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Tipos de síndrome de burnout

Existem três tipos de síndrome de burnout, sendo que cada uma possui suas
próprias causas e formas de tratamento. A síndrome de burnout pode ser divida em
três tipos.
1. Esgotamento de sobrecarga
Trata-se do tipo de esgotamento em que a maioria das pessoas conhece e tem
familiaridade. A sobrecarga faz o indivíduo trabalhar mais e cada vez mais, de
forma frenética. É o nível em que se enquadra nesta categoria, pessoas dispostas a
arriscar a saúde e a sua vida pessoal, geralmente em busca de projetos e planos.
2. Esgotamento subestimado
Nesta categoria as pessoas tornam-se mais entediadas e frustradas, pois, com
a falta de vontade sentem que existem poucos desafios válidos de percorrer e
perdem o prazer de trabalhar, distanciam-se de seus sonhos. A indiferença leva a
evitar novas responsabilidades.
3. Desamparo
É o tipo de síndrome de burnout final, ou seja, onde a negligência resulta em
um estado de completo desamparo. Nesta situação que a pessoa não consegue mais
progredir nas suas responsabilidades, desiste de enfrentar as barreiras e se
caracteriza pela passividade e falta de motivação.
Assim, a pessoa se expõe de forma contínua, seja nestes três tipos de
síndrome de burnout, a altos níveis de estresse, sobrecarga de atividades
excessivas, relações complexas e dificultosas, falta de apoio emocional, ausência
de informação, falta de capacidade para desempenhar bem as suas tarefas, etc. Sem
o tratamento adequado, ela pode chegar a padecer de um estresse crônico que
resulte em burnout. A prevenção para estes tipos de síndrome de burnout começam
com as avaliações sobre os ambientes de estresse, que causam a ansiedade, no
sentido de abarcar medidas adequadas com a finalidade de reduzir ao máximo os
problemas.
Síndrome de Burnout: 12 estágios do esgotamento profissional

Os psicólogos Herbert Freudenberger e Gail North, respectivamente, alemão


e americana, criaram uma lista do que seriam os 12 estágios da síndrome. Os
chamados estágios não devem ser vistos como fases. São sintomas. Algumas
pessoas passam por todos, mas outras não. E eles podem não aparecer nessa
ordem, também. De qualquer maneira, a lista serve como um indicador de sinais a
se prestar atenção.
1. Compulsão em demonstrar seu próprio valor. É aquela necessidade de
mostrar que você sabe fazer o que está fazendo, e com excelência.
2. Incapacidade de se desligar do trabalho. Checar e-mails e mensagens
antes de dormir, trabalhar finais de semana (sem que seja pedido pela chefia) etc,
são alguns dos sinais.
3. Negação das próprias necessidades. Bom sono, alimentação adequada,
tempo para o lazer tornam-se secundários – e essa atitude é vista como um
sacrifício em nome de um bem maior.
4. Fuga de conflitos. A pessoa percebe que há algo errado, mas evita
enfrentar a situação. Os primeiros sintomas físicos podem surgir.
5. Reinterpretação de valores pessoais. A família, os momentos de
descanso, os hobbies, passam a ser vistos como coisas sem importância. A
autoestima é medida apenas pelos resultados no trabalho.
6. Negação de problemas. A pessoa se torna intolerante. Enxerga os colegas
de trabalho como preguiçosos, incompetentes, indisciplinados. Pode haver
aumento da agressividade e sarcasmo.
7. Distanciamento da vida social. A vida social passa a ser restrita ou, até
mesmo, inexistente. O trabalho é feito de maneira automática. A necessidade de
relaxar pode levar ao uso de drogas ou álcool.
8. Mudanças estranhas de comportamento. A pessoa torna-se muito
diferente do que costumava ser. Quem era alegre e dinâmico torna-se apático e
medroso. As alterações são óbvias e podem ser notadas pela família e amigos.
9. Despersonalização. Não é possível enxergar o próprio valor nem
necessidades, bem como das pessoas ao seu redor.
10. Vazio interno. Para amenizar o desconforto, muitos recorrem às drogas,
álcool, ou compulsões como comer e fazer sexo.
11. Depressão. O futuro parece incerto, a vida perde o sentido. É comum o
sentimento de estar perdido, cheio de incertezas e exausto.
12. Síndrome de Burnout (ou esgotamento). Há um colapso mental e físico,
assim como pensamentos suicidas. Quem chegou até aqui, precisa de ajuda médica
imediata.

4 coisas que os gerentes podem fazer para reduzir o Burnout no local de


trabalho

O esgotamento dos funcionários é um problema durante os períodos estáveis


e muito menos durante os períodos estressantes. Baixa produtividade, exaustão
emocional e física, falta de concentração, menos reconhecimento dos gestores,
negatividade e declínio na saúde são sinais de burnout no trabalho. E os
funcionários estão em risco agora mais do que nunca – com 40% dos funcionários
citando o esgotamento como a principal razão para deixar o emprego. Reduzir o
burnout no local de trabalho e saber ainda mais como evitar o desgaste dos
funcionários é crucial para a retenção e o bem-estar geral dos funcionários.
Principais conclusões sobre o burnout no local de trabalho:
As causas mais comuns de burnout no trabalho são sobrecarga de trabalho,
pressão, falta de feedback e apoio dos gestores e muito mais.
O esgotamento pode acontecer quando funcionários altamente engajados
experimentam baixo bem-estar devido a estressores pessoais e/ou no local de
trabalho não gerenciados. Também é “contagioso” – pode espalhar toxicidade em
uma equipe ou se espalhar pela vida doméstica das pessoas.
A boa notícia é que o burnout é evitável. Com um forte apoio do gerente e
uma compreensão do que causa o desgaste no trabalho, os empregadores podem
saber mais prontamente como evitar o desgaste nos funcionários.
Por que a prevenção do burnout no local de trabalho é importante?
Funcionários engajados geram resultados de negócios reais – eles são
energizados, entusiasmados e focados. Funcionários engajados desfrutam de seu
trabalho, ajudam a aumentar a produtividade, o desempenho, o moral e o
crescimento. Em última análise, o envolvimento dos funcionários é bom para as
pessoas e para os negócios.
No entanto, o esgotamento pode acontecer quando funcionários altamente
engajados começam a ter baixo bem-estar devido a estressores pessoais e/ou no
local de trabalho não gerenciados. A fim de ser queimado no trabalho, um
funcionário tem que ser altamente engajado. O funcionário tem que estar
totalmente envolvido e se preocupar profundamente com seu trabalho para chegar
ao ponto de se sentir esgotado. Isso significa que os funcionários de alto
desempenho e altamente engajados correm o maior risco de esgotamento.
Sem o apoio de seu gerente ou organização e/ou a capacidade de resolver os
estressores por si mesmos, os funcionários engajados podem acabar se esgotando.
E as consequências podem ser enormes. Burnout resulta em baixa produtividade e
alta rotatividade de funcionários – especialmente rotatividade das pessoas mais
talentosas e produtivas que os empregadores não podem perder.
A maioria dos funcionários diz que seus gerentes imediatos são mais
importantes do que a liderança quando se trata de apoio ao bem-estar. Mas, muitas
vezes, os gerentes não entendem como conversar com seus funcionários sobre
bem-estar. E não se trata apenas de bem-estar. Os gerentes desempenham um papel
importante no engajamento dos funcionários. Na verdade, eles respondem por até
70% da variação no engajamento dos funcionários. E os funcionários que
classificam seu gerente como excelente são cinco vezes mais engajados do que os
funcionários que classificam seu gerente como ruim, de acordo com um relatório
da Gallup.
Os gerentes desempenham um papel fundamental para garantir que os
funcionários tenham uma ótima experiência. Eles não são apenas responsáveis pela
carreira do funcionário, eles são responsáveis por dar vida aos valores e à cultura
da empresa. É imperativo que as empresas ajudem os gerentes a entender como
fazer isso.
Um ótimo lugar para começar é entender os principais impulsionadores do
engajamento dos funcionários. De acordo com a pesquisa da Limeade e da
Quantum Workplace, esses drivers devem incluir:
 Manter um número razoável de horas de trabalho
 Perceber o potencial pessoal e aprender coisas novas
 Usar seus maiores pontos fortes
 Ajustar habilidades profissionais com função e responsabilidades
 Sentir-se valorizado e respeitado
 Sentir-se apoiado por um gerente e suporte organizacional.
Os gerentes que se esforçam para criar essas condições para seus
funcionários terão maior probabilidade de ter funcionários com alto bem-estar e
que estejam realmente engajados, enquanto mitigam proativamente o risco de
esgotamento dos funcionários.
Como evitar o burnout no ambiente de trabalho?
É óbvio por que os empregadores querem promover o engajamento, mas
poucos sabem como promover alto engajamento e alto bem-estar ao mesmo tempo.
O bem-estar dos funcionários impulsiona o engajamento e vice-versa.
Quando os funcionários estão engajados em seu trabalho, eles se sentem bem e
vivem com um senso de propósito.
Funcionários com maior bem-estar têm duas vezes mais chances de se
envolver em seus empregos, relata a Gallup. Pesquisas da Limeade e da Quantum
Workplace mostram que esses funcionários gostam mais de suas equipes, são mais
leais e recomendam sua empresa como um ótimo lugar para trabalhar. Além disso,
funcionários altamente engajados e com altos níveis de bem-estar são capazes de
lidar com níveis mais altos de estresse sem sucumbir aos sintomas de esgotamento
no local de trabalho.
Quando os funcionários têm alto bem-estar e se sentem apoiados por sua
organização, é uma vitória para todos!
Como reduzir o burnout no local de trabalho?
A boa notícia é que o burnout é evitável. Com um forte apoio do gerente e
uma compreensão do que causa o esgotamento do trabalho, os empregadores
podem evitar mais facilmente que seus principais talentos se esgotem. Aqui estão
quatro maneiras pelas quais os gerentes podem ajudar a evitar o esgotamento no
trabalho:
1. Fornecer tempo de recuperação
Todos precisam de uma pausa para se recuperar. Os funcionários que se
esforçam ao máximo no trabalho não são apenas improdutivos, mas também levam
ao esgotamento. Os gerentes devem ajustar as cargas de trabalho, criar expectativas
realistas e estar cientes quando alguém está acelerando a todo vapor por muito
tempo. Embora o tempo de recuperação ou os intervalos ajudem a lidar com os
sintomas do esgotamento, eles não fornecem uma solução real. Certifique-se de
que os gerentes também se concentrem nas causas-raiz.
Como os gerentes podem ajudar
Os gerentes devem se reunir com cada um de seus subordinados diretos a
cada semana para uma reunião individual. Nesta reunião semanal, os gerentes
devem verificar o bem-estar geral do funcionário e resolver quaisquer problemas
que surjam o mais rápido possível. Projete um plano para que seus funcionários
atinjam seus objetivos – o equilíbrio é fundamental.
2. Promova uma mentalidade de bem-estar.
A forma como as pessoas pensam sobre os estressores tem um impacto em
sua capacidade de lidar e se recuperar deles. O que é estressante para uma pessoa
pode ser energizante para outra – é subjetivo. Para alguns, o estresse é estimulante
e estimulante, enquanto para outros é debilitante. Quando os gerentes sabem como
os funcionários pensam sobre o estresse, eles podem ajudá-los a lidar melhor com
isso e evitar o esgotamento.
Como os gerentes podem ajudar
Dê aos funcionários permissão para estabelecer limites emocionais com seu
trabalho, identificando limites e reconhecendo sentimentos. Sem limites, os
funcionários ficam vulneráveis a decepções incapacitantes quando recebem
feedback crítico. Quando gerentes ou executivos apoiam a melhoria do bem-estar,
os funcionários o seguirão.
Ajude os funcionários a encontrar seu “ponto ideal” de estresse. O estresse
agudo (bom) mantém você na ponta dos pés, pronto para enfrentar um desafio. O
estresse crônico (ruim) e nossa resposta ao estresse ruim podem levar a muitos
problemas de saúde, tanto físicos quanto mentais. Incentive os funcionários a sair
uma hora mais cedo após um dia particularmente estressante ou a fazer uma pausa
quando necessário.
3. Crie conexões sociais.
As pessoas estão programadas para serem sociais. E quanto mais pudermos
confiar uns nos outros para apoio, melhor estaremos. De fato, o apoio social
relaciona-se positivamente com fatores importantes que impactam o estresse, a
saúde, o bem-estar e o engajamento. Os empregadores têm a capacidade única de
promover a comunidade entre os funcionários, aumentando o suporte da equipe e
as redes sociais. Essas conexões sociais ajudarão os funcionários a obter o suporte
de que precisam e ajudarão a se proteger contra o esgotamento.
Como os gerentes podem ajudar
Desafie os funcionários a criar um plano para se conectar com um amigo,
membro da família ou colega em um horário programado a cada semana. Agende
almoços semanais em equipe, faça uma reunião a pé ou planeje uma atividade de
construção de equipe ou um happy hour. Celebre seus funcionários e reúna as
equipes para atualizar e rejuvenescer como empresa para evitar o desgaste do
trabalho. Isso elevará o humor deles e os ajudará a se sentirem conectados.
4. Objetivo.
Ajudar os funcionários a se conectarem ao seu propósito é fundamental para
a prevenção do burnout no local de trabalho. Quando as pessoas têm uma conexão
emocional real com seu trabalho, elas estão mais conectadas à empresa e ao seu
próprio propósito. Isso ajuda a colocar as coisas em perspectiva quando o trabalho
fica agitado.
Como os gerentes podem ajudar
Conecte a função de cada funcionário à missão e aos valores da sua
organização. Conectar funções a como as funções contribuem diretamente para os
objetivos da empresa ajuda a reforçar por que a função de cada funcionário é
importante.
Ajude os funcionários a assumirem a responsabilidade na elaboração de seu
trabalho. Job crafting envolve reflexão intencional sobre como o funcionário
enquadra seu trabalho e o propósito e significado dele derivado. Este exercício
ajudará os funcionários a pensar em pequenas mudanças que podem fazer para se
apropriar mais de sua função e descobrir seu conjunto exclusivo de habilidades e
pontos fortes que os tornam excelentes em seu trabalho.
Como as empresas podem ajudar os funcionários a se recuperar do
esgotamento?
Os funcionários têm que estar em chamas para queimar. Mas como você
sabe quando eles estão sentindo o calor? Os funcionários não se esgotam da noite
para o dia. Burnout no trabalho acontece ao longo do tempo. Conhecer as fases do
burnout é o primeiro passo para ajudar os funcionários, em qualquer fase, a se
recuperarem do burnout.
Organizações e gerentes precisam ajudar simultaneamente os funcionários a
lidar e gerenciar seu estresse e carga de trabalho, permitindo que eles aloquem
tempo para reabastecer e construir seus recursos. Os recursos são os aspectos
físicos, psicológicos, sociais ou organizacionais do trabalho que ajudam a atingir
os objetivos de trabalho, reduzir as demandas do trabalho ou estimular o
crescimento, aprendizado e desenvolvimento pessoal. Pense nos recursos como os
impulsionadores do bem-estar dos quais as pessoas extraem para ajudar a combater
os efeitos negativos do estresse.
Os recursos podem incluir: hora de relaxar e desconectar, tempo e espaço
para focar na construção de bons relacionamentos, priorizando os cuidados com a
saúde emocional e física, ajudar as pessoas a reconectar o significado de seus
trabalhos.
Os funcionários que estão completamente esgotados perderam de vista o
significado de seu trabalho. Gerentes e organizações devem reconhecer o
esgotamento e ajudar a restabelecer o significado na vida e no trabalho dos
funcionários. O esgotamento dos funcionários é real e está afetando milhões de
trabalhadores em todo o mundo. É imperativo que as empresas entendam o
impacto que o burnout tem no engajamento dos funcionários e nos resultados dos
negócios – e conheçam as ferramentas e estratégias para reduzir o burnout no local
de trabalho. Cabe às organizações (e gerentes) identificar sinais de esgotamento e
intervir o mais rápido possível.
As empresas devem se esforçar para evitar o esgotamento no local de
trabalho, concentrando-se no bem-estar dos funcionários e no apoio do gerente.
Quando os funcionários estão esgotados, as empresas e os gerentes precisam ter
um papel ativo para ajudar o funcionário a se recuperar. Burnout não é uma
questão pessoal, é uma questão organizacional. O Burnout precisa ser abordado em
todos os níveis da empresa, a fim de preveni-lo e combatê-lo de forma eficaz.

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