fisiológico pode
causar cansaço, tensão alta e insónia; a nível comportamental, pode levar o
trabalhador a cometer erros ou ter acidentes; quanto ao nível cognitivo, podem
ocorrer episódios de esquecimento, erros nos processos de decisão e
dificuldade de concentração; a nível subjetivo as causas passam por fadiga,
ansiedade, sentimento de culpa e preocupação; e, por fim, a nível
organizacional as causas já fomos falando ao longo do artigo, como o
absentismo, presentismo, alta rotatividade, baixa produtividade e qualidade no
trabalho ou serviço efetuado. 

O nível de stress vai variar de pessoa para pessoa, o que para uma pessoa pode
ser stressante pode não ser para outra. A tolerância ao stress depende de muitos
fatores, como por exemplo, relacionamentos de qualidade com os colegas, a sua
própria visão sobre si e sobre a vida e a sua inteligência emocional. 

Quando o trabalhador está continuamente exposto a fatores de stress e atravessa


uma fase em que já não encontra estratégias para o combater, resulta numa
pessoa constantemente stressada, o stress já faz parte da sua rotina, o corpo já
começou a sinalizar que algo está errado há algum tempo e não passa, o stress
começou a afetar não só a sua esfera profissional, mas também a pessoal,
podemos estar a falar do stress no nível crônico, de esgotamento, a conhecida
síndrome de Burnout. 

As organizações têm a responsabilidade de cuidar do estado geral de saúde do


trabalhador, incluindo o seu bem-estar psicológico. Por isso, gestores, cuidem do
bem mais precioso da vossa organização, os trabalhadores!

Organizações saudáveis e felizes rendem mais! Quer saber como tornar a


sua organização mais produtiva, diminuindo as taxas de absentismo e
rotatividade? Descubra o nosso serviço de Felicidade Organizacional.

 
Aprenda a gerir o stresse no
trabalho
Júlia Machado, psicóloga no Hospital Lusíadas Porto, revela algumas
estratégias que o podem ajudar a combater a pressão e o stresse no
trabalho.

Metas a cumprir, resultados para mostrar e uma agenda cheia de reuniões que
não o deixa respirar. O stresse no trabalho pode ser causado por uma série de
fatores e normalmente está relacionado com situações incómodas no trabalho
ou na vida pessoal. O problema acontece quando os níveis de stresse se
tornam “excessivos e difíceis de controlar”, explica Júlia Machado, psicóloga do
Hospital Lusíadas Porto.

Além de contribuir para o aumento de absentismo e redução da


produtividade, o stresse aumenta o risco de doenças cardiovasculares,
músculo-esqueléticas e mentais (como a depressão, a ansiedade e
a perturbação de pânico). Identificar o problema é o primeiro passo a dar.
Conheça algumas estratégias para colocar em prática no seu dia-a-dia e evitar
momentos de stresse no trabalho.

Sinais e sintomas de stresse no trabalho

 Físicos
Dores de cabeça, tensão muscular, problemas intestinais (úlceras, gastrites
nervosas), alterações cardiovasculares (arritmias, taquicardias, hipertensão),
alterações do sono;

 Biológicos
Por exemplo, níveis anormais de ácido úrico ou de açúcar no sangue;

 Psicológicos
Dificuldades de concentração, ansiedade generalizada, deterioração das
relações interpessoais, pensamentos confusos e mente pouco clara, perda de
interesse sexual, diminuição dos níveis de satisfação do trabalho, da
produtividade e da eficiência.

As causas do stresse no trabalho

A sobrecarga de trabalho, a pressão do tempo, a frustração, os conflitos ou as


condições económicas e financeiras são algumas das razões que podem
deixar um profissional em stresse.

No entanto, há também fatores individuais que podem influenciar. “Sabe-se que


têm maior probabilidade de gerar mais rapidamente stresse pessoas com uma
má gestão de tempo, que têm uma personalidade tipo A (estão sempre em
movimento, comem rapidamente, são impacientes, tentam fazer duas ou mais
coisas simultaneamente e não são capazes de compatibilizar os tempos de
descanso),” explica Júlia Machado.

O que pode fazer

“O primeiro passo é saber quais são as causas das situações que lhe
provocam stresse. Algumas podem ser recorrentes e, depois de as identificar,
poderá mudá-las ou o modo como se sente em relação a elas”, afirma Júlia
Machado.

Entender o processo do stresse é importante para compreender como surgiu o


problema, quais os sinais a que deve estar atento e como aliviá-lo. Organize
melhor o seu tempo e crie novos hábitos para descomprimir da tensão do
trabalho.

“Um dos aspetos para gerir melhor o stresse é saber identificar a nossa atitude
em situações potencialmente geradoras de stresse”, diz a especialista. Na
maior parte dos casos, são as atitudes das próprias pessoas perante estas
situações que as tornam stressantes, acrescenta. Assim, pode seguir as
seguintes estratégias:
 Faça um registo diário das situações de stresse no trabalho durante uma
semana;
 Analise a forma como tende a reagir perante cada uma;
 Identifique o que pode melhorar;
 Defina um plano de ação direcionado para a adoção de boas práticas.
Júlia Machado defende que é sempre possível “adotar estratégias de
prevenção do stresse, no sentido de aumentar a resiliência”. O segredo está
em perceber o que está errado na sua postura. Um plano eficaz para combater
o problema passa pela adoção de “hábitos de vida saudáveis” em vários
domínios. Tais como:

1. Organização e gestão de tempo e tarefas;


2. Inteligência emocional;
3. Saúde e bem-estar.
1. Organização e gestão de tempo e tarefas

 Planeie metas e resultados de forma realista


Não tente encaixar demasiadas tarefas num dia. Não tente subestimar o tempo
que as coisas demoram;

 Estabeleça prioridades
Comece pelo que é realmente importante e abdique do que não é. Se tem uma
tarefa difícil pela frente, dedique-se a ela o quanto antes.

 Divida projetos grandes em pequenos passos


Focar-se num passo de cada vez ajuda a reduzir o stresse no trabalho e a
ansiedade relacionada com objetivos ambiciosos;

 Não queira ser perfecionista


Compreenda que nenhuma situação ou decisão é perfeita. Propor-se a metas
irrealistas pode causar-lhe desconforto;

 Desista do controlo obsessivo


Querer tudo ou supervisionar cada passo é complicado e pode ser muito
desmotivador para quem trabalha consigo. Delegue responsabilidades e foque-
se no que é realmente importante;

 Faça pausas regulares


Em vez de ficar horas sentado, faça pausas de 5 a 10 minutos ao longo do dia.
É um hábito que ajuda a recarregar energias e promove a produtividade.

2. Inteligência emocional 

 Aprenda a reconhecer quando está stressado


Quanto mais cedo identificar a origem, mais cedo poderá procurar estratégias
para gerir eficazmente o stresse que está a sentir;

 Partilhe os seus pensamentos e sentimentos com alguém


Em algumas situações, partilhar os seus problemas, dúvidas e dificuldades
com pessoas da sua confiança pode ser o suficiente para ultrapassar o
problema;

 Respeite as suas capacidades e limitações


Ajuste os seus objetivos e projetos pessoais;

 Aprenda a dizer “não”


Trabalhe a assertividade e a capacidade de compromisso. Em situações de
conflito, adote uma postura construtiva e colaborativa, abstraindo-se de
situações passadas e procure uma solução intermédia para ambas as partes.

3. Saúde e bem-estar

 Adote uma alimentação variada e equilibrada


Prefira alimentos saudáveis como fruta, vegetais, cereais integrais e fontes de
proteína com pouca gordura (peixe, carnes brancas, iogurtes). Procure comer a
cada três horas, pouco de cada vez, de modo a manter os níveis de açúcar no
sangue estáveis ao longo do dia. Assim será mais produtivo;

 Beba água regularmente ao longo do dia


A desidratação aumenta o nível de cortisol, uma das hormonas responsáveis
pelo stresse. Por outro lado, o stresse provoca um conjunto de respostas
fisiológicas no organismo que tende a aumentar a desidratação;

 Reduza o consumo de café, não fume e evite consumir bebidas


alcoólicas
A nicotina, o álcool e a cafeína em doses excessivas têm um efeito estimulante
e de promoção da ansiedade;

 Pratique exercício físico regularmente


É uma excelente forma de melhorar o humor, aumentar a energia, apurar a sua
capacidade de foco e relaxar o corpo e a mente. Trinta minutos por dia é o
suficiente;

 Durma o suficiente e com qualidade


O repouso noturno é essencial para o equilíbrio emocional. Procure dormir
cerca de 7 a 8 horas por noite, de forma contínua, num ambiente silencioso e
sem luz. Evite atividades com ecrãs (televisão, tablet, smartphone,
computador) antes de se deitar;

 Relaxe, mesmo durante o trabalho


Júlia Machado sugere algumas ideias: “Os exercícios de respiração lenta e
profunda, as técnicas de relaxamento muscular progressivo, a contagem
regressiva, a técnica imaginativa, a reeducação postural e o alongamento
muscular da região dos ombros e do pescoço. Além de relaxarem, são capazes
de evitar e prevenir o surgimento de doenças crónicas como, por exemplo, a
hipertensão”;

 Premeie-se
Recompense-se pelo seu esforço e dedique tempo para si mesmo. Aproveite o
fim-de-semana e faça atividades que realmente gosta. Vai ver que se sentirá
com mais energia e focado no trabalho.

Stresse no Trabalho
O QUE É?
O stresse, de uma forma muito geral, corresponde à incapacidade de um indivíduo para
lidar com determinada situação a que está exposto, sendo percecionado pelo mesmo um
desequilíbrio entre as exigências que lhe são feitas e os recursos físicos e mentais
disponíveis para dar resposta à situação.

Stresse não é o mesmo que pressão

O stresse surge na sequência de um fenómeno a nível psicológico que ocorre como


resposta a uma exigência (libertação de mensageiros químicos – hormonas - no sangue
que corresponde ao processo de ativação), que, não sendo “resolvida”, pode perturbar o
indivíduo em várias dimensões.

O stresse pode ocorrer quando a exigência é demasiada, mas também pode ocorrer
quando as tarefas não constituem desafio suficiente.

O stresse não afeta todos de forma igual.

Relação do U invertido entre a pressão e o desempenho

O stresse não é a ativação, não é a pressão, não é a exigência, mas sim o desequilíbrio
entre a pressão colocada sobre um indivíduo e os recursos que o mesmo tem disponíveis
para lidar com as exigências.

 
CAUSAS

As causas, sintomas e consequências do stresse, embora objeto de vários estudos, não


são lineares. O stresse pode resultar de fatores pessoais, como o desequilíbrio entre o
trabalho e a vida familiar, ou de fatores relacionados com a envolvente social, ambiental e
organizacional em que está inserido.

São exemplos de fatores de stresse relacionados com o trabalho:

 Exigências muito altas ou muito baixas em relação às competências;


 Falta de clareza na definição das funções e responsabilidades;
 Falta de participação na tomada de decisões que afetam o trabalhador e falta de controlo
sobre a forma como executa o trabalho;
 Apoio inadequado por parte de superiores ou de colegas;
 Intimidação, assédio moral ou sexual e violência de terceiros;
 Discriminação (por género, idade, etnia, nacionalidade, deficiência, orientação sexual, etc.);
 Relações hierárquicas;
 Má gestão de mudanças organizacionais;
 Insegurança laboral, estagnação da carreira, remuneração baixa;
 Comunicação ineficaz na organização.

 
O stresse que um indivíduo sente no local de trabalho pode, contudo, não ser provocado
por fatores de risco psicossocial no trabalho, mas sim por questões pessoais ou fatores
sociais.

São exemplos de causas de stresse fora do trabalho:

 Doença/Luto;
 Desequilíbrio entre trabalho e vida familiar e pessoal;
 Finanças;
 Principais acontecimentos da vida, p. ex. casamento, gravidez e cuidar de crianças, divórcio,
mudança de casa, entre outros;
 Questões relacionadas com as condições em que vive ou estilo de vida, hábitos – álcool,
drogas, entre outros;
 Relacionamentos pessoais.

De uma forma geral, o indivíduo sente stresse no trabalho quando perceciona que existe


um desequilíbrio entre as exigências que lhe são impostas e os recursos físicos e mentais
de que dispõe para lhes dar resposta. 

 
EFEITOS

A nível do indivíduo o stresse pode gerar efeitos a nível emocional, cognitivo,


comportamental ou ainda problemas de saúde ou mentais. 
 

Reações do trabalhador Exemplos

Emocionais Irritabilidade, ansiedade, mau humor, isolamento,


Reações do trabalhador Exemplos

fadiga

Dificuldades de concentração, memória, em


Cognitivas
tomar decisões

Hábitos nervosos, consumo de substâncias


Comportamentais psicotrópicas, isolamento, menos pontual, mais
agressivo

Problemas de saúde físicos ou Trabalhar adoentado, ausências do trabalho


mentais mais frequentes e/ou prolongadas

Embora o stresse não seja uma doença per si, pode causar perturbações no organismo
que, por sua vez, podem provocar danos a longo prazo nos sistemas e órgãos do corpo. O
stresse pode estar na origem do desenvolvimento de úlceras pépticas, doenças
inflamatórias do intestino e lesões músculo-esqueléticas, bem como hipertensão e
desenvolvimento de doenças cardíacas ou cardiovasculares. O stresse pode ainda
debilitar o organismo, alterando as suas funções imunitárias e tornando o indivíduo mais
suscetível a doenças. O impacto destas perturbações é potenciado pela falta de descanso
que permita a recuperação do organismo.

O esgotamento físico de caráter depressivo relacionado com o trabalho, e resultado da


exposição a um stresse extremo, é conhecido como Síndrome de Burnout.

elativamente aos efeitos a nível da organização, o stresse pode aumentar e prolongar o


absentismo, especialmente por motivo de doença, reduzir o desempenho, aumentar a
rotatividade negativa dos trabalhadores e o número de acidentes de trabalho.
 

Efeitos a nível da organização Exemplos

Ausência por doença devido a problemas de saúde


relacionados diretamente ou indiretamente com o
Aumento do absentismo
stresse, devido ao fraco compromisso ou como
forma de lidar com o stresse

Ineficácia no trabalho, fraca concentração, fadiga,


Redução do desempenho
menos pontualidade

Comportamento de risco, fraca concentração, falta


Aumento dos acidentes de trabalho
de comunicação

Compromisso fraco, exigências excessivas, conflitos,


Rotatividade dos trabalhadores
fraca gestão da mudança

O QUE FAZER

A informação e motivação da entidade patronal e dos trabalhadores para a promoção de


um ambiente de trabalho seguro são fundamentais para desencadear uma gestão que
promova a mitigação dos riscos psicossociais e, desta forma, o stresse no trabalho.

Gerir os riscos, avaliar, agir (ações preventivas e corretivas), monitorizar e reavaliar:

 Intervir no local de trabalho com a finalidade de diminuir ou eliminar os fatores de stresse;


 Alterar o ambiente físico, otimizar as condições de trabalho e implementar pausas de
trabalho de forma a promover o descanso e o convívio entre trabalhadores.

Promover a sensibilização no local de trabalho, com vista a trabalhar por um


entendimento comum do stresse:

 Promover uma postura de abertura tanto por parte dos trabalhadores, como das
organizações;
 Ganhar o compromisso com a gestão do stresse (liderança das organizações);
 Promoção da resiliência da equipa através de uma boa gestão;
 Organizar atividades para os trabalhadores que promovam a diminuição de fatores de stresse
organizacionais;
 Formar/Informar os trabalhadores para a temática.

Promover a resiliência pessoal e, consequentemente, da equipa e da empresa


Promover a saúde e bem-estar dos trabalhadores (influência de fatores como a
alimentação saudável e atividade física)
Desenvolvimento de capacidades como gestão de tempo ou resolução de conflitos

Intervir e apoiar quando se identificar uma situação relacionada com problemas de saúde


e bem-estar relacionados com stresse, envolvendo a medicina do trabalho sempre que
necessário.
 
O controlo dos riscos psicossociais deve ter por base a identificação dos fatores de risco e
respetiva avaliação do risco, com adoção de medidas corretivas e preventivas, a nível
individual, organizacional ou de interface individual-organizacional, que permitam controlar
o risco, à semelhança do que é feito para os outros tipos de riscos presentes no local de
trabalho (p. ex. riscos químicos).

É também importante identificar a montante que alterações na organização podem


fomentar riscos psicossociais, assim como as consequências possíveis, por forma a definir
que medidas preventivas devem ser implementadas, monitorizando a eficiência das
mesmas.

A OIT aconselha ainda uma maior autonomia dos trabalhadores no que diz respeito às
suas tarefas e uma aposta na melhoria da comunicação organizacional de forma a permitir
a participação dos trabalhadores na tomada de decisões. Outra medida sugerida pela OIT
passa pela implementação de sistemas de apoio social aos trabalhadores no local de
trabalho, atendendo à interação entre desempenho no trabalho e as condições de vida dos
trabalhadores. 

 
Do ponto de vista da saúde no trabalho, muito embora em Portugal não sejam incluídas na Lista de Doença
OIT incluiu em 2010 perturbações de foro mental e comportamental na sua Lista de Doenças Profissionais, d
em dois pontos:
- Perturbação de stresse pós-traumático;
- Outras perturbações de foro mental e comportamental, para as quais é estabelecida cientificamente uma re
mesma é determinada por métodos adequados às condicionantes e práticas nacionais, entre a exposição a fa
decorrentes de atividades de trabalho e a perturbação de foro mental e comportamental identificada no trabal

A valorização da atividade de segurança e saúde dentro da organização contribui de uma


forma geral para o controlo dos riscos psicossociais, na medida em que valoriza a
segurança do trabalhador e o seu bem-estar.

A prevenção da exposição do trabalhador a riscos psicossociais, à semelhança do que


acontece na prevenção dos diferentes tipos de riscos profissionais, reduz o absentismo e
custos com a saúde, aumentando a eficiência, a produtividade e o bem-estar dos
trabalhadores, da empresa e da sociedade.
 

NÚMEROS NA EUROPA (EU-OSHA)


 

 O stresse relacionado com o trabalho é o 2.º problema de saúde mais referido na Europa,
ficando atrás apenas das perturbações musculo-esqueléticas.

 O stresse está na origem de 50–60% dos dias de trabalho perdidos na Europa

 Causas mais comuns de stresse relacionado com o trabalho (inquérito EU-OSHA):


o 1º Reorganização do trabalho ou insegurança laboral (72%)
o 2º Horários de trabalho alargados ou volume de trabalho excessivo (66%)
o 3º Intimidação (bullying) e assédio no trabalho (59%)

 Cerca de 4 em cada 10 trabalhadores sente que o stresse não é um tema devidamente
abordado no seu local de trabalho.

 As ausências relacionadas com o stresse tendem a ser as mais longas

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