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Desenvolvimento

Psicossocial na
Terceira Infância
Psicologia
Terceira Infância
O ponto principal da terceira infância se dá ao pré-escolar à adolescência, que
acarretam mudanças no ciclo vital dos indivíduos. Os estágios que ocorrem
nesse período são de suma importância pois são neles que surge um conceito
mais real de si mesmo e o indivíduo faz descobertas a suas próprias atitudes,
valores e habilidades. Aprendendo o convívio com amigos e família, sendo essa
sua maior influência.
Desenvolvimento do Autoconceito: Sistemas Representativos

● Por volta dos 7 ou 8 anos a criança alcança o terceiro estágio do desenvolvimento do


auto-conceito. Os julgamentos de si se tornam mais realistas, concretos e equilibrados.
A criança consegue focalizar em mais de uma dimensão de si mesma e separa a fase
de “Tudo ou nada”, “preto ou branco”. Agora ela verbaliza melhor e reconhece
aspectos de si.
● Firmamento de sistema representativo trazendo autoconceitos amplos, sendo eles
inclusivos de forma a captar aspectos de identidade.
● Pode comparar sua identidade real com sua Identidade ideal e sabe julgar padrões
sociais em comparação a outros.
● Todas essas mudanças contribuem para o desenvolvimento da autoestima e por
consequência do autovalor geral.
● Autoestima: é na terceira infância que crianças aprendem atividades valorizadas em
sociedade. Ex: crianças inuit no Alasca aprendem a pescar, crianças de países
industrializados aprendem a ler e escrever. Os pais têm grande influência nesse
processo.

● Crianças com autoestima alta tendem a estar mais dispostas a oferecer ajuda aos que
são menos afortunados do que elas. O altruísmo as ajuda a elevar ainda mais sua
autoestima.
● É na terceira infância que as criancas tem noção de regras de sua cultura e fazem uso
disso para uma expressão emocional aceitável.

“A virtude que acompanha a resolução bem sucedida desse estágio é a competência, uma
visão de si mesmo como capaz de dominar certas habilidades e realizar tarefas.”
Família
Terceira infância
Atmosfera Familiar
● Crianças expostas a discórdia parental e parentalidade falha (com pouca
participação, pouco apoio e pouco estímulo cognitivo) podem apresentar
quadros de ansiedade, depressão (comportamentos internalizantes), bem
como agressividade, brigas, desobediência e hostilidade (comportamentos
externalizante).
● Outro fator que não pode ser ignorado é a forma dos pais de lidarem com as
necessidades dos filhos e suas capacidades de fazerem escolhas próprias.
● O seio familiar é fundamental para o desenvolvimento e equilíbrio infantil, nele é
onde surgem os primeiros conceitos e ideais.
● As relações em família quando satisfatórias e bem desenvolvidas estão ligadas
ao aumento intelectual e relacional, diminuem a possibilidade de distúrbios
alimentares, distúrbios emocionais e problemas com drogas
● Logo é perceptível que os pais exercem um grande papel na formação dos filhos
ajudando a serem ponderados e lidar melhor com eventuais adversidades e
novos cenários.
● Apesar de todas as dificuldades que podem vir a surgir em idade pré escolar,
percebemos a importância de haver um bom relacionamento principalmente na
fase de transição das crianças para a fase escolar e se estendendo para a fase
adulta.
● Tais influências irão servir de base durante toda a vida e seus processos de
vivência.
● Na passagem para a corregulação (estágio de transição no controle do
comportamento), deve-se rever certos conceitos. O que funcionava pode já não
ser mais eficiente. Os pais exercem supervisão mediada com conversas, ao ouvir,
ponderar e mostrar que deve arcar com as consequências de seus atos.
Exemplo: Se ficar acordado até tarde irá acordar atrasado e vai perder o onibus
da escola. Dessa forma terá que ir andando. Esse tipo de intervenção tende a
funcionar de forma mais satisfatória.
● Crianças estão mais aptas a seguir os desejos dos pais quando percebem que
eles são justos e se preocupam com o bem estar delas
● A forma de resolver conflitos e a relação dos pais com os filhos é importante e
não deve ser ignorada.
● Vivendo em uma Família coabitante: São famílias mais propensas a se
desintegrar, famílias de pouca renda , educação, relacionamentos
insatisfatórios onde os pais são mais desfavorecidos mostrando resultados
ruins as crianças de 6 a 11 anos.

● Vivendo em uma família de um novo casamento: A maioria dos pais que


se divorciam atualmente iniciam um novo casamento, sendo uma adaptação
difícil para as crianças onde elas são leais ao pais ausentes ou mortos,
dificultando na formação do vínculo com o padrasto/madastra.

● Vivendo com pais homossexuais: Uma pesquisa considerável examinou o


desenvolvimento dos filhos de gays e lésbicas e chegou a conclusão que não
há nenhuma preocupação especial com elas, entendendo-se que não há
diferença entre pais homossexuais e heterossexuais.
● Familia adotiva: A adoção de uma criança impõe desafios especiais, ajudar
desenvolver o senso saudável de identidade, explicar a adoção e etc. Os pais adotivos
investem muita energia e recursos em seus filhos. Comparados aos pais biológicos
poucas diferenças foram encontradas entre filhos adotados e não adotados

● Relacionamento de irmãos: A maioria dos irmãos mais velhos tem um papel


importante impulsionados pelos pais aos irmãos mais novos, eles influenciam um ao
outro diretamente pelas suas interações e indiretamente pelo impacto do
relacionamento de cada um com seus pais.
● Cerca de 10% de famílias com dois pais são segundas famílias resultante de divórcio e
de um novo casamento. Outros tipos de famílias cada vez mais comuns são as de
gays, lésbicas e famílias comandadas por avós.
● Os filhos se dão melhor em famílias com dois pais em casamento contínuo do que em
famílias coabitantes de pais divorciados e solteiros.
● Crianças de 5 a 14 anos que passaram por transições familiares eram mais propensos
a apresentar problemas de comportamento do que crianças em famílias instáveis. A
cada ano mais de 1 milhão de crianças estão envolvidas em divórcios. Tal situação
pode ser estressante para os filhos, ajudando a desenvolver problemas psicológicos
que afetam até mesmo os pais que por sua vez abalados agem negativamente na vida
dos filhos.
● Na maioria dos casos de divórcio a mãe é quem obtém a guarda da criança. No caso
da guarda compartilhada pelos pais, caso os pais cooperem, pode vir a gerar efeitos
positivos nos filhos.
● Em um sentido amplo crianças em famílias de pais ou mães solteiros se saem
razoavelmente bem.
● Importante salientar que a estrutura da família, porém é menos importante do que seus
efeitos sobre a atmosfera familiar.
● Pobreza e parentalidade: a pobreza pode afetar a criança a medida que
pais que estão em situação de vulnerabilidade tendem a ser ansiosos,
menos afetuosos e menos responsivos, aplicando disciplinas severas e
arbitrárias.
● A qualidade de vida criança é comprometida, os filhos podem se tornar
depressivos, ansiosos e ter dificuldade para se relacionar com os
colegas.
● A parentalidade eficaz pode coibir os efeitos causados pela pobreza. Pais
que buscam ajuda emocional, auxílio de parentes e recursos nas
comunidades até mesmo sobre educação dos filhos tendem a conseguir
criá-los de forma adequada e alcançar uma eficácia.
A CRIANÇA NO GRUPO DE
PARES: Efeitos positivos e
negativos das relações entre
pares

Terceira infância
● Na terceira infância os grupos surgem de forma espontânea. As crianças se beneficiam
em fazer coisas com seus pares. Desenvolvem habilidades necessárias à socialização e a
intimidade, adquirem um senso de afiliação. São motivadas a realizar coisas, e adquirirem
um senso de identidade. Apresentam habilidades de liderança e comunicação, cooperação
e regras.
● O grupo de pares ajuda as crianças a relacionar-se em sociedade e oferece segurança
emocional sendo reconfortante para perceberem que não estão sozinhas.
● Do lado negativo, os grupos de pares podem reforçar o preconceito: atitudes
desfavoráveis com os de fora, especialmente membros de grupos raciais ou étnicos o que
pode causar dano real. Em um estudo longitudinal de cinco anos de 714 crianças
afro-americanas de 10 e 12 anos de idade, aquelas que se viam como alvos de
discriminação tendiam a apresentar sintomas de depressão ou problemas de conduta
durante os cinco anos seguintes.

● Também pode alimentar tendências antissociais e causar certa pressão para ajustar-se ao
grupo. Naturalmente, um certo grau de conformidade aos padrões do grupo é saudável.
Não é saudável quando torna-se destrutivo ou incita jovens a agir contra seus melhores
julgamentos.
● Popularidade: crianças populares ( com boa aceitação e cujos os colegas gostam mais delas)
costumam ter boas habilidades cognitivas, são realizadoras e tem facilidade para resolver
problemas. Tendem a ser fisicamente atraentes e a ter habilidades atléticas e, em menor grau,
acadêmicas.
● As crianças podem ser impopulares (rejeitadas ou desprezadas). Embora algumas crianças
impopulares sejam agressivas, outras são hiperativas, desatentas ou retraídas. Outras ainda
agem de maneira imatura ou ansiosa e insegura. Geralmente são insensíveis aos sentimentos
das outras e não se adaptam bem a novas situações. Algumas esperam ser rejeitadas e essa
expetativa torna-se autorrealizável.
● Filhos de pais autoritários estão mais propensos a ameaçar ou agir de modo cruel com outras
crianças.
● A cultura pode afetar os critérios para popularidade. Uma serie de estudos ilustra como o
contexto cultural pode variar o significado dos comportamentos

● Amizade: A popularidade é a opinião do grupo sobre uma criança, mas a amizade é uma via
de duas mãos.
● Um estudo recente de 509 crianças de quarta série mostrou que amizades transraciais/étnicas
estavam associadas com desfechos positivos do desenvolvimento.
● As crianças aprendem a se comunicar e a cooperar. Elas ajudam umas às outras a suportar
situações estressantes, como o começo em uma nova escola ou a adaptação ao divorcio dos
pais.
Agressões
Terceira infância
● Agressão e intimidação (Bullying): A agressividade diminui durante os primeiros anos escolares
(entre 6 e 7 anos), pois as crianças se tornam menos agressivas quando são menos egocêntricas e
mais empáticas e capazes de se comunicar. Nessa faixa etária elas conseguem colocar-se no lugar
do outro e a agressividade física se torna cada vez menos comum. No entanto conforme a
agressividade física diminui a agressividade verbal se torna cada vez mais comum (Pellegrini e
Archer,2005). Uma pequena minoria não consegue controlar impulsos agressivos, e essa parcela
tende a ter problemas psicológicos e sociais, mas não se sabe se esses problemas estão ligados a
agressão ou uma resposta a eles.

● Tipos de agressão e o processamento de unformação social: Os agressores instrumentais ou


proativos, onsideram a força um meio eficaz para conseguirem o que querem. Agem por impulso e
não por raiva. Eles são agressivos porque querem ser recompensados por agirem assim e quando
recompensados sua crença na eficácia da agressão é recompensada.(Crick e Dodge,1996).

● A violência na mídia eletrônica e a agressividade: Conforme o eletrodoméstico vem ganhando


força na rotina diária das crianças elas acabam passando mais tempo na midia do entretenimento
do que em outras atividades. Algumas passam 4 horas em media em frente a tv , computador e
celular. A violência é predominante, cerca de 6 em cada 10 programas de televisão relatam
violência, desastre naturais e atos violentos tal conteúdo pode causar ansiedade e preocupações
com a segurança.
● Agressões: Existem uma série de agressões que podem ser relatadas, dentre elas:
Intimidações físicas e verbais. Esses tipos de intimidações existem até mesmo para
mostrar um certo tipo de dominância contra a vitima. Este comportamento agressivo pode
estar relacionado a educação e a influencia principalmente de pais e amigos.
● Esses fatores de riscos e a vitimização não são diferentes. Por vezes agressores são
ansiosos, deprimidos e não se ajustam. Portanto, quanto mais cedo forem diagnosticados
os transtornos melhores as chances de resultados positivos e a possibilidade de amparo e
auxílio.
● Muitas crianças agressivas ou principalmente que sofreram agressões, quando alcançam a
idade adulta apresentam problemas emocionais como transtorno de ansiedade e humor. A
ansiedade pode fazer com a criança sinta rejeição, nervosismo e medo.
● Podemos destacar aqui dois principais problemas: transtorno desafiador de oposição
(TDO) que levam crianças a brigas, discussões, dificuldades de adaptacao e por
consequência poucos amigos e o transtorno de conduta (TC) que apresenta crianças
agressivas que provocam atos de vandalismo, criminalidade e fazem uso de drogas.
Depressão Infantil
/ Criança
resiliente
Terceira Infância
Depressão Infantil
● Vai muito além de uma tristeza comum, é um humor, uma sensação prolongada de
falta de amigos, incapacidade de se divertir ou se concentrar, fadiga, apatia,
sentimentos de inutilidade, alterações de peso e pensamentos de morte ou suicídio.
● Em cerca de 2% das crianças na pré-escola e 2,8% de crianças menores de 13
anos, ocorre a depressão embora possa suceder até a fase adulta.
● Segundo pesquisadores existem genes pertinentes à depressão, um deles é o
5-HIT, que controla a serotonina do cérebro e afeta o humor, um outro gene é o
SERT-s, que também controla a serotonina, este afeta as emoções negativas.
● É possível prever problemas futuros na escola, a depressão em crianças de 5 ou 6
anos elas já sabem expor seus sentimentos e comportamentos, apesar de
desenrolar-se na metade do ensino fundamental por imposições mais sérias.
Existem vários os tipos de tratamento, dentre eles pode-se citar:

● Psicoterapia individual
● Terapia familiar
● Terapia Comportamental
● Arteterapia
● Ludoterapia
● Terapia medicamentosa

O estresse já faz parte do indivíduo constantemente, porém alguns com prostações


gravíssimos, como abuso da criança tanto físico como o emocional, passar por guerras
traumáticos, " o estresse da vida moderna em crianças segundo o psicólogo David
Elkind(1981,1986,1997,1998) é chamada ‘crianças apressadas’ onde se desenvolvem
prematuramente." Tem uma pressão nessas crianças para que elas sejam bem sucedidas
na escola, nos esporte etc. Poucas são as crianças que conseguem sair com resiliência
desses sofrimentos.
Enfrentando o estresse: a criança resiliente
● Características: tendem a ter QI elevado e sua
● Crianças resilientea são crianças que
capacidade cognitiva ajuda a aprender com as
conseguem, apesar as circunstâncias, experiências e regular seu comportamento e lidar
superar as adversidades e extrair forças melhor com eventuais adversidades.
de recursos positivos. ● Importante dizer que isso não significa que coisas
● Tendem a estabelecer forte vínculo afetivo ruins que uma criança passa não tem importância. Se
com quem recebe apoio (um dos pais, analisarmos de forma geral mesmo as crianças
cuidador, adulto responsável). resilientes, com antecedentes desfavoráveis, tendem a
● Dois fatores de proteção podem auxiliar sofrer angústias ter dificuldades de se adaptar.
a criança e o adolescente resiliente a
superar o estresse e que contribuem a “O que se pode extrair disso é que experiências
alcançar a resiliência reduzindo o impacto negativas não determinam a vida de uma pessoa.
do estresse: bom relacionamento Muitas crianças encontram forças para se elevar e
estar em um ponto alto acima das circunstâncias
familiar e a atividade cognitiva.
difíceis.”
A criança na família: crianças em idade escolar passam menos tempo com os pais. A cultura
influencia as relações e papéis familiares.

Desenvolvimento da identidade: na terceira infância o autoconceito torna-se mais realista. A


criança forma sistemas representacionais. A principal fonte de autoestima é como a criança vê
sua produtividade. Produtividade x inferioridade. O crescimento cognitivo ocorre na terceira
infância o que permite a criação ter conceitos mais complexos, compreensão e controle de
suas emoções.

Saúde mental: como resultado das pressões da vida moderna muitas crianças podem vir a
ficar estressadas. Crianças tendem a se preocupar com escola, saúde e segurança pessoal e
podem ficar traumatizadas diante do terrorismo e da guerra.
Fim…
Obrigada pela atenção!
Universidade de Vassouras
Campus: Saquarema
Curso: Pedagogia
Disciplina: Psicologia
Professor: Marcelo

Alunas:
Maria Luísa Ferreira de Siqueira 202221837
Alessandra Oliveira Pereira 202221474
Aline dos Santos Gomes 202221420
Liliane Nunes da Silva 202221481
Lidiane da cunha Barbosa 202221494
Rebeca Rodrigues Martins 202221810
Sara Fernandes da costa 202221721
Silvana Prates 202221639
Rosângela Maria dos Santos 202221763

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