Desenvolvimento Humano na Infância e na Adolescência

Atividade Avaliativa – N2

Docente: Aléxia Thamy Gomes de Oliveira

Discentes:
1.Anna Paula Azevêdo Costa
2. Isabella Albuquerque da Silva Marinho
3. Lívia Santos de Lima Costa
4. Nátaly Loisa Teixeira Soares
5. Rayssa Vitória Cavalcante Oliveira

A partir da leitura do Causo em questão, respondam (número máximo da laudas para

todas as respostas – 2 laudas):

1) Quais os principais fatores do desenvolvimento físico na primeira infância

apresentados na história de Mariana? Descreve e comente.

O acolhimento e o cuidado proporcionado a Mariana por meio das autoridades

responsáveis, como a hospitalização para reverter o quadro de desnutrição e desidratação,
garantindo que esta não viesse a óbito, aliado aos fatores afeto, alimentação, cuidados
necessários e estímulos adequados proporcionados à criança facilitou e possibilitou o seu
desenvolvimento.

2) Destaque e comente quais fatores de risco vividos por Mariana para seu
desenvolvimento cognitivo e psicossocial.

As facetas de ser um criança indígena abandonada e passando por diversos processos

extremamente invasivos e delicados como a destituição do poder familiar e inexistência de
pais na fila de adoção para sua idade e necessidades, além dos antepostos sofridos como
desnutrição e desidratação provenientes do quadro do abandono, aliado aos fatores da falta
de pertencimento, de um alicerce familiar, de estímulos e aprendizados direcionados a sua
faixa-etária, são fatores agravantes no que pauta ao desenvolvimento cognitivo e
psicossocial da criança.
 3) Discorra sobre o processo de construção do estabelecimento do vínculo
afetivo na história de Mariana.

Mariana, uma criança com apenas 1 ano e 10 meses de vida, teve a sua vida marcada pelo
abandono e fragilidade, por ter nascido com quadro de cardiopatia congênita, foi
abandonada pelos pais em uma rede, para que morresse naturalmente. O contexto em que
essa criança se insere afetou o seu desenvolvimento infantil, que resultou em uma condição
vida com pouco vínculo afetivo, pois aos cinco anos, Mariana tinha dificuldades de
comunicação verbal e atraso no desenvolvimento cognitivo exigindo uma rede de apoio
para a melhoria de sua situação. Aos 6 anos, essa criança, foi encaminhada para o
Programa de Apadrinhamento Afetivo, visando expandir seu convívio social e favorecer a
formação de vínculos mais singulares, com isso, surge seu primeiro vínculo
emocional/afetivo com a sua madrinha, uma educadora da instituição. Esta tornou-se a
maior referência para Mariana, favorecendo seu desenvolvimento emocional e cognitivo, lhe
proporcionando a sensação de pertença em meio a tantas perdas. Visando algumas
limitações em que a madrinha inseria-se, fez-se pensar que seria importante a constituição
de um vínculo com outro adulto externo, o jovem casal voluntário, sensibilizaram-se com a
história da menina e se encantaram com a sua força. Depois de seis meses o casal teve o
desejo de adotá-la, e em setembro de 2008, Mariana foi adotada com 6 anos. Atualmente,
morando com sua nova família, Mariana tem um forte vínculo afetivo, família extensa, tios e
avós adotivos, e recentemente ganhou um irmãozinho. Seu vínculo com seus pais é tão
forte e seguro que ela não se sentiu ameaçada pela vinda de um irmão.

4) Comente sobre a questão da cultura na construção dos valores e vínculos

familiares, no caso em questão.

A cultura é um fator que vai influenciar diretamente o indivíduo em suas ações e relações, e
é de suma importância na construção de valores e na maneira do ser humano de enxergar
o mundo ao seu redor. Dessa forma, ela ocupa um lugar que é imprescindível para o
surgimento das primeiras crenças e costumes do indivíduo que irão, ao longo do tempo,
juntamente com as experiências vividas e convívio em sociedade, moldar o indivíduo e a
sua personalidade. É singular a cada ser humano, embora muitos compartilhem da mesma
crença, sempre irá existir outros que compartilham de valores completamente diferentes dos
nossos, e o que vai definir a nossa maneira de ser, de agir e se comportar, será a cultura na
qual estamos inseridos e que é adquirida e aprendida através dos laços familiares, pois é
passada de geração em geração de pais para filhos. Dessa forma, podemos dizer, que
apesar de Mariana possuir origem indígena, pelo seu histórico de abandono familiar,
crescimento e desenvolvimento sem obter nenhum contato com os costumes dos povos
indígenas, apesar de suas raízes, ela não carregaria consigo uma carga cultural originária
dos seus pais biológicos, mas, a partir do processo de adoção e inserção em uma família
adotiva, ela iria aprender e, portanto, desenvolver e moldar o seu comportamento conforme
a cultura que lhe será ensinada através de seus pais adotivos. Acreditando assim, que será
uma troca de experiências entre Mariana e seus familiares adotivos, acontecendo assim um
processo de readaptação a uma nova realidade, podendo ao longo do tempo fazer com que
Mariana se reconheça de forma mais confortável nessa nova cultura que irá ser ensinada.