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CRIANCA PRE ESCOLAR DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Criança Pré-Escolar: Desenvolvimento Social

Segundo FAW (1981), a personalidade é o termo usado para referir-se à maneira pela qual um indiví-
duo se relaciona com seu ambiente. Incorpora o pensar, o sentir e o agir da pessoa. A amplitude etá-
ria de dois a seis anos é um período significante no desenvolvimento da personalidade, porque as ca-
pacidades conceituais permitem que as crianças tenham novas perspectivas a respeito do mundo.
Elas desenvolvem maior consciência do impacto que os outros têm sobre elas, assim também como
de seu impacto sobre os demais. Podem simbolizar eventos em suas vidas e criar suas imagens, de
modo que estes possam influenciar seu comportamento em data posterior. O maior entendimento de
tempo e de relacionamentos de causa e efeito permite-lhes conceituar não apenas o aqui e agora,
mas também o futuro (BEE, 1997).

Tanto as relações verticais, como aquelas com os pais e professores, quanto às horizontais, como as
com os colegas, são bastante importantes nesses anos. Somente nas brincadeiras com os colegas a
criança consegue aprender sobre relações recíprocas, tanto cooperativas quanto competitivas (BEE,
1997).

O apego da criança ao pai à mãe continua forte, embora os comportamentos de apego se tornem
cada vez menos visíveis à medida que a criança cresce, a não ser em situações de estresse.

Os pré-escolares também evidenciam mais recusa e desafio em relação às tentativas de influência


paterna, se comparados aos bebês. O desafio direto declina dos dois aos seis anos. Tais mudanças
estão sem dúvida, ligadas ao desenvolvimento cognitivo e linguístico da criança (BEE, 1997).

Segundo Erikson, a principal crise de desenvolvimento da segunda infância é a iniciativa versus


culpa. O êxito na resolução desse conflito resulta na “virtude” do propósito e permite à criança plane-
jar e realizar atividades dentro de limites apropriados.

De acordo com BEE (1997), o brinquedo com os companheiros já é visível antes dos dois anos de
idade, tornando-se cada vez mais importantes ao longo dos anos pré-escolares. É evidente também a
agressividade com os colegas, mais física nos dois e três anos, mais verbal nos cinco e seis anos.

As mudanças nos tipos de brincadeiras das crianças refletem o desenvolvimento social e cognitivo. O
jogo imaginativo torna-se cada vez mais comum durante a segunda infância e ajuda as crianças a de-
senvolver habilidades sociais e cognitivas.

As maneiras de brincar variam de cultura para cultura e são influenciadas pelos ambientes que os
adultos criam para as crianças (BEE, 1997).

Crianças com dois anos já mostram comportamento altruísta para com os outros, e tal comporta-
mento parece aumentar à medida que aumenta a capacidade da criança de assumir a perspectiva do
outro (BEE, 1997).

A autoestima é o julgamento de nosso próprio valor. Uma importante fonte de autoestima na segunda
infância é o suporte social de pais, professores e pares.

Amizades em curto prazo, à maioria baseada na proximidade, são evidentes nessa variação etária.
As maiores partes desses pares são do mesmo sexo.

O pré-escolar continua a definir-se ao longo de uma série de dimensões objetivas, embora ainda não
possua um senso global de autoestima.
Diferenças sexuais são diferenças físicas entre homens e mulheres. Diferenças de gênero são dife-
renças psicológicas ou comportamentais.

Existem poucas diferenças comportamentais entre os sexos na segunda infância, e essas diferenças
geralmente são muito pequenas. Os meninos são mais agressivos do que as meninas, e as meninas
são mais empáticas.

As diferenças de gênero no brincar aparecem mais cedo do que outras diferenças de gênero, entre a
segunda e a terceira infância, as crianças de todas as culturas segregam-se cada vez mais pelo sexo.

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Todas as sociedades têm crenças sobre comportamentos apropriados para os dois sexos, e as crian-
ças aprendem essas expectativas em idade precoce. Os papéis sexuais são os comportamentos e
atitudes que uma cultura julga apropriados para homens e mulheres. A tipificação sexual refere-se ao
aprendizado de papéis sexuais culturalmente determinados. Os estereótipos sexuais são as generali-
zações exageradas que podem não se aplicar a indivíduos (BEE, 1997).

Na teoria freudiana, a criança desenvolve identidade sexual por meio da identificação com o genitor
de mesmo sexo depois de abandonar o desejo de possuir o outro genitor. Segundo a teoria da apren-
dizagem social, a identidade sexual se desenvolve por meio da observação e imitação de modelos ou
pelo reforço de comportamento apropriado ao sexo. A teoria do desenvolvimento cognitivo sustenta
que o desenvolvimento da identidade sexual é resultado do pensamento sobre a experiência. A teoria
do esquema sexual sustenta que as crianças ajustam seu autoconceito ao esquema sexual de sua
cultura, um padrão socialmente organizado de comportamento para homens e mulheres (PAPALAIA
& OLDS, 2006).

Tanto fatores biológicos quanto ambientais, como a influência dos pais e da mídia, parecem ter im-
pacto na tipificação sexual. Nestes mesmos anos, as crianças começam a aprender o que é “apropri-
ado”, em termos de comportamento, ao seu gênero. Por volta dos três ou quatro anos, meninos e me-
ninas evidenciam padrões ou estilos diferentes de interação com os companheiros, diferença essa
que perdura até a vida adulta. Por volta dos 5 ou 6 anos, a maioria das crianças desenvolveu regras
bastante rígidas sobre aquilo que meninos e meninas devem fazer ou ser (PAPALIA & OLDS, 2006).

As crianças ainda diferem muito no comportamento social e na personalidade. O temperamento de-


sempenha algum papel. As crianças com o temperamento mais difícil são mais propensas a mostrar
problemas posteriores de comportamento ou delinquência.

Os estilos da parentagem são também importantes. Parentagem com figura de autoridade, combi-
nando bastante afeto, regras claras e comunicação, além de elevadas exigências maturacionais, está
associada aos resultados mais positivos. Parentagem negligente está associada aos resultados me-
nos positivos. Dois outros padrões, cada um com efeitos específicos, são ditatoriais e o permissivo
(PAPALAIA & OLDS, 2006.

A estrutura familiar também afeta os filhos. Após um divórcio, as crianças costumam mostrar compor-
tamento de instabilidade durante vários anos. Os estilos de parentagem também se modificam, tor-
nando-se baseados em menor autoridade (PAPALAIA & OLDS, 2006). Do ponto de vista psicológico
e de desenvolvimento a criança na idade pré-escolar, apresenta notável progresso em relação às ha-
bilidades motoras, linguagem e funcionamento cognitivo. Nesta fase a criança já é capaz de perceber
o quanto é diferente do outro e manifestar de forma evidente e clara suas características pessoais em
relação as preferências, atitudes, formas de pensar e sentir. Estabelece seu próprio estilo de relacio-
nar-se com o meio e adaptar-se ao mesmo, adquirindo novas características que contribuem para a
formação de sua personaliade. É uma etapa caracterizada por diferentes motivações e ansiedades
relacionadas às descobertas, curiosidades e identificação sexual.

Comportamento Dependente
É comum a criança manifestar formas de comportamento dependente, buscando atenção, ajuda, re-
conhecimento, aprovação, confiança, afeto e apoio, neste caso, quando estas necessidades básicas
não são supridas, há grandes possibilidades de um amadurecimento precoce. O amadurecimento
precoce é o recurso que a criança encontra para lidar com os “vazios” não preenchidos por suas ne-
cessidades básicas, conflitos e traumas não elaborados e resolvidos.

Ambientes ansiogênicos, o isolamento social e a falta de incentivo à autonomia (dentro dos limites
previstos), contribuem de forma significativa para o comportamento de dependência por parte da cri-
ança. Entre as tarefas comportamentais, espera-se que a criança na idade pré-escolar tenha certa
confiança e capacidade de vestir-se, cuidar de sua higiene, resolver problemas menores sem ajuda,
iniciar e completar algumas atividades e ser capaz de brincar sozinha sem supervisão constante. Se
a mão for carinhosa, receptiva e protetora ao encorajar a independência e autonomia, seu filho estará
motivado a ser mais autoconfiante, diminuindo comportamentos excessivamente dependentes.

O desejo de solucionar problemas e a construção de habilidades e capacitações, pode-se desenvol-


ver cedo, em consequência de reforços e encorajamento dos pais, aos esforços feitos pela criança

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para ser independente. As crianças altamente motivadas para realizações intelectuais copiam fre-
quentemente os adultos em seus jogos e são possivelmente aceitas como líderes pelas demais crian-
ças. A forte motivação para a realização tende a ser contínua, desde o período de pré-escolaridade
até a adolescência e a idade adulta.

Medo e Ansiedade

Nesta fase é comum a criança deparar-se com frustrações, imprevisibilidade dos eventos, dúvidas,
novas situações e experiências, portanto, um certo nível de ansiedade é absolutamente compreensí-
vel e esperado. As fantasias da perda do amor dos pais e da proteção que suas figuras representam
é outro fator que contribui para o aumento da ansiedade. Sendo muito ligadas afetivamente aos pais,
muitas crianças tornam-se ansiosas frente à possibilidade de perder o amor dos mesmos, em virtude
de diferentes razões tais como: a chegada de um irmãozinho, separação dos pais, viagens longas
(pais) e ainda a rejeição real ou imaginária. Outros aspectos que estão diretamente relacionados à
intensa e excessiva ansiedade na criança, são as constantes restrições, punições e a alta exigência
dos pais em impor padrões de comportamento incompativeis com a idade, ocasionando sucessivas
avaliações negativas.

Os medos também são comuns nesta fase, sendo fontes de ansiedade. Alguns servem a uma função
“auto preservativa” e implicam em respostas defensivas e efetivas de evitamento. O medo passa a
ser um sintoma e exige atenção, quando as reações são frequentes, prolongadas e intensas, tais
como: choro, retraimento, afastamento, submissão, tremores e pânico. Para que a criança atinja um
ajustamento emocional adequado, muitas destas respostas que antes ocorriam frente a estímulos eli-
ciadores de medo, devem ser substituídos por reações maduras e dotadas de um propósito. A cri-
ança deve ser encorajada á enfrentar seus medos, buscado testar reações mais adaptativas e cabe
aos pais este auxilio, através de muito diálogo, ressignificações e técnicas comportamentais específi-
cas. Há ainda uma forte tendência da criança em adotar os medos de seus pais, seja por meio da
aprendizagem observacional ou pelo processo de identificação.

Agressividade

As diferentes formas e quantidade de agressão que uma criança exibe, dependem primariamente de
suas experiências sociais, incluindo os reforços recebidos por esse comportamento, observação e
imitação de modelos agressivos, o grau de ansiedade ou culpa associado à expressão agressiva. A
frustração produz frequentemente um aumento da agressão, mas as crianças diferem muito quanto à
habilidade em termos de tolerância e quanto à intensidade de suas reações. A agressividade é uma
característica razoavelmente estável: meninos altamente agressivos durante o período escolar tam-
bém são mais passíveis de serem muito agressivos na adolescência e na vida adulta.

Outras crianças da mesma idade, também são fontes frequentes que reforça o comportamento agres-
sivo e muitas crianças tornam-se mais agressivas em consequência da frequência ao maternal e à
pré-escola. O uso da punição física perante o comportamento agressivo pode de fato, aumentar a
agressão ao invés de inibi-la.O processo de identificação.

A identificação, conceito derivado da psicanálise de Freud, refere-se ao processo que leva a criança a
pensar, a sentir e a comportar-se como se as características de uma outra pessoa, normalmente um
dos pais, lhe pertencessem. A identificação com os pais é necessária, sendo uma fonte muito impor-
tante de segurança para a criança pré-escolar. Através da identificação, a criança efetivamente incor-
pora a si o poder e a adequação do pai ou da mãe. Por outro lado, a criança identificada com um mo-
delo negativo, sente-se menos segura e mais ansiosa. A maioria das crianças sente que seus pais
têm numerosas características, habilidades e privilégios desejáveis. São fortes e poderosos, dotados
de habilidades e de acesso a prazeres que a criança inveja. Além disso, controlam objetivos e situa-
ções desejáveis e importantes. Com base no entendimento psicanalítico, o complexo de édipo tam-
bém proporciona um processo de identificação, geralmente com o progenitor do mesmo sexo, em vir-
tude da conquista do progenitor do sexo oposto.

O processo de identificação possibilita ainda a adoção de comportamentos, valores, atitudes e inte-


resses geralmente considerados apropriados ao papel masculino e feminino, na cultura a qual per-
tence a criança, bem como a internalização dos padrões de comportamento moral. Estes aspectos
derivados do processo identificatório contribuem para a organização psicológica da criança.

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Por volta dos cinco anos de idade, as crianças estão inteiramente cientes dos interesses e comporta-
mentos apropriados ao seu sexo, em relação às suas preferências (modo de se vestir, brinquedos,
brincadeiras, programas, etc.).

O grau em que uma criança adota o comportamento dos pais é uma função do afeto e dos cuidados
parentais, de sua competência e poder. Se os pais não possuírem tais características, não haverá
identificação positiva. A situação ideal à adoção de uma identidade sexual satisfatória e adaptativa
seria aquela na qual o pai de mesmo sexo é visto como afetuoso e dotado de características desejá-
veis e ambos os pais reforçam consistentemente as evidências de uma identificação apropriada com
o pai do mesmo sexo.Controle ou Permissividade em relação a criação dos filhos?
Os lares onde o controle é intenso produzem crianças que manifestam relativamente pouco negati-
vismo, desobediência, espontaneidade ou medo.

Crianças que convivem em ambientes familiares democráticos tendem a ser ativas, competitivas, ex-
pansivas, agressivas, curiosas e não conformistas.

Crianças maduras, competentes e independentes têm pais altamente consistentes, calorosos, amoro-
sos e seguros. Estes pais respeitam a independência da criança, mas mantêm-se firmes em suas
próprias posições, dando justificativas claras e explícitas de suas decisões. O controle parental com-
petente, uma combinação de muito controle e encorajamento positivo dos esforços em direção à au-
tonomia e independência da criança, conduz ao desenvolvimento da maturidade e do senso de com-
petência, bem como do auto controle da exploração e de uma expansividade socialmente orientada.

Descoberta Da Sexualidade: Fase Fálica

O termo fase fálica compreende o entendimento do desenvolvimento psico sexual de acordo com a
visão psicanalítica. Trata-se de uma fase evolutiva da sexualidade situada entre os três e os seis
anos, que se caracteriza pela descoberta da sexualidade e do interesse pelo sexo oposto que inicia
através do Complexo de Édipo. O menino elege a mãe como namorada e a menina elege o pai como
parceiro ideal. As crianças de sexo posto, quando brincam juntas se dão conta de que seus órgãos
genitais são diferentes e isso desperta curiosidade. Possibilitar que a criança entenda as diferenças
sem traumas ou proibições é o mais saudável, de modo que a situação seja encarada com muita na-
turalidade por parte dos pais.

É bem comum pânico por parte dos pais, principalmente quando há dificuldades por parte dos mes-
mos em lidar com o assunto sexualidade. É uma fase relacionada à descobertas, sedução, poder e
disputa. O desfecho final desta fase, pode resultar na formação de traços importantes na personali-
dade da criança.

Durante este período a criança passa a perceber as diferenças sexuais, os papéis desempenhados
por mulheres e homens na sua cultura (conflito edipiano para Freud) entendendo de forma diferente o
mundo que a cerca. Se a sua curiosidade “sexual” e intelectual natural for reprimida e castigada a cri-
ança poderá desenvolver sentimento de culpa e diminuir sua iniciativa de explorar novas situações ou
de buscar novos conhecimentos.

Complexo de Édipo

O complexo de Édipo é um conceito fundamental para a teoria psicanalítica. Caracteriza-se por senti-
mentos contraditórios de amor e hostilidade em relação aos pais e no processo de identificação com
os mesmos, cujo desfecho da fase pode ser negativo ou positivo. Segundo a teoria, relação que
existe nesta tríade é a essência da conflitiva do ser humano. Na identificação positiva, o menino
identifica-se com o pai e a menina com a mãe.

O menino tem o desejo de ser forte como o pai e ao mesmo tempo hostiliza por ciúmes da mãe. A
menina é hostil com a mãe por ciúmes do pai, ao mesmo tempo em que busca parecer-se com ela
para competir e disputar o amor do mesmo. Na identificação negativa, o processo identificatório
ocorre com a figura do sexo oposto, podendo interferir em questões relacionadas a identidade sexual.

A ideia central do conceito de complexo de Édipo, inicia-se na ilusão de que o bebê tem de possuir
proteção e amor total, reforçado pelos cuidados intensivos que o recém-nascido recebe pela sua con-
dição frágil. Esta proteção está relacionada, de maneira mais significativa, com a figura materna. Em

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torno dos três anos, a criança começa a entrar em contato com algumas situações em que sofre inter-
dições, facilmente exemplificadas pelas proibições que começam a acontecer nesta idade, além de
certas exigências. Neste momento, a criança começa a perceber que não é o centro do mundo e pre-
cisa se renunciar ao mundo organizado em que se encontra e também à sua ilusão de proteção e de
amor materno exclusivo.

Dicas para entender e auxiliar a criança na idade pré-escolar:

- A fase pré-escolar, é a idade do “como” e do “porquê”. A criança é curiosa, pergunta e interessa-se


por tudo. Pense que isso é exploração e esclareça os questionamentos usando explicações adequa-
das e apropriadas para a idade.

- A criança é muito perceptiva e capta muitas coisas através da observação. Não pense que a criança
não está entendendo, portanto, cabe aos pais, familiares e educares, colaborar na construção de um
ambiente saudável e equilibrado.

- É comum a criança não aceitar as regras e os limites. A disciplina deve ser exercida sem culpa, com
afeto, segurança, persistência e pulso firme tanto por parte dos pais como dos educadores.

- A criança é egocêntrica e resiste em aceitar que o mundo não gira apenas na sua volta, portanto, é
normal a adoção de comportamentos que chamem atenção, os quais não devem ser reforçados por
parte dos pais e educadores.

- Trata-se de um período de inquietação constante, devido a energia e expansividade. A criança pre-


cisa de atividades, brincadeiras, jogos e uma rotina organizada.

- É necessário que os pais ajudem a criança a desenvolver a sua consciência, tendo em conta que
tanto o excesso de proteção como as atitudes de afastamento podem prejudicar o seu desenvolvi-
mento. A educação infantil é considerada como importante corresponsável pelo início da promoção
de padrões específicos de interação social, como interações afiliativas, pró-sociais e de caráter coo-
perativo envolvendo crianças, professores, membros da família e adultos em geral. Assim, o profes-
sor destas crianças está intrinsecamente envolvido no seu desenvolvimento e socialização, podendo
canalizar determinadas formas de interação social em detrimento de outras, como a violência, por
exemplo.

As interações sociais construtivas e cooperativas têm o potencial de promover a aprendizagem efici-


ente de habilidades e conteúdos, assim como a empatia e o respeito mútuo, fundamentais ao desen-
volvimento moral. O presente estudo teve como objetivo analisar as concepções e orientações para
crenças e valores de professores da EI sobre a temática das relações entre socialização, desenvolvi-
mento e educação infantil. Para isso, foram entrevistadas dezesseis professoras da EI da rede pú-
blica de ensino de Brasília.

Os resultados das entrevistas individuais indicaram a grande dificuldade da maioria das professoras
em definir conceitos fundamentais à socialização e ao desenvolvimento da criança no contexto da EI.
Por fim, considera-se a importância de um trabalho cooperativo entre psicologia e educação voltado
para a motivação e formação de competências dos professores, com foco na construção diária de um
ambiente escolar permeado de interações sociais construtivas.

Palavras-chave: Educação infantil, Psicologia cultural, Socialização, Cooperação entre crian-


ças.

A Educação Infantil ela é a primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvi-
mento completo da criança até os seus seis anos de idade, onde da inicio ao Ensino Fundamental. A
Constituição Federal assegura várias garantias aos nossos pequenos cidadãos, e mesmo assim
ainda encontramos o acesso negado a Educação infantil.

A pré-escola cumpre conduzir a criança à socialização e à Alfabetização, o educador é o mediador,


que apresenta aos pequenos vários horizontes de aprendizagem. Acredita-se que as crianças ao pas-
sar pelo pré-escolar mais conhecido como Educação Infantil terão melhores desenvolvimentos e vá-
rias possibilidades de concluir com perfeição seus estudos. Ao experiementar vivências especiais à
criança terá uma aprendizagem capaz de contribuir para o desenvolvimento cognitivos e sociais, para

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uma perspectiva de interação social, priorizando a cultura e as atividades que são mediadas pelos
professores, como determinantes nas aprendizagens e no desenvolvimento infantil.

A Socialização na Educação Infantil

A definição da socialização é o ato ou efeito de socializar, ou seja, de tornar social, de reunir em soci-
edade. É a extensão de vantagens particulares, por meio de leis e decretos, à sociedade inteira. É o
processo de integração dos indivíduos em um grupo. Quando falamos de interagir com pessoas
aprendemos a lidar com o mundo, respeitando as opniões, as culturas, conquistando a partir do rela-
cionamento com as pessoas que conseguimos nos virar sozinhos e melhorar a nossa comunicação e
até mesmo nos posicionar diante de vários problemas do dia-a-dia.

Um dos benefícios de permitir que as crianças se relacionem com Professores é que a criança vai
aprender a se comunicar com estranhos, se tornando menos tímida durante o seu crescimento. Para
compreender melhor a socialização é preciso entender as fases pelas quais as crianças vão passar
que podem ser divididas por idades.

Para o sociólogo brasileiro Gilberto Freire, a socialização pode ser definida da seguinte maneira:

“É a condição do indivíduo (biológico) desenvolvido, dentro da organização social e da cultura, em


pessoa ou homem social, pela aquisição de status ou situação, desenvolvidos como membro de um
grupo ou de vários grupos.”

A Socialização Na Educação Infantil

Pedagogia

Interações sociais construtivas e cooperativas têm o potencial de promover a aprendizagem eficiente


de habilidades e conteúdos na socialização, desenvolvimento e educação infantil.

Resumo

A educação infantil é considerada como importante corresponsável pelo início da promoção de pa-
drões específicos de interação social, como interações afiliativas, pró-sociais e de caráter cooperativo
envolvendo crianças, professores, membros da família e adultos em geral. Assim, o professor destas
crianças está intrinsecamente envolvido no seu desenvolvimento e socialização, podendo canalizar
determinadas formas de interação social em detrimento de outras, como a violência, por exemplo. As
interações sociais construtivas e cooperativas têm o potencial de promover a aprendizagem eficiente
de habilidades e conteúdos, assim como a empatia e o respeito mútuo, fundamentais ao desenvolvi-
mento moral.

O presente estudo teve como objetivo analisar as concepções e orientações para crenças e valores
de professores da EI sobre a temática das relações entre socialização, desenvolvimento e educação
infantil. Para isso, foram entrevistadas dezesseis professoras da EI da rede pública de ensino de Bra-
sília. Os resultados das entrevistas individuais indicaram a grande dificuldade da maioria das profes-
soras em definir conceitos fundamentais à socialização e ao desenvolvimento da criança no contexto
da EI. Por fim, considera-se a importância de um trabalho cooperativo entre psicologia e educação
voltado para a motivação e formação de competências dos professores, com foco na construção diá-
ria de um ambiente escolar permeado de interações sociais construtivas.

A Educação Infantil ela é a primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvi-
mento completo da criança até os seus seis anos de idade, onde da inicio ao Ensino Fundamental. A
Constituição Federal assegura várias garantias aos nossos pequenos cidadãos, e mesmo assim
ainda encontramos o acesso negado a Educação infantil.

A pré-escola cumpre conduzir a criança à socialização e à Alfabetização, o educador é o mediador,


que apresenta aos pequenos vários horizontes de aprendizagem. Acredita-se que as crianças ao pas-
sar pelo pré-escolar mais conhecido como Educação Infantil terão melhores desenvolvimentos e vá-
rias possibilidades de concluir com perfeição seus estudos. Ao experiementar vivências especiais à
criança terá uma aprendizagem capaz de contribuir para o desenvolvimento cognitivos e sociais, para
uma perspectiva de interação social, priorizando a cultura e as atividades que são mediadas pelos
professores, como determinantes nas aprendizagens e no desenvolvimento infantil.

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A Socialização na Educação Infantil

A definição da socialização é o ato ou efeito de socializar, ou seja, de tornar social, de reunir em soci-
edade. É a extensão de vantagens particulares, por meio de leis e decretos, à sociedade inteira. É o
processo de integração dos indivíduos em um grupo. Quando falamos de interagir com pessoas
aprendemos a lidar com o mundo, respeitando as opniões, as culturas, conquistando a partir do rela-
cionamento com as pessoas que conseguimos nos virar sozinhos e melhorar a nossa comunicação e
até mesmo nos posicionar diante de vários problemas do dia-a-dia.

Um dos benefícios de permitir que as crianças se relacionem com Professores é que a criança vai
aprender a se comunicar com estranhos, se tornando menos tímida durante o seu crescimento. Para
compreender melhor a socialização é preciso entender as fases pelas quais as crianças vão passar
que podem ser divididas por idades.

Para o sociólogo brasileiro Gilberto Freire, a socialização pode ser definida da seguinte maneira:

“É a condição do indivíduo (biológico) desenvolvido, dentro da organização social e da cultura, em


pessoa ou homem social, pela aquisição de status ou situação, desenvolvidos como membro de um
grupo ou de vários grupos.”

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Destaca-se aqui, o papel da educação infantil nos valores, nas práticas sociais capazes de contribuir
para a construção de uma sociedade mais democrática e feliz.

Os processos de Socialização são divididos em dois tipos, socialização primária e socialização secun-
dária.

Socialização Primária a criança aprende a interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a


moral e os modelos de comportamento do grupo a que se pertence. Já a Socialização secundária é
todo processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos setores no mundo.
Lembrando que não devemos trata-los como adultos em miniatura assim como o autor Philippe Áries
(2006) faz uma análise crítica tendo a perspectiva sócio-histórica e a interpretação da sociedade eu-
ropéia que até a Idade Média não distinguia crianças dos adultos.

Na idade Media, no inicio dos tempos modernos, e por muito tempo ainda nas classes populares às
crianças misturavam-se com os adultos assim que eram consideradas capazes de dispensar a ajuda
das mães ou das amas, poucos anos depois do desmame tardio, ou seja, aproximadamente aos sete
anos de idade. (ARIÈS, 2006, p.193).

Segundo o autor Berger e Luckmann (2005), entendemos que o papel desses outros significativos
não é tão importante como o papel dos pais, mas é de suma importância para o desenvolvimento da
subjetividade e início de socialização da criança.

A criança inconscientemente usa do processo de imitação e observação e devido a este fato destaca-
mos o papel dos pais, que tem uma convivência maior do que os outros significativos e decorrentes a
isto, a criança tem uma tendência maior de observar e imitar as atitudes dos pais. (BERGER; LUCK-
MANN,2005).

O que se pode concluir, que a socialização ela traz motivação positiva levando a aprendizagem a se
tornar mais atrativa.

Podemos concluir que a socialização da criança não se restringe apenas a família, mas também a so-
ciedade e ao estado. Na a construção da historia de cada criança na primeira infância se intensifica
num processo de estruturas básicas que constituem em físicas, psicológicas e sociais, que deve ser
respeitado e considerado acima de tudo, mas não e só isso; pois esse desenvolvimento ocorre à me-
dida que a criança se integra a uma realidade social.

A escola tem um papel importante na socialização da criança. No processo educacional, é necessário


considerar diversos aspectos, tais como a educação familiar de cada criança, padrões e regras que a
sociedade impõe. Faz-se necessário uma constante formação e atualização dos profissionais da edu-

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cação, onde novas práticas pedagógicas precisam ser adotadas, acompanhando e usufruindo a evo-
lução da ciência e da tecnologia. As políticas educacionais governamentais que permeiam o sistema
de ensino precisam viabilizar esta socialização de forma satisfatória, mas igualitária e democrática.

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