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TRABALHO

DE
PATOLOGIA
Gravidez ectópica: o que é,
sintomas, tratamento e riscos.
A gravidez ectópica é caracterizada pela implantação e
desenvolvimento do embrião fora do útero, podendo acontecer nas
trompas, ovário, colo do útero, cavidade abdominal ou cérvix.
O surgimento de dor abdominal intensa e perda de sangue pela
vagina, principalmente no primeiro trimestre de gestação, pode ser
indicativo de gravidez ectópica, sendo importante consultar o
médico para que seja feito o diagnóstico.
É importante que se saiba exatamente o local em que o embrião
está, pois assim é possível que o tratamento mais adequado seja
determinado, uma vez que quando está na cavidade abdominal a
gravidez pode continuar, apesar de ser uma situação rara e delicada.

Sintomas da gravidez ectópica


Os sintomas de gravidez ectópica surgem à medida que o embrião
desenvolve-se fora do útero. O principal local de implantação do
embrião fora do útero é as tubas uterinas, também chamadas de
trompas, que podem romper com o crescimento do embrião,
resultando em alguns sintomas, sendo os principais:
• Dor abdominal intensa, somente de um lado da barriga;
• Sangramento vaginal irregular, especialmente entre a 5º e 14º
semana de gestação;
• Sensação de peso na vagina;
• Forte dor à palpação do útero;
• Abdômen inchado;
• Exame Beta HCG geralmente é negativo.
No caso da gravidez fora do útero, mas sem sinais de ruptura das
trompas, os sintomas podem ser:
• Dor ou desconforto abdominal;
• Sangramento vaginal após a última menstruação;
• Forte dor à palpação do útero;
• Dor durante o contato íntimo ou durante o exame pélvico;
• Exame Beta HCG geralmente é positivo.
Em caso de suspeita deve-se ir imediatamente para o hospital para
que o médico faça uma ultrassonografia que poderá confirmar a
gravidez ectópica e indicar o tratamento mais adequado para
solucionar o problema. A melhor forma de saber se o embrião está
se desenvolvendo fora do útero é através da ultrassonografia
realizada pelo médico porque nem sempre o exame Beta HCG dá
resultado positivo.

Quem tem mais risco


A gravidez ectópica é uma situação pouco frequente, porém
mulheres que tiverem uma gravidez ectópica anterior, possuem
alterações na tuba uterina e/ ou histórico de endometriose, tiveram
alguma infecção sexualmente transmissível ou já tiveram doença
inflamatória pélvica, apresentam maior risco de ter a implantação do
embrião fora do útero.
Além disso, mulheres que já tiveram um aborto, já realizaram
laqueadura tubária, fazem uso de DIU (Dispositivo Intrauterino) ou
fizeram fertilização in vitro, apresentam risco aumentado de gravidez

ectópica.

Tipos de gravidez ectópica


A gravidez ectópica é uma condição rara em que o embrião pode ser
implantado em vários locais do corpo, como trompas, ovário,
cavidade abdominal ou cérvix, que é quando o feto cresce no colo do
útero. Os tipos de gravidez ectópicas menos comuns são:
• Gravidez ectópica intersticial: Ocorre quando o embrião se
desenvolve no segmento intersticial da tuba. Nesse caso há
aumento do Beta HCG e o tratamento normalmente é feito
com os remédios e cloreto de potássio, em várias doses;
• Gravidez cervical: É quando o embrião se desenvolve no colo
do útero, podendo gera hemorragia intensa. O tratamento
pode ser feito com embolização, curetagem ou injeção local de
metotrexato, por exemplo;
• Gravidez ectópica na cicatriz da cesárea: É muito rara, mas
pode acontecer, sendo preciso tratamento com remédios
metotrexato e ácido folínico, durante cerca de 1 semana;
• Gravidez ovariana: Por vezes ela só é descoberta durante a
curetagem e por isso não é usado o metotrexato;
• Gravidez heterotópica: É quando o embrião se desenvolve
entre o útero e a trompa, mas geralmente só é diagnosticada
depois do rompimento da tuba e por isso o tratamento mais
usado é a cirurgia.
Além destes tipos, existe ainda a gravidez ectópica abdominal, que é
quando o bebê se desenvolve no peritônio, entre os órgãos. Essa é
uma condição muito rara e cada caso deve ser avaliado
individualmente. Esta é uma gravidez complicada porque como o
crescimento do bebê, os órgãos da mãe vão sendo comprimidos e os
vasos sanguíneos podem ser rompidos, sendo potencialmente fatal.
No entanto, há relatos de mulheres que conseguiram que o bebê
chegasse às 38 semanas de gestação, sendo realizada uma cesariana
para o nascimento.

Como é feito o tratamento


O tratamento para gravidez ectópica deve ser orientado por um
obstetra, porque depende da exata localização do embrião, mas
pode ser feito com o uso de remédios para promover o aborto ou
cirurgia para retirada do embrião e reconstrução da tuba uterina, por
exemplo.
Em alguns casos, quando a gravidez ectópica é descoberta antes das
8 semanas de gestação, e o embrião é muito pequeno, o médico
pode indicar a toma de medicamento chamado Metotrexato para
induzir o aborto, mas quando a gravidez está mais avançada, deve
ser realizada uma cirurgia para sua retirada.

Riscos da gravidez ectópica


O principal risco associado à gravidez ectópica é a hemorragia, que
pode colocar a vida da mulher em risco, principalmente no primeiro
trimestre da gestação, o que normalmente está relacionado com o
rompimento de vasos sanguíneos devido ao desenvolvimento do
embrião. Além disso, como consequência do sangramento intenso, a
mulher pode apresentar anemia profunda, diminuição da pressão
arterial e aumento da frequência cardíaca.
INFARTO ESPLÊNICO
INTRODUÇÃO • O infarto esplênico é causado devido à
oclusão do suprimento arterial, gerando isquemia do
parênquima e posterior necrose do órgão. O Infarto pode
ser parcial ou total dependendo do local da oclusão
vascular e seu diagnóstico é realizado com exames de
imagens.
•O quadro clínico, apesar de 30 a 50% dos pacientes
serem assintomáticos, pode apresentar sintomas
inespecíficos como dor em quadrante superior esquerdo,
hipertermia persistente (maior que 38°C), náusea ou
vômito, esplenomegalia, leucocitose sem foco infeccioso.
•As etiologias são múltiplas, porém variam conforme a
idade do paciente, sendo mais encontradas em pacientes
menores que 40 anos as anormalidades hematológicas e
naqueles com idade superior a esta as causas embólicas.
•Os principais eventos embólicos encontrados são a
endocardite infecciosa e êmbolos de origem cardíaca
devido a fibrilação atrial.
OBJETIVO • O trabalho tem como objetivo Ilustrar com base
em um relato de caso de paciente de 65 anos portador de
Diabetes Mellitus, a presença de infarto esplênico como
única manifestação de infarto silencioso do miocárdio.

MÉTODO • Demonstrar a partir de um relato de caso a


presença de infarto esplênico como único sintoma de
infarto silencioso do miocárdio.

RESULTADOS

•Paciente masculino 65 anos, diabético em internação


devido a febre há 6 semanas, em exame laboratorial de
entrada, apresentava leucocitose importante, no qual foi
investigado etiologias infecciosas, sendo descartado. Em
tomografia de abdome com presença de infarto
esplâncnico.
•Foi solicitado a realização de Ecocardiograma
transesofágico para exclusão de endocardite infecciosa,
apresentando ausência de vegetações e presença de
acinesia inferior e ínfero-lateral.
•Solicitado cateterismo cardíaco, onde evidenciou
dominância a direita com lesões oclusivas coronarianas e
discinesia apical de ventrículo esquerdo e hipocinesia grave
inferior, concluindo a origem tromboembólica do infarto
esplênico e a presença de área extensa de infarto do
miocárdio.

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