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CENTRO PROFISSIONALIZANTE SÃO PAULO


CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

PROFESSORA: AMANDA RAVENA CARVALHO


DISCIPLINA: MATERNO INFANTIL

RAYSSA VANUZA DA ROCHA

GRAVIDEZ

Pio -IX/ PI
2023
GRAVIDEZ

A gravidez é um evento resultante da fecundação do óvulo (ovócito) pelo espermatozóide.


Habitualmente, ocorre dentro do útero e é responsável pela geração de um novo ser. Este é um
momento de grandes transformações para a mulher, para seu (sua) parceiro (a) e para toda a
família. O diagnóstico é feito a partir dos sinais e sintomas que podem ser percebidos pela
gestante, pelo profissional ou através de exames.

FONTE: Uol.com.br

● DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ
Sinais de presunção: percebidos pela mulher
Amenorreia; Polaciuria; Sialorreia; Fadiga; Mamas inchadas, doloridas, e aumento de
volume.; Tonturas; Nervosismo; Náuseas e vômitos; Sonolência.

Sinais de probabilidade: alterações observadas pelo examinador


Apesar de ainda não ser possível diagnosticar com certeza a gestação, neste caso os sinais e
sintomas costumam ser mais evidentes. São eles: Atraso menstrual (esse é o sintoma mais
comum e importante); Aumento do volume uterino; Diminuição da consistência do colo, entre
outros.

Sinais de certeza: Diagnóstico laboratorial: exame de sangue (mais fidedigno) ou de urina,


realizado para identificar o hormônio hCG (um indicativo de gravidez); Ultrassonografia ou
ultrassom: exame de imagem que ajuda a diagnosticar a gestação, além de identificar se é
única ou gemelar, idade gestacional embrionária e/ou fetal, entre outras informações;
Ausculta fetal: identificar a presença de batimentos cardíacos fetais; Palpação
abdominal:identificar a localização das partes fetais por meio do abdome materno.

● MODIFICAÇÕES FISIOLÓGICAS NA GESTAÇÃO


A gestação produz profundas alterações no organismo materno com o objetivo fundamental
de adequá-lo às necessidades orgânicas próprias do complexo materno-fetal e do parto.
Inicialmente estas alterações se devem às ações hormonais provenientes do corpo lúteo e da
placenta e a partir do segundo trimestre, também ao crescimento uterino.

APARELHO REPRODUTOR: O útero continua a aumentar durante toda a gravidez. Às 20


semanas, o útero aumentado atinge a altura do umbigo e, por volta da 36ª semana, a
extremidade inferior da cavidade torácica. A quantidade de secreção vaginal normal, que é
transparente ou esbranquiçada, costuma aumentar.

VULVA: Maior volume (edemaciada); Aumento da pigmentação (arroxeada).

MAMAS: Já nas mamas ocorre elevações por hipertrofia das glândulas sebáceas do mamilo
(tubérculos de Montgomery) e aumento da rede venosa sob a pele, chamada de rede de Haller.
Conforme todas essas alterações, foram determinados padrões de referência adequados para
os resultados de exames realizados na gestação.

FONTE: Unimed.com.br

VAGINA: Entre as transformações vaginais que se pode esperar, há a mudança de tamanho,


cor e aspecto – já no início da gravidez – e até mesmo da aparência dos pelos nesta região. “O
aumento do conteúdo vaginal é a transformação mais evidente. Edema da região vulvar e
vaginal também pode ser observado.
.
SISTEMA DIGESTIVO: A gestante experimenta modificação relevante em seu sistema
digestivo, sendo as mais comuns a alteração da topografia do estômago e alças intestinais e as
modificações funcionais induzidas pelos hormônios próprios da gravidez. Dessa forma, a
digestão e a propulsão dos alimentos são mais lentas que o habitual.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL: São comuns queixas de alterações de memória e


concentração, além de sonolência. E, com a piora da oxigenação, podem ocorrer episódios de
dispneia paroxística noturna.

PELE: Durante a gravidez, a mulher pode apresentar diversas alterações na pele. Entre as
mais comuns estão as modificações pigmentares, como o melasma - manchas escuras que,
geralmente, aparecem no rosto - e a hiperpigmentação, como o escurecimento da aréola
mamária e o aumento de sinais na pele.
FONTE: Institutovilamil.com.br

SISTEMA RESPIRATÓRIO: A função respiratória é expressivamente afetada durante a


gravidez. O crescimento do útero gera uma elevação na posição de repouso do diafragma e
uma mudança na configuração do tórax, que se amplia no diâmetro ântero-posterior. O ângulo
subcostal aumenta e, consequentemente, a circunferência torácica também.

SISTEMA CIRCULATÓRIO: Aumento do volume sanguíneo, taquicardia, palpitação,


anemia. O sistema cardiovascular sofre mudanças progressivas durante a gestação e o parto,
resultando em alterações hemodinâmicas características destes períodos. As mudanças
principais envolvem o aumento da volemia e do débito cardíaco e a diminuição da resistência
vascular sistêmica e da reatividade vascular.

SISTEMA URINÁRIO: Durante a gravidez existe um aumento do volume renal devido ao


aumento da vascularização. Há também uma dilatação dos ureteres, promovida pela ação do
hormônio progesterona e pelo aumento do volume uterino, tornando-se mais proeminente a
partir da sétima semana de gestação.

● COMPLICAÇÕES DURANTE A GESTAÇÃO


As complicações na gestação podem resultar de condições vinculadas especificamente ao
estado gestacional, como também a quadros clínicos comuns em gestantes. Entre as sequelas
graves podem estar aborto espontâneo, trabalho de parto pré-termo ou ruptura prematura das
membranas, nascimento prematuro, feto natimorto, baixo peso ao nascer, macrossomia,
malformações congênitas e morbidade ou morte do recém-nascido e/ou da mãe. As
complicações que afetam a mãe e o feto podem surgir em qualquer estágio da gestação,
durante o trabalho de parto ou no pós-parto.

ABORTO: "Aborto" ou "interrupção da gravidez" é a interrupção de uma gravidez pela


remoção de um feto ou embrião antes de este ter a capacidade de sobreviver fora do útero.
Um aborto que ocorra de forma espontânea denomina-se aborto espontâneo ou "interrupção
involuntária da gravidez".

PRENHEZ ECTÓPICA: Gravidez ectópica é quando o embrião, resultante da fecundação


do óvulo pelo espermatozóide, se adere e começa a se desenvolver fora da cavidade uterina,
local correto onde deveria se fixar. Em uma gestação comum, o local correto para o óvulo se
encontrar com os espermatozóides é dentro da trompa, onde ocorre a fecundação e, assim, o
óvulo fecundado vira o embrião, que migra pela trompa e se aloca dentro da cavidade uterina
para se desenvolver.

FONTE: Brasilescola.com.br

PLACENTA PRÉVIA: A placenta prévia é quando a placenta está presa (implantada) sobre
a abertura do colo do útero, na parte inferior do útero, em vez de na parte superior. É possível
que a mulher tenha sangramento indolor, às vezes abundante, no final da gravidez. A
ultrassonografia pode normalmente confirmar o diagnóstico.

FONTE: MD.saude.com.br

DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA: Descolamento prematuro da


placenta (abruptio placentae) é a separação prematura do útero, geralmente após 20 semanas
de gestação. Pode ser uma emergência obstétrica. As manifestações podem consistir em dor e
sensibilidade uterinas e sangramento vaginal, possivelmente com choque hemorrágico e
coagulação intravascular disseminada. A fonte da hemorragia no descolamento prematuro da
placenta é materna. O diagnóstico é clínico e, às vezes, por ultrassonografia. O tratamento é
parto imediato para instabilidade materna ou fetal ou gestação a curto prazo.

TOXEMIA GRAVÍDICA: A Toxemia gravídica é doença multissistêmica, ocorrendo


habitualmente no final da prenhez é caracterizada por manifestações clínicas associadas e
peculiares: hipertensão, edema e proteinúria.

MOLA HIDATIFORME: Tumor benigno que se desenvolve no útero como resultado de


uma gestação não viável. Pode ou não haver a presença de um embrião ou tecido placentário.
Se houver um embrião, infelizmente, ele não sobreviverá. A gestação pode parecer normal no
início, mas quando os sintomas se desenvolvem, incluem sangramento vaginal que pode ser
marrom escuro ou vermelho vivo, durante o primeiro trimestre, além de náuseas e vômitos.É
preciso remover o tumor para evitar complicações graves.

PRÉ-NATAL

São recomendadas no mínimo 6 consultas de pré-natal durante toda a gravidez. O ideal é que
iniciem nos primeiros três meses de gestação. Ainda durante o pré-natal, a mulher deve ser
vinculada à maternidade em que dará à luz. O pré-natal segue um protocolo para o
monitoramento da saúde da gestante e do feto. Inclui anamnese, exame físico e análise de
exames laboratoriais e de imagem. No entanto, é muito importante que as gestantes
aproveitem o momento da consulta para colocar suas dúvidas, preocupações e experiências a
fim de ampliar o diálogo com os profissionais de saúde.

● PROCEDIMENTO NAS CONSULTAS


Calcular a Data Provável do Parto (DPP); Palpação dos contornos fetais (palpação obstétrica)
a partir do 3º mês; Manobras de Leopold; Exame Obstétrico.

FONTE: Educação.com.br

● EXAMES LABORATORIAIS:
Os exames de rotina para triagem de situações clínicas de maior risco no pré-natal é solicitado
no acolhimento da mulher no serviço de saúde, imediatamente após o diagnóstico de gravidez.
Alguns exames solicitados deverão ser repetidos no início do 3º trimestre da gestação.

Exames complementar de rotina são:


Hemograma completo – repetir entre 28-30 semanas.
Grupo sanguíneo e fator Rh.
Sorologia para sífilis (VDRL); repetir entre 28-30 semanas.
Glicemia em jejum – repetir entre 28-30 semanas; em gestantes sem fator de risco para
diabetes e se o resultado da primeira glicemia for menor que 85 mg/dL.
Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG – 75g, 2h) – para os casos triados com fator de
risco para diabetes gestacional presente e/ou com glicemia de jejum inicial maior ou igual a
85mg/dL.
Exame sumário de urina (Tipo I).
Urocultura com antibiograma para o diagnóstico de bacteriúria assintomática – repetir entre
28-30 semanas.
Sorologia anti-HIV – repetir entre 28-30 semanas.
Sorologia para toxoplasmose, IgG e IgM – repetir trimestralmente se for IgG não reagente.
Sorologia para hepatite B (HBSAg).
Protoparasitológico de fezes.
Colpocitologia oncótica.
Bacterioscopia da secreção vaginal – avaliação de perfil bacteriológico do conteúdo vaginal
por critério de Nugent, indicada para pacientes com antecedente de prematuridade,
possibilitando a detecção e o tratamento precoce da vaginose bacteriana, idealmente antes da
20ª semana.
Cultura específica do estreptococo do grupo B, coleta anovaginal entre 35-37 semanas.
Ultrassonografia obstétrica – Caso a gestante inicie o pré-natal precocemente o primeiro
ultrassom pode ser realizado entre 10º à 13º semana e deve se repetir entre 20º á 24º semanas.

A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce


de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e
reduzindo os riscos da gestante.

● VACINAÇÃO DE GESTANTE

Vacina contra Hepatite B; 3 doses (dependendo da situação vacinal); Vacina contra Influenza;
Dose única (campanhas); Vacina dT e Dtpa; 3 doses: 2 de dT e 1 de Dtpa (dependendo da
situação vacinal); A Dtpa: a partir da 20ª semana de gestação. Em todas as gestações.
Gestantes que não se vacinaram podem vacinar durante o puerpério.

REFERÊNCIAS
COMPLICAÇÕES NA GESTAÇÃO. Disponível em:
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/494#:~:text=Entre%20as%20sequelas%20graves
%20podem,nascido%20e%2Fou%20da%20m%C3%A3e. Acesso em: 05. jul. 2023.

GRAVIDEZ. UOL, São Paulo. Disponível em:


<https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/gravidez.htm>. Acesso em: 05. jul. 2023.

IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL. Disponível em:


<https://bvsms.saude.gov.br/importancia-do-pre-natal/>. Acesso em: 05. jul. 2023.

MUDANÇAS NO CORPO DA GESTANTE: PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DURANTE


A GRAVIDEZ. Disponível em: https://viverbem.unimedbh.com.br/maternidade/mudancas-
no-corpo-na-gravidez/. Acesso em: 05. jul. 2023.

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