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Afetividade e Sexualidade

na Educação Especial
Aspectos Fundamentais sobre
o Desenvolvimento da Afetividade

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Dr.ª Célia Regina da Silva Rocha

Revisão Textual:
Prof.ª Esp. Adrielly Camila de Oliveira Rodrigues Vital
Aspectos Fundamentais sobre o
Desenvolvimento da Afetividade

• Aspectos Fundamentais sobre o Desenvolvimento da Afetividade;


• Algumas Considerações Teóricas.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Adquirir conhecimentos sobre os conceitos e definições dos diferentes tipos de deficiência;
• Conhecer os aspectos fundamentais das abordagens teóricas sobre a afetividade e o desen-
volvimento da sexualidade humana;
• Reconhecer as implicações socioculturais envolvidas no estigma e preconceito frente à
vivência da sexualidade das pessoas com deficiência.
UNIDADE Aspectos Fundamentais sobre o Desenvolvimento da Afetividade

Aspectos Fundamentais sobre o


Desenvolvimento da Afetividade
A família é o primeiro contato do indivíduo com o mundo que o cerca, as relações
familiares são permeadas por aspectos relacionados aos laços sanguíneos, às inte-
rações e aos relacionamentos entre pais e filhos, entre os irmãos. O relacionamento
construído pelas pessoas no ambiente familiar deve estar pautado na relação de con-
fiança, nas interações estabelecidas por meio da conversa, da troca de experiências,
da aprendizagem, do toque, do abraço e, sobretudo, das demonstrações de afeto
entre seus membros, até porque é justamente no meio familiar que surgem nossos
primeiros aprendizados, assim como recebemos de nossos pais os exemplos.

O papel da família é de fundamental importância, pois ela promove a educação


das gerações mais novas, a manutenção das suas tradições, da cultura e dos valores,
transmite posicionamentos, opiniões e reflexões sobre o mundo e a sociedade na qual
está inserida. Assim, as atitudes e posturas dos pais têm implicações significativas na
vida dos filhos, na qual os pais exercem o papel de espelho, de modelos, sendo espe-
rado que estes apresentem comportamentos e atitudes positivas ((FREITAS; SILVA;
SANTOS, 2016), em que impera o respeito, o carinho e o afeto. No entanto, a reali-
dade de algumas famílias não contribui para o desenvolvimento das relações permea-
das pela confiança, respeito e afeto, percebe-se que nestas famílias tais atitudes sejam
raras. Em todas as sociedades, a função mais importante da família é a de cuidar e
socializar seus filhos, processo em que as crianças adquirem as crenças, os valores e
os comportamentos considerados adequados pela sociedade à qual pertence.

Para Freitas, Silva e Santos (2016), as primeiras experiências afetivas da criança


são proporcionadas, geralmente, pela família, na qual os relacionamentos afetivos
podem ser carinhosos, afetuosos, mas, por outro, em algumas famílias impera com-
portamentos hostis, severos, agressivos, violentos, resultando em diferentes influên-
cias sobre os filhos.

Em todas as sociedades, a função mais importante da família é a de cuidar e


socializar seus filhos, processo em que as crianças adquirem as crenças, os valo-
res e os comportamentos considerados adequados pela sociedade à qual pertence.
Para Freitas, Silva e Santos (2016), as primeiras experiências afetivas da criança são
proporcionadas, geralmente, pela família. Os relacionamentos afetivos podem ser
carinhosos, afetuosos, mas, por outro lado, podem ser hostis, severos, agressivos,
violentos, resultando em diferentes influências sobre os filhos.

A personalidade de cada indivíduo recebe forte influência da sua família, desta


forma, todos nós, querendo ou não, carregamos parte de nossas famílias, um pouco
do que ela é, e o que ela representa para nós. Na família é que a criança inicia o seu
aprendizado, externaliza e vive o sentimento e desde cedo aprende, na convivência
familiar, a lidar com limites, discussões, raiva, tristeza, união, amor e perdão. Então,
a criança terá a oportunidade de conhecer nesse meio familiar os sentimentos de
raiva e de amor, aprenderá a amar e a perdoar, dando início ao processo de conhe-
cimento para seu ingresso na sociedade.

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Almeida (2011) afirma que é durante o desenvolvimento humano que, invaria-
velmente, ocorre no contexto familiar, se encontra a base da futura saúde mental
da criança, na qual é esperada que receba toda gama de cuidados de seus pais.
Esses cuidados dispensados à criança irão influenciar profundamente na formação
das relações e no aprendizado, na regulação das emoções e, consequentemente, nos
comportamentos futuros.
Bowlby (1988) afirma que ao longo do primeiro ano de vida ocorre um tipo de
relação afetiva especial que se desenvolve entre o bebê humano e seus cuidadores
primários, estabelecendo o apego (attachment), que diz respeito ao desenvolvimento
de laços afetivos entre a criança e o seus pais e, posteriormente, nas relações adultas.
O apego ocorre pela resposta inata dos pais à dependência absoluta do bebê, e
pela tendência também inata do bebê de se relacionar com os pais (BOLWBY, 1988).
A criança passa por fases para que se estabeleça o comportamento de apego, que tem
como objetivo manter a sobrevivência do indivíduo, assim como a proteção e o cuidado.
A forma como se dá esse comportamento de apego na organização da perso-
nalidade de cada um depende do tipo de laço afetivo realizado ao longo da vida
(WELLICHAN; ADURENS, 2018). Para os autores, a evolução positiva do apego
será a base do desenvolvimento do sentimento de segurança da criança, de explorar
autonomamente o mundo, assim como de sua capacidade de regular pensamentos e
emoções, de manter a autoestima e se relacionar afetivamente com outras pessoas.
Winnicott (2006) valoriza a ideia de que o desenvolvimento emocional de um
bebê está intimamente ligado ao ambiente facilitador, no qual a mãe será o agente
de cuidado, ou seja, tudo o que envolve os cuidados que englobam essa relação díade
mãe-filho. Quando a mãe se encontra saudável, do ponto de vista psíquico, vive um
estado que Winnicott (2006) chamou de preocupação materna primária: as mães se
tornam aptas a se colocar na posição do bebê, ou seja, uma capacidade de identifi-
cação que favorece o reconhecimento das necessidades do bebê.

Figura 1 – Vínculo na relação mãe e bebê: papel de espelho


Fonte: Getty Images

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Neste ambiente familiar, Gonzales-Mena e Eyer (2014) afirmam que os momentos


que envolvem os cuidados são utilizados como oportunidades enriquecedoras de
estar com os bebês, tais como: a hora da troca de fralda, a hora do banho ou da
alimentação e o ninar. Não são apenas momentos de cuidar, mas também são mo-
mentos propícios para desenvolver a afetividade e o educar, no sentido de iniciar um
processo que será desenvolvido posteriormente, ao longo da vida.

Figura 2 – Relação mãe-bebe: papel de espelho


Fonte: Getty Images

Como já dissemos anteriormente, os pais servem de espelhos para os filhos,


portanto, há uma grande possibilidade das atitudes comportamentais deles influen-
ciarem diretamente nas atitudes dos filhos, no fortalecimento e consolidação de um
bom caráter, ou poderá comprometer a construção deste. Piaget (1975) afirma que
o sentimento que a criança experimentou no passado pela mãe orientará os sen-
timentos futuros, ainda que haja outros amores, irmãos, amigos, namorados, é o
sentimento primitivo da relação mãe-filho que irá mudar as suas emoções e com-
portamentos mais profundos, em que se constrói o desenvolvimento da afetividade.

No entanto, problemas no desenvolvimento da afetividade podem acontecer, Spitz


(1998) refere que as separações prolongadas de crianças pequenas dos cuidadores
primários podem trazer sérias consequências, principalmente, do primeiro ao quinto
ano de vida, período em que se desenvolve a ligação exclusiva com os cuidadores pri-
mários. Atrasos significativos do desenvolvimento físico e mental são consequências
comuns de situações de privação grave de cuidados maternos (ALMEIDA, 2011).

A criança também pode apresentar ausência de respostas emocionais, retrai-


mento excessivo, respostas agressivas a tentativas de interação, ou hipervigilância
assustada – a que o autor chama de transtorno reativo de apego da infância. Outro
transtorno que pode ocorrer é o de apego com desinibição da infância, em que há
um padrão de sociabilidade fácil, superficial e indiscriminada (ALMEIDA, 2011).

Consequentemente, em longo prazo pode haver maior tendência ao desenvol-


vimento de transtornos mentais, tendências antissociais e ausência de empatia nas
relações interpessoais (ALMEIDA, 2011).

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Várias situações podem comprometer a capacidade dos pais de oferecer cuidados
suficientemente bons para seus filhos. Almeida (2011) afirma que diante da fragilidade
e do desamparo do bebê, revivem vivências traumáticas de sua própria infância, fa-
zendo ressurgir memórias emocionais, que perturbam sua capacidade de atender de
forma apropriada às necessidades do bebê. Reações emocionais de desamparo, de
distanciamento emocional ou de raiva também podem ocorrer.
Em outras famílias, os pais podem reforçar e manter a dependência dos filhos,
impedindo o desenvolvimento da autonomia. Outro fator que pode acarretar prejuízo
para a criança é ser filho de pais que apresentem doenças mentais como depressão,
esquizofrenia ou transtorno de personalidade, o que cria situações de caos emocio-
nal familiar. Além disto, pais com dificuldades de dar limites podem criar uma inca-
pacidade de lidar com frustrações. Alternativamente, pais que frustram intensamente
os filhos criam situações emocionais que podem desorganizar a mente da criança
(ALMEIDA, 2011).
A maternidade e a paternidade ocorrem num contexto social que pode apoiar ou
comprometer a capacidade de cuidado dos pais, as condições de isolamento social, po-
breza extrema, os conflitos familiares graves entre os membros, a violência doméstica,
a ausência de cuidados adequados aos filhos, transtornos mentais ou uso de drogas em
um dos pais, famílias com número muito grande de membros, separação, ausência ou
afastamento prolongado de um dos cuidadores primários impedem que os pais cuidem
adequadamente dos filhos, prejudicando o desenvolvimento afetivo da criança.

Figura 3 – Relação pais-filhos e Figura 4 – Prejuízo no desenvolvimento


desenvolvimento afetivo emocional: violência doméstica
Fonte: Getty Images Fonte: Getty Images

Almeida (2011) coloca que outros fatores, pelo ponto de vista das crianças e dos
adolescentes, a presença de doença crônica, o mau desempenho escolar, a desnutri-
ção, os problemas perinatais, tais como: infecções, doenças congênitas, exposição
ao álcool, dentre outros, e o temperamento difícil, devem ser considerados sinais de
alerta. O autor acrescenta também as más condições de moradia, o desemprego dos
pais, a exposição à violência e à delinquência, ausência de escolas ou de serviços de
saúde adequados como potenciais fatores de risco.
No entanto, a detecção precoce de situações de risco para problemas no desen-
volvimento emocional torna-se essencial para a prevenir o surgimento de futuros
transtornos mentais.

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O autor destaca aquelas situações de risco para problemas no desenvolvimento


afetivo que podem ser detectadas na primeira infância:
• Bebês com problemas regulatórios (dificuldades de alimentação, de sono, de ser
confortados), falhas no estabelecimento de rotinas, presença de doença física;
• Pré-escolares com perturbações de comportamento como crises de birra acen-
tuadas, ansiedade exagerada pelo afastamento dos pais etc.;
• Pais com transtornos de saúde física ou mental, uso de drogas, que vivem situa-
ções de luto ou trauma, ou que tiveram infâncias difíceis;
• Problemas dos pais no relacionamento com a criança;
• Conflitos parentais e familiares (ALMEIDA, 2011).

Mas, afinal o que significa a palavra “afeto”? O que significa relacionar-se afetiva-
mente?

Afeto é uma palavra que se refere a um fenômeno intuitivo e aparentemente fácil


de compreender, mas de difícil definição. Todo afeto ou emoção compreende um as-
pecto subjetivo – mental, que corresponde à vivência que o indivíduo tem de determi-
nada emoção (medo, raiva, alegria etc.). Por outro lado, há o aspecto objetivo­– físico,
que se encontra nas modificações corporais presentes em todo afeto, a ansiedade e
seus diversos sintomas (a aceleração do ritmo cardíaco e da frequência respiratória,
o suor das mãos).

O afeto é essencial para o funcionamento do nosso corpo como um todo, nos


dando coragem, motivação, interesse, e contribuindo para nosso desenvolvimento.
E é pelas sensações que o afeto nos proporciona que sabemos quando algo é verda-
deiro ou não (WALLON, 1995).

O conceito de afeto, segundo Spinoza (2007), compreende as afecções do corpo,


pelas quais sua potência de agir é aumentada ou diminuída, estimulada ou refreada
e, ao mesmo tempo, as ideias dessas afecções. Spinoza (2007) vê o afeto como algo
mais amplo, não apenas no sentido mais comum de paixão, mas também como
ação. Desse modo, para o filósofo, o afeto é um ato em que os sujeitos envolvidos
são ativos dentro do processo, qualquer ação de um corpo para outro pode ser con-
siderada afeto.

Em Wallon (2007) vemos que durante o desenvolvimento, a afetividade passa a


ser fortemente influenciada pela ação do meio ambiente, tanto que este autor defen-
de uma evolução progressiva da afetividade, cujas manifestações vão se distanciando
da base orgânica, e tornando-se cada vez mais relacionadas ao social (WALLON,
1941/2007).

Davis e Oliveira (1994) defendem que os fenômenos afetivos são reguladores da


ação, revelando que cada acontecimento da nossa vida repercute na escolha de ob-
jetivos, valorização de determinados eventos íntimos de cada sujeito. Assim, a afeti-
vidade é considerada a energia que move as ações humanas e é um composto fun-
damental das relações interpessoais, ou seja, sem afetividade não há interesse, nem

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motivação para a vida, tendo em vista que a afetividade atua e contribui para que as
crianças se sintam confiantes e seguras.

Capelatto (2002), Leite e Tassoni (2017) afirmam que a afetividade é a mistura de


diversos sentimentos, tais como o amor, o ciúme, a raiva, o ódio, a inveja, a sauda-
de, etc., e que aprender a cuidar adequadamente de todas essas emoções é que vai
proporcionar ao sujeito uma vida emocional plena e equilibrada. Para esses autores,
a afetividade é utilizada com uma significação mais ampla, referindo-se às vivências
dos indivíduos e às formas de expressão mais complexas e essencialmente humanas.

Wallon (2006) tem uma concepção mais ampla, envolvendo uma gama maior de
manifestações, englobando sentimentos (origem psicológica) e emoções (origem bio-
lógica). Para ele, a afetividade corresponde a um período mais tardio na evolução da
criança, quando surgem os elementos simbólicos. Ainda segundo Wallon (2006), é
com o aparecimento desses elementos que ocorre a transformação das emoções em
sentimentos, a possibilidade de representação, que, consequentemente, implica na
transferência para o plano mental, confere aos sentimentos uma certa durabilidade
e moderação.

Para Piaget (1975), a criança quando sente que é aceita, compreendida, valori-
zada e respeitada tem grandes possibilidades de se desenvolver bem em todas as
esferas da vida, que envolvem aspectos orgânicos, corporais, afetivos, emocionais e
cognitivos. As relações da criança com o mundo exterior são, desde o início, relações
de sociabilidade, visto que, ao nascer, não tem:
Meios de ação sobre as coisas circundantes, razão porque a satisfação das
suas necessidades e desejos tem de ser realizada por intermédio das pes-
soas adultas que a rodeiam. Por isso, os primeiros sistemas de reação que
se organizam sob a influência do ambiente, as emoções, tendem a realizar,
por meio de manifestações consoantes e contagiosas, uma fusão de sen-
sibilidade entre o indivíduo e o seu entourage. (WALLON, 1971, p. 262)

A relação do indivíduo com o mundo está sempre medida pelo outro (BOCK,
1999), neste sentido, observa-se que Wallon (1971) e Vygotsky (1998) têm muitos
pontos em comum ao se tratar da afetividade. Ambos assumem o seu caráter so-
cial e têm uma abordagem de desenvolvimento para ela, demonstrando, cada um à
sua maneira, que as manifestações emocionais, portanto de caráter orgânico, vão
ganhando complexidade, passando a atuar no universo do simbólico. Dessa ma-
neira, ampliam-se as formas de manifestações, constituindo os fenômenos afetivos.
Da mesma forma, defendem a íntima relação que há entre o ambiente cultural/social
e os processos afetivos e cognitivos, além de afirmarem que ambos inter-relacionam-
-se e influenciam-se mutuamente.

Wallon (apud ALMEIDA, 1999) destaca que:


A afetividade e a inteligência constituem um par inseparável na evolução
psíquica, pois ambas têm funções bem definidas e, quando integradas, per-
mitem à criança atingir níveis de evolução cada vez mais elevados. (p. 51)

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Vygotsky (apud OLIVEIRA, 1992) defende que o pensamento:


Tem sua origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessi-
dades, interesses, impulsos, afeto e emoção. Nesta esfera estaria a razão úl-
tima do pensamento e, assim, uma compreensão completa do pensamento
humano só é possível quando se compreende sua base afetiva. (p. 76)

Machado (1996) afirma, ainda, que o conhecimento do mundo objetivo ocorre quan-
do desejos, interesses e motivações aliam-se à percepção, memória, pensamento, ima-
ginação e vontade, em uma atividade cotidiana dinâmica entre parceiros. Neste sentido,
a afetividade constitui, assim, um fator muito importante no processo de desenvolvi-
mento humano, e é justamente na relação com o outro que o indivíduo poderá se deli-
mitar como pessoa e manter o processo em permanente construção (FREIRE, 1997).

Até agora vimos a importância do afeto e da afetividade para o desenvolvimento


humano, mas quais são as implicações da afetividade para o desenvolvimento cogni-
tivo e para o processo de aprendizagem?

Quando abordamos a questão do desenvolvimento cognitivo, a criança está in-


serida neste processo, antes até de seu nascimento, considerando que o desenvolvi-
mento humano se inicia a partir do momento da concepção, exercendo um papel
fundamental nos anos iniciais da vida (DELEUZE, 2002, p. 25).

No âmbito educacional, cabe ao professor ser o mediador do processo ensino-


-aprendizagem, Sarnoski (2014) e Silva (2001) enfatizam o quanto a figura do pro-
fessor é importante para que os alunos se sintam seguros, criando, desta forma, um
ambiente de aprendizagem tranquilo, por meio da afetividade que se faz presente no
cotidiano da sala, seja mediante a postura do professor, pela dinâmica de seu traba-
lho, seja nas interações entre sujeitos.

Na escola, o professor denota ser o elemento mais importante no processo de


desenvolvimento da afetividade com o aluno, no entanto, muitas vezes, confundimos
a afetividade com o contato físico feito por meio do toque e do carinho. A afetividade
não se limita apenas a isso e pode se dar por meio da escuta ou da importância que
se atribui às ideias deste aluno (FREITAS; MIGUEL, 2019).

Figura 5 – Afetividade na relação professor-aluno


Fonte: Getty Images

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Figura 6 – Afetividade na relação professor-aluno
Fonte: Getty images

Assim, para Freitas e Miguel (2019), o convívio na sala de aula é construído por
meio de um conjunto de variadas formas de interpretação, que se estabelecem entre
as partes envolvidas (alunos e professores), e por intermédio deste último, todo o tra-
balho pedagógico, a relação existente com os alunos, tudo é parte do papel do profes-
sor. A tradicional visão dualista do homem enquanto corpo/mente, matéria/espírito,
afeto/cognição, que tem permeado a trajetória do pensamento e do conhecimento
humano há muitos séculos, tem se manifestado em estudos sobre o comportamento a
partir de uma visão cindida entre racional e emocional, pressupondo-se, geralmente,
que o primeiro deveria dominar o segundo, impedindo uma compreensão da totalida-
de do ser humano (LEITE; TASSONI, 2017).

Figura 7 – Relação professor-aluno: Afetividade e aprendizagem


Fonte: Getty Images

Piaget (1975) afirma que a afetividade corresponde a um momento mais tardio


do desenvolvimento, sendo este marcado por elementos subjetivos, que moldam a
qualidade das relações com sujeitos e objetos. Logo, a afetividade sinaliza a entrada
da criança no universo simbólico, proporcionando também a origem da atividade cog-
nitiva. Segundo ele, afetividade refere-se à capacidade, à disposição do ser humano
de ser afetado pelo mundo externo/interno por sensações ligadas a tonalidades agra-
dáveis ou desagradáveis. Ser afetado é reagir com atividades internas/externas que

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a situação desperta. E a visão dualista do homem enquanto corpo/mente, matéria/


espírito, afeto/cognição, têm dificultado a compreensão das relações entre ensino e
aprendizagem e da própria totalidade, sendo que se faz necessário conhecê-la melhor.

Figura 8 – Interação professor-aluno e aprendizagem


Fonte: Getty Images

É importante salientar que a afetividade não se restringe apenas ao contato físi-


co, como salienta Dantas (1993, p. 75), conforme a criança vai se desenvolvendo,
as trocas afetivas vão ganhando complexidade. “ As manifestações epidérmicas da
‘afetividade da lambida’ se fazem substituir por outras, de natureza cognitiva, tais
como respeito e reciprocidade”. O autor sinaliza que é necessário adequar a tarefa às
possibilidades do aluno, propiciar meios para que realize a atividade confiando em
sua capacidade, demonstrar atenção às suas dificuldades e problemas. São maneiras
bastante refinadas de comunicação afetiva. Dantas (1993) refere-se a essas formas de
interação como “cognitivização” da afetividade.

Conforme a criança avança em idade, torna-se necessário “ ultrapassar os limites


do afeto epidérmico, exercendo uma ação mais cognitiva no nível, por exemplo, da
linguagem” (ALMEIDA, 1999, p. 108). Ainda que se mantenha o contato corporal
como forma de carinho, falar da capacidade do aluno, elogiar o seu trabalho, reco-
nhecer seu esforço, constituem formas cognitivas de vinculação afetiva.

Figura 9 – Afetividade e aprendizagem na relação professor-aluno


Fonte: Getty Images

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A relação que caracteriza o ensinar e o aprender transcorre a partir de vínculos
entre as pessoas e inicia-se no âmbito familiar. A base desta relação vincular é afeti-
va, pois é por meio de uma forma de comunicação emocional que o bebê mobiliza
o adulto, garantindo assim os cuidados de que necessita. Portanto, é o vínculo afe-
tivo estabelecido entre o adulto e a criança que sustenta a etapa inicial do processo
de aprendizagem, sendo fundamental nos primeiros meses de vida, determinando a
sobrevivência emocional da criança. Da mesma forma, é a partir da relação com o
outro, por meio do vínculo afetivo que, nos anos iniciais, a criança vai tendo acesso ao
mundo simbólico e, assim, conquistando avanços significativos no âmbito cognitivo
(DANTAS, 1993; ALMEIDA, 1999). Nesse sentido, para a criança, torna-se funda-
mental o papel do vínculo afetivo, que vai ampliando-se, e a figura do professor surge
com grande importância na relação de ensino e aprendizagem na época escolar.

Algumas Considerações Teóricas


Como vimos, vários autores (ALMEIDA, 2011, DANTAS, 1993; LEITE;
TASSONI, 2017; FREITAS; MIGUEL, 2009; PIAGET, 1975; FREIRE, 1997) vêm
defendendo que o afeto é indispensável na atividade de ensinar, entendendo que as
relações entre ensino e aprendizagem são movidas pelo desejo e pela paixão e que,
portanto, é possível identificar e prever condições afetivas favoráveis que facilitam
a aprendizagem.

As interações em sala de aula são constituídas por um conjunto complexo de


variadas formas de atuação que se estabelecem entre as partes envolvidas – professo-
res e alunos. Uma maneira de agir está intimamente relacionada à atuação anterior e
determina, sobremaneira, o comportamento seguinte. Na verdade, é pela somatória
das diversas formas de atuação, durante as atividades pedagógicas, que o professor
vai tendo condições de ir qualificando a relação estabelecida entre o aluno e os diver-
sos objetos de conhecimento (LEITE; TASSONI, 2017).

Ao passar apenas o conteúdo, sem nenhum envolvimento, empatia ou vínculo, o


professor não propicia ao aluno a oportunidade de se apropriar de forma afetiva do
conteúdo ministrado, nada será compreendido e apreendido pelo aluno. No entanto,
o professor que consegue projetar e implementar suas aulas, efetuar pequenos ges-
tos e ações por meio do respeito, da escuta, do sorriso, da reflexão, propicia condi-
ções essenciais para o exercício da afetividade junto aos seus alunos.

É importante lembrar que todo esse caminho é estabelecido, inicialmente, no


âmbito familiar, “já que é onde se constrói os primeiros conceitos, evidenciando a
afetividade como parte de fundamental importância em nossa constituição enquanto
sujeitos” (CAMARGO, 2016, p. 7). Posteriormente, as relações de afeto vão sendo
ampliadas para outras esferas, como a escola e ali vão sendo fortalecidas para a
construção de conhecimentos sólidos em sala de aula.

O aluno deve ser incentivado em suas habilidades, para isso o professor deve compre-
ender que ensinar é uma particularidade humana. Segundo Freitas e Miguel (2019), não

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é apenas simplesmente disseminar conhecimento, a relação professor/aluno­­depende


estritamente do clima estabelecido pelo professor, por intermédio da sua relação de
­empatia para com o aluno, sendo possível por meio da sua capacidade de ouvir, meditar,
conversar e compreender, criando pontes entre seu conhecimento e o do aluno.

Figura 10 – Mediação no processo de aprendizagem


Fonte: Getty Images

O professor, no processo de ensino-aprendizagem, busca na atuação junto aos alu-


nos, mudanças para a conquista da autonomia e da liberdade numa dinâmica global,
enfocando os aspectos positivos do aluno, auxiliando-o na sua formação ­enquanto
cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades, não s­omente no
âmbito familiar e social, mas também no âmbito escolar.

Lima (2009, p. 7) afirma que:


Tanto a família quanto a escola devem viabilizar relações pautadas na afe-
tividade e no adequado desempenho de papéis. As crianças ao viverem
ora como aluno, ora como filho, aprendem as normas sociais e éticas e
compreendem o seu lugar no mundo.

Assim, podemos entender que não há como pensar no ato de ensinar desvincu-
lado do afeto. Ao oferecer ao aluno uma diversidade de situações e espaços, perce-
bemos que a criança tem o “desejo e necessita ser amada aceita, acolhida e ouvida
para que possa despertar para a vida da curiosidade e do aprendizado” (SALTINI,
2008, p. 100). Neste sentido, cabe aí a sensibilidade do educador, que deve buscar
conhecer o aluno, o modo de funcionamento de sua emoção para aprender a lidar
adequadamente com suas expressões.

Entender o que é emoção, como ela funciona, para poder administrá-la tanto em
si como no outro é o grande desafio, afirmam Freitas, Silva e Santos (2019), tendo
em vista que os progressos oriundos do desenvolvimento da inteligência, que são
responsabilidade do professor, dependem, em grande parte, do desenvolvimento
da afetividade.

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Figura 11 – Relação professor-aluno mediada pela afetividade
Fonte: Getty Images

Ainda, segundo os autores, neste caminhar, o processo de construção da pessoa


é organizado por uma sucessão de momentos predominantemente afetivos ou cog-
nitivos, que atuam de forma integrada. Isto significa que a afetividade depende, para
evoluir, de conquistas realizadas no plano da inteligência, e vice-versa.
A afetividade corresponde a um período tardio no desenvolvimento da criança, o afe-
to influencia de forma significativa no desenvolvimento intelectual, que pode ser o fator
essencial que permitirá acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento (ALMEIDA,
1999). Na relação estabelecida com o aluno, no sentido de promover o desenvolvimento
intelectual dos alunos, o professor coloca interesse, sentimentos, desejos e emoções.
O afeto tem o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma na
criança. Almeida (2011) afirma que a interação da criança com o meio ou com o
grupo desencadeia respostas afetivas que motivam o organismo a realizar ações para
atender as necessidades de aprender. Assim, para o autor, os afetos funcionam como
incitadores do interesse e da ação, permitindo a comunicação rápida e sem palavras
entre diferentes indivíduos, que criam respostas sociais coletivas mais eficientes.
Os afetos funcionam ainda como avaliadores, concedendo significado e valor
positivo ou negativo às diversas situações do mundo objetivo. A valoração afetiva é
importante para direcionar o organismo humano a buscar oportunidades vantajosas
em termos de sobrevivência e se afastar de possíveis perigos.
A escola, como espaço legítimo para a educação da criança, deveria procurar
articular a união da vida afetiva com a vida intelectiva para, ao mesmo tempo, nos
limites das suas atividades educacionais, promover o desenvolvimento de ambas
(ALMEIDA, 1999, p. 14).
Neste sentido, a escolha das atividades que serão propostas aos alunos tem sido
discutida (LEITE; TASSONI, 2017; ALMEIDA, 1999; DANTAS, 1993), pois envol-
ve a relação professor-aluno naquilo que ela tem de mais significativa, observável
e visível, geralmente com efeitos prontamente identificados na própria situação de
ensino-aprendizagem. Não podemos negligenciar ou colocar num plano secundário
a afetividade em sala de aula, que se configura na relação professor-aluno.
ALMEIDA afirma que “é necessário que o professor conheça o fenômeno emo-
cional para conseguir quebrar o circuito perverso em que se vê envolvido e reagir

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corticalizadamente, em outras palavras, que conheça seus alunos, no aspecto não


somente cognitivo, mas também emocional” (1999, p. 14).
A aprendizagem é um processo dinâmico, que ocorre a partir de uma ação do sujeito
sobre o objeto, porém sempre mediada por elementos culturais, no caso, dos escolares,
a mediação é condição fundamental para o processo de construção do conhecimento
pelo aluno (DANTAS, 1993), portanto, a qualidade da mediação, que é essencialmente
afetiva, determina, em grande parte, a qualidade da relação sujeito-objeto.
A qualidade da mediação pode determinar toda a história futura da relação entre o
aluno e um determinado conteúdo ou prática desenvolvida na escola, que em muitos
casos, é essencialmente afetiva. Neste sentido, assume-se que a natureza da experiên-
cia afetiva (prazerosa ou aversiva, nos seus extremos) depende da qualidade da media-
ção vivenciada pelo sujeito na relação com o objeto (FREIRE, 1994; DANTAS, 1993).
Na situação de sala de aula, tal relação refere-se às condições concretas de me-
diação, planejadas e desenvolvidas, principalmente, pelo professor. Obviamente, re-
conhece-se a existência de outros mediadores culturais ali presentes, como os livros,
os textos, material didático e os próprios colegas.
O afeto é essencial para todo o funcionamento do nosso corpo, nos dando
c­ oragem, motivação, interesse e contribuindo para nosso desenvolvimento. E é pe-
las sensações que o afeto nos proporciona que sabemos quando algo é verdadeiro
ou não. Principalmente para a criança, o afeto é importantíssimo, pois ela precisa
sentir-se segura para poder desenvolver seu aprendizado, e é necessário que o pro-
fessor tenha consciência de como seus atos são extremamente significativos nesse
processo, porque essa relação aluno-professor é permeada de afeto, e as emoções
são estruturantes da inteligência do indivíduo (WALLON, 1995).
Wallon (1978) afirma que a criança acessa o mundo simbólico por meio das mani-
festações afetivas que permeiam a mediação que se estabelece entre ela e os adultos
que a rodeiam. Defende que a afetividade é a fonte do conhecimento. Embora a
escola seja um local onde o compromisso maior que se estabelece é com o processo
de transmissão/produção de conhecimento, pode-se afirmar que:
As relações afetivas se evidenciam, pois, a transmissão do conhecimen-
to implica, necessariamente, uma interação entre pessoas. Portanto, na
relação professor-aluno, uma relação de pessoa para pessoa, o afeto está
presente. (ALMEIDA, 1999, p. 107)

Para Almeida (1999) e Wallon (1978), é por meio das interações sociais que as
manifestações posturais vão ganhando significado e, com a aquisição da linguagem,
a afetividade adquire novas formas de manifestação, além de ocorrer também uma
transformação nos próprios níveis de exigência afetiva.
A inclusão de crianças com deficiência no âmbito educacional é algo complexo,
importante e necessário, neste processo o papel do professor é fundamental, pois
ele poderá lidar diretamente com as circunstâncias emocionais envolvidas na sala de
aula, no estabelecimento das relações afetivas entre professor-aluno e alunos–alunos.
Assim, estas circunstâncias emocionais poderão ter repercussões significativas para
o desenvolvimento afetivo da criança com deficiência, aspecto que será determinante
para manter a permanência da criança na escola

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Atualmente, a legislação vigente não permite nenhum tipo de discriminação ou
preconceito em relação às pessoas com deficiência, apregoa a valorização e o tra-
balho respeitando-se as diferenças. No entanto, sabemos que esta população sofreu
e ainda sofre toda gama de preconceito e discriminação e que as desigualdades são
mantidas de forma bastante perversa.

A sociedade exclui para incluir e esta transmutação é condição da ordem social


desigual, o que implica o caráter ilusório da inclusão. Todos estamos inseridos de
algum modo, nem sempre decente e digno, no circuito produtivo das atividades eco-
nômicas, sendo a grande maioria da humanidade inserida através da insuficiência e
das privações que se desdobram para fora do econômico (SAWAIA, 2001, p. 13).

É na troca com o outro, que o sujeito se constitui. Assim, é possível perceber


que, muitas vezes, pelo fato de ser excluída, estigmatizada e isolada da sociedade, a
pessoa com deficiência sai prejudicada em relação ao seu desenvolvimento afetivo
e, consequentemente, cognitivo e atribui a si própria a culpa pela incompetência de
não se relacionar e não aprender (SAWAIA, 2001).

No âmbito da escola, são necessárias ações planejadas, formação teórica e sensi-


bilidade de todos os envolvidos para que a pessoa com deficiência adquira uma boa
autoestima e seja motivada a aprender. Cabe ao professor ter um olhar sensível para
atuar na potencialização desta pessoa, quando for necessário. Quando temos um
aluno com deficiência em sala de aula, e não importa o tipo de deficiência que ele
possua, temos que pensar que a limitação existe, ou seja, a deficiência já está insta-
lada, não temos muito o que fazer, mas, o importante é não fixarmos nossa atenção
e dispêndio de energia nesta esfera, mas o que eu posso fazer com e por este aluno.

Apesar da limitação provocada pela deficiência, este aluno possui um potencial a


ser desenvolvido, e é este o foco a ser dado – potencializar as capacidades e habili-
dades que este aluno tem, independentemente de sua limitação.

Propiciar um ambiente de confiança e respeito mútuo, permeado por afeto e


promoção da autoestima são elementos essenciais para criar condições favoráveis à
aprendizagem deste aluno. Portanto, é necessário que haja mais discussões, reflexões
e ações que visem à remoção das barreiras existentes, principalmente, as barreiras
atitudinais, entre as várias etapas do processo de escolarização.

Finalizamos este texto enfatizando que a afetividade está presente em todas as


nossas ações, implicadas em nossa vida familiar, no âmbito escolar, principalmente
nas decisões de ensino assumidas pelo professor, constituindo-se como fator fundante
das relações que se estabelecem entre os alunos e os conteúdos escolares (SILVEIRA,
2014). Neste processo, a natureza da mediação surge como um dos principais fatores
determinantes da qualidade dos vínculos que se estabelecerão entre o sujeito e o ob-
jeto do conhecimento ao longo de sua vida.

A inclusão do aluno com deficiência no âmbito educacional é algo bastante com-


plexo, e significa bem mais que simplesmente promover sua inserção no convívio
com outras crianças. É necessário que existam trocas interativas com plena aceita-
ção das diferenças para valorização de sua autoimagem e autoestima.
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UNIDADE Aspectos Fundamentais sobre o Desenvolvimento da Afetividade

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Estilos de Apego Precoce (vínculo da criança e mãe “Jonh Bowlby”)
https://youtu.be/ExXgaIaiIqc
Os filhos imitam os pais
https://youtu.be/6JxvGbIwud4
Privação Afetiva Precoce
https://youtu.be/P-AYsbashPE

Leitura
A afetividade em sala de aula: as condições de ensino e a mediação do professor
LEITE, S. A. S.; TASSONI, E. C. M. A afetividade em sala de aula: as condições de
ensino e a mediação do professor. Cultura e Humanização: Grupo de Pesquisa da
Universidade Federal de Alfenas/MG, 2017.
https://bit.ly/33uhFIx
SILVEIRA, E. A. A importância da afetividade na aprendizagem escolar: o afeto na
relação aluno-professor. Psicologado, 2014.
https://bit.ly/2Xt5847

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Referências
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