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1° fase (1° ao 3° mês) –

Tipagem sanguínea: identifica mulheres que tenham sangue com fator Rh negativo
(A-, B-, AB- ou O-) e que estejam grávidas de bebês com sangue Rh positivo (A+,
B+, AB+ ou O+). O exame é importante na investigação da eritroblastose fetal. Toda
gestante com fator Rh negativo que está grávida de um bebê com fator Rh positivo
deve receber injeção de imunoglobulina no terceiro trimestre e dentro das primeiras
72 horas após o parto, de forma a impedir o sistema imunológico da mãe de produzir
anticorpos permanentes contra o fator Rh. Mulheres que têm fator Rh positivo no
sangue não precisam se preocupar com esse tipo de complicação na gravidez.
Hemograma completo: avalia a presença de anemia, alterações das plaquetas e
dos leucócitos. A anemia nas gestantes é definida quando o valor da hemoglobina
encontra-se abaixo de 11 g/dl ou um hematócrito menor que 33%. O exame pode
ser solicitado ao longo de toda a gestação.
Glicemia: detecta o aparecimento de diabetes gestacional. O rastreio básico do
diabetes gestacional é feito com uma glicemia de jejum no primeiro trimestre da
gestação.
Sorologia para HIV: investiga a presença de infecção pelo vírus HIV. A sorologia
deve ser repetida no segundo e no terceiro trimestre para ter a certeza de que a mãe
não se infectou durante a gestação.
Reação para toxoplasmose e para rubéola: verifica a presença de imunidade ou
infecção causada pelo agente da toxoplasmose e pelo vírus da rubéola. Assim como
o HIV, a sorologia deve ser repetida no segundo e no terceiro trimestre.
Hepatite B e C e citomegalovírus: avalia a presença de infecções pelo vírus da
hepatite B e C e pelo CMV. O exame deve ser realizado novamente no segundo e
no terceiro trimestre.
Urina: o exame simples de urina verifica alterações do sedimento urinário, presença
de sangramento ou alterações nos leucócitos que possam sugerir infecções. As
infecções do trato urinário são investigadas através da urocultura. Os métodos
devem ser repetidos no segundo e no trimestre.
Fezes: identifica a presença de parasitoses intestinais. Aconselha-se a realização da
pesquisa nos três trimestres da gestação.
Ultrassonografia obstetrica transvaginal: confirma a existência e a quantidade de
embriões; calcula o tempo de gestação; e define se o bebe está situado dentro do
útero;
Ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre: avalia a anatomia do bebê.
No exame também são realizadas algumas medidas do feto, como o osso nasal e a
translucência nasal. O diagnóstico tem como objetivo identificar malformações,
assim como avaliar o risco de o bebê ter doenças genéticas, em especial a
Síndrome de Down.
Papanicolau: o teste de Papanicolau ou citologia cervico-vaginal é importante para
o rastreamento do câncer do colo uterino. Toda mulher deve fazer este exame de
forma regular e o fato de estar grávida não muda essa rotina. O recomendável é
realizar o procedimento na primeira consulta do pré-natal.
Teste de sexagem: permite a identificação do sexo do bebê a partir da oitava
semana de gestação. É feito uma análise do DNA do feto a partir da amostra de
sangue da mãe. A mulher tem dois cromossomos sexuais X e o homem tem um X e
um Y. Caso o DNA da criança apresente um cromossomo Y pode-se dizer que será
um menino. A ausência desse cromossomo indica a gestação de uma menina.
Marcadores bioquímicos maternos de primeiro trimestre: o método permite
identificar a existência de duas substâncias no sangue materno (B-HCG livre e
PAPP-A). E em associação com os dados do ultrassom morfológico do 1° trimestre e
a idade materna estima-se a probabilidade do bebê ser portador de anomalias
genéticas, como (Síndromes de Down, de Edwards, de Patau, de Turner e Defeitos
abertos do tubo neural – DNT).
2° fase (4° ao 6° mês) –
Exames de sangue: no segundo semestre repete-se algumas sorologias realizadas
no início da gestação (hemograma completo, sorologia para HIV, reação para
toxoplasmose e para rubéola, hepatite B e C e citomegalovírus).
Urina e Fezes: também é necessário repetir os exames de urina e fezes.
Ultrassonografia transvaginal de segundo trimestre: necessário para medir o
comprimento do colo útero com o objetivo de avaliar os riscos e prevenir um parto
prematuro.
Ultrassonografia morfológica de segundo trimestre: avalia toda a morfologia do
feto, a posição da placenta, a quantidade de líquido amniótico e a medida do colo
uterino.
Ultrassom (3D ou 4D): esse exame é um complemento do ultrassom tradicional.
Permite ver o rostinho do bebê e avaliar com mais precisão alguma malformação, já
que as imagens são mais detalhadas. O período mais indicado para se realizar um
ultrassom 3D ou 4D é entre a 26ª e a 30ª semanas de gravidez.
Marcadores bioquímicos maternos de segundo trimestre: realiza-se novamente
um teste para calcular a probabilidade de o bebê ser portador de anomalias
genéticas. Neste método são analisados a idade materna, os níveis alfafetoproteína
(AFP), B-HCG livre e estriol não conjugado ou livre (uE3) no sangue materno e os
dados do ultrassom obstétrico.
3° fase (7° ao 9° mês) –
Sorologias: no terceiro trimestre repetem-se as sorologias realizadas no início da
gestação.
Glicemia: entre a 24ª e a 28ª semana é mais comum surgir diabetes gestacional.
Portanto é necessário realizar um teste de tolerância oral à glicose.
Ultrassonografia obstétrica com Doppler: o exame é feito a partir da 28° semana
e identifica o desenvolvimento do bebê, avalia-se o crescimento e o peso do feto.
Identifica-se novamente a quantidade de líquido amniótico, a localização e a
maturidade da placenta. Durante a ultrassonografia é feita a Dopplervelocimetria
colorida, que realiza um estudo da circulação sanguínea materna e fetal.
Ecocardiograma fetal: avalia o desenvolvimento, a função e a anatomia do coração
do bebê. O exame permite o diagnóstico precoce de doenças cardíacas congênitas.
Exame de bactéria estreptococo B: detecta a presença da bactéria estreptococo B
na região vaginal e anal e pode ser transmitida para o bebê durante o parto normal.
IMPORTANTE: trazer os exames anteriores para uma análise evolutiva da
gestação.

Primeira consulta ou primeiro trimestre


– Hemograma, tipagem sanguínea e fator Rh Coombs indireto (se for Rh negativo)
– Glicemia em jejum
– Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL
– Teste rápido para HIV
– Toxoplasmose IgM e IgG
– Sorologia para hepatite B
– Urocultura + sumário de urina
– Ultrassonografia (exame morfológico)
– Exame citopatológico de colo de útero (se houver indicação clínica)
– Exame da secreção vaginal (se houver indicação clínica)
– Exame parasitológico de fezes (se houver indicação clínica)

Segundo trimestre
– Teste de tolerância para glicose, se a glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se
houver fator de risco para diabetes. Ele deve ser realizado preferencialmente entre a
24ª e a 28ª semana.
– Coombs indireto (se for Rh negativo)

Terceiro trimestre
– Hemograma e fator Rh Coombs indireto (se for Rh negativo)
– Glicemia em jejum
– Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL
– Teste rápido para HIV
– Sorologia para hepatite B
– Toxoplasmose IgM e IgG (se IgG negativo na primeira consulta)
– Urocultura + sumário de urina

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