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UNIDADE II

Fisiologia Geral

Profa. Bárbara Miranda


Sistema Renal (Urinário): Morfologia funcional do rim

 A nefrologia é o estudo científico da anatomia, fisiologia e patologia dos rins.


A especialidade médica que lida com os sistemas urinários masculino e feminino
e com o sistema genital masculino é chamada urologia.
Arteria Vena Cápsula
renal renal suprarrenal
 O sistema renal é composto por: 2 rins, 2 ureteres,
uma bexiga urinária e uma uretra. Riñón

 Os ureteres transportam a urina dos rins para a bexiga


urinária. A bexiga urinária armazena a urina e depois Arteria Vena cava
a expele pela uretra. A uretra elimina a urina do corpo. aorta inferior

Título: Sistema renal Uréter

Fonte: adaptado de: Vejiga urinaria


https://i.pinimg.com/originals/
aa/64/d9/aa64d9e41b439aa0
f00a3d620b5d471e.jpg Uretra
Sistema Renal: Morfologia funcional do rim

Plano
sagital Plano
sagital

útero
Bexiga urinária
Reto Sínfise púbica
Próstata Bexiga urinária

Reto Sínfise púbica


Pênis
Vagina Uretra

Óstio externo
A PARTE PROSTÁTICA DA Óstio externo da uretra
Título: Sistema renal masculino e URETRA passa através da da uretra
Testículo
feminino próstata. Além da urina, B. Corte sagital, mulher
Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson (2016, p. recebe secreções contendo A PARTE ESPONJOSA DA
espermatozoides, fatores de URETRA passa através do
1381). pênis. É o segmento mais MASCULINO VS. FEMININO
motilidade e viabilidade do
longo e recebe secreções  A uretra é cinco vezes maior no sexo masculino do que
esperma, e substâncias que
que incluem muco e substâncias no feminino.
neutralizam o pH da uretra.
que neutralizam o pH da uretra.  A uretra é dividida em três segmentos nos homens,
A PARTE MEMBRANÁCEA Durante a ejaculação no homem, mas é um tubo curto nas mulheres.
DA URETRA passa através do o sêmen passa através de todos  A uretra é um ducto comum para os sistemas urinário e
períneo. Trata-se do segmento os segmentos da uretra até o genital nos homens. Estes dois sistemas são totalmente
mais curto da uretra. exterior. separados no sexo feminino.
Sistema Renal: Morfologia funcional do rim

Néfron VIA DE DRENAGEM DA URINA


Ducto coletor
Funções dos rins:
 Os rins ajudam a regular os níveis
Hilo
renal Ducto papilar

Cálice renal menor sanguíneos de vários íons.


Cálice renal maior  Regula o pH do sangue.
CÓRTEX RENAL
 Os rins ajustam o volume do sangue por
Pelve renal
MEDULA RENAL
Coluna renal
Pirâmide renal
meio da conservação ou eliminação de
Papila renal
água na urina.
 Os rins também ajudam a regular a
Seio renal
Ureter
Cápsula
fibrosa
Bexiga urinária
pressão arterial por meio da secreção da
Título: Rim humano
enzima renina.
Fonte: adaptado de:
 Manutenção da osmolaridade do sangue.
Tortora e Derrickson
(2016, p. 1339).  Produção de hormônios.
 Ajudam a excretar escórias metabólicas –
substâncias que não têm função
útil no corpo.
Sistema Renal: Morfologia funcional do rim

Arteríola Glomérulo A. renal


glomerular Capilar
aferente peritubular
Arteríola Aa. segmentares
Plano glomerular V.
frontal eferente interlobular

Arteríolas
Aa. interlobares
retas
Aa. arqueadas

Irrigação sanguínea do néfron Aa. interlobulares


A. interlobular
Cápsula fibrosa Arteríolas glomerulares aferentes
A. arqueada
A. interlobar
Título: Irrigação sanguínea dos rins Capilares glomerulares
Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson A. segmentar
(2016, p. 1342). Córtex renal Arteríolas glomerulares eferentes

A. renal
Capilares peritubulares
V. renal

Vv. interlobulares
Pirâmide renal
na medula renal V. interlobar
V. arqueada Vv. arqueadas

V. interlobular
Vv. interlobares

V. renal
Sistema Renal: Filtração glomerular

 Para produzir urina, os néfrons


Córtex renal
e os ductos coletores realizam Medula renal
três processos básicos –
Papila renal
filtração glomerular, reabsorção
Cálice renal
tubular e secreção tubular. menor

 A filtração glomerular ocorre


no corpúsculo renal. Rim

A reabsorção tubular e a secreção


tubular ocorrem ao longo do
Corpúsculo renal:
túbulo renal e túbulo coletor. Cápsula glomerular
Glomérulo

Túbulo contorcido Túbulo contorcido


distal proximal

Alça de Henle:
Ramo descendende da alça de Henle
Ramo ascendente da alça de Henle
Título: Estrutura dos Néfrons
Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson (2016, p.
1343).
Sistema Renal: Filtração glomerular
Corpúsculo renal Túbulo renal e ducto coletor

Arteríola
glomerular Cápsula Glomérulo
aferente glomerular

Urina
1 Filtrado glomerular no túbulo renal (contém
substâncias
secretadas)
Arteríola Capilares 2 3
glomerular peritubulares
eferente Sangue
(contém
substâncias
3 reabsorvidas)
1 FILTRAÇÃO 2 REABSORÇÃO SECREÇÃO TUBULAR:
GLOMERULAR: TUBULAR: Ao longo do túbulo renal e do
No glomérulo, o plasma Ao longo de todo o túbulo ducto coletor, substâncias
sanguíneo e as substâncias renal e ducto coletor, a como escórias metabólicas,
dissolvidas (menores do água, os íons e outras fármacos e excesso de íons são
que a maior parte das substâncias são secretados dos capilares
proteínas) são filtrados para reabsorvidos do lúmen dos peritubulares para o túbulo renal.
a cápsula glomerular. túbulos renais para os Estas substâncias acabam na
capilares peritubulares e, urina.
por fim, para o sangue.

Título: Correlação da estrutura de um néfron com suas três funções básicas


Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson (2016, p. 1348).
Sistema Renal: Absorção, excreção e formação da urina
Capilares
 Os solutos e o líquido que fluem Glomérulo peritubulares Túbulo
Cápsula glomerular
para os cálices renais menores e Arteríola eferente
contornado distal

maiores e para a pelve renal Arteríola aferente


Artéria
formam a urina e são excretados. interlobular
Túbulo
 Os néfrons (por meio de filtração, contornado Veia
proximal
reabsorção e secreção) ajudam a inerlobular
Artéria
manter a homeostasia do volume e e veia
arqueadas
da composição do sangue.
Artéria e veia
Capilares
interlobares
ponticulares
(vaso reto)
Ramo
Título: Sistema de Alça de Henle descendente
circulação Ramo Túbulo
sanguínea e ascendente coletor
produção urinária
Fonte: adaptado de:
acervo pessoal.
Cinco hormônios afetam a extensão da reabsorção de Na+, Cl–,
Ca2+ e água, bem como a secreção de K+ pelos túbulos renais:
angiotensina II, aldosterona, o hormônio antidiurético, o peptídio
natriurético atrial e o hormônio paratireoideo.
Sistema Renal: Absorção, excreção e formação da urina

FILTRADA* (ENTRA REABSORVIDA


SECRETADA (SE
SUBSTÂNCIA NA CÁPSULA (DEVOLVIDA AO
TORNA URINA)
GLOMERULAR) SANGUE)
Água 180 L 178 a 179 L 1a2L
Proteínas 2,0 g 1,9 g 0,1 g

Íons sódio (Na+) 579 g 575 g 4g

Íons cloro (CI-) 640 g 633,7 g 6,3 g

Íons bicarbonato
275 g 274,97 g 0,03 g
(HCO3-)

Glicose 162 g 162 g 0g


Ureia 54 g 24 g 30 g†

Íons potássio (k+) 29,6 g 29,6 g 2,0 g‡

Ácido úrico 8,5 g 7,7 g 0,8 g


Creatina 1,6 g 0g 1,6 g
Título: Substâncias filtradas, reabsorvidas e secretadas por dia
Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson (2016, p. 1356).
Sistema Renal: Homeostasia

TEGUMENTO SISTEMA ESQUELÉTICO SISTEMA SISTEMA LINFÁTICO


COMUM
• Os rins ajudam a ajustar os níveis ENDÓCRINO E IMUNIDADE
• Os rins e a pele contribuem sanguíneos de cálcio e fosfatos, • Os rins participam da síntese de • Ao aumentar ou diminuir a reabsorção
para a síntese de calcitriol, a necessários para a elaboração da calcitriol, a forma ativa da vitamina D da água filtrada a partir do sangue, os
forma ativa da vitamina D matriz óssea extracelular • Os rins liberam eritropoietina, o rins ajudam a ajustar os volumes de
hormônio que estimula a produção de líquido intersticial e linfático; a urina
hemácias elimina microrganismos para fora
SISTEMA da uretra
SISTEMA
MUSCULAR NERVOSO
• Os rins ajudam a ajustar o nível de • Os rins realizam a gliconeogênese, SISTEMA SISTEMA
cálcio no sangue, necessário para a que fornece glicose para a produção RESPIRATÓRIO
GENITAL
contração muscular de ATP nos neurônios, especialmente
durante o jejum ou a fome • Nos homens, a parte da uretra que • Os rins e os pulmões cooperam na
regulação do pH dos líquidos corporais
atravessa a próstata e o pênis é a via
de passagem para o sêmen, bem
como para urina
PARA TODOS OS SISTEMA
SISTEMAS DO CORPO CIRCULATÓRIO
• Os rins regulam o volume, a SISTEMA • Ao aumentar ou diminuir a reabsorção da
composição e o pH dos líquidos água filtrada a partir do sangue, os rins
DIGESTÓRIO
corporais removendo escórias ajudam a ajustar o volume sanguíneo e a
metabólicas e substâncias em • Os rins ajudam a sintetizar o calcitriol, pressão arterial
excesso do sangue e a forma ativa da vitamina D, que é • A renina liberada pelas células
excretando-os na urina justaglomerulares dos rins aumenta a
necessário para a absorção do cálcio
• Os ureteres transportam a urina dos da dieta pressão arterial
rins para a bexiga urinária, que a • Um pouco da bilirrubina resultante da
armazena até sua eliminação Título: Homeostase e o sistema renal clivagem da hemoglobina é convertida em
pela uretra Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson um pigmento amarelo (urobilina), que é
(2016, p. 1389). excretado na urina
Sistema Renal: Principais distúrbios e disfunções

CÁLCULOS RENAIS INFECÇÃO URINÁRIA DOENÇAS GLOMERULARES

Os cristais de sais existentes na urina O termo infecção urinária é usado para Várias condições podem lesionar o
ocasionalmente precipitam e se solidificam e descrever uma infecção de uma parte do glomérulo renal, direta ou indiretamente, em
se tornam insolúveis (cálculos renais). Com sistema urinário ou o achado de numerosos decorrência de doenças em outras partes do
frequência contêm cristais de oxalato de microrganismos na urina. As infecções corpo. Tipicamente, a membrana de filtração
cálcio, ácido úrico ou fosfato de cálcio. As urinárias são mais comuns em mulheres, por sofre danos, e isso aumenta a sua
condições que levam à formação de cálculos causa do menor comprimento da uretra. Os permeabilidade. A glomerulonefrite é uma
incluem ingestão excessiva de cálcio, baixo sinais/sintomas incluem disúria, urgência inflamação do rim que envolve os
consumo de água, urina anormalmente urinária, polaciúria, lombalgia e enurese glomérulos. A síndrome nefrótica é uma
alcalina ou ácida e hiperatividade das noturna. condição caracterizada por proteinúria
glândulas paratireoides. Quando um cálculo se (proteínas na urina) e hiperlipidemia (níveis
aloja no ureter, a dor pode ser intensa. A sanguíneos elevados de colesterol,
remoção pode ser cirúrgica ou por litotripsia fosfolipídios e triglicerídios).
extracorpórea por ondas de choque.

INSUFICIÊNCIA RENAL
A insuficiência renal consiste na diminuição ou interrupção da filtração glomerular. Na insuficiência renal aguda
(IRA), os rins param totalmente (ou quase totalmente) de funcionar de modo abrupto. A insuficiência renal se
manifesta de várias maneiras. A insuficiência renal crônica (IRC) se refere ao declínio progressivo e geralmente
irreversível da taxa de filtração glomerular (TFG). Além disso, os rins não conseguem concentrar ou diluir a urina
de modo efetivo. A fase final, chamada doença renal em estágio terminal (Dret), ocorre quando
aproximadamente 90% dos néfrons foram perdidos. Nesta fase, a TFG diminui para 10 a 15% do normal, ocorre
oligúria e os níveis sanguíneos de escórias nitrogenadas e creatinina aumentam ainda mais. As pessoas com
Dret precisam de diálise e são possíveis candidatas a transplante de rim.
Sistema Reprodutor

 A ginecologia é o ramo da medicina especializado no diagnóstico e tratamento das


doenças do sistema genital feminino. Os urologistas também diagnosticam e tratam
doenças e distúrbios do sistema genital masculino. O ramo da medicina que lida com
os distúrbios do sexo masculino, especialmente a infertilidade e a disfunção sexual, é
chamado de andrologia.
 Os órgãos genitais masculinos e femininos podem ser agrupados por função.
 As gônadas – testículos nos homens e ovários nas mulheres – produzem gametas e
secretam hormônios sexuais.
 Vários ductos então armazenam e transportam os gametas, e
as glândulas sexuais acessórias produzem substâncias que
protegem os gametas e facilitam o seu deslocamento.
 Por fim, estruturas de suporte, como o pênis nos homens e o
útero nas mulheres, ajudam no transporte de gametas; o útero
é também o local para o crescimento do embrião e do feto
durante a gestação.
Sistema Reprodutor: Sistema genital masculino – estrutura e funções

 Os órgãos do sistema genital masculino incluem os testículos, um sistema de ductos


(epidídimo, ducto deferente, ductos ejaculatórios e uretra), glândulas sexuais acessórias
(glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais) e várias estruturas de apoio,
incluindo o escroto e o pênis.
 Os órgãos genitais são
adaptados para produzir novos Plano
sagital
indivíduos e transmitir material
genético de uma geração Sacro Peritônio
para a seguinte. Glândula seminal Bexiga urinária
Escavação retovesical Ducto deferente
Cóccix Ligamento suspensor
Reto
Ampola do ducto do pênis
deferente Sínfise púbica
Ducto ejaculatório Próstata
Parte prostática da uretra Mm. Profundos do períneo
Parte membranácea
da uretra Glândula bulbouretral
Ânus Corpo cavernoso do pênis
Parte esponjosa da uretra
Corpo do pênis
Raiz do pênis Corpo esponjoso do pênis
Coroa da glande
Epidídimo Glande do pênis
Prepúcio do pênis
Título: Sistema genital masculino Óstio externo da uretra
Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson Testículo
(2016, p. 1422). Escroto
Sistema Reprodutor: Sistema genital masculino – estrutura e funções

 Escroto: O escroto, a estrutura que contém os testículos, consiste em pele solta e tela
subcutânea subjacente. Ele está pendurado na raiz (parte anexa) do pênis. Internamente,
o septo do escroto divide o escroto em dois sacos, cada um contendo um testículo.
A localização do escroto e a contração de suas fibras musculares regulam a temperatura
dos testículos.
 Testículos: Os testículos são um par de glândulas ovais no escroto com aproximadamente
5 cm de comprimento e 2,5 cm de diâmetro. Uma túnica serosa, chamada de túnica vaginal
do testículo, que é derivada do peritônio e se forma durante a descida dos testículos, recobre
parcialmente os testículos. Uma coleção de líquido seroso na túnica vaginal do testículo é
chamada de hidrocele.
 Internamente à túnica vaginal, há um revestimento denominado
túnica albugínea, da qual derivam os septos, que são diversos
compartimentos internos chamados lóbulos dos testículos. Há
aproximadamente 200 a 300 lóbulos, que contêm de 1 a 3
túbulos bem enrolados, os túbulos seminíferos contorcidos, nos
quais os espermatozoides são produzidos. O processo de
produção do esperma é chamado de espermatogênese.
Sistema Reprodutor: Sistema genital masculino – estrutura e funções

Testículos: Os túbulos seminíferos contêm dois tipos de células:


 as células espermatogênicas: as células formadoras de esperma;
 as células sustentaculares ou células de Sertoli: que têm várias funções no
apoio à espermatogênese.
 Espermatozoide: Nos seres humanos, a espermatogênese leva de 65 a 75 dias.
A cada dia, aproximadamente 300 milhões de espermatozoides concluem o processo de
espermatogênese. As principais partes de um espermatozoide são a cabeça e a cauda.
Uma vez ejaculados, a maior parte dos espermatozoides não sobrevivem por mais de 48h no
sistema genital feminino.
Sistema Reprodutor: Sistema genital masculino – estrutura e funções

Glândulas sexuais acessórias:


 As glândulas seminais secretam um líquido viscoso alcalino que ajuda a neutralizar o ácido
do sistema genital feminino, fornece frutose para a produção de ATP pelos espermatozoides,
contribui para a motilidade e viabilidade do espermatozoide e ajuda o sêmen a coagular após
a ejaculação.
 A próstata secreta um líquido leitoso discretamente ácido que contém enzimas que quebram
as proteínas de coagulação das glândulas seminais. DUCTO

 As glândulas bulbouretrais secretam um líquido DEFERENTE


DIREITO

alcalino que neutraliza o meio ácido da uretra e Ureter


Vista

Bexiga urinária
do muco que lubrifica o Ossoesquerdo
do
revestimento da uretra PRÓSTATA
quadril (cortado)
AMPOLA DO DUCTO
DEFERENTE
e a ponta do pênis PARTE PROSTÁTICA
GLÂNDULA SEMINAL
DUCTO DA GLÂNDULA
durante a DA URETA
PARTE MEMBRANÁCEA
SEMINAL
DUCTO EJACULATÓRIO
relação sexual. DA URETA

Mm. Profundos do períneo


RAMO DO PÊNIS GLÂNDULA
BULBO DO PÊNIS BULBOURETRAL
Título: Sistema genital masculino CORPOS CAVERNOSOS
Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson CORPO ESPONJOSO DO PÊNIS
(2016, p. 1435). DO PÊNIS PARTE ESPONJOSA
DA URETRA
Sistema Reprodutor: Sistema genital masculino – estrutura e funções

 Sêmen: O sêmen é uma mistura de Óstio interno da uretra


Bexiga urinária
Próstata
espermatozoides e líquido seminal, Parte prostática da uretra
Óstio do ducto ejaculatório
Glândula bulbouretral
com 50 a 150 milhões de Parte membranácea
Mm. Profundos do períneo da uretra
espermatozoides por mL. RAIZ DO PÊNIS:
Bulbo do pênis
Ramo do pênis
 Pênis: O pênis contém a uretra e é uma
passagem para a ejaculação do sêmen CORPO DO PÊNIS:

e a excreção de urina. Ele tem uma forma Corpos cavernosos do pênis

cilíndrica e é composto por um corpo, Corpos esponjosos do pênis

uma glande e uma raiz.

Parte esponjosa
da uretra

Coroa da glande
Título: Sistema genital GLANDE DO PÊNIS
masculino
Fonte: adaptado de: Tortora e Prepúcio
Derrickson (2016, p. 1438). do pênis
Óstio externo da uretra
Sistema Reprodutor: Sistema genital masculino – estrutura e funções

Funções do sistema genital masculino:


 Os testículos produzem Glândula seminal Bexiga urinária
(aberta)
espermatozoides e o hormônio Ducto deferente

masculino testosterona. Parte prostática da uretra


Ducto ejaculatório
Próstata

 Os ductos transportam, armazenam Reto


Sínfise púbica
Corpo cavernoso
Parte do pênis
e auxiliam na maturação dos membranácea da Corpo esponjoso
uretra
espermatozoides. Raiz do pênis
do pênis
Corpo do pênis
 As glândulas sexuais acessórias M. bulboesponjoso
Testículo
secretam a maior parte da porção Parte esponjosa Coroa da glande
da uretra Glande do pênis
líquida do sêmen.
POSTERIOR ANTERIOR

 O pênis contém a uretra, uma Título: Sistema genital masculino


Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson
passagem para a ejaculação de (2016, p. 1423).
sêmen e excreção de urina.
Sistema Reprodutor: Sistema genital feminino – estrutura e funções

 Os órgãos do sistema genital feminino incluem os ovários (gônadas femininas), as tubas


uterinas, o útero, a vagina e
órgãos externos, que são
Plano
coletivamente chamados de sagital Tuba uterina
Fímbrias da
pudendo feminino (também tuba uterina
Ovário
Sacro
conhecido como vulva). Ligamento uterossacro útero

As glândulas mamárias são Parte posterior do Ligamento redondo


do útero
fórnice da vagina
consideradas parte do Escavação retouterina
Colo do útero
tegumento e do sistema Escavação vesicouterina Bexiga urinária
genital feminino. Cóccix Sínfise púbica

Reto Monte do púbis


Clitóris
Vagina Uretra
Lábio maior
Ânus do pudendo
Óstio externo
da uretra
Lábio menor do
pudendo
Título: Sistema genital feminino
Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson
(2016, p. 1441).
Sistema Reprodutor: Sistema genital feminino – estrutura e funções

 Oogênese: Em contraste com a espermatogênese, que no sexo masculino começa na


puberdade, a oogênese nas mulheres começa antes mesmo de elas nascerem. A oogênese
ocorre essencialmente do mesmo modo que a espermatogênese; ocorre uma meiose e as
células germinativas resultantes sofrem maturação.

 Tubas Uterinas: As mulheres têm duas tubas uterinas, que medem aproximadamente 10 cm
de comprimento. Elas fornecem uma via para os espermatozoides chegarem até o óvulo e
transportam os oócitos secundários e óvulos fecundados dos ovários até o útero.

 Útero: O útero serve como parte da via para o espermatozoide


depositado na vagina alcançar as tubas uterinas. É também o
local da implantação de um óvulo fertilizado, desenvolvimento
do feto durante a gestação e trabalho de parto. Durante os
ciclos reprodutivos, quando a implantação não ocorre, o útero
é a fonte do fluxo menstrual.
Sistema Reprodutor: Sistema genital feminino – estrutura e funções

 Útero: As subdivisões anatômicas do útero incluem (1) uma parte em forma de cúpula
superior às tubas uterinas chamada de fundo do útero; (2) uma parte central afilada chamada
de corpo do útero; e (3) uma parte inferior estreita chamada de colo do útero, que se abre
para o interior da vagina.

 Vagina: Ela é o receptáculo para o pênis durante a relação sexual, a saída para o fluxo
menstrual e a via de passagem para o parto.

 Pudendo: O termo pudendo feminino refere-se aos órgãos genitais externos da mulher.

 Glândulas Mamárias: Cada mama é uma projeção hemisférica


de tamanho variável, que possui uma papila mamária, que tem
uma série de aberturas pouco espaçadas de ductos chamados
ductos lactíferos, dos quais emergem leite. As glândulas
mamárias atuam na síntese, na secreção e na ejeção de leite
(lactação).
Sistema Reprodutor: Sistema genital feminino – estrutura e funções
Fímbrias da tuba uterina
Ovário Funções do sistema genital feminino:
Tuba uterina
Fundo do útero  Os ovários produzem oócitos
Corpo do útero
Escavação retouterina
secundários e hormônios, incluindo
Colo do útero a progesterona e o estrogênio
Escavação vesicouterina Bexiga urinária
Vagina Sínfise púbica
(hormônios sexuais femininos), a
Reto Monte do púbis inibina e a relaxina.
Uretra
Clitóris  As tubas uterinas transportam um
Lábio menor
oócito secundário para o útero e,
do pudendo normalmente, é onde ocorre a
Lábio maior
Título: Sistema genital
feminino
do pudendo fertilização.
Fonte: adaptado de: Tortora e
Derrickson (2016, p. 1442).
 O útero é o local de implantação de
Ligamento suspensor
Costela
da mama um óvulo fertilizado, desenvolvimento
Fáscia peitoral
M. peitoral maior
Lóbulo contendo
do feto durante a gestação e parto.
Mm.
intercostais
alvéolos
Túbulo secundário  A vagina recebe o pênis durante a
Ducto mamário
Seio lactífero
Ducto lactífero
relação sexual e é uma passagem
Papila mamária
Aréola da mama
para o parto.
Tecido adiposo  As glândulas mamárias sintetizam,
na tela subcutânea
secretam e ejetam leite para a
Título: Estrutura fisiológica das mamas
Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson alimentação do recém-nascido.
(2016, p. 1457).
Sistema Reprodutor: Sistema genital feminino – estrutura e funções

Fases do ciclo reprodutivo:


 Fase menstrual: A fase menstrual, também chamada de menstruação, perdura
aproximadamente os 5 primeiros dias do ciclo.
 Fase pré-ovulatória: A fase pré-ovulatória é o período entre o fim da menstruação e a
ovulação. A fase pré-ovulatória do ciclo tem comprimento mais variável do que as outras
fases e representa a maior parte das diferenças na duração do ciclo. Tem a duração de 6 a
13 dias em um ciclo de 28 dias.
 Ovulação: A ovulação, a ruptura do folículo maduro e a liberação do oócito secundário para
o interior da cavidade pélvica, geralmente ocorre no 14º dia em um ciclo de 28 dias.
 Fase pós-ovulatória: A fase pós-ovulatória do ciclo reprodutivo
feminino é o período entre a ovulação e o início da
menstruação seguinte. Em duração, é a parte mais constante
do ciclo reprodutivo feminino. Tem a duração de 14 dias em
um ciclo de 28 dias, do 15º ao 28º dias.
Sistema Reprodutor: Sistema genital feminino – estrutura e funções
Hipotálamo
GnRH
Altos níveis de Os baixos níveis
Níveis moderados
estrogênios (sem de progesterona
de estrogênios
progesterona) e estrogênios
Adeno-hipófise inibem a secreção
Fase folicular Fase lútea estimulam a promovem a
de GnRH, FSH e LH
liberação de secreção de
A inibina inibe a GnRH, FSH e LH
GnRH, LH e FSH secreção de FSH Adeno-
Folículo Folículo Folículo Folículo CORPO
Ovulação Corpo lúteo e LH hipófise
primordiais primários secundário maduro albicante
CICLO
OVARIANO
FSH LH

Progesterona e estrogênios Ovário


Corpo
rubro
Estrogênios

CICLO
UTERINO
(MENSTRUAL) Estrato
funcional Crescimento Maturação de
de folículos um folículo Formação do Formação do
Estrato Ovulação
basal
primários e dominante corpo lúteo corpo albicante
secundários
Dias 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 1 2
Fase Fase Fase
menstrual pré-ovulatória Ovulação pós-ovulação
Hormônios
Título: Regulação ovarianos
hormonal das alterações Aumento na secreção Aumento na secreção Ausência de secreção
do ovário e útero de estrogênios e Aumento na secreção
de progesterona e da progesterona e
Fonte: adaptado de: inibina pelas células de inibina pelas
estrogênios pelas estrogênios pelo
granulosas células do corpo lúteo corpo albicante
Tortora e Derrickson células do corpo lúteo
(2016, p. 1460).

Útero

Feedback
Título: Resumo das positivo
interações hormonais
Fonte: adaptado de: Feedback Reparação do endométrio
Tortora e Derrickson Reparação e proliferação para a chegada do Menstruação
(2016, p.1460). negativo do endométrio óvulo fertilizado
Sistema Reprodutor: Principais métodos de controle de natalidade

 O controle de natalidade se refere à restrição na quantidade de filhos por vários métodos


destinados a controlar a fertilidade e evitar a concepção. Não há um método único e ideal
de controle de natalidade.

O Título:
único método de prevenção da gestação que é 100%
Métodos de
confiável
controle é a abstinência completa, a evitação de relações
de natalidade
Vários outros métodos estão disponíveis; cada um
Fonte: https://pharmanews
sexuais.online.com/
wp-content/uploads/2021/03/
tem suas vantagens e desvantagens.
Contracep.jpg
Sistema Reprodutor: Principais métodos de controle de natalidade

 Esterilização cirúrgica: a esterilização é um procedimento que torna um indivíduo incapaz


de se reproduzir. O principal método para a esterilização dos homens é a vasectomia, em
que uma parte de cada ducto deferente é removida. A esterilização em mulheres na maior
parte das vezes é conseguida por meio de esterilização tubária, em que ambas as tubas
uterinas são suturadas e então seccionadas.
 Métodos hormonais: os métodos hormonais são os
meios mais efetivos de controle de natalidade. Entre os
benefícios não contraceptivos dos anovulatórios orais
estão a regulação da duração do ciclo menstrual e a
diminuição do fluxo menstrual. No entanto, os
contraceptivos orais não
podem ser prescritos para
mulheres com história
Título: Métodos de controle de natalidade
pregressa de discrasias Fonte: https://femme4.com/wp-content/uploads/2021/11/Contraception-
1024x731.jpg’
sanguíneas, lesão de vasos sanguíneos cerebrais,
enxaqueca, hipertensão arterial, hepatopatia ou doença cardíaca.
Sistema Reprodutor: Principais métodos de controle de natalidade

 Em 2022 foi aprovada a Lei n. 14.443/2022, que instituiu algumas mudanças e melhorias nos
procedimentos de vasectomia e laqueadura. Reforçando a necessidade de
acompanhamento do planejamento familiar, que é um direito constitucional. Já a RN
338/ANS estabelece a necessidade dos planos de saúde de também oferecerem esses
serviços. Com isso, o processo para essas cirurgias passa por avaliação multidisciplinar,
dentre elas a psicologia.

Título: Psicoterapia
Fonte: https://storyset.com/people >People illustrations by Storyset
Sistema Reprodutor: Homeostasia

PARA TODOS OS
SISTEMAS DO CORPO TEGMENTO COMUM SISTEMA SISTEMAS LINFÁTICOS
• Os sistemas genitais masculino e • Os androgênios promovem o URINÁRIO E IMUNIDADE
feminino produzem gametas (óvulos e crescimento de pelos no corpo • Nos homens, a parte da uretra que se • A existência de um produto químico
espermatozoides) que se unem para • Os estrogênios estimulam a deposição estende ao longo da próstata e do pênis semelhante a antibiótico no sêmen e o
formar embriões e fetos, que contêm de gordura nas mamas, no abdome e é uma via de passagem para a urina, pH ácido do líquido vaginal
células que se dividem, e se nos quadris bem como para o sêmen proporcionam imunidade inata contra
diferenciam para formar todos os • As glândulas mamárias produzem leite micróbios no sistema genital
sistemas de órgãos do corpo • A pele estica durante a gestação
conforme o feto aumenta de tamanho
Título: Homeostase e o sistema SISTEMA
reprodutor SISTEMA
Fonte: adaptado de: Tortora e Derrickson
DIGESTÓRIO
RESPIRATÓRIO
(2016, p.1477). SISTEMA • A presença do feto durante a gestação
ESQUELÉTICO comprime os órgãos digestórios, o que • A excitação sexual aumenta a frequência
• Os androgênios e estrogênios estimulam leva à pirose e constipação intestinal e a profundidade respiratórias
o crescimento e manutenção dos ossos
do sistema esquelético
SISTEMA
SISTEMA ENDÓCRINO
MUSCULAR
• A testosterona e os estrogênios exercem
• Os androgênios estimulam o crescimento feedback sobre o hipotálamo e a adeno-
dos músculos esqueléticos hipófise

SISTEMA NERVOSO
SISTEMA
• Os androgênios influenciam a libido CIRCULATÓRIO
(desejo sexual)
• Os estrogênios podem atuar no • Os estrogênios reduzem o nível sanguíneo
desenvolvimento de determinadas de colesterol e reduzem o risco de DAC em
regiões do encéfalo em homens mulheres com menos de 50 anos
Sistema Reprodutor: Principais distúrbios e disfunções – sistema masculino

CÂNCER DE TESTÍCULO DISTÚRBIOS DA PRÓSTATA DISFUNÇÃO ERÉTIL

O câncer de testículo é o mais comum em Como a próstata circunda parte da uretra, A disfunção erétil (DE), antes
homens entre os 20 e 35 anos de idade. Mais qualquer infecção, alargamento ou tumor denominada impotência, é a
de 95% dos casos de câncer de testículo pode obstruir o fluxo de urina. As infecções incapacidade consistente de um homem
surgem a partir das células agudas e crônicas da próstata são comuns adulto ejacular ou alcançar ou manter
espermatogênicas nos túbulos seminíferos. em homens pós-púberes, muitas vezes em uma ereção por tempo suficiente para a
Um sinal precoce de câncer de testículo é associação à inflamação da uretra. O realização da relação sexual. Além de
massa no testículo, muitas vezes associada a câncer de próstata é a principal causa de diversos fatores fisiológicos, ressalta-se
uma sensação de peso testicular ou um morte por câncer em homens. Os homens a que também há fatores psicológicos,
incômodo difuso na parte inferior do abdome; partir de 40 anos devem realizar um exame como a ansiedade ou a depressão, o
geralmente não há dor. Para aumentar as anual da próstata. medo de engravidar a parceira, o medo
chances de detecção precoce de um câncer de DST, inibições religiosas e a
testicular, todos os homens devem realizar imaturidade emocional que também
autoexames regulares dos testículos. podem causar disfunção erétil.
Sistema Reprodutor: Principais distúrbios e disfunções – sistema feminino

SÍNDROME PRÉ-MENSTRUAL E ENDOMETRIOSE CÂNCER DE MAMA


TRANSTORNO DISFÓRICO PRÉ- A endometriose é caracterizada pelo O câncer de mama pode ocorrer em homens,
MENSTRUAL crescimento de tecido endometrial fora do mas é raro. Nas mulheres, o câncer de mama
A síndrome pré-menstrual (SPM) é um útero. O tecido entra na cavidade pélvica pelas raramente é visto antes dos 30 anos; sua
transtorno cíclico de sofrimento físico e tubas uterinas abertas e pode ser encontrado incidência aumenta rapidamente após a
emocional grave. Surge durante a fase pós- em vários locais. O tecido endometrial menopausa. Como o câncer de mama
ovulatória (lútea) do ciclo reprodutivo feminino e responde às flutuações hormonais, quer esteja geralmente não é doloroso até que se torne
desaparece drasticamente quando a dentro ou fora do útero. A cada ciclo bastante avançado, o achado de um nódulo,
menstruação inicia. Os sinais e sintomas são reprodutivo, o tecido prolifera e, em seguida, não importa quão pequeno, deve ser relatada
muito variáveis de uma mulher para outra. O se rompe e sangra. Quando isto ocorre fora do a um médico imediatamente. A detecção
transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) é útero, pode causar inflamação, dor, formação precoce – pelo autoexame da mama e por
uma síndrome mais grave em que os sinais e de cicatrizes e infertilidade. Os sintomas mamografias – é a melhor maneira de
sintomas semelhantes aos da SPM não incluem dor pré-menstrual ou dor menstrual aumentar as chances de sobrevivência.
desaparecem após o início da menstruação. anormalmente grave.

CÂNCERES DE OVÁRIO E DE COLO DO ÚTERO


Embora o câncer de ovário seja o sexto tipo mais comum de câncer em mulheres, é a principal causa de morte
por todas as doenças ginecológicas malignas (excluindo o câncer da mama), porque é difícil de detectar antes
de ter produzido metástases além dos ovários. O câncer de colo do útero inicia como uma condição pré-
cancerosa chamada de displasia cervical, uma alteração na quantidade, forma e crescimento das células
cervicais, geralmente as células escamosas. Às vezes, as células anormais voltam ao normal; outras vezes,
evoluem para o câncer, que geralmente se desenvolve lentamente. Na maior parte dos casos, o câncer de
colo do útero pode ser detectado em seus estágios iniciais por um teste de Papanicolau. Quase todos os
cânceres de colo do útero são causados por tipos variados de papilomavírus humano (HPV); outros tipos de
HPV causam verrugas genitais (descritos adiante). Duas vacinas estão disponíveis para proteger homens e
mulheres contra os tipos de HPV que causam a maior parte dos tipos de câncer de colo do útero.
Interatividade

Por que é importante a avaliação psicológica para os casos de cirurgia de vasectomia


ou laqueadura?
a) Pois, conforme previsto na Lei n. 14.443/2022, é necessário acompanhamento adequado
para o devido planejamento familiar, além da compreensão e informação dos impactos que
essas cirurgias causam nos pacientes.
b) Pois é necessário verificar se o paciente está fisiologicamente apto para esse
tipo de procedimento.
c) Pois, de acordo com RN 338/ANS, o psicólogo é obrigado a realizar esse tipo de serviço,
mesmo quando não há preparo e conhecimentos adequados.
d) Não há obrigatoriedade, ou seja, não é algo que
tenha muita relevância para o paciente que for fazer
esse tipo de procedimento.
e) Pois essa é apenas mais uma etapa burocrática.
Resposta

Por que é importante a avaliação psicológica para os casos de cirurgia de vasectomia


ou laqueadura?
a) Pois, conforme previsto na Lei n. 14.443/2022, é necessário acompanhamento adequado
para o devido planejamento familiar, além da compreensão e informação dos impactos que
essas cirurgias causam nos pacientes.
b) Pois é necessário verificar se o paciente está fisiologicamente apto para esse
tipo de procedimento.
c) Pois, de acordo com RN 338/ANS, o psicólogo é obrigado a realizar esse tipo de serviço,
mesmo quando não há preparo e conhecimentos adequados.
d) Não há obrigatoriedade, ou seja, não é algo que
tenha muita relevância para o paciente que for fazer
esse tipo de procedimento.
e) Pois essa é apenas mais uma etapa burocrática.
Sistema Endócrino: Sistema nervoso e sistema endócrino

 A ciência da estrutura e da função das glândulas endócrinas e do diagnóstico e tratamento


dos distúrbios desse sistema chama-se endocrinologia.

Sistema nervoso
 Neurotransmissores liberados localmente em resposta a impulsos nervosos.
 Próximo ao local de liberação, na sinapse; liga-se aos receptores encontrados na membrana
pós-sináptica.
 Células musculares (lisas, cardíacas e esqueléticas), células glandulares, outros neurônios.
 Tipicamente, milissegundos (milionésimos de segundo).
 Geralmente mais breve.
Sistema Endócrino: Sistema nervoso e sistema endócrino

Sistema endócrino
 Hormônios levados para os tecidos de todo o corpo pelo sangue.
 Longe do local de liberação (habitualmente); liga-se aos receptores encontrados
nas células-alvo.
 Células por todo o corpo.
 De segundos a horas ou dias.
 Geralmente mais longo (de segundos a dias).
Sistema Endócrino: Glândulas – exócrinas e endócrinas

 O corpo contém dois tipos de


GLÂNDULA
glândulas: exócrinas (fluidos PINEAL

externos) e endócrinas GLÂNDULA


HIPOTÁLAMO

TIREOIDE GLÂNDULAS GLÂNDULA


(hormônios). PARATIREOIDES HIPÓFISE
(atrás da glândula tireoide)
Traqueia
 Em virtude da dependência do GLÂNDULA TIREOIDE
Traqueia
sistema circulatório para distribuir PELE
TIMO
seus produtos, as glândulas Pulmão
CORAÇÃO
endócrinas são alguns dos tecidos
mais vascularizados do corpo. Fígado ESTÔMAGO

RIM
GLÂNDULAS
SUPRARRENAIS
Útero
PÂNCREAS
INTESTINO OVÁRIO
DELGADO

Os hormônios atuam Escroto apenas nas células alvo específicas


Mulher que
apresentam receptores que os reconhecem (ligação). O número
TESTÍCULOS
Título: Sistema endócrino humano
de adaptado
Fonte: receptores hormonais pode diminuir (infrarregulação) ou
de: Tortora e Derrickson
(2016, p. 841).
Sistema Endócrino: Principais hormônios, suas funções e ações

Uma maneira de classificar os hormônios é a química:


 Lipossolúveis: Os hormônios
lipossolúveis englobam os hormônios Afetam a função celular
esteroides, os hormônios da tireoide por meio da alteração da
e o óxido nítrico. expressão de gene.

 Hidrossolúveis: Os hormônios
hidrossolúveis englobam os hormônios Alteram a função celular pela
aminados, hormônios proteicos e ativação de receptores na
peptídicos e hormônios eicosanoides. membrana plasmática, que
desencadeiam a produção de um
segundo mensageiro que ativa
várias enzimas dentro da célula.

A maioria dos hormônios endócrinos consiste em hormônio


circulante (celular > LIC > sangue) e hormônios locais
(célula > célula).
Sistema Endócrino: Principais hormônios, suas funções e ações

Inúmeros hormônios ajudam a manter a homeostasia diariamente. Eles:


 regulam a atividade dos músculos lisos, do músculo cardíaco e de algumas glândulas;
 alteram o metabolismo;
 estimulam o crescimento e o desenvolvimento;
 influenciam os processos reprodutivos e
participam dos ritmos circadianos estabelecidos
pelo núcleo supraquiasmático do hipotálamo.

Título: Sistema Endócrino


Fonte: https://storyset.com/people
>People illustrations by Storyset
Sistema Endócrino: Principais hormônios, suas funções e ações

Hipotálamo e Hipófise
 Hormônio do crescimento (GH): estimula o crescimento corporal.
 Hormônio tireoestimulante (TSH): regula as atividades da glândula tireoide.
 Foliculoestimulante (FSH): regula as atividades das gônadas – ovários e testículos.
 A ocitocina (OT): estimula a contração do útero e a ejeção de leite das mamas.

Tireoide
 Hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), e células parafoliculares, que secretam
calcitonina (CT).
 Os hormônios da tireoide regulam o uso de oxigênio e
a taxa metabólica, o metabolismo celular, o
crescimento e o desenvolvimento.
Sistema Endócrino: Principais hormônios, suas funções e ações

Suprarrenais
 Mineralocorticoides: principalmente a aldosterona, acentuam a reabsorção de água e sódio e
diminuem a reabsorção de potássio.
 Glicocorticoides: principalmente o cortisol, auxiliam a resistência ao estresse e atuam
como anti-inflamatórios.
 Androgênios: estimulam o crescimento de pelos axilares e púbicos, ajudam no estirão de
crescimento pré-puberal e contribuem para a libido.

Pâncreas
 Tem funções tanto endócrinas quanto exócrinas, constituídas
por quatro tipos de células: alfa, beta, delta e F.
 As células alfa secretam glucagon – eleva a glicose.
 As células beta secretam insulina – diminui a glicose.
Sistema Endócrino: Homeostasia e o sistema endócrino

SISTEMA SISTEMA
SISTEMA ESQUELÉTICO MUSCULAR
RESPIRATÓRIO • O hormônio do crescimento (GH) e os • A epinefrina e a norepinefrina ajudam a
SISTEMA • A epinefrina e norepinefrina dilatam as fatores de crescimento insulina-símiles aumentar o fluxo de sangue para o músculo
GENITAL vias respiratórias durante o exercício e (IGF) estimulam o crescimento ósseo. em exercício.
• Os hormônios hipotalâmicos liberadores e outros estresses. • Os estrogênios promovem o fechamento • O PTH mantém os níveis apropriados de
inibidores, hormônio foliculoestimulante • A eritropoietina regula a quantidade de das lâminas epifisiais ao final da puberdade Ca2+ necessários para contração muscular.
(FSH) e hormônio luteinizante (LH) oxigênio transportado no sangue por meio e ajudam a manter a massa óssea nos adultos. • O glucagon, a insulina e outros hormônios
regulam o desenvolvimento, o crescimento do ajuste do número de hemácias. • Oparatormônio (PTH) e a calcitronina regulam o metabolismo na fibras musculares.
e as secreções das gônadas (ovários regulam os níveis de cálcio e outros • GH, IGF e hormônios da tireoide ajudam a
e testículos). minerais na matriz óssea e no sangue. manter a massa muscular.
• O estrogênio e a testosterona contribuem • Os hormônios da tireoide são necessários
SISTEMA para o desenvolvimento e crescimento
para o desenvolvimento dos ovócitos
(oócitos) e espermatozoides e estimulam o URINÁRIO normal do esqueleto.
SISTEMA
desenvolvimento das características • Hormônio antidiurético, aldosterona e NERVOSO
sexuais secundárias. peptídio natriurético atrial (PNA) ajustam a
• A prolactina promove a secreção de leite taxa de perda de água e íons na urina,
• Vários hormônios, especialmente
SISTEMA hormônios da tireoide, insulina e hormônio
nas glândulas mamárias. regulando, dessa forma, o volume
• A ocitocina causa contração do útero e sanguíneo e o conteúdo iônico do sangue.
DIGESTÓRIO do crescimento, influenciam o crescimento
ejeção de leite pelas glândulas mamárias. • A epinefrina e a norepinefrina deprimem a e o desenvolvimento do sistema nervoso.
atividade do sistema digestório. • O PTH mantém níveis apropriados de Ca2+
• Gastrina, colecistocinina, secretina e necessários para a geração e condução
TEGUMENTO peptídio insulinotrópico dependente de dos impulsos nervosos.
COMUM glicose (GIP) ajudam a regular a digestão.
• Os androgênios estimulam o crescimento • O calcitriol promove a absorção de cálcio
de pelos púbicos e axilares e ativação das da dieta.
• A leptina suprime o apetite. SISTEMA
glândulas sebáceas. CIRCULATÓRIO
• O excesso de hormônio melanócito-
estimulante (MSH) promove o • A eritropoietina (EPO) promove a formação
escurecimento da pele. de hemácias.
SISTEMA LINFÁTICO • A aldosterona e o hormônio antidiurético
E IMUNIDADE aumentam o volume sanguíneo.
Título: Homeostase no • A epinefrina e a norepinefrina intensificam a
sistema endócrino • Glicocorticoides como o cortisol deprimem frequência cardíaca e a força de contração.
Fonte: adaptado de: Tortora e
a inflamação e as respostas imunes. • Vários hormônios elevam a pressão arterial
• Os hormônios tímicos promovem a durante o exercício físico e outros estresses.
Derrickson (2016, p. 894). maturação das células T (um tipo de leucócito).
Sistema Endócrino: Distúrbios, disfunções e resposta ao estresse

Hipossecreção: é a liberação inadequada de um hormônio.


Hipersecreção: consiste na liberação excessiva de um hormônio. 2.
1.

HIPERTIREOIDISMO
Consiste na hipossecreção de hormônios da tireoide ao nascimento, causa consequências devastadoras se não for tratado prontamente.
● O hipotireoidismo na idade adulta provoca mixedema, que acomete cerca de cinco vezes mais as mulheres do que os homens. Uma pessoa
com mixedema apresenta redução da frequência cardíaca, baixa temperatura corporal, aumento da sensibilidade ao frio, cabelo e pele
ressecados, fraqueza muscular, letargia geral e tendência a ganhar peso com facilidade. Visto que o encéfalo já atingiu a maturidade, não ocorre
retardo mental, entretanto a pessoa pode ficar menos alerta.
● A forma mais comum de hipertireoidismo é a Doença de Graves, que também acomete sete a dez vezes mais as mulheres do que os homens,
em geral antes dos 40 anos. A doença de Graves é um distúrbio autoimune no qual a pessoa produz anticorpos que imitam a ação do hormônio
tireoestimulante (TSH). Os pacientes com doença de Graves muitas vezes apresentam edema peculiar retro-orbitário, que promove a sua
protrusão, chamada de exoftalmia.
● O bócio consiste, simplesmente, no aumento das dimensões da glândula tireoide.

Mixedema Doença de Graves Bócio


1 2 3 4

4.

1. Título: Mixedema 2. Título: Mixedema


Fonte: https://th.bing.com/th/id/ Fonte: https://acsjournals. 3. Título: Doença de Graves 4.Título: Bócio
R.372822300ea95e6f68d88c9dfab204ef?rik= onlinelibrary.wiley.com/ Fonte: https://i.ytimg.com/vi/xsQTh7yZY_ Fonte:
YwSUbHcwHOtYcA&pid=ImgRaw&r=0 cms/asset/a8d24884-d1b7-4cc1- s/maxresdefault.jpg https://www.nigeriagalleria.com/
a295-6b7b678b372a/mfig001.jpg Community-Health/Images/
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Sistema Endócrino: Distúrbios, disfunções e resposta ao estresse
Nanismo Hipofisário Gigantismo
1 2
DISTÚRBIOS DA GLÂNDULA HIPÓFISE
1.
 Nanismo hipofisário: A hipossecreção
de GH durante os anos de crescimento
retarda o crescimento ósseo e as
lâminas epifisiais fecham-se antes que
a altura normal seja alcançada.
 Gigantismo: A hipersecreção de GH
durante a infância.
 Acromegalia: A hipersecreção de GH
durante a idade adulta.
1. Título: Nanismo hipofisário 2. Título: Gigantismo
Fonte: https://big1news.com.br/wp- Fonte: Tortora e Derrickson, 2016. p.894
content/uploads/2013/07/ana-195x300.jpg
Acromegalia
3

3.

3. Título: Acromegalia
Fonte: https://www.eldiariodecarlospaz.com.ar/
u/fotografias/m/2021/4/5/f800x450-161120_212566_5050.jpg
A perspectiva psicossomática e seus aspectos nas doenças

 A percepção que temos de nós mesmos


muda a cada instante e é um processo
extremamente complexo no qual
desempenham um papel importante
fatores não só de natureza biológica ou
psicológica, mas também de tipo ambiental,
cultural e histórica.

Título: Psicossomática
Fonte: https://storyset.com/people
>People illustrations by Storyset

 Não se concebe, de fato, estar bem psicologicamente e ao


mesmo tempo sofrer fisicamente.
 A verdadeira saúde é resultado do equilíbrio entre a
representação que temos de nós como corpo e como mente.
A perspectiva psicossomática e seus aspectos nas doenças

 As doenças não são nem só psíquicas,


nem apenas somáticas. Todas podem ser
estudadas tanto sob o ponto de vista
psicológico quanto biológico, com resultados
diversos que podem ser mais ou menos
úteis segundo as circunstâncias.

Título: Ponderação
Fonte: https://storyset.com/people>
People illustrations by Storyset
A perspectiva psicossomática e seus aspectos nas doenças

 O equilíbrio entre os aspectos corpóreos


e os psicológicos deve ser procurado
não só no paciente que sofre, mas
também em que trata dele.
 Nem a visão biológica nem a psicológica
devem ser consideradas absolutas.
Variações sempre são possíveis.

Título: Ponderação
Fonte:
https://storyset.com/people>People
illustrations by Storyset

 É dever de todo terapeuta, seja médico, seja psicólogo, avaliar


a situação sob várias perspectivas, enfatizando uma ou outra
conforme os diversos estados e necessidades do paciente.
A capacidade de curar está no equilíbrio das avaliações e da
escolha dos meios mais adequados.
A perspectiva psicossomática e seus aspectos nas doenças

Relações causais lineares:


 O ser humano, para poder raciocinar sobre as coisas, tem a necessidade de distingui-las e
classificá-las, mas também de uni-las, descobrir semelhanças. Assim sendo, podemos
construir hipóteses e compreender os problemas sem desconsiderar sua complexidade.
 O processo é representado habitualmente pela dimensão de uma reta ao longo da qual os
efeitos se tornam um a causa do outro numa sequência de causas e efeitos:

A>B>C>D

 Em muitas situações, encarar os problemas procurando


chegar a uma única causa simples não leva a soluções
satisfatórias. Os fatores são cocausas de um único efeito.
A
B D
C
A perspectiva psicossomática e seus aspectos nas doenças

Relações causais circulares:

Título: Relações causais circulares Título: Relações causais


Fonte: Trombini e Baldoni (2004, p. 38). circulares
Fonte: Trombini e Baldoni (2004, p. 40).

 Contribuem para novas teorias, como as sistêmicas e cibernéticas.


 Não se interessam mais descobrir uma cadeia de causas e efeitos para chegar à origem dos
efeitos, mas estudar a organização e o equilíbrio de um sistema em determinada situação.
 No caso de uma doença, o que importa é descobrir como
os vários fatores (biológicos, psicológicos, sociais e
ambientais) interagem, provocando uma condição de
inadaptabilidade e sofrimento.
 Por meio do feedback, um efeito não só gera outros efeitos,
mas é também regulado por eles retroativamente.
A perspectiva psicossomática e seus aspectos nas doenças

 Toda orientação científica tem sua história e é caracterizada por modelos, teorias e métodos
de pesquisa característicos.

 As explicações que damos do mundo e nossas


escolhas dependem, portanto, do ponto de vista
que adotamos e não devem jamais ser absolutas.
Nenhum ponto de vista, aliás, compreende todos
os pontos de vista e nenhum deles é superior ao
outro, mas só mais ou menos útil, segundo as
Título: Ponderação
situações. Nesse sentido, nosso conhecimento, Fonte:
https://storyset.com
científico ou não, é /people >People
illustrations
sempre fruto de uma by Storyset
construção ativa, enquanto a realidade em
si pode ser tocada, mas nunca compreendida
definitivamente em sua essência.
A perspectiva psicossomática e seus aspectos nas doenças

 Durante seu desenvolvimento, a psicossomática interessou-se pelas doenças e, mais


geralmente, pelos problemas humanos, esclarecendo seus mais diversos aspectos.
 Havia diversidade não apenas na postura teórica, mas também no ponto de vista pelo qual o
problema é enfrentado.
 Os psicanalistas estudaram as relações entre conflitos psicológicos inconscientes e
distúrbios somáticos. Outros teóricos procuraram o perfil típico de personalidade, boa parte
do restante se dedicou ao estudo das reações do organismo sob ação do estresse e, por
fim, houve alguns que enfatizaram a importância das relações familiares.
 A psicossomática moderna procura realmente seguir a perspectiva biopsicossocial.
 Mesmo não existindo verdades definitivas e absolutas,
existem situações que se defrontam melhor diante a adoção
de uma perspectiva particular.
 Seria realmente absurdo pretender curar uma peritonite aguda
(inflamação do peritônio – revestimento abdominal interno),
fazendo deitar-se o paciente no divã de um psicanalista. E
quantas intervenções cirúrgicas foram realizadas inutilmente
por não se ter avaliado o doente do ponto de vista psicológico!
A perspectiva psicossomática e seus aspectos nas doenças

 A soma de diversas orientações teóricas e por conseguinte o número dos fatores biológicos,
psicológicos e sociais relevantes para a psicossomática é bastante ampla.

Conflito psicológico Personalidade Emoções Estresse A convivência em


 Freud: psiconeuroses  Hipócrates  Jurgen Ruesch:  Walter B. Cannon: reação família
 Franz Alexander: multifatorial >  Helen Flanders Dunbar: personalidade infantil de alarme  Don D. Jackson:
SNA – Simpático e especificidade de  Paul MacLean: teoria do  Hans Selye: a resposta não
comportamento restritivo
Parassimpático > Neuroses personalidade cérebro trino específica do organismo a
 Mara Selvini Palazzoli:
vegetativas  Friedman e Rosenman:  Pierre Marty: analista mais toda condição de mudança
Centro Milanês de Terapia
comportamentos A e B ativo clinicamente  Richard Lazarus: estresse
Familiar – jogo patológico
 Lydia Temoshok et al.:  Sifneos e Nemiah: alexia psicológico
da família
personalidade C  George L. Engel: 3 causas
 Salvador Minuchin: terapia
do estresse – perda,
prejuízo, familiar estrutural e

frustração/necessidade sistêmica
Equilíbrio entre a perspectiva psicológica e as patologias fisiológicas

Equilíbrio Psicossomático:
 O estresse e as emoções exigem defesas biológicas, psicológicas e de comportamento a fim
de que o organismo se mantenha num estado de relativo bem-estar e de adaptação ao meio
ambiente. A falta de compensação desse equilíbrio pode levar ao desenvolvimento de
uma doença.
Ambiente
Sociedade
Família

Estresse físico
e Emoções Comportamento
psicológico

Título: Relações Defesas biológicas Defesas


circulares entre
(somatização) psicológicas
estresse,
emoções e
defesas Descompensação
Fonte: adaptado de:
Trombini e Baldoni DOENÇA
(2004, p. 128).
Equilíbrio entre a perspectiva psicológica e as patologias fisiológicas

Defesas do Comportamento:
 Diante de situações problemáticas (briga familiar, desemprego, mudança etc.) apresentamos
comportamentos diferentes.
 Estratégias de coping: Lazarus e Folkman; Renzo Canestrari.

Defesas Psicológicas:
 Mais custosas para o equilíbrio emocional e adaptação ao ambiente.
 Inconscientes e se manifestam em maior ou menor grau em todo indivíduo, mesmo no mais
maduro e equilibrado.
Neuroses: fobias e obsessões
a. Transferência
b. Racionalização
c. Deslocamento

Desvios de Personalidade e Psicoses: mecanismos primitivos


a. Projeção
b. Recusa
Equilíbrio entre a perspectiva psicológica e as patologias fisiológicas

Somatização e as defesas biológicas:


 Na maioria dos casos, os distúrbios somáticos são apenas a expressão fisiológica de uma
tentativa obtida parcialmente para adaptar-se às dificuldades.
 Às vezes, os sintomas podem ser tão intensos que limitam significativamente a autonomia e
a capacidade de trabalho, prejudicando o estado de saúde. O bem-estar do indivíduo
depende do equilíbrio geral desse processo.

A partir da teoria de Alexander, há 2 reações biológicas gerais:


1. Reação de Ataque ou Fuga
2. Reação de Retirada-Conservação

Título: Ansiedade
Fonte: https://storyset.com/people
Título: Estresse >People illustrations by Storyset
Fonte: https://storyset.com/people
>People illustrations by Storyset
Equilíbrio entre a perspectiva psicológica e as patologias fisiológicas

 A verdadeira saúde, tanto para o doente como para aquele que dele trata, depende do
equilíbrio entre uma visão psicológica e uma visão física.
 Elementos que influenciam a nossa qualidade de vida:

1. Desempenho individual: faculdades intelectivas, cognitivas e criativas.


2. Percepção subjetiva da própria existência: como nos
sentimos realizados e satisfeitos?
3. Intensidade de sintomas e limitações de doenças,
procedimentos diagnósticos e terapias.

Título: Equilíbrio
Fonte: https://storyset.com/people
>People illustrations by Storyset
Equilíbrio entre a perspectiva psicológica e as patologias fisiológicas

 A integração dos tratamentos médicos, psicológicos, educacionais, de reabilitação e sociais


numa mesma estrutura de saúde não é fácil, e os problemas não são apenas de natureza
organizacional ou econômica.
 Infelizmente, muitos médicos e psicólogos não estão preparados para trabalhar numa
mesma abordagem diagnóstica e terapêutica. O importante é que as pessoas que se
dedicam à avaliação e à cura do sofrimento dos pacientes não sejam vistas como se
pertencessem a mundos diversos.

Título: Reunião
Fonte: https://storyset.com/people
>People illustrations by Storyset
A somatização hoje: a psicossomática

 O paciente somatizador é um dos pacientes mais difíceis da prática diária dos profissionais
de saúde.
 Torna-se necessário entendermos que as queixas médicas inexplicáveis estão relacionadas
à busca de cuidado, ou seja, essas queixas somáticas inexplicáveis estão muito mais
relacionadas à forma como o paciente apresenta seu sofrimento para o profissional, do que
se constituem como doença específica.
 A forma como o sofrimento, causa primeira da busca de cuidado, é reconhecido, validado e
amparado é parte integrante do processo do adoecer. As queixas físicas em geral são mais
reconhecidas como legítimas tanto pelos familiares quanto pelos profissionais de saúde,
enquanto queixas psicológicas não encontram o mesmo grau de aceitação.
 Assim sendo, uma segunda forma de diferenciar esses
subgrupos pode ser pelo seu curso, prognóstico e evolução,
em que eles podem didaticamente ser divididos em
somatizadores agudos e crônicos.
A somatização hoje: a psicossomática
Características Somatizadores agudos Somatizadores crônicos
Sintomas médicos
Recentes Crônicos
inexplicáveis
Percepção do
Identificado pelo paciente Negado pelo paciente
sofrimento psíquico
Muitas vezes apenas existe um grau de Alta comorbidade com transtornos ansiosos
sofrimento psíquico sem caracterização e depressivos, porém sintomas não
Associação com específica de um transtorno mental, embora correspondem ao quadro clínico dessas
transtornos mentais também possa ser uma forma de síndromes. Presença de transtornos
apresentação de transtornos ansiosos e dissociativos, somatoformes ou de
depressivos síndromes funcionais
Na consulta, demonstra que sofrimento
Relação com o emocional está presente, mas isso costuma Não refere sofrimento emocional e reforça
profissional clínico ser ignorado. Presença de queixas inúmeras vezes como é única a sua doença
psicológicas associadas
Título: Confusão
Fonte: https://storyset.com/people >People illustrations by Storyset Aderido ao papel de doente
Papel de doente Sem apresentar adesão ao papel de doente

História familiar de reforço e valorização


Família atua como fonte de um padrão
excessiva da doença como fonte de atenção
História familiar cultural de comunicação de sofrimento
e carinho. Ausência de atenção em
através de queixas físicas
situações normais
História de abuso
sexual e violência Geralmente ausente Geralmente presente
física
Reação da família ao Irritação, abandono e ignorância das
Em geral, apoio e carinho
adoecer queixas físicas.
Título: Tabela de somatizadores agudos e crônicos
Fonte: adaptado de: Mello Filho (2010, p. 551).
A somatização hoje: a psicossomática

ATRIBUIÇÃO PSICOLÓGICA

 Transtornos ansiosos e
 Transtornos ansiosos e depressivos agudos com
transtornos sintomas físicos proeminentes
 Reação ao estresse e
depressivos crônicos transtornos de ajustamentos
com sintomas físicos  Transtornos conversivos e
proeminentes dissociativos agudos e com
estressores bem delimitados
Título: Estudo
Fonte: https://storyset.com/people >People CURSO AGUDO/
illustrations by Storyset CRONICIDADE/
INCAPACITAÇÃO AUTOLIMITADO
 Transtornos conversivos e
dissociativos crônicos e
com estressores mal  Queixas somáticas
definidos inexplicáveis agudas e
 Transtornos somatoformes inespecíficas
“clássicos”
 Síndromes funcionais

Título: Diagrama de classificação das


apresentações
dos sintomas físicos sem explicação
médica segundo dois eixos:
ATRIBUIÇÃO SOMÁTICA curso/ incapacitação e atribuição
etiológica
Fonte: adaptado de: Mello Filho (2010, p. 540).
A somatização hoje: a psicossomática

Fatores Culturais
 A somatização, enquanto escolha de queixas físicas como forma de manifestar sofrimento, é
a expressão predominante em sociedades não ocidentais.
 Na sociedade brasileira coexistem duas concepções de indivíduo e as caracterizou como
pessoa versus indivíduo. INDIVÍDUO PESSOA
 Presa à totalidade social a qual
 Livre, com direito a um espaço próprio
se vincula de modo necessário
 Igual a todos os outros  Complementar aos outros
 Tem escolhas, que são vistas como
 Não tem escolha
seus direitos fundamentais
 A consciência é social (isto é,
 Tem emoções particulares
a totalidade tem precedência)
 A amizade é residual e
 A consciência é individual
juridicamente definida
 A amizade é básica  Recebe as regras do mundo onde vive
 Relacionamento = escolhas
 Faz as regras do mundo onde vive

Título: Definições e diferença entre indivíduo e pessoa


Fonte: adaptado de: Mello Filho (2010, p. 553).
A somatização hoje: a psicossomática

Família
 As características e o funcionamento do sistema familiar de origem irão determinar a
interpretação das experiências somáticas e o comportamento de busca de ajuda e
utilização de serviços médicos.
Vínculo na construção da identidade do somatizador crônico
 O comportamento somatizador na vida adulta resulta, portanto, da evolução de estratégias
para lidar com as dificuldades da vida que, embora inicialmente fossem adaptativas, se
tornam inadequadas e problemáticas para o indivíduo adulto e suas interações no
meio social.
 A somatização insere-se num quadro conceitual que explora o
impacto das experiências infantis de apego sobre o
comportamento interpessoal e o desenvolvimento de um modo
de perceber sintomas e comportar-se em relação à saúde.
A somatização hoje: a psicossomática

Sistema de Saúde
 A relação médico-paciente desempenha importante papel na forma como os
pacientes apresentam seu sofrimento e sua relação com o surgimento das queixas
somáticas inexplicáveis.
 Os pacientes: dão pistas, buscam mais apoio emocional.
 Os médicos tendem a referir que não há nada, e reagir como se esses sintomas fossem
invenções ou mentiras dos pacientes que, obviamente, se sentem desacreditados e até
agredidos, ao perceberem esta avaliação.
 Outro aspecto importante de problema é que os médicos
acreditam que eles devem propor soluções para todos os
problemas que seus pacientes trazem, e que os pacientes
esperam isso deles.
A somatização hoje: a psicossomática

 “Se puderem ser superadas as dualidades mente-corpo, se o espaço clínico terapêutico


puder incluir o Cuidar do sofrimento psíquico, se o apoio e o empoderamento de nossos
pacientes que mais se consideram incapazes, doentes e abandonados forem parte habitual
do Cuidado, se os problemas familiares e sociais de nossos pacientes, incluindo o abuso, a
violência e a miséria, forem considerados objetivos das intervenções das equipes de saúde,
talvez os pacientes poliqueixosos também se transformem. Deixarão, com certeza, de serem
enquadrados como os pacientes mais rejeitados pelos médicos. Superadas as divisões,
sendo cuidados, superarão suas dores e retomarão uma vida produtiva. E muito nos terão
ensinado sobre como o sofrimento da mente marca o corpo” (Mello Filho, 2010).

Título: Análise
Fonte:
https://storyset.com/p
eople >People
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Interatividade

A somatização pode ser classificada como um processo:

a) Individual: psiquiátrico.
b) Multifatorial: biopsicossocial.
c) Individual: social e familiar.
d) Multifatorial: fisiológico (vários sistemas em colapso).
e) Individual: psíquico (neurose).
Resposta

A somatização pode ser classificada como um processo:

a) Individual: psiquiátrico.
b) Multifatorial: biopsicossocial.
c) Individual: social e familiar.
d) Multifatorial: fisiológico (vários sistemas em colapso).
e) Individual: psíquico (neurose).
Referências

 MELLO FILHO, J. et al. Psicossomática hoje. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.

 TORTORA, G. J.;. DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. Tradução: Ana


Cavalcanti C. Botelho et al. 14. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.

 TROMBINI, G.; BALDONI, F. Distúrbios psicossomáticos: como restabelecer o equilíbrio


entre mente e corpo. Tradução: Mário Gonçalves. São Paulo: Edições Loyola: Paulinas, 2004
(Coleção Para saber mais; 11).
ATÉ A PRÓXIMA!

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