Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Glândulas anexas
1. Vesículas seminais
Produzem o líquido seminal que contem muco, frutose (nutriente que fornece
energia aos espermatozoides), enzimas e hormonas. Este líquido e o esperma
são conduzidos até à uretra através do canal ejaculatório.
Gónadas Masculinas
Os testículos são constituídos por tubos seminíferos enrolados por uma cápsula
fibrosa que dá origem aos vários septos, dividindo os testículos em vários
lóbulos.
Cada lóbulo testicular contém dois a três tubos seminíferos enovelados, onde
ocorre a produção de espermatozoides.
Tubos seminíferos
Convergem para a zona posterior do testículo, formando a rede testicular, de
onde saem 15 canais que se ligam ao epidídimo. É possível distinguir células
germinativas (as que dão origem aos espermatozoides) e as somáticas (células
de Sertoli).
Canais deferentes
Partem do testículo e rodeiam a bexiga urinária, através do qual um deles se
une a um canal da vesícula seminal, formando um curto canal ejaculatório.
Durante a ejaculação, o esperma passa através dos canais deferentes graças à
contração das paredes musculosas destes ductos. Ambos os canais ejaculatórios
abrem para a uretra (canal comum ao aparelho urinário e excretor), que
comunica com o exterior na extremidade do pénis.
Epidídimo
Existe um em cada testículo, compostos por um tubo altamente enrolado, que
comunica com o canal deferente. A passagem do esperma pelo epidídimo dura
cerca de 20 dias, ao longo dos quais os espermatozoides vão emadurecendo,
ganhando mobilidade e capacidade fecundativa.
Escroto
Prega externa da superfície corporal que envolve os testículos permitindo mantê-
los fora da cavidade abdominal. Importante para que se dê a espermatogénese,
já que a temperatura é 2ºC mais baixa que a temperatura do corpo, ideal para a
espermatogénese.
Nota:
O sémen, ou esperma, é a combinação dos espermatozoides com as secreções.
Vulva
Conjunto dos órgãos genitais externos da mulher, sendo constituída por:
- Clitóris;
- Lábios;
- Orifício genital.
Clitóris
Situado entre a união anterior dos pequenos lábios, é um pequeno órgão
homólogo ao pénis, erétil e altamente irrigado.
Genitália feminina
- Grandes lábios: prolongam-se do monte de Vénus até ao períneo e têm a
função de proteção dos restantes órgãos sexuais;
- Pequenos lábios: delimitam o vestíbulo ode se situam as aberturas vaginal e
uretral, bem como a abertura das glândulas de Bartholin (segregam um muco
destinado à lubrificação do vestíbulo).
Vagina
Canal musculoso, altamente elástico, com um comprimento normalmente, entre
os 6/12 cm. A vagina:
- Termina na vulva;
- Serve de depósito de sémen, durante o ato sexual;
- Constituí o canal por onde ocorre o nascimento do bebé.
Útero
Órgão musculoso e elástico, cujo endométrico (camado interior) é altamente
vascularizada. É no útero que se fixa o embrião (mais tarde, o feto) durante a
gestação. A parte superior é mais dilatada e constitui o corpo uterino, já a parte
inferior é mais estreita, formando o colo uterino que contacta com a vagina.
Trompas de Falópio
Extremidade mais próxima do ovário que possui uma abertura em forma de funil
franjado, o pavilhão da trompa. A outra extremidade das trompas de Falópio
termina no útero.
Cílios vibráteis
Parte do epitélio interior do pavilhão da trompa. Provocam um movimento de
líquido da cavidade abdominal para a trompa, facilitando a recolha do gâmeta
feminino para o interior do oviducto e a sua condução, ao longo deste tubo, em
direção ao útero.
Ovários
Encontram-se alojados na cavidade abdominal, de cada um dos lados do útero e
ligados a este por pregas de tecido conjuntivo. O seu tamanho varia ao longo da
vida, atingindo o volume máximo no início da puberdade. Com o avanço da
idade, os ovários tendem a diminuir e, na menopausa, atingem cerca de 1/3 do
seu volume inicial.
Cada ovário encontra-se envolvido por uma cápsula de tecido epitelial, que
envolve o parênquima ovárico, dividido em duas camadas:
- Córtex: camada externa de tecido conjuntivo, onde é possível observar
folículos ováricos;
- Medula: composta por tecido muscular liso e tecido conjuntivo, muito irrigado
por vasos sanguíneos.
Nota:
Os folículos ováricos são estruturas arredondadas, formadas por uma células
germinativa, que irá dar origem ao gâmeta, rodeada por camadas de células
foliculares (células diploides), que asseguram a nutrição e protegem as células
sexuais femininas ao longo do seu amadurecimento.
Evolução dos folículos e oogénese
A evolução dos folículos ováricos e a oogénese são fenómenos que ocorrem
simultaneamente e têm início durante o desenvolvimento embrionário da
mulher.
Folículos
Resultam da multiplicação das oogónias (células germinativas diploides).
Distinguem-se pelo número e tipo de células e cada folículo demora cerca de 4
meses até atingir a fase madura.
1) Primordiais:
Constituídos por uma célula germinativa (oócito), rodeada por células foliculares
achatadas. Aos 5 meses de um feto feminino, já se encontram milhões destes
folículos nos seus ovários. No entanto, estes começam a degenerar nos meses
seguintes, num processo de atresia folicular, pelo que, na altura do nascimento,
os ovários possuem cerca de 400mil folículos primordiais (menos).
2) Primários:
A partir da puberdade, 1 vez por mês, 1 folículo primordial começa a crescer
dentro de 1 dos ovários. O oócito I (célula que irá originar o gâmeta feminino)
aumenta de volume e verifica-se uma proliferação das células foliculares, até
formarem uma camada contínua de células.
3) Secundários:
Continua a verificar-se o crescimento do folículo primário, devido ao continuo
aumento do oócito I e à proliferação das células foliculares, que originam:
4) de Graaf:
As cavidades existentes na camada granulosa continuam a aumentar de
tamanho até originar a cavidade folicular- cavidade cheia de líquido folicular que
fica rodeada por uma camada granulosa, que inclui um conjunto de células a
rodear o oócito II, pronto a ser libertado.
O crescimento do folículo de Graaf faz com que a superfície do ovário acabe por
romper e libertar o oócito II, num processo de ovulação.
Quando é libertado, ainda não acabou a meiose, encontra-se em metáfase II. Só
acorre anáfase II se houver ovolução.
Após a ovulação:
- A parede do ovário cicatriza;
- As células foliculares que permanecem no folículo proliferam, aumentam de
tamanho e adquirem função secretora. O seu citoplasma é amarelo pelo que o
conjunto destas células se designa corpo amarelo.
Nota:
Só um dos folículos termina o processo até chegar ao oócito II.
Oógenese
Conjunto de fenómenos que ocorrem nos ovários e que conduzem à formação do
oócito II, os gâmetas femininos.
É dividida em 4 fases:
1. Multiplicação
2. Crescimento
3. Repouso
4. Maturação
Multiplicação
Durante o desenvolvimento embrionário, as oogónias (células germinativas
diploides) multiplicam-se, por mitoses sucessivas.
Crescimento
As oogónias aumentam de volume, devido à síntese e acumulação de
substâncias de reserva, originando os oócitos I/ 1a ordem, que se rodeiam de
células foliculares, originando folículos primordiais. Os oócitos I iniciam a 1a
divisão meiótica, que se interrompe em prófase I.
Repouso
Os folículos primordiais, contendo os oócitos I em prófase I (não há redução
cromossómica), permanecem inativos desde o nascimento até à puberdade.
nesta fase, a maior parte dos folículos primordiais degenera.
Maturação
Na puberdade, alguns folículos primordiais começam a desenvolver-se e, com
eles, os oócitos I. A maturação do oócito I (célula diploide) torna-se evidente
quando o folículo atinge a fase madura (de mês em mês). O oócito I, que se
encontra me prófase I, recomeça a 1a divisão da meiose, originando 2 células
haploides diferentes:
Nota:
A segunda divisão meiótica termina na fecundação, mas inicia-se na puberdade.
Espermatogénese
Processo de formação de espermatozoides maduros. Inicia-se na puberdade e
ocorre, de modo continuo, durante o resto da vida do homem.
Ocorre nos tubos seminíferos dos testículos, de forma centrípeta (da periferia
para o lúmen).
É dividida em 4 fases:
1. Multiplicação
2. Crescimento
3. Maturação
4. Diferenciação
Multiplicação
As espermatogónias (células germinativas que irão dar origem aos
espermatozoides; células mãe) estão localizadas na periferia dos tubos
seminíferos. Desde a puberdade, estas células entram em proliferação
constante, dividindo-se, por mitoses sucessivas.
Crescimento
As espermatogónias aumentam de volume, devido à síntese e acumulação de
substâncias de reserva, originando os espermatócitos I/ espermatócitos de 1a
ordem- células diploides.
Maturação
Cada espermatócito I divide-se, por meiose. Da 1a divisão meiótica, resultam 2
espermatócitos II/ de 2ª ordem. Seguidamente, os espermatócitos II sofrem a
2ª fase da divisão meiótica, originando-se, assim, 4 espermatídeos (com 1
cromossoma com apenas 1 cromatídeo) - células haploides.
Diferenciação
Os espermatídeos transformam-se em espermatozoides. Estas transformações
incluem:
- Perda da maior parte do citoplasma/ volume endoplasmático;
- Reorganização dos organelos citoplasmáticos (agrupamento das mitocôndrias);
- Diferenciação de um flagelo, a partir dos centríolos;
- Produção do acrossoma, a partir do complexo de Golgi.
Oógenese vs Espermatogénese
Espermatozoides
Células altamente diferenciadas e adaptadas à sua função, mover-se até a um
gâmeta feminino e fecundá-lo. É constituído por:
1. Cabeça
2. Segmento intermediário;
3. Cauda
Cabeça
Forma oval, quase toda ocupada por um núcleo haploide e termina numa
estrutura denominada de acrossoma.
Segmento Intermediário
Contém mitocôndrias que fornecem energia, sob a forma de ATP, para o
movimento do flagelo.
Cauda
Flagelo que produz o movimento necessário à deslocação do espermatozoide.
Fecundação
A fecundação, no Homem, é interna e ocorre nas trompas de Falópio. Para que
ocorra fecundação é necessário:
Nota:
Dois gâmetas haploides, com 23 cromossomas, unem-se para dar origem a um
ovo diploide, com 46 cromossomas – Reposição da diploidia.
Controlo hormonal
A reprodução está associada a estímulos sensoriais, estando dependente da ação
do sistema nervoso.
Complexo hipotálamo-hipófise
Hipófise/pituitária- glândula endócrina situada na base do encéfalo, na sela
turca, constituída por 2 lobos:
- Lobo anterior- natureza glandular;
- Lobo posterior- natureza nervosa.
1) Ciclo ovárico
O ciclo ovárico de maturação de um folículo (fig. 3), ocorre em duas fases
distintas separadas pela ovulação, a fase folicular e a fase luteínica, influenciado
pelas hormonas hipofisárias FSH e LH. Na fase folicular, alguns folículos
primordiais (cerca de 15-20) desenvolvem-se, mas normalmente apenas um
atinge a maturação enquanto os restantes degeneram. Após a ovulação, a fase
luteínica inicia-se com a formação do corpo lúteo, que regride na ausência
de fecundação.
2) Ciclo uterino
O ciclo uterino (ou menstrual), como o próprio nome o indica, está relacionado
com modificações do endométrio no útero. Induzidas pelas hormonas ováricas,
as modificações do endométrio, subdividem-se em três fases: fase menstrual,
fase proliferativa e fase secretora. Caso não ocorra fecundação no ciclo anterior,
na fase menstrual, o corpo lúteo atrofia, inibindo a produção de progesterona e
estrogénio, o que provocará a desagregação da maior parte da camada funcional
do endométrio, com ocorrência de hemorragias. Estas hemorragias em conjunto
com os restos da mucosa, designados por menstruação, formam um fluxo que
dura cerca de 5 dias. Na fase proliferativa, entre o 5º e o 14º dias ocorre uma
proliferação das células do endométrio. A mucosa regenera e vasculariza-se até
atingir cerca de 6 mm de espessura. Esta fase ocorre em simultâneo com a fase
folicular do ciclo ovárico. Após a ovulação, e terminada a fase proliferativa
segue-se a fase secretora que ocorre em simultâneo com a fase luteínica do ciclo
ovárico. Nesta fase o endométrio, altamente vascularizado, atinge a sua máxima
espessura (cerca de 8 mm) e desenvolve glândulas que segregam um muco rico
em glicogénio.
A falta de menstruação numa mulher sexualmente ativa pode indicar que existe
uma gravidez em curso. Outras alterações na regularidade da menstruação, ou
no tipo de hemorragia que esta origina, devem ser motivo para consultar os
serviços de saúde para avaliar se existe algum problema de saúde.
Nota:
A remoção dos testículos num individuo adulto conduz a um aumento da
concentração de LH e FSH a corrente sanguínea.
Esquematizando,