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Reprodução humana

O ser humano reproduz-se exclusivamente de forma sexuada e apresenta


dimorfismo sexual, o macho e a fêmea.

A existência de dimorfismo sexual deve-se às gonadotrofinas (hormonas sexuais)


produzidas pelas gónadas. No entanto, a existência destas hormonas e dos órgãos sexuais
primários e secundários diferentes, deve-se ao facto do homem e da mulher possuírem uma
ligeira diferença do seu cariótipo.

O cariótipo humano possui 46 cromossomas: 22 pares de cromossomas somáticos


ou autossomas e um par de cromossomas sexuais ou heterocromossomas (XX na mulher e
XY no homem).
➔ Cariótipo do homem - 46, XY ou 44+XY
➔ Cariótipo da mulher - 46, XX ou 44+XX

O Homem é um ser vivo diplonte, excetuando-se os gâmetas que são as suas


únicas entidades haploides.
A meiose é pré-gamética, ou seja, ocorre nas gônadas, para a formação dos
gametas (gametogênese).
Os gâmetas (haplóides) ao fundirem-se originam o ovo ou o zigoto (diplóide) que,
por mitoses sucessivas e por diferenciação celular, origina um indivíduo adulto.
A fecundação é interna.

Os órgãos dos sistemas reprodutores masculino e feminino, pela sua constituição e


funcionamento, asseguram a produção de gâmetas e permitem a ocorrência de fecundação
e o desenvolvimento de novas gerações.

No homem, a função do aparelho reprodutor inclui a formação de células


reprodutoras (espermatozoides) e o transporte das mesmas para o aparelho reprodutor
feminino.
Na mulher o aparelho reprodutor permite não só formar gâmetas mas também
receber os espermatozóides e promover o encontro entre essas duas células, assegura
ainda o desenvolvimento do novo ser casa de gravides decorrente de uma fecundação.

Órgãos sexuas primários: gónadas;


Órgãos sexuais secundários: vias genitais, órgãos genitais externos e glândulas
anexas.

➔ As gônadas são glândulas onde se dá a produção das células sexuais (gâmetas).


➔ As vias genitais são os canais que transportam os gâmetas. No aparelho feminino
são as trompas de Falópio, útero e a vagina, já no aparelho masculino são o
epidídimo, canais deferentes e uretra.
➔ Os órgãos genitais externos são os órgãos que intervêm diretamente no ato
sexual. A vulva que inclui os grandes lábios, pequenos lábios, clítoris e orifício
genital no aparelho feminino e no aparelho masculino o pénis e o escroto.
➔ Os espermatozoides são os gâmetas masculinos e são produzidos nos testículos
(gônadas masculinas).
➔ Os óvulos são os gâmetas femininos e são produzidos nos ovários (gônadas
femininas).
➔ As glândulas anexas são glândulas que segregam substâncias que asseguram o
bom "estado" do gâmeta. São as vesículas seminais e a próstata. Na mulher o
aparelho não tem glândulas anexas.

Aparelho reprodutor masculino


Órgãos Morfologia e Fisiologia

Gônadas Testículos Localizam-se na parte externa da cavidade abdominal, parte inferior.


Revestidos por uma bolsa, o escroto.

Formação de espermatozóides e produção de hormonas masculinas


(testosterona e androgênios).

Vias genitais Epidídimo São canais todos enrolados, onde são armazenados os espermatozóides,
locais onde ocorre a reciclagem de espermatozóides danificados e o controlo
do fluido tubular. Também são responsáveis pela síntese de diversos
nutrientes, hormonas e enzimas que auxiliam a maturação final dos
espermatozoides. Os espermatozóides imaturos permanecem uma a duas
semanas no epidídimo, tornando-se mais resistentes às variações de
temperatura e pH.

Canais
deferente Canais longos que se seguem aos epidídimos e que se abrem na uretra. São
responsáveis pela condução dos espermatozóides e,por vezes, pelo seu
armazenamento.

Uretra
Canal que se inicia na bexiga e abre na extremidade do pénis, no orifício
urogenital. É responsável pela condução da urina e do esperma para o
exterior.

Glândulas Vesículas
anexas seminais Duas glândulas que produzem o líquido seminal que contém frutose,
bicarbonato, hormonas e proteínas. o bicarbonato contribui para a
manutenção de um pH alcalino, neutralizando a acidez da uretra, gerada pela
passagem da urina, e a acidez da vagina. Esta secreção vai integrar o
esperma.

Glândulas
de Cowper Situadas na base do pénis, segregam um fluido alcalino que ajuda a
neutralizar os ácidos urinários e lubrifica a glande, facilitando o ato sexual.

Próstata
Envolve a parte inicial da uretra, impede a mistura de urina e esperma.
Glândulas produtoras do líquido prostático, secreção que envolve os
espermatozoides, produz uma enzima de coagulação que torna o esperma
numa massa gelatinosa.
Órgãos Pénis
externos Órgão copulador que permite a colocação dos espermatozóides nas zonas
mais profundas da vagina. Constituído por três corpos de tecidos eréteis (dois
corpos cavernosos e um corpo esponjoso), pela glande, revestido por uma
prega de pele - o prepúcio - e é atravessado pela uretra.

Escroto
Bolsa que reveste os testículos e o epidídimo fora da cavidade abdominal.
Em ambientes mais frios os músculos do escroto fazem com que os testículos
se aproximem do corpo, no calor, os músculos relaxam, o que leva ao
afastamento.

Na região dorsal do pénis, encontram-se dois corpos cavernosos. Nestes tecidos


existem espaços entre as células onde circula normalmente uma pequena quantidade de
sangue.
A estimulação sexual desencadeia uma resposta por parte do sistema nervoso
autónomo, que estimula o afluxo de sangue aos corpos cavernosos, o que provoca um
aumento de pressão que origina a ereção.
Este fenómeno deve-se à compressão das veias, que, de outro modo, permitem a
saída de sangue desta região.
Rodeando a uretra, existe o corpo esponjoso, que se alarga na extremidade do pénis,
formando a glande na qual coexistem muitas terminações nervosas que dotam esta região
de extrema sensibilidade.
Este tecido, quando ereto, assegura a manutenção da abertura da uretra,
permitindo a saída do esperma durante a ejaculação.

Estrutura interna dos testículos

➔ Estão divididos em secções: lóbulos testiculares, separados por tecido intersticial


(septos testiculares) com uma disposição radial;

➔ Em cada lóbulo é possível distinguir vários túbulos seminíferos intensamente


enrolados.
Cada tubo seminífero é envolvido por um tecido rico em vasos sanguíneos e nervos,
no qual se localizam as células de Leydig ou células intersticiais.

No interior do tubo seminífero é possível distinguir:


➔ Células da linha germinativa;
➔ Células de Sertoli;
➔ Lúmen do tubo.

Células intersticiais ou células de Leydig

Localização: tecido envolvente do tubo seminífero;


Características: células arredondadas e agrupadas que se encontram envolvidas por
numerosos vasos sanguíneos;
Funções: são responsáveis pela produção de hormonas masculinas, androgénios,
nomeadamente testosterona que induz o desenvolvimento dos órgãos sexuais e carateres
sexuais secundários.

Células da linha germinativa

Localização: interior do tubo seminífero;


Características: encontram-se em diferentes estados de desenvolvimento da
espermatogênese;
Funções: espermatogênese.

Células de Sertoli

Localização: interior do tubo seminífero;


Características: células volumosas que sustentam as células germinais;
Funções: nutrição das diferentes células que constituem o tubo seminífero; mantém a
coesão do tubo; coordenam a formação dos espermatozoides; segregam líquido
responsável pelo transporte dos espermatozóides até ao epidídimo; segregam hormonas
locais que intervêm na regulação da espermatogênese e que determinam a descida dos
testículos para o escroto durante o desenvolvimento embrionário; fagocitam o excesso de
citoplasma eliminado pelos espermatídios; segregam um fluído rico em nutrientes,
bicarbonato e certos iões, que estimulam o desenvolvimento dos espermatozoides e os
nutrem.
Espermatogênese

➔ Nos embriões humanos existem células, as células germinativas primordiais, que


numa fase de desenvolvimento se diferenciam das restantes células do organismo.

➔ Estas células migram para as gônadas em desenvolvimento determinado não só a


forma testículos ou dos ovários, mas também, mais tarde, a formação de células
precursoras de todas as células germinais que, por evolução (mitoses, meiose e
diferenciação celular), originam os gâmetas.

➔ A gametogênese consiste no conjunto de fenômenos que ocorrem nas gônadas e


que determinam a formação dos gâmetas.

➔ Nos testículos ocorre a espermatogênese e nos ovários a oogénese.

➔ Tem início na puberdade e ocorre de um modo contínuo, nos testículos, durante toda
a vida de um homem.

➔ É o conjunto de fenômenos que se desenrolam nas células do tubo seminífero e que


conduzem, em cerca de 64 dias, à formação de milhões gâmetas masculinos, os
espermatozóides, a partir de espermatogônias.

➔ As espermatogônias, células diplóides da linha germinativa, resultam de divisões


mitóticas de células localizadas na proximidade da parede exterior dos tubos
seminíferos (testículos). Encontram-se presentes nos testículos durante o
desenvolvimento embrionário e a infância.

➔ A espermatogénese compreende 4 fases sucessivas:


● 1ªfase - multiplicação
● 2ª fase - crescimento
● 3ª fase - maturação
● 4ª fase - diferenciação ou espermiogénese

As espermatogônias (células diplóides), situadas na periferia dos tubos seminíferos,


aumentam de número por mitoses sucessivas. De cada duas células formadas, uma
mantém-se na fase de multiplicação e a outra prossegue o desenvolvimento.

Espermatogônias aumentam de volume devido à síntese e acumulação de


substâncias de reserva, originando os espermatócitos I ou espermatócitos de 1ª ordem
(2n).

Ocorre meiose. Em cada espermatócito I (2n) ocorre a 1ª divisão mitótica, com


formação de dois espermatócitos II ou de 2ª ordem (n). Cada espermatócito II (n) sofre a
segunda divisão meiótica, com formação de dois espermatídios (n). Sendo assim, por
cada espermatócito I (2n) formam-se 4 espermatídios (n)
Durante a espermiogênese ocorrem uma série de fenómenos que permitem a
transformação de células esféricas, os espermatídios, em células flageladas, de citoplasma
reduzido, os espermatozoides (n).
Durante a espermiogênese verifica-se:

➔ O alongamento e achatamento do núcleo, a diferenciação de um flagelo, a


eliminação de grande parte do citoplasma que é fagocitado pelas células de Sertoli e
a reorganização de organelos citoplasmáticos.

➔ As vesículas do complexo de Golgi fundem, originando uma grande vesícula, o


acrossoma, que armazena enzimas digestivas e se adapta ao núcleo.

➔ Os centríolos dispõem-se no pólo ao acrossoma e originam os microtúbulos que


constituem o flagelo.

➔ As mitocôndrias dispõem-se em torno da base do flagelo e fornecem energia que


permite o movimento desse prolongamento.
Quando os espermatozoides ficam completamente formados, deslocam-se para o
epidídimo, onde permanecem de 18 horas a vários dias, completando a sua maturação.

Como estas células apenas mantêm a sua capacidade para fecundar o gâmeta
feminino durante poucos dias (cerca de seis), o esperma será reabsorvido pelo organismo
se não ocorrer ejaculação, dando espaço para a formação de novo esperma.

Durante a ejaculação, a contração dos músculos da parede dos ductos empurra o


esperma do epidídimo para os canais deferentes, para o ducto ejaculatório (canal que faz a
transição do canal deferente para a uretra) e para a uretra.

Também os músculos da base do pénis se contraem para permitir a saída do sémen.


Nesta ocasião, o esfíncter, que se encontra entre a uretra e a bexiga, fecha e impede o fluxo
simultâneo de urina e esperma.

A espermatogênese demora 70 a 80 dias e ocorre continuamente, sendo possível


encontrar células em diferentes estádios de desenvolvimento ao longo dos túbulos
seminíferos.

Qualquer problema durante a espermatogênese implica problemas de fertilidade nos


homens por um período de dois a três meses.

A quantidade de espermatozoides produzidos nos testículos é variável, podendo


atingir diariamente os 100 milhões (50.000/min).

Concluindo, a formação dos espermatozóides é:

➔ Um fenômeno contínuo que se inicia na puberdade e ocorre de um modo interrupto


durante toda a vida de um homem;

➔ Um fenómeno que conduz à redução cromática com redução acentuada de


citoplasma;

➔ Um fenômeno que envolve um elevado grau de especialização como


consequência de diferenciação sofrida por cada espermatídio durante a
espermiogênese.
Aparelho reprodutor feminino
Órgãos Morfologia e Fisiologia

Gônadas Ovários São dois, lado direito e esquerdo e localizam-se na cavidade


abdominal na parte inferior.
São responsáveis pela formação dos oócitos e pela produção das
hormonas sexuais femininas.

Vias genitais Trompas de falópio São dois canais (direito e esquerdo), estão ligados ao ovário e ao
útero.
Canal por onde o óvulo desce do ovário ao útero, local onde ocorre
a fecundação.

Útero Durante a gravidez aumenta de volume devido à sua parte externa -


o miométrio- que é constituído por uma espessa camada de tecido
muscular e por isso elástico, (onde se fixa o embrião);
endométrio- formada por muitos vasos e glândulas, as paredes
uterinas contraem e relaxam durante a estimulação sexual e o parto.

Vagina
Canal flexível que se insere no colo do útero, termina na vulva, com
o orifício genital, serve como depósito de semen durante o ato,
constitui também o canal por onde ocorre o nascimento do bebe e
saída do fluxo menstrual. É o órgão copulador feminino.

Órgãos Grandes e
externos pequenos lábios São pregas de pele. Os pequenos lábios estão tapados com os
grandes lábios.

Proteção da vagina.

Clitoris
Extremamente sensível,orientada para o orifício genital. É um órgão
homólogo ao pénis, sendo também erétil e altamente inervado,
papel importante na estimulação sexual da mulher.

Orifício genital
O orifício genital corresponde à abertura da vagina.

Glândulas Glândulas de
sexuais Skene Glândulas anexas responsáveis pela segregação da fluidos
lubrificantes e antisséticos, que são lançados no orifício sexual ou no
Glândulas de interior da uretra.
Bartholin

Ovários
Os ovários produzem progesterona e estrogênio. As células
foliculares são entidades produtoras de estrogênio. O corpo amarelo
produz progesterona e estrogênio.
Funções do ovário:

➔ Produção de gâmetas femininos imaturos (oócitos II, podem ou não originar óvulos)

➔ Produção de hormonas femininas (estrogénios e progesterona)

Num corte longitudinal de ovário é possível distinguir duas zonas:

➔ Zona medular: zona mais interna, caracterizada pela existência de numerosos vasos
sanguíneos e nervos; composta por tecido muscular liso e tecido conjuntivo.

➔ Zona cortical: zona mais externa, constituída por tecido conjuntivo, caracterizada
pela existência de estruturas mais ou menos esféricas em diferentes estádios de
desenvolvimento - os folículos ovários (estruturas constituídas por uma célula
germinativa que originará o gâmeta, envolvida por células foliculares, com função de
proteção e nutrição da célula germinativa ao longo do seu amadurecimento).

A evolução dos folículos ováricos e a


oogénese são fenómenos que ocorrem
simultaneamente e têm início durante o
desenvolvimento embrionário da mulher. Estes
processo deixam de se realizar com o nascimento e
recomeçam, todos os meses, entre a puberdade e a
menopausa.

Os folículos ováricos são classificados, com


base no seu desenvolvimento em primordiais,
primários, secundários, terciários e maduros (ou de
Graaf).
O desenvolvimento de um folículo demora cerca de quatro meses.
A evolução do folículos ováricos

Folículos primordiais

Formados por oócito I (célula germinativa) envolvido por uma camada achatada de
células foliculares. Um feto com cerca de 5 meses tem vários milhões desde folículos,que
começam a degenerar nos meses seguintes (atresia folicular). Quando nasce , o bebe tem
cerca de 3 milhões.
Durante vários anos os ovários permanecem em fase de repouso: os folículos
primordiais permanecem assim até ao reinício da gametogênese, que acontecerá na
puberdade. Entretanto, muitos dos folículos primordiais, presentes no momento do
nascimento, sofrem degeneração e, ao atingir a puberdade, restarão apenas no ovários
400.000 destes folículos.

Folículos primários

Um folículo primordial, por mês, entra em crescimento num dos ovários a partir da
puberdade. O oócito I (célula que originará o gâmeta feminino) aumenta de volume e as
células foliculares proliferam até formarem uma camada contínua.

Folículos secundário

O oócito I continua em crescimento e as células foliculares em proliferação.


Forma-se uma camada espessa de células foliculares - zona granulosa. Entre a camada
granulosa e o oócito I forma-se uma outra de substâncias orgânicas (glicoproteínas) e sem
células (camada acelular) - zona pelúcida. Ao rodear o folículo surge uma outra camada de
células - teca.

Folículo terciário

O oócito I continua a crescer, a camada granulosa continua a proliferar e começa a


apresentar várias cavidades - cavidades foliculares, preenchidas pelo líquido folicular.A
teca diferencia-se em teca externa e teca interna.
Ao aproximar-se o final da evolução do folículo terciário, o crescimento do oócito I
termina, completa a primeira divisão meiótica e originam-se 2 células: o oócito II e o
primeiro glóbulo polar.

Folículo de Graaf ou maturo

Cavidades foliculares existentes na camada granulosa


continuam a aumentar de tamanho e fundem-se numa só, cheia de
líquido folicular - a cavidade folicular.
A cavidade folicular fica rodeada por uma fina camada
granulosa, da qual se salienta um conjunto de células que rodeiam o
oócito II pronto a ser libertado.
O oócito II inicia a segunda divisão da meiose, a qual fica
bloqueada em metáfase II. O glóbulo polar persiste dentro da zona
pelúcida.
➔ Quando o folículo atinge a maturação ocorre libertação do oócito II e uma parte da
camada granulosa para o interior da cavidade folicular.

➔ O crescimento do folículo de Graaf (folículo maduro) causa uma saliência na


superfície do ovário. Esta ao aumentar de volume, pressiona a parede ovárica e,
devido às enzimas proteolíticas que possui, promove uma rutura na camada de
células foliculares e na parede do ovário, e consequente expulsão do oócito II, da
zona pelúcida e das células foliculares que o rodeiam - ovulação.

➔ Estas células são recolhidas pelo pavilhão das trompas de falópio.

➔ Após a ovulação, a parede do ovário cicatriza. As células foliculares que


permaneceram no folículo proliferam, aumentam de tamanho e adquirem função
secretora.

O citoplasma destas células é amarelo, devido à presença de um pigmento dessa


cor, pelo que este conjunto de células se designa corpo amarelo ou lúteo. O corpo
amarelo, caso não ocorra fecundação, degenera no final do ciclo.
Durante a evolução de um folículo, para além da oogénese, pode salientar-se:

➔ multiplicação das células foliculares;

➔ formação de uma zona não celular, a zona pelúcida,em torno do oócito,


constituída por glicoproteínas;

➔ aparecimento de cavidades, entre as células foliculares, cheias de líquido e


que acabam por se fundir numa só;

➔ diferenciação do tecido ovárico que rodeia o folículo em camadas, as tecas,


tendo a teca interna uma função glandular.

Oogênese

A oogênese é um conjunto de fenômenos que ocorrem nos ovários, conduzindo à


formação de gâmetas femininos. Ao contrário da espermatogénese, que se inicia apenas
durante a puberdade, a oogénese inicia -se logo durante o desenvolvimento embrionário,
para com o nascimento e reinicia-se na puberdade.

➔ A oogênese é um fenômeno descontínuo e cíclico.

Descontínuo porque se inicia no desenvolvimento embrionário, sofre interrupções e


só se completa se ocorrer fecundação.
Este processo de formação de gâmetas é cíclico na mulher, uma vez que parte do
processo de formação ocorre de 28 em 28 dias, e mantém-se até à menopausa, que ocorre
cerca dos 50 anos de idade.

Os fenómenos cíclicos que ocorrem nos ovários estão relacionados com o


desenvolvimento de um oócito primário, que dá origem a um gâmeta feminino pronto para
ser fecundado - fase de maturação.
A oogénese é acompanhada da maturação dos folículos ováricos, num processo
que compreende quatro fases: multiplicação, crescimento,repouso e maturação.

.
Fase de multiplicação ou proliferativa

Durante o desenvolvimento embrionário (2º e 3º mês), as células


germinativas, as oógonias (células diplóides), aumentam de número por mitoses
sucessivas. Esta fase ocorre durante alguns meses do desenvolvimento embrionário da
mulher, formando-se alguns milhões de oogônias. Grande parte dessas oogônias degenera,
não se verificando nova produção.

Fase de crescimento

As oogônias, que não degeneram, aumentam de volume devido à síntese e


acumulação de substâncias de reserva, originando os oócitos de 1ª ordem (2n), que se
rodeiam de células foliculares, originando os folículos primordiais. Os oócitos I apresentam
maiores dimensões que as oogônias. Os oócitos I iniciam a primeira divisão meiótica, que
se interrompe em prófase I. Muitos dos oócitos I degeneram durante a vida intrauterina.

Fase de maturação

Nos ovários de uma recém-nascida, os oócitos I existentes iniciam a fase de


maturação com a primeira divisão da meiose, que fica bloqueada em prófase I .
Até à puberdade muitos oócitos I continuam a degenerar, ficando somente cerca de
400 mil.
A meiose continua apenas a partir da puberdade, com o início dos ciclos ováricos.
Em cada ciclo ovárico, durante a vida fértil da mulher, em regra só um oócito
completa a primeira divisão da meiose, formando-se células haplóides (n=23) com
diferentes dimensões.
No início da puberdade alguns folículos primordiais começam a desenvolver-se,
embora, geralmente, somente um em cada mês complete a sua maturação. O oócito I,que
se encontra em prófase I, reinicia a primeira divisão meiótica, dando origem a duas células:
uma de grandes dimensões, o oócito II ou de 2ªordem (n) e outra muito mais pequena, o
1º glóbulo polar (n), que acaba por degenerar.

A diferença de tamanho entre estas duas células é devida ao facto de o citoplasma


do oócito I se dividir por gemiparidade.
As duas células destacam-se da parede do folículo para a cavidade folicular.
A segunda divisão da meiose começa de imediato, mas fica bloqueada em metáfase
II. É neste momento que ocorre a ovulação, isto é, a libertação do oócito II para as
trompas de Falópio.
A ovulação provoca a expulsão do oócito II em metáfase II para o pavilhão das
trompas.

Se não ocorrer fecundação, o oócito II é eliminado, não terminando a meiose e por


esse motivo não se formam óvulos (gâmetas femininos).

Se, pelo contrário, ocorrer fecundação, o espermatozoide, ao penetrar no invólucro


protetor do oócito II, estimula-o no sentido da conclusão da segunda divisão meiótica.

Como resultado forma-se o óvulo maduro (n), de citoplasma abundante, e o 2º


glóbulo polar (n) que, à semelhança do primeiro, acaba por degenerar . O óvulo é uma
célula rica em substâncias nutritivas que asseguram a alimentação do embrião nos
primeiros meses de gestação.
Comparação entre a oogénese e a espermatogénese
Hormonas
Substâncias químicas de natureza muito variada, produzidas por glândulas
endócrinas (glândulas que segregam os produtos diretamente para a corrente sanguínea),
localizadas em várias regiões do organismo .

Hormonas podem atuar no próprio local onde são lançadas ou serem transportadas
pelo sangue para regiões mais afastadas onde atuam em células específicas – as células
alvo, onde regulam processos celulares.

Quando uma molécula de hormona se fixa a um recetor específico de uma célula


alvo, desencadeia nessa célula a resposta adequada à mensagem química por ela
transportada.

Mecanismo de retroação
Um mecanismo de retroação é aquele em que uma modificação, introduzida no
sistema,desencadeia um processo que acaba por atuar nessa mesma modificação

O processo de retroação pode ser positivo ou negativo.

➔ É negativo quando a ação tende a superar o desvio em relação ao valor normal.


➔ É positivo quando a ação tende a aumentar o desvio relativamente ao valor normal.

Controlo hormonal

Hipotálamo - órgão nervoso e endócrino, que se liga por um pedúnculo ao lobo


posterior da hipófise. É responsável pela produção de hormonas que estimulam a hipófise.
Pelo facto do hipotálamo e a hipófise se encontrarem intimamente relacionados, formam um
complexo designado– complexo hipotálamo - hipófise.

Hipófise - é uma glândula endócrina situada na base do encéfalo, na sela turca. É


constituída por dois lobos: - o lobo anterior de natureza glandular é responsável pela
segregação de hormonas; -o lobo posterior, de natureza nervosa, responsável pela
produção e receção de estímulos nervosos.

As gonadotropinas são hormonas produzidas na hipófise (hormonas hipofisárias),


que controlam a síntese da maior parte das hormonas de natureza esteróides produzidas
nas gónadas.
As hormonas de natureza esteroide secretadas pelas gônadas podem ser
agrupadas em três grandes grupos : androgênios, estrogênios e progestinas. Tanto o
homem como a mulher produzem os três tipos de hormonas, mas em proporções distintas.

Controlo hormonal masculino

As hormonas masculinas – os androgénios, estimulam o desenvolvimento dos


caracteres sexuais primários e secundários.

O androgênio principal é a testosterona, que é produzida pelas células de Leydig


(células intersticiais).

Esta hormona estimula:


➔ o desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos;
➔ a descida, durante o desenvolvimento embrionário, dos testículos para o escroto;
➔ o aparecimento dos caracteres sexuais secundários;
➔ a espermatogénese;
➔ o crescimento e incremento da atividade da próstata, vesículas seminais e pénis.

Durante o desenvolvimento embrionário, o feto já produz testosterona, que é


responsável pelo desenvolvimento dos órgãos sexuais masculinos.

Durante a infância, os níveis de testosterona mantêm-se reduzidos não havendo,


durante esta etapa da vida masculina, qualquer alteração significativa a nível reprodutor.

Por volta dos 11 anos, a secreção de testosterona torna-se regular.

Durante a puberdade, os níveis de testosterona elevam-se, tendo como


consequência o desenvolvimento dos órgãos sexuais primários (aumento do tamanho do
pénis, dos testículos, das vesículas seminais, da próstata e dos epidídimos), o
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários (aumento da pilosidade, mudança de
voz, aumento da massa muscular e crescimento em geral) e o início da espermatogênese.

A partir da puberdade a testosterona será produzida de forma contínua, ocorrendo a


espermatogénese ininterruptamente durante toda a vida do homem.

São as hormonas gonadotrópicas, segregadas pela hipófise, que regulam o


funcionamento testicular, quer a nível da espermatogénese, quer da produção de
testosterona.
As principais hormonas gonadotrópicas são a folículo-estimulina (FSH) e a
lúteo-estimulina, ou hormona luteinizante (LH). Na puberdade, o hipotálamo produz
hormonas designadas hormonas de libertação (RH ou GnRH), que estimulam o lobo
anterior da hipófise a produzir FSH e LH .
Na puberdade, o hipotálamo
liberta GnRH, que estimula a
produção de gonadoestimulinas, FSH
e LH, pelo lobo anterior da hipófise.
Estas duas gonadoestimulinas têm
como órgãos-alvo os testículos:

A LH estimula as células de
Leydig a sintetizarem a testosterona
que, por sua vez, é responsável não
só pelo desenvolvimento e
manutenção de carateres sexuais
secundários mas também pela
estimulação da espermatogénese,
que requer existência de elevados
níveis desta hormona nos tubos
seminíferos.
A sua diminuição significativa
pode ter como consequência a
esterilidade, dado que não estimula a
formação de espermatogônias e a
segunda divisão meiótica, da qual resultam os espermatídios.

A FSH atua sobre as células dos tubos seminíferos, estimulando a


espermatogênese.
A FSH estimula a atividade das células de Sertoli na produção de uma proteína com
grande afinidade para a testosterona.
A fixação da testosterona permite obter nos túbulos seminíferos uma certa
concentração desta hormona, o que estimula a espermatogênese.

O funcionamento do complexo
hipotálamo - hipófise é regulado pela
concentração de testosterona no sangue,
através de um mecanismo de
retroalimentação ou feedback negativo.

Quando existe uma elevada


concentração de testosterona no sangue, o
hipotálamo, sob a influência desta elevada
concentração, reduz a produção de GnRH.
Por sua vez, a diminuição de GnRH inibe a
hipófise, que deixa de produzir LH e FSH.
A diminuição da concentração destas
hormonas leva à diminuição da produção de
testosterona, que levará a um novo aumento da produção de GnRH.
A produção de testosterona é ainda influenciada por estímulos nervosos que
coordenam a atividade do hipotálamo.
A produção de GnRH também é controlada por feedback negativo, determinado
pelas concentrações de LH e FSH no sangue . Estes mecanismos permitem manter as
hormonas a níveis relativamente constantes.

Controlo hormonal feminino - ciclo sexual

O ciclo sexual consiste no conjunto de fenómenos cíclicos


que acompanham a formação dos gâmetas desde a puberdade até à menopausa. Cada
ciclo sexual da mulher tem a duração média de 28 dias, duração esta que depende de
fatores como a
idade, stress, clima, estado de saúde, entre outros.
Ciclo ovárico

Cada ciclo ovárico é caracterizado pela evolução de um folículo e decorre em duas


fases separadas pela ovulação – a fase folicular e a fase luteínica. Cada ciclo demora em
média 28 dias. O ciclo seguinte começa com um novo crescimento de folículos primordiais.
Os ciclos ováricos, normalmente, ocorrem, alternadamente, em cada um dos ovários.
Fase folicular

Caracteriza-se pelo crescimento e desenvolvimento de alguns folículos primordiais


(6 a 12), dos quais apenas um, normalmente, atinge a maturação, dado que os restantes
costumam degenerar.
Durante o desenvolvimento, as células foliculares e da teca produzem estrogênio.
Esta fase, que dura cerca de 14 dias, termina com a ovulação.

Ovulação

O folículo de Graaf segrega enzimas proteolíticas que rompem a parede do ovário,


permitindo que o oócito II se liberte para a trompa de Falópio–ovulação.
A ovulação ocorre 14 dias após o início do desenvolvimento do folículo.
Caso não ocorra fecundação, o oócito II é expulso do organismo.

Fase luteínica

Esta fase caracteriza-se pela formação do corpo lúteo ou corpo amarelo, que regride
no caso de não ocorrer fecundação. Depois da ovulação, as células foliculares, que
permanecerem no folículo, continuam a proliferar, formando uma massa de tecido endócrino
- o corpo amarelo - que permanece no ovário produzindo progesterona e estrogênio. No
caso de o oócito II não ter sido fecundado o corpo amarelo regride. Esta fase dura cerca de
14 dias.

Ciclo uterino

A evolução das concentrações das hormonas ováricas induz o funcionamento cíclico


do endométrio uterino, que decorre paralelamente ao ciclo ovárico, por intermédio de uma
regulação hormonal.
Durante o ciclo uterino ocorre o desenvolvimento e a renovação parcial do
endométrio.
Durante o ciclo uterino ou menstrual ocorrem alterações ao nível do endométrio, que
ocorrem em ciclos de 28 dias e se subdividem em três fases: fase menstrual, fase
proliferativa e fase secretora.

Fase menstrual

➔ Na fase menstrual, caso não ocorra fecundação no ciclo anterior, o corpo lúteo
atrofia, deixando de secretar progesterona e estrogênio.

➔ A diminuição da concentração destas hormonas no sangue provoca a destruição


parcial do endométrio, visto que as células, devido à contração dos vasos
sanguíneos dessa estrutura, deixam de receber os nutrientes necessários e morrem.

➔ Essa destruição é consequência da baixa concentração de hormonas ováricas .

➔ A consequente rutura dos vasos sanguíneos provoca hemorragias.


➔ O sangue, juntamente com os restos da mucosa, forma um fluxo que dura cerca de
5 dias e se denomina menstruação.

Fase proliferativa

➔ Na fase proliferativa, entre o 5° e o 14° dia, ocorre uma proliferação das células do
endométrio, verificando-se o crescimento em espessura do endométrio, e o
desenvolvimento de glândulas e de vasos sanguíneos, devido ao aumento da taxa
de estrogênios que ocorre durante a fase folicular;

➔ Esta mucosa vai-se regenerando e vascularizando até atingir cerca de 6 mm de


espessura;

➔ A fase proliferativa é simultânea à fase folicular do ovário;

➔ No final desta fase (14º dia), ocorre a ovulação.

Fase secretora

➔ Na fase secretora, após a ovulação, o endométrio atinge a sua máxima espessura


(até 8mm) ; fica mais vascularizado e desenvolve glândulas que secretam um muco
rico em glicogênio;

➔ O aumento de espessura do endométrio prossegue, bem como a atividade secretora


das glândulas nele existentes, devido à ação conjunta dos estrogénios e da
progesterona produzidos durante a fase luteínica;

➔ A fase secretora é simultânea à fase luteínica do ovário.

Se não houver fecundação, ao 28º dia reinicia-se um novo ciclo, com o


aparecimento de uma nova menstruação. No caso de ter ocorrido fecundação, o endométrio
apresenta condições favoráveis ao desenvolvimento do embrião.
Controlo hormonal feminino

A reprodução é uma função associada a uma série


de estímulos sensoriais, pelo que está diretamente
dependente da ação do sistema nervoso.
Contudo, a sua regulação é efetuada através da interação
complexa de um conjunto de hormonas.
Esta regulação hormonal é bastante distinta no homem e
na mulher.

A regulação hormonal dos ciclos ovárico e uterino


ocorre de forma a que o crescimento do folículo e a
ovulação estejam sincronizados com a preparação do
endométrio para uma possível implantação de um embrião.

Esta regulação é feita por mecanismos de feedback negativo e positivo, nos quais
estão envolvidas as hormonas hipotalâmicas (GnRH), as hormonas hipofisárias (LH e FSH)
e as hormonas ováricas (estrogénio e progesterona).

O funcionamento dos ovários é regulado pelo complexo hipotálamo-hipófise, situado


na base do encéfalo, ocorrendo esse controlo a dois níveis: ao nível da hipófise anterior e
ao nível do hipotálamo.

❖ No início de cada ciclo sexual, o


hipotálamo secreta a hormona
GnRH, que induz a hipófise a
segregar gonadoestimulinas.

❖ A hipófise anterior produz duas


hormonas, chamadas
gonadoestimulinas (FSH e LH), que
vão atuar ao nível dos ovários.

➔ A foliculoestimulina (FSH)
induz o crescimento e a
maturação de folículos
ováricos e intervém na
secreção de estrogénios
(estimula a fase folicular do
ciclo ovárico).

➔ A luteoestimulina (LH) atua no folículo maduro, estimulando a sua rutura e,


portanto, a ovulação, em função do pico dessa secreção no final da fase
folicular. Estimula ainda a transformação do folículo em corpo amarelo (fase
luteínica do ciclo ovárico), o que leva à produção de progesterona além da
produção de estrogénios.
No final de cada ciclo, a diminuição da concentração das hormonas ováricas
estimula o hipotálamo.
Através da GnRH, o hipotálamo estimula a hipófise anterior que, por sua vez,
aumenta a concentração de FSH.
Esta hormona estimula, no ovário, o desenvolvimento da fase folicular. As células
foliculares (teca) passam a sintetizar estrogénios que vão estimular, no útero, o início da
fase proliferativa.

O aumento da concentração da progesterona vai provocar, ao nível do endométrio, a


transformação das glândulas tubulosas em sinuosas que, por sua vez, adquirem
capacidade secretora, produzindo um fluido constituído por muco e glicogénio, essencial
para uma possível fixação do embrião no útero (fase secretora).
Se não ocorrer fecundação o corpo amarelo atrofia e as concentrações de progesterona e
estrogénios diminuem, deixando de estimular o endométrio.
Esta ausência de estímulo hormonal causa a rutura dos vasos sanguíneos o que, por seu
turno, provoca hemorragias.
O sangue juntamente com os restos da mucosa, constituem a menstruação, que dura cerca
de 5 dias.
Uns dias antes do início da menstruação que marca o início do ciclo uterino, a
hipófise aumenta a secreção de FSH e LH.

Em consequência, alguns folículos


começam a sofrer nos ovários, ocorrendo o
aumento da produção de estrogênio.
O aumento de estrogénio durante a
fase folicular(ciclo ovárico) provoca a
regeneração do endométrio uterino (fase
proliferativa do ciclo uterino), que vai,
sucessivamente, apresentar uma maior
espessura e vascularização.

O estrogénio, através de um processo


de retroalimentação negativa, controla a
libertação de gonadoestimulinas pela hipófise
durante os primeiros 12 dias do ciclo
ovárico,em que o aumento moderado de
estrogénio diminui a produção de FSH.
A LH também estimula, posteriormente, a transformação
das células foliculares em corpo amarelo, que passa a segregar
progesterona e estrogênio entre o 15º e o 28º dia do ciclo .
Estas hormonas são essenciais para a manutenção do endométrio.

Após a ovulação, os estrogénios e a progesterona, em


conjunto, exercem uma retroação negativa sobre o complexo
hipotálamo-hipófise, o que explica a queda da taxa de FSH e de
LH.
Esta diminuição desencadeia, por sua vez, a regressão do corpo
amarelo e consequentemente, a formação de uma pequena cicatriz
na parede do ovário, a diminuição da taxa de hormonas ováricas e
o aparecimento da menstruação (desintegração do endométrio).

Na maioria das mulheres, os ciclos sexuais deixam de


ocorrer entre os 45 e os 55 anos, correspondendo a menopausa à
cessação da atividade dos ovários.
O cessar da menstruação é, em regra, um processo gradual .
Durante meses ou anos pode persistir um certo desenvolvimento folicular com oscilações
na secreção de estrogénios, até que essa atividade acaba por desaparecer com o
esgotamento dos folículos, o que provoca a diminuição dos teores de progesterona e
estrogénio.
Desse modo, deixa de ocorrer a retroação negativa das hormonas ováricas sobre o
complexo hipotálamo-hipófise, pelo que os níveis de gonadoestimulinas (GnRH, FSH e LH)
aumentam.

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