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Desenvolvimento físico, psicomotor, emocional e social na terceira infância

TERCEIRA INFÂNCIA (6 a 11 anos)

DESENVOLVIMENTO FÍSICO E PSICOMOTOR


● O desenvolvimento durante esse período é consideravelmente mais lento;
● As crianças crescem de 5 a 7,5 centímetros por ano entre os 6 e 11 anos e adquirem
aproximadamente o dobro do peso nesse período;
● Essas crianças necessitam em média de 2.400 calorias diárias;
● Os nutricionistas recomendam uma dieta variada que contenha uma grande quantidade
de grãos, frutas, vegetais carboidratos;
● As necessidades de sono diminuem para cerca de 10 horas aos 9 anos e cerca de 9
horas aos 13 anos;
● Problemas de sono, como resistência a ir para a cama, insônia e sonolência diurna são
comuns;
● O amadurecimento e a aprendizagem nessa fase dependem da sintonia das conexões do
cérebro;
● As mudanças que ocorrem no cérebro aumentam a velocidade e a eficiência dos
processos cerebrais e aumentam a capacidade de filtrar informações relevantes;
● As habilidades motoras continuam a melhorar na terceira infância;
● Crianças em idade escolar passam menos tempo por semana praticando esportes e
atividades ao ar livre e mais tempo na escola e vendo televisão;
● As brincadeiras das crianças no recreio tendem a ser informais e organizadas
espontaneamente;
● Os meninos brincam de jogos mais fisicamente ativos, enquanto as meninas preferem
jogos que incluem expressão verbal ou contagem em voz alta, como amarelinha e pular
corda;
● Essas brincadeiras durante o recreio promovem o desenvolvimento da agilidade e a
competência social e favorecem o ajustamento à escola;
● É comum aconteceram as brincadeiras impetuosas, que envolvem lutas, chutas, quedas,
perseguições;
● O brincar impetuoso atinge o pico na terceira infância.

DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIAL

● Por volta dos 7 ou 8 anos os julgamentos sobre si mesmas tornam-se mais conscientes,
realistas, equilibrados e abrangentes à medida que as crianças formam os sistemas
representativos;
● Os sistemas representativos são autoconceitos amplos e inclusivos que integram vários
aspectos de identidade;
● De acordo com Erikson, um importante determinante da autoestima é a visão que a
criança tem de sua capacidade para o trabalho produtivo;
● Para esse autor, o quarto estágio do desenvolvimento psicossocial focaliza-se na
produtividade x inferioridade;
● A virtude que acompanha a resolução bem sucedida desse estágio é a competência,
uma visão de si mesmo como capaz de dominar certas habilidades e realizar tarefas;
● Os pais têm grande influência nas crenças de uma criança sobre competência;
● À medida que as crianças crescem, elas tornam-se mais conscientes de seus próprios
sentimentos e dos sentimentos das outras pessoas;
● Elas podem regular ou controlar melhor suas emoções e responder ao sofrimento
emocional alheio;
● Por volta dos 7 ou 8 anos, as crianças têm consciência de que sentem vergonha e
orgulho e têm uma ideia mais clara da diferença entre culpa e vergonha;
● Na terceira infância, as crianças têm conhecimento das regras da sua cultura para
expressão emocional aceitável;
● A autorregulação emocional envolve controle por esforço das emoções, da atenção e do
comportamento;
● Crianças em idade escolar passam mais tempo fora de casa visitando e socializando com
os colegas do que quando eram mais novas;
● No entanto, o lar e as pessoas que ali vivem continuam sendo uma parte importante da
vida da maioria das crianças;
● As refeições em família estão direcionadas tanto direta quanto indiretamente com a
saúde e o bem – estar das crianças;
● As influências mais importantes do ambiente familiar no desenvolvimento das crianças
vêm da atmosfera no lar;
● Um fator de contribuição para a atmosfera familiar é se ela é sustentadora e amorosa ou
dominada por conflito;
● Um estudo apontou que o conflito conjugal estava frequentemente associado com
parentalidade ineficaz;
● Esse estudo também demonstra que as crianças expostas a discórdia parental e
parentalidade insatisfatória tendiam a apresentar sentimentos como: ansiedade, medo,
depressão, agressividade, brigas, desobediência e hostilidade;
● No decorrer da infância, o controle do comportamento gradualmente passa dos pais para
os filhos;
● Na terceira infância ocorre um fase de transição, a correlação, quando pais e filhos
dividem o poder;
● A passagem para a corregulação afeta o modo como os pais lidam com a disciplina;
● Os pais também modificam seu uso de disciplina física à medida que as crianças
crescem;
● Pais que continuam a usar palmadas como técnica disciplinar após os 10 anos de idade
tendem a ter os piores relacionamentos com os filhos na adolescência e a ter
adolescentes com os piores problemas de comportamento;
● De modo geral, quanto mais satisfeita a mãe está com o status de seu emprego, maior a
probabilidade de sua eficácia como mãe;
● A maneira como o trabalho da mãe afeta os filhos pode depender de quanto tempo e
energia ela reserva para gastar com eles e que tipo de modelo ela é;
● A qualidade do acompanhamento dos filhos pode ser mais importante do que o fato da
mãe trabalhar fora;
● Se possível, o trabalho de meio turno é preferível ao período integral;
● A estrutura familiar vem mudando no mundo;
● Além dos casais heterossexuais, também existem casais homossexuais, pais separados,
convivência com padrasto/madrasta, pais “solteiros”;
● A instabilidade familiar pode ser mais prejudicial para as crianças do que o tipo particular
de família em que vivem;
● O envolvimento frequente e positivo dos pais com seu filho está diretamente relacionado
ao bem-estar e ao desenvolvimento físico, cognitivo e social da criança;
● O divórcio é estressante para os filhos;
● Um novo casamento de um dos pais poderá aumentar o estresse na criança;
● Se a discórdia parental que antecede o divórcio é crônica, explícita ou destrutiva, as
crianças podem sentir-se bem ou melhor após o divórcio;
● A adaptação da criança a um divórcio depende em parte da idade, da maturidade, do
gênero, do temperamento e da adaptação psicossocial da criança antes dele;
● Muitos filhos de pais separados dizem que perder o contato com o pai é a parte mais
dolorosa do divórcio;
● Os filhos ficarão melhores após o divórcio se o conflito entre os pais diminuir e se o
genitor não residente mantiver contato próximo e envolvimento com o filho;
● A guarda compartilhada por ambos os pais pode ser vantajosa se os pais cooperarem, já
que ambos podem continuar próximos da criança;

DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIAL

● Pesquisas apontam que NÃO há nenhuma diferença consistente entre pais homossexuais
e heterossexuais em termos de saúde emocional ou de aptidões e atitudes para a
parentalidade. Onde existem diferenças, elas tendem a ser favoráveis aos pais
homossexuais;
● Os filhos de pais homossexuais NÃO são mais propensos do que outras crianças criadas
por pais heterossexuais a ter problemas emocionais, sociais, acadêmicos ou psicológicos;
● Os filhos de gays e lésbicas NÃO têm maior probabilidade de ser homossexuais ou de
ficar confusos sobre seu próprio gênero do que os filhos de heterossexuais.
● Pelo menos 1 em cada 10 crianças e adolescentes tem um diagnóstico de distúrbio
mental suficientemente grave para causar algum prejuízo;
● O diagnóstico de transtornos mentais em crianças é importante porque eles podem levar
a transtornos psiquiátricos na idade adulta;
● O transtorno desafiador de oposição (TDO) é um padrão de desafio, desobediência e
hostilidade em relação a figuras de autoridade adultas durante pelo menos seis meses e
ultrapassando os limites do comportamento infantil normal;
● Algumas crianças com TDO também apresentam transtorno da conduta (TC), um padrão
consistente e repetitivo de ações agressivas e antissociais como cabular aula, provocar
incêndios, roubar...
● Algumas crianças apresentam fobia escolar, que é um medo anormal de ir pra escola;
● A verdadeira fobia escolar pode ser um tipo de transtorno de ansiedade de separação, no
qual a criança sofre por estar longe de pessoas com as quais possui vínculo;
● Algumas crianças apresentam transtorno de ansiedade generalizada, na qual se sentem
angustiadas e preocupadas com tudo;
● Menos comum é o transtorno obsessivo- compulsivo (TOC), nele as crianças podem ficar
obcecadas por pensamentos, imagens ou impulsos repetitivos;
● Já a depressão infantil inclui os sintomas: Incapacidade de se divertir ou se concentrar,
fadiga, apatia, choro, distúrbios do sono, alteração de peso, queixas físicas, pensamento
frequente de morte e suicídio.
● Como tratar esses transtornos?
● -Psicoterapia individual
● -Terapia familiar
● -Arteterapia
● -Ludoterapia
● -Terapia medicamentosa

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