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Todos os seres vivos têm um ciclo vital compreendido entre o nascimento e a morte. A reprodução é
um processo que permite à espécie perpetuar-se e renovar-se. A fusão de gametas aciona mecanismos que
originam um indivíduo com uma nova combinação gênica, o que leva a espécie a uma maior variabilidade
genética, um fator evolutivo.
O sistema reprodutor humano é composto de vários órgãos e estruturas em cada um dos sexos.
Relaciona-se com ele, ainda, o sistema hormonal, que estimula o desenvolvimento dos órgãos sexuais, a
reprodução de gametas e o impulso sexual, além de outras funções.
Pênis
É o órgão de cópula masculino, de formato cilíndrico e erétil. Constitui-se internamente pela uretra,
veias e capilares sanguíneos modificados em tecidos esponjosos ricos em vasos sanguíneos, o corpo
cavernoso e o corpo esponjoso. Durante a excitação sexual, ocorre um acúmulo de sangue nesses tecidos,
provocando a ereção. A região anterior do pênis forma a glande (cabeça) peniana, recoberta por uma prega
protetora, denominada prepúcio.
Saco escrotal
Também denominado escroto, é uma bolsa de pele localizada abaixo do pênis, dentro da qual ficam
alojados os testículos.
Testículos
Os dois testículos são as gônadas masculinas, localizadas no interior do saco escrotal ou escroto,
onde são produzidos os espermatozoides. No interior dos testículos há pequenos tubos enovelados – os
túbulos seminíferos – dentro dos quais são produzidos os espermatozoides. Entre os túbulos seminíferos,
encontram-se células especiais denominadas células intersticiais ou de Leydig, cuja função é produzir o
hormônio sexual masculino, a testosterona.
Epidídimo
São dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozoides são armazenados.
Vesículas seminais
As vesículas seminais são duas glândulas localizadas atrás da bexiga urinária e desembocam no duto
ejaculador. Produzem uma secreção, que constitui cerca de 60% do volume total do sêmen, e é rica em
substâncias nutritivas. Uma dessas substâncias é a frutose, que serve como fonte de energia para os
movimentos da cauda do espermatozoide e facilita sua sobrevivência.
Próstata
A próstata está localizada sob a bexiga urinária do sistema reprodutor masculino. Ela produz uma
secreção clara, aquosa que neutraliza a acidez da uretra e das secreções vaginais, facilitando a movimentação
dos espermatozoides. O conjunto dos espermatozoides, do líquido seminal e do líquido prostático, constitui o
esperma ou sêmen.
Glândulas bulbouretrais
As duas glândulas bulbouretrais ou de Cowper estão localizadas sob a próstata e também
desembocam na uretra. Durante a excitação sexual, produzem um líquido, cuja função é ainda pouco
conhecida. Admite-se que essa secreção limpa o conduto uretral antes da passagem do sêmen e auxilia na
lubrificação dos órgãos sexuais durante a cópula. Pelo sêmen também são eliminados linfócitos. A presença
dessas células, contendo o vírus da Aids, explica por que a doença pode ser transmitida pelo sêmen.
1.1.2 - Ejaculação
É a eliminação do esperma ou sêmen, o que ocorre durante o orgasmo. No homem, ocorre no
momento do auge da excitação sexual. A cada ejaculação são eliminados cerca de 400 milhões de
espermatozoide em 3 a 4 ml de esperma.
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Fimose
O prepúcio é a pele que envolve a glande, deve ser puxado e
higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção
sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que
consiste principalmente em células epiteliais descamadas que
se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não
consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio,
diz-se que a pessoa tem fimose. A circuncisão, também é
chamada de postectomia.
Vulva e clitóris
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A vulva é constituída por duas pregas de pele cobertas por pelos pubianos, os grandes lábios, que
envolvem duas pregas menores e mais delicadas, os pequenos lábios, os quais protegem a abertura vaginal e
a uretra. Um pouco acima do orifício da uretra, há um pequeno órgão, o clitóris, formado pela união da parte
superior dos pequenos lábios e por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem. O clitóris possui
muitas terminações nervosas, sendo muito sensível a estímulos.
Vagina
A vagina é o órgão copulador feminino. É um canal musculoso e elástico de 8 a 15 cm de
comprimento, que comunica o útero com a vulva. É o órgão de cópula, recebendo o pênis durante o ato
sexual; também se constitui no canal do parto. A extremidade interna da vagina comunica-se com o útero por
um canal do colo uterino denominado canal cervical. O hímen é uma membrana que fecha parcialmente a
abertura da vagina e se rompe na primeira relação sexual. A parede vaginal apresenta estruturas
denominadas glândulas de Bartholin, que sob a ação de estímulos sexuais, produz substâncias que a
lubrificam, facilitando a penetração do pênis.
Útero
O útero é um órgão musculoso e oco, de tamanho e forma aproximados aos de uma pera. Sua porção
superior é alargada e está conectada às trompas ou tubas. A parede interna do útero é revestida de um tecido
muito vascularizado chamado endométrio (parede na qual a placenta irá se “enraizar”).
Tubas uterinas
As tubas uterinas são dois tubos curvos ligados ao útero. A extremidade livre de tuba é alargada e
situa-se junto a cada um dos ovários. O óvulo liberado durante a ovulação é sugado para interior de uma das
tubas, deslocando-se até o útero.
Ovários
Os dois ovários localizam-se na cavidade abdominal, um pouco acima das virilhas, um em cada lado
do corpo. Eles têm a forma de uma pequena azeitona e medem cerca de 3 cm de comprimento. É na porção
mais externa do ovário que estão localizadas as células primordiais que darão origem aos óvulos. Também
são responsáveis pela produção de hormônios femininos como estrógeno e progesterona.
1.2.1 - Ovulação
Os ovários começam a funcionar na fase embrionária. Por ocasião do nascimento existem cerca de 1
milhão de futuros óvulos em cada ovário, no interior de folículos (formação vesiculosa na superfície do
ovário, em cujo interior se desenvolve o óvulo) primários. Em cada folículo apenas uma ovogônia (célula
primordial) cresce, transformando-se em ovócito primário e iniciando a meiose (a meiose é um tipo especial
de divisão celular no qual uma célula diplóide (2n), após uma replicação do DNA, sofre duas divisões
celulares sucessivas, originando quatro células haplóides (n)).
Por ocasião da puberdade, devido à ação hormonal, a meiose continua. A cada mês alguns folículos
entram em atividade, mas em geral, apenas um completa o desenvolvimento e libera o óvulo (um ovócito
secundário), os demais regridem após alguns dias. O óvulo em formação é revestido por uma película
gelatinosa que secreta grande quantidade de líquido, que faz o folículo crescer, formando o folículo de
Graaf. A liberação do ovócito secundário (óvulo) é a ovulação. A meiose somente se completará se houver
fecundação.
O óvulo, quando não fecundado, é eliminado juntamente com a proteção formada pelo útero para a
recepção de um embrião, esse acontecimento é denominado menstruação, e, normalmente, ocorre uma vez
por mês.
O folículo rompido após a ovulação transforma-se em corpo lúteo e tem importante papel na
manutenção da gravidez. Observe a seguir o processo de ovulação e fecundação:
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O esquema abaixo também representa o processo de ovulação.
2 - MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Contracepção ou método anticoncepcional é a prevenção da gravidez e pode ser feita de várias
maneiras.
Consiste na retirada do pênis da vagina antes da ejaculação. Pouco eficiente, pois a secreção anterior
à ejaculação pode conter alguns espermatozoides.
É um protetor de látex que deve ser colocado no pênis ereto para reter o esperma ejaculado.
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A camisinha, que até a algum tempo era mais usada como método preventivo da gravidez, passou
atualmente a ter uma excepcional importância na vida sexual das pessoas como forma de evitar o contágio
pelo HIV, o vírus causador da Aids.
A camisinha é também eficiente na profilaxia de outras
doenças sexualmente transmissíveis (DST), encaradas com descuido
desde a descoberta dos antibióticos e que hoje mostram um grande
aumento de incidência em todo o mundo, caso da gonorreia
(blenorragia) e da sífilis.
Para obter proteção adequada, a camisinha deve ser usada
corretamente, desenrolada depois da ereção até prender firmemente o
anel de borracha à raiz do pênis. Deve ser retirada também com
cuidado, para evitar vazamento, e substituída a cada relação sexual.
Consiste em evitar a relação sexual no período fértil do ciclo menstrual, que consiste em três dias
antes e três dias depois da ovulação. O óvulo sobrevive até 48 horas após a ovulação e os espermatozoides
até 72 horas depois da ejaculação. Geralmente a ovulação ocorre entre o décimo e o décimo quarto dia do
ciclo menstrual, mas não existem evidências claras quanto ao exato dia da ovulação. Por isso é um método
pouco eficiente.
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não ocorre ovulação. Só deve ser usada com rigoroso acompanhamento médico, já que existem muitas
contraindicações e efeitos colaterais.
2.5 - Diafragma
É um anel com uma membrana de borracha que deve ser colocado no fundo da vagina para fechar o
colo do útero e impedir a entrada de espermatozoides. Deve ser usado com espermicida, que aumenta sua
eficiência.
2.6 - DIU
O dispositivo intrauterino (DIU) é um objeto em forma de T, de plástico revestido por fio de cobre
enrolado. É colocado pelo médico na cavidade uterina e lá libera íons de cobre que são letais para os
espermatozoides. Pode ficar no útero de uma mulher por até 5 anos, porém com rigoroso acompanhamento
médico, pois são maiores os riscos de infecções uterinas.
Existem vários modelos, observe o DIU no interior do útero.
2.7 - Esterilização
Vasectomia
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É a esterilização masculina, que é feita com o corte dos canais deferentes. Dessa forma os
espermatozoides são impedidos de chegar à uretra. Não interfere na produção de testosterona nem no
desempenho sexual. É um processo reversível.
Laqueadura Tubária
É a esterilização feminina. É feita pelo corte ou amarração das tubas uterinas. Assim o óvulo é
impedido de encontrar com os outros espermatozoides. Este processo não é reversível.
Doenças sexualmente transmissíveis (DST) são todas aquelas que podem ser transmitidas pela
relação sexual. Isso não significa que a via sexual seja sua única forma de transmissão.
Algumas doenças como a Aids e a Hepatite B também são transmitidas por transfusão de sangue
contaminado. São doenças infecciosas que podem levar à infertilidade, ao câncer e à morte.
Gonorréia
Causada pela bactéria gonococo. Nos homens causa dor e ardor na hora de urinar, além de
corrimento amarelado e purulento no pênis. As mulheres não apresentam sintomas visíveis no início, mas
podem ter infecções genitais e sintomas de que a doença atingiu órgãos mais internos como útero e tubas.
Tratável com antibióticos em dose única.
Herpes Genital
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Causado pelo herpes vírus, caracteriza-se por pequenas bolhas dolorosas na parte externa da vagina
ou no pênis, causando febre e mal-estar. Tratado com antivirais no local e por via oral.
Sífilis
Causada pela bactéria Treponema pallidum, pode ter como primeiro sintoma uma ferida nos órgãos
genitais, com ínguas na virilha, que surgem de 15 a 20 dias após a relação sexual. A ferida desaparece, e
semanas depois a doença se manifesta com febre, manchas vermelhas pelo corpo, mal-estar e gânglios
(ínguas). É diagnosticada por exames de sangue na busca de anticorpos e facilmente tratada com penicilinas.
Condiloma Acuminado
Causado pelo vírus HPV (papiloma vírus humano), provoca verrugas em torno da região genital ou
anal. Devem ser tratadas com medicação local apropriada, logo no início, pois quando se alastram muito
podem exigir uma cirurgia delicada.
Cancro Mole
É causada por um microrganismo chamado Haemophilus ducreyi. Aparecem várias feridas dolorosas
nos órgãos genitais, além de ínguas dolorosas. A inflamação dos gânglios inguinais começa 10 a 20 dias
após o aparecimento do cancro, sendo geralmente unilateral. Após o aumento do seu volume, rompe-se por
um só orifício.
Tricomoníase
Causada pelo tricomona, provoca nas mulheres um corrimento amarelo-esverdeado com mau cheiro,
dor no ato sexual, ardor e dificuldade para urinar, tanto para os homens como para as mulheres. De fácil
tratamento, com medicação oral e local.
AIDS
É uma das doenças mais comentadas e pesquisadas dos últimos anos. Mesmo com os avanços que os
especialistas vêm obtendo, ainda falta explicar muitos de seus aspectos. A Aids ainda não tem cura ou
vacina, portanto, para poder evitá-la é fundamental conhecer suas formas de transmissão ou contágio.
Antes de falar sobre a doença é necessário saber o significado do nome que ela recebe. Aids ou Sida
são siglas que significam Síndrome da Imunodeficiência Adquirida.
- Síndrome - Sinais e sintomas que se desenvolvem conjuntamente e indicam a presença de doenças.
A síndrome caracteriza-se pela aparição de várias doenças.
- Imunodeficiência - É a deficiência do sistema imunológico, responsável pela defesa do nosso
organismo contra as doenças que o atacam.
- Adquirida - É adquirida pelo contágio.
O vírus causador da aids é chamado HIV. Os vírus são organismos microscópicos (invisíveis a olho
nu) que não conseguem se reproduzir sozinhos e precisam das células de outros organismos para se
multiplicar. Quando o HIV entra no organismo humano, ele se dirige a algumas células do sistema
imunológico, dentro das quais o vírus poderá se reproduzir. O HIV ataca somente os linfócitos T,
responsáveis por detectar a forma dos microrganismos invasores e ordenar o ataque.
Se as bactérias e os vírus causadores de outras doenças não encontram defesa ou resistência por parte
do organismo, eles se instalam, dando origem a várias doenças e sintomas, tais como tuberculose, candidíase
(sapinho), sarcoma de Kaposi (um tipo de câncer) etc. São as chamadas doenças oportunistas, pois se
aproveitam da debilidade do organismo para se instalar.
Na verdade, não é a Aids que provoca a morte do indivíduo e sim uma ou várias doenças
oportunistas. A Aids mata de forma indireta.
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Soropositivo ou aidético
Nem todas as pessoas que contraem o vírus HIV chegam a desenvolver a doença. Ele pode
permanecer adormecido no organismo por meses ou até por vários anos. Isso faz com que haja uma
quantidade muito maior de soropositivos do que de aidéticos. Quando os primeiros sinais da doença
começam a aparecer, em geral os sintomas são:
- Gânglios inflamados;
- Fadiga sem motivo;
- Febres intermitentes;
- Diarreias que levam à perda de peso;
- Tosses persistentes;
- Suores noturnos.
Não se alarme se você apresenta um ou dois desses sintomas. Eles podem ter inúmeros significados e
não apresentar nenhuma relação com a Aids. Lembre-se de que a Aids é uma síndrome e, portanto, os
sintomas devem se manifestar em conjunto e de forma persistente.
Transmissão
As principais formas de transmissão da AIDS são as relações sexuais sem camisinha e o uso de
drogas injetáveis sem seringas e agulhas compartilhadas com pessoas portadoras do vírus. A pessoa que
recebe sangue através de transfusão pode contrair AIDS se o sangue estiver contaminado. O vírus pode
passar também da mãe para filho durante a gravidez, no parto ou na amamentação.
Como você pode perceber, não é difícil evitar a Aids; basta estar bem informado e adotar
comportamentos seguros. É preciso que você esteja sempre atento, pois se não tomar cuidado poderá não só
contrair o vírus como transmiti-lo a outras pessoas.
A Aids ainda não tem cura nem vacina: a prevenção é a única forma de evitá-la.
Exercícios de Fixação
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( ) A formação de gêmeos diferentes (dizigóticos) só é possível se houver a fecundação de um óvulo por
dois espermatozoides diferentes, ou seja, com materiais genéticos diferentes.
( ) Um “exame de farmácia” feito com a urina de uma mulher indicou a presença do hormônio prolactina,
o que significa que esta mulher está grávida.
5 - (UNIFESP/2007) Um homem dosou a concentração de testosterona em seu sangue e descobriu que esse
hormônio encontrava-se num nível muito abaixo do normal esperado. Imediatamente buscou ajuda médica,
pedindo a reversão da vasectomia a que se submetera havia dois anos. A vasectomia consiste no
seccionamento dos ductos deferentes presentes nos testículos. Diante disso, o pedido do homem
( ) não tem fundamento, pois a testosterona é produzida por glândulas situadas acima dos ductos, próximo
à próstata.
( ) não tem fundamento, pois o seccionamento impede unicamente o transporte dos espermatozoides dos
testículos para o pênis.
( ) tem fundamento, pois a secção dos ductos deferentes impede o transporte da testosterona dos testículos
para o restante do corpo.
( ) tem fundamento, pois a produção da testosterona ocorre nos ductos deferentes e, com seu
seccionamento, essa produção cessa.
( ) tem fundamento, pois a testosterona é produzida no epidídimo e dali é transportada pelos ductos
deferentes para o restante do corpo.
7 - O sistema genital masculino é formado por órgãos que atuam na reprodução. É nesse sistema que os
gametas masculinos, chamados de espermatozoides, são produzidos. Entre as alternativas a seguir, marque
aquela que indica o nome correto do local onde são produzidos os espermatozoides.
( ) Escroto. ( ) Epidídimo. ( ) Testículo.
( ) Pênis. ( ) Próstata.
8 - A figura a seguir representa um testículo e uma estrutura onde os espermatozoides completam sua
maturação. Marque a alternativa que indica o nome correto dessa estrutura, que está indicada pelo número 1.
9 - Sabemos que os espermatozoides não são eliminados sozinhos no momento da ejaculação. Junto a eles
são liberados líquidos nutritivos produzidos pelas:
( ) glândulas bulbouretrais, testículo e bexiga.
( ) glândulas seminais, testículo e glândulas bulbouretrais.
( ) glândulas seminais, túbulos seminíferos e próstata.
( ) glândulas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais.
( ) glândulas bulbouretrais, próstata e testículo.
10 - Entre os órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino, marque a alternativa que indica
corretamente o nome da estrutura comum ao sistema urinário e genital:
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( ) Testículo.
( ) Ducto deferente.
( ) Uretra.
( ) Ureter.
( ) Bexiga.
11 - O sistema genital feminino é composto por diversos órgãos que permitem a fecundação e a gestação de
um bebê. Observe a figura a seguir e marque a alternativa que apresenta, respectivamente, os números que
indicam os locais onde ocorre a fecundação e o desenvolvimento do feto.
( ) 1 e 2. ( ) 2 e 3. ( ) 3 e 4. ( ) 1 e 4. ( ) 1 e 3.
13 - O sistema reprodutor feminino é formado, além dos órgãos internos ao abdômen, por dois lábios
maiores, dois lábios menores, clítoris e vestíbulo vaginal. Esses órgãos, situados externamente ao corpo da
mulher, recebem o nome de:
( ) vagina. ( ) pudendo feminino - vulva ( ) sistema urinário feminino.
( ) hímen. ( ) vestíbulo feminino.
14 - As glândulas seminais estão localizadas em uma região atrás da bexiga urinária do homem e são
responsáveis pela produção de uma secreção que constitui grande parte do que chamamos de sêmen. Além
das glândulas seminais, que outras glândulas são consideradas anexas do sistema genital masculino?
( ) Epidídimo e uretra.
( ) Próstata e glândulas bulbouretrais.
( ) Glândulas bulbouretrais e bolsa escrotal.
( ) Próstata e bexiga.
( ) Pênis e glândulas bulbouretrais.
4 - EVOLUÇÃO
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Evolução é o processo através no qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao
longo do tempo, dando origem a espécies novas.
Desde cedo os homens tiveram a curiosidade de saber qual a origem da vida e também como e
porque existem hoje no planeta tantas formas de vida tão diferentes entre si.
As idéias a respeito podem ser agrupadas em duas grandes linhas de raciocínio: o FIXISMO e o
EVOLUCIONISMO.
A teoria fixista está relacionada diretamente com as explicações religiosas para a origem e
diversidade dos seres vivos. Segundo essa teoria, os seres vivos em nosso planeta teriam sido criados já com
as formas e variedades atuais, por uma ou mais forças superiores, ou seja, um ou mais deuses.
Entre os cientistas, porém, com algumas variações, aceita-se hoje a explicação evolucionista para
justificar a diversidade da vida na terra. Dentro dessa linha de raciocínio, todos os seres que existem hoje
teriam surgido de ancestrais em comum, a partir de um de um processo de evolução, ou seja, de
transformação e adaptação.
O evolucionismo ganhou impulso com as teorias de Lamarck e Charles Darwin.
A Terra originou-se a cerca de 4,6 bilhões de anos, as bactérias datam aproximadamente 3,5 bilhões
de anos.
É considerado fóssil qualquer indício da presença de organismos que viveram em tempos remotos da
Terra. As partes duras do corpo dos organismos são aquelas mais frequentemente conservadas nos processos
de fossilização, mas existem casos em que a parte mole do corpo também é preservada. Dentre estes
podemos citar os fosseis congelados, como, por exemplo, o mamute encontrado na Sibéria do norte e os
fosseis de insetos encontrados em âmbar. Neste último caso, os insetos que penetravam na resina pegajosa,
eliminada pelos pinheiros, morriam, a resina endurecia, transformando-se em âmbar, e o inseto aí contido era
preservado nos detalhes de sua estrutura.
Também são considerados fósseis impressões deixadas por organismos que viveram em eras
passadas, como, por exemplo, pegadas de animais extintos e impressões de folhas, de penas de aves extintas
e da superfície da pele dos dinossauros.
A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade de conhecermos
organismos que viveram na Terra em tempos remotos, sob condições ambientais distintas das encontradas
atualmente, e que podem fornecer indícios de parentesco com as espécies atuais. Por isso, os fósseis são
considerados importantes testemunhos da evolução.
Várias teorias evolutivas surgiram, destacando-se, entre elas, as teorias de Lamarck e de Darwin.
Atualmente, foi formulada a Teoria sintética da evolução, também denominada Neodarwinismo, que
incorpora os conceitos modernos da genética ás idéias essenciais de Darwin sobre seleção natural.
Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829), naturalista francês, foi o primeiro cientista a propor uma teoria
da evolução. Sua teoria foi publicada em 1809, em um livro denominado Filosofia zoológica. Segundo
Lamarck, o princípio evolutivo estaria baseado em duas Leis fundamentais:
Lei do uso ou desuso: supõe que o uso frequente conduz a hipertrofia de partes do organismo, e o
desuso prolongado ocasiona-lhes atrofia.
Lei da transmissão das características adquiridas: supõe que as características adquiridas pelo uso
ou perdidas pelo desuso são transmitidas de geração a geração.
Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas tornaram-
se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para evitarem molhar as penas
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durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço produzia aves com pernas mais altas, que
transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais
aves pernaltas.
A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas idéias apresentam um erro básico: as
características adquiridas não são hereditárias. Verificou-se que as alterações em células somáticas dos
indivíduos não alteram as informações genéticas contida nas células germinativas, não sendo, dessa forma,
hereditárias.
Ser filho de um atleta não garante que a pessoa terá musculatura bem desenvolvida; da mesma forma,
os filhos de uma pessoa que perdeu os braços não nascerão sem braços por esse motivo.
Os princípios básicos das idéias de Darwin podem ser resumidos do seguinte modo:
Os indivíduos da mesma espécie apresentam variações em todos os caracteres, não sendo, portanto,
idênticos entre si;
Todo organismo tem grande capacidade de reprodução, produzindo muitos descendentes, entretanto,
apenas alguns dos descendentes chegam à idade adulta;
O número de indivíduos de uma espécie é mantido constante ao longo das gerações;
Há uma grande “luta” pela vida entre os descendentes, pois apesar de nascerem muitos indivíduos
poucos atingem a maturidade, o que mantém constante o número de indivíduos pela espécie.
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Na “luta” pela vida, organismos com variações favoráveis as condições do ambiente onde vivem têm
maiores chances de sobreviver, quando comparados aos organismos com variações menos favoráveis;
Os organismos com essas variações vantajosas têm maiores chances de deixar descendentes, como há
transmissão de caracteres de pais para filhos, estes apresentam essas variações vantajosas;
Assim, ao longo das gerações, a atuação da seleção natural sobre os indivíduos mantém ou melhora
o grau de adaptação destes ao meio.
4.2.3 - Moderna teoria sintética da evolução - Neodarwinismo
A teoria sintética da evolução, também conhecida como neodarwinismo, ensina que no curso
evolutivo atuam cinco processos básicos: mutação gênica, alterações cromossômicas, recombinação
genética, seleção natural e isolamento reprodutivo.
Os três primeiros processos determinam as variações que aparecem nos organismos. A seleção
natural e isolamento reprodutivo orientam as variações dos organismos de acordo com as adaptações
necessárias à sobrevivência.
Exercícios de Fixação
1 - O autor da obra “Philosophie zoologique” (1809), propôs uma teoria evolutiva na qual, segundo ele – A
transformação das espécies ocorre porque o meio ambiente sofre alterações e os seres vivos têm que se
modificar para se adaptar às novas condições e, com o passar do tempo, essas modificações se tornariam
hereditárias. Os ancestrais da girafa, por exemplo, apresentavam pescoço curto; devido a necessidade de
alcançar as folhas das árvores cada vez mais altas, eram obrigadas a esticar o pescoço, o que teria, com o
tempo, determinado o aumento gradual de tamanho, até atingir o observado atualmente.
Esta Teoria foi proposta por:
( ) Lamarck
( ) Weismann
( ) Mendel
( ) Malthus
( ) Darwin
2 - “O ambiente afeta a forma e a organização dos animais, isto é, quando o ambiente se torna muito
diferente, produz ao longo do tempo modificações correspondentes na forma e organização dos animais…
As cobras adotaram o hábito de se arrastar no solo e se esconder na grama; de tal maneira que seus corpos,
como resultado de esforços repetidos de se alongar, adquiriram comprimento considerável…”
O trecho citado foi transcrito da obra Filosofia Zoológica de um famoso cientista evolucionista. Assinale a
alternativa que contém, respectivamente, a idéia transmitida pelo texto e o nome do seu autor.
( ) Seleção natural – Charles Darwin.
( ) Herança dos caracteres adquiridos – Jean Lamarck.
( ) Lei do transformismo – Jean Lamarck.
( ) Seleção artificial – Charles Darwin.
( ) Herança das características dominantes – Alfred Wallace.
3 - Um fenômeno bastante conhecido e usado como exemplo para ilustrar as ideias de Darwin é o melanismo
industrial. Ele se caracteriza pelo aumento da variedade de mariposas escuras da espécie Biston betularia em
algumas regiões da Inglaterra. Marque a alternativa que explica corretamente por que esse aumento ocorreu.
( ) O aumento das mariposas escuras ocorreu porque as brancas eram mais suscetíveis à poluição e isso as
levou à extinção. As escuras, por sua vez, não sofriam com os efeitos tóxicos da poluição e sobreviveram.
( ) As mariposas claras diminuíram, pois elas foram tornando-se escuras pela ação da poluição e passaram
essa característica aos seus descendentes.
( ) As mariposas claras diminuíram em razão da predação. Elas tornaram-se mais visíveis em áreas
poluídas, onde a fuligem escurecia troncos e muros. Com isso, as escuras tiveram mais chances de
sobrevivência e, consequentemente, de reproduzir-se.
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( ) O número maior de mariposas escuras é explicado pelo fato de que a poluição escureceu a asa desses
animais.
4 - Um dos pontos principais do darwinismo diz respeito à seleção natural. Segundo o conceito da seleção
natural, é incorreto afirmar que:
( ) Organismos mais aptos possuem maior probabilidade de chegar à fase adulta e reproduzir-se.
( ) O meio ambiente exerce uma força seletiva sobre as espécies.
( ) No processo de seleção natural, organismos que possuem características desvantajosas com o tempo
diminuem em número.
( ) Na seleção natural percebemos que o organismo mais forte sempre é o selecionado.
5 - É comum ouvirmos pessoas falando erroneamente que Darwin afirmou que o homem veio do macaco.
Diferentemente do que muitos dizem, Darwin apenas explicou que em algum momento no passado todos nós
compartilhamos um ancestral. Baseando-se nessa afirmação e nos seus conhecimentos sobre o darwinismo,
marque a alternativa que indica corretamente duas ideias centrais da teoria evolucionista proposta por
Darwin.
( ) Lei do uso e desuso e lei da herança dos caracteres adquiridos.
( ) Seleção natural e fluxo gênico;
( ) Ancestralidade comum e seleção natural.
( ) Seleção natural e lei da herança dos caracteres adquiridos.
( ) Ancestralidade comum e lei do uso e desuso.
6 - (Fuvest-SP) Uma ideia comum às teorias da evolução propostas por Darwin e por Lamarck é que a
adaptação resulta:
( ) do sucesso reprodutivo diferencial.
( ) de uso e desuso de estruturas anatômicas.
( ) da interação entre os organismos e seus ambientes.
( ) da manutenção das melhores combinações gênicas.
( ) de mutações gênicas induzidas pelo ambiente.
7 - (Uece) Chega ao Brasil a exposição que abre as comemorações dos 200 anos de nascimento do cientista
que explicou como a vida evolui na Terra. Ele se tornou um herói da racionalidade.
(Veja, 9 de maio de 2007.)
O cientista citado na manchete é Charles Darwin, responsável por mudar a visão sobre as questões
relacionadas à origem e às transformações que ocorrem no mundo vivo. Identifique, nas alternativas abaixo,
aquela que não corresponde às ideias difundidas por Darwin:
( ) A escolha de parceiros reprodutivos fortes e competitivos é determinada pela necessidade de garantir a
proteção e a sobrevivência da prole.
( ) A competição entre espécies iguais ou diferentes é consequência do número elevado de indivíduos em
uma situação em que os recursos naturais são escassos.
( ) A seleção natural determina a sobrevivência dos indivíduos mais adaptados ao meio e estes indivíduos
possuem mais chances de deixar seus descendentes.
( ) Características morfológicas, resultantes da utilização constante de determinadas partes do corpo,
desenvolvem-se e são transmitidas aos descendentes, acentuando-se ao longo de gerações.
5 - GENÉTICA
Desde os tempos mais remotos o homem tomou consciência da importância do macho e da fêmea na
geração de seres da mesma espécie, e que características como altura, cor da pele etc. eram transmitidas dos
pais para os descendentes.
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5.1 - Mendel, o iniciador da genética
Gregor Mendel nasceu em 1822, na Áustria. Após ter sido ordenado monge, em 1847, Mendel
ingressou na Universidade de Viena, onde estudou matemática e ciências por dois anos.
Entre 1856 e 1865, realizou uma série de experimentos com ervilhas, com o objetivo de entender
como as características hereditárias eram transmitidas de pais para filhos.
Em 8 de março de 1865, Mendel apresentou um trabalho à Sociedade de História Natural de Brünn,
no qual enunciava as suas leis de hereditariedade, deduzidas das experiências com as ervilhas. Publicado em
1866, com data de 1865, esse trabalho permaneceu praticamente desconhecido do mundo científico até o
início do século XX. Pelo que se sabe, poucos leram a publicação, e os que leram não conseguiram
compreender sua enorme importância para a Biologia. As leis de Mendel foram redescobertas apenas em
1900, por três pesquisadores que trabalhavam independentemente
Os trabalhos administrativos do mosteiro o impediam de se dedicar exclusivamente à ciência, e o
monge se sentia frustrado por não ter obtido qualquer reconhecimento público pela sua importante
descoberta. Hoje Mendel é tido como uma das figuras mais importantes no mundo científico, sendo
considerado o “pai” da Genética. No mosteiro onde viveu existe um monumento em sua homenagem, e os
jardins onde foram realizados os célebres experimentos com ervilhas até hoje são conservados.
5.2 - Os experimentos de Mendel
A escolha da planta
A ervilha é uma planta herbácea leguminosa que pertence ao mesmo grupo do feijão e da soja. Na
reprodução, surgem vagens contendo sementes, as ervilhas. Sua escolha como material de experiência não
foi casual: uma planta fácil de cultivar, de ciclo reprodutivo curto e que produz muitas sementes. Desde os
tempos de Mendel existiam muitas variedades disponíveis, dotadas de características de fácil comparação.
Por exemplo, a variedade que produzia flores púrpuras podia ser comparada com a que produzia
flores brancas; a que produzia sementes lisas poderia ser comparada com a que produzia sementes rugosas, e
assim por diante.
A partir da autopolinização, Mendel produziu e separou diversas linhagens puras de ervilhas para as
características que ele pretendia estudar. Por exemplo, para cor de flor, plantas de flores de cor de púrpura
sempre produziam como descendentes plantas de flores púrpuras, o mesmo ocorrendo com o cruzamento de
plantas cujas flores eram brancas. Mendel estudou sete características nas plantas de ervilhas: cor da flor,
posição da flor no caule, cor da semente, aspecto externo da semente, forma da vagem, cor da vagem e altura
da planta.
5.3 - Os cruzamentos
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Depois de obter linhagens puras, Mendel efetuou um cruzamento diferente. Cortou os estames de
uma flor proveniente de semente verde e depois depositou, nos estigmas dessa flor, pólen de uma planta
proveniente de semente amarela. Efetuou, então, artificialmente, uma polinização cruzada: pólen de uma
planta que produzia apenas semente amarela foi depositado no estigma de outra planta que só produzia
semente verde, ou seja, cruzou duas plantas puras entre si. Essas duas plantas foram consideradas como
a geração parental (P), isto é, a dos genitores.
Mendel verificou que todas as sementes originadas desses cruzamentos
eram amarelas – a cor verde havia aparentemente “desaparecido” nos
descendentes híbridos (resultantes do cruzamento das plantas), que Mendel
chamou de F1(primeira geração filial). Concluiu, então, que a cor amarela
“dominava” a cor verde. Chamou o caráter cor amarela da semente de
dominante e o verde de recessivo.
A seguir, Mendel fez germinar as sementes obtidas em F1 até surgirem
as plantas e as flores. Deixou que se autofertilizassem e aí houve a surpresa: a
cor verde das sementes reapareceu na F2 (segunda geração filial), só eu em
proporção menor que as de cor amarela: surgiram 6.022 sementes amarelas
para 2.001 verdes, o que conduzia a proporção 3:1. Concluiu que na verdade, a
cor verde das sementes não havia “desaparecido” nas sementes da geração F1.
O que ocorreu é que ela não tinha se manifestado, uma vez que, sendo
uma caráter recessivo, era apenas “dominado” (nas palavras de Mendel) pela
cor amarela. Mendel concluiu que a cor das sementes era determinada por dois
fatores, cada um determinando o surgimento de uma cor, amarela ou verde.
Era necessário definir uma simbologia para representar esses fatores: escolheu a inicial do caráter
recessivo. Assim, a letra v (inicial de verde), minúscula, simbolizava o fator recessivo. Assim, a letra v
(inicial de verde), minúscula, simbolizava o fator recessivo – para cor verse – e a letra V, maiúscula, o fator
dominante – para cor amarela.
VV vv Vv
Semente amarela Semente verde Semente amarela
pura pura híbrida
Persistia, porém, uma dúvida: Como explicar o desaparecimento da cor verde na geração F1 e o seu
reaparecimento na geração F2?
A resposta surgiu a partir do conhecimento de que cada um dos fatores se separava durante a
formação das células reprodutoras, os gametas. Dessa forma, podemos entender como o material hereditário
passa de uma geração para a outra. Acompanhe nos esquemas abaixo os procedimentos adorados por Mendel
com relação ao caráter cor da semente em ervilhas.
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Resultado: em F2, para cada três sementes amarelas, Mendel obteve uma semente de cor verde. Repetindo o
procedimento para outras seis características estudadas nas plantas de ervilha, sempre eram obtidos os
mesmos resultados em F2, ou seja a proporção de três expressões dominantes para uma recessiva.
5.4 - 1ª Lei de Mendel: Lei da Segregação dos Fatores
Genótipo
O termo “genótipo” (do grego genos, originar, provir, e typos, característica) refere-se à constituição
genética do indivíduo, ou seja, aos genes que ele possui. Estamos nos referindo ao genótipo quando dizemos,
por exemplo, que uma planta de ervilha é homozigota dominante (VV) ou heterozigota (Vv) em relação à
cor da semente.
Fenótipo
O termo “fenótipo” é empregado para designar as características apresentadas por um indivíduo,
sejam elas morfológicas, fisiológicas e comportamentais.
Entre as características fenotípicas visíveis, podemos citar a cor de uma flor, a cor dos olhos de uma
pessoa, a textura do cabelo, a cor do pelo de um animal, etc. Já o tipo sanguíneo e a sequência de
aminoácidos de uma proteína são características fenotípicas revelada apenas mediante testes especiais.
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O fenótipo resulta da interação do genótipo com o ambiente. Consideremos, por exemplo, duas
pessoas que tenham os mesmos tipos de alelos para pigmentação da pele; se uma delas toma sol com mais
frequência que a outra, suas tonalidades de pele, fenótipo, são diferentes.
Um exemplo interessante de interação entre genótipo e ambiente na produção do fenótipo é a reação
dos coelhos da raça himalaia à temperatura. Em temperaturas baixas, os pelos crescem pretos e, em
temperaturas altas, crescem brancos. A pelagem normal desses coelhos é branca, menos nas extremidades do
corpo (focinho, orelha, rabo e patas), que, por perderem mais calor e apresentarem temperatura mais baixa,
desenvolvem pelagem preta.
Determinando o genótipo
Enquanto que o fenótipo de um indivíduo pode ser observado diretamente, mesmo que seja através
de instrumentos, o genótipo tem que ser inferido através da observação do fenótipo, da análise de seus pais,
filhos e de outros parentes ou ainda pelo sequenciamento do genoma do indivíduo, ou seja, leitura do que
está nos genes. A técnica do sequenciamento, não é amplamente utilizada, devido ao seu alto custo e pela
necessidade de aparelhagem especializada. Por esse motivo a observação do fenótipo e análise dos parentes
ainda é o recurso mais utilizado para se conhecer o genótipo.
Quando um indivíduo apresenta o fenótipo condicionado pelo alelo recessivo, conclui-se que ele é
homozigoto quanto ao alelo em questão. Por exemplo, uma semente de ervilha verde é sempre homozigota
vv. Já um indivíduo que apresenta o fenótipo condicionado pelo alelo dominante poderá ser homozigoto ou
heterozigoto. Uma semente de ervilha amarela, por exemplo, pode ter genótipo VV ou Vv. Nesse caso, o
genótipo do indivíduo só poderá ser determinado pela análise de seus pais e de seus descendentes.
Caso o indivíduo com fenótipo dominante seja filho de pai com fenótipo recessivo, ele certamente
será heterozigoto, pois herdou do pai um alelo recessivo. Entretanto, se ambos os pais têm fenótipo
dominante, nada se pode afirmar. Será necessário analisar a descendência do indivíduo em estudo: se algum
filho exibir o fenótipo recessivo, isso indica que ele é heterozigoto.
Cruzamento-teste
Este cruzamento é feito com um indivíduo homozigótico recessivo para o
fator que se pretende estudar, que facilmente se identifica pelo seu fenótipo e um
outro de genótipo conhecido ou não. Por exemplo, se cruzarmos um macho
desconhecido com uma fêmea recessiva podemos determinar se o macho é
portador daquele caráter recessivo ou se é puro. Caso este seja puro todos os filhos
serão como ele, se for portador 25% serão brancos, etc. Esta explicação é muito
básica, pois geralmente é preciso um pouco mais do que este único cruzamento.
A limitação destes cruzamentos está no fato de não permitirem identificar
portadores de alelos múltiplos para a mesma característica, ou seja, podem existir
em alguns casos mais do que dois alelos para o mesmo gene e o efeito da sua
combinação variar. Além disso, podemos estar cruzando um fator para o qual o
macho ou fêmea teste não são portadores, mas sim de outros alelos.
No caso da espécie humana, em que não se pode realizar experiências com cruzamentos dirigidos, a
determinação do padrão de herança das características depende de um levantamento do histórico das famílias
em que certas características aparecem. Isso permite ao geneticista saber se uma dada característica é ou não
hereditária e de que modo ela é herdada. Esse levantamento é feito na forma de uma representação gráfica
denominada heredograma (do latim heredium, herança), também conhecida como genealogia ou árvore
genealógica.
Construir um heredograma consiste em representar, usando símbolos, as relações de parentesco entre
os indivíduos de uma família. Cada indivíduo é representado por um símbolo que indica as suas
características particulares e sua relação de parentesco com os demais.
Indivíduos do sexo masculino são representados por um quadrado, e os do sexo feminino, por um
círculo. O casamento, no sentido biológico de procriação, é indicado por um traço horizontal que une os dois
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membros do casal. Os filhos de um casamento são representados por traços verticais unidos ao traço
horizontal do casal.
Os principais símbolos são os seguintes:
1ª) Em cada casal, o homem deve ser colocado à esquerda, e a mulher à direita, sempre que for possível.
2ª) Os filhos devem ser colocados em ordem de nascimento, da esquerda para a direita.
3ª) Cada geração que se sucede é indicada por algarismos romanos (I, II, III, etc.). Dentro de cada geração,
os indivíduos são indicados por algarismos arábicos, da esquerda para a direita. Outra possibilidade é se
indicar todos os indivíduos de um heredograma por algarismos arábicos, começando-se pelo primeiro da
esquerda, da primeira geração.
A análise dos heredogramas pode permitir se determinar o padrão de herança de uma certa
característica (se é autossômica, se é dominante ou recessiva, etc.). Permite, ainda, descobrir o genótipo das
pessoas envolvidas, se não de todas, pelo menos de parte delas. Quando um dos membros de uma genealogia
manifesta um fenótipo dominante, e não conseguimos determinar se ele é homozigoto dominante ou
heterozigoto, habitualmente o seu genótipo é indicado como A_, B_ou C_, por exemplo.
A primeira informação que se procura obter, na análise de um heredograma, é se o caráter em questão
é condicionado por um gene dominante ou recessivo. Para isso, devemos procurar, no heredograma, casais
que são fenotipicamente iguais e tiveram um ou mais filhos diferentes deles. Se a característica permaneceu
oculta no casal, e se manifestou no filho, só pode ser determinada por um gene recessivo. Pais
fenotipicamente iguais, com um filho diferente deles, indicam que o caráter presente no filho é recessivo!
Uma vez que se descobriu qual é o gene dominante e qual é o recessivo, vamos agora localizar os
homozigotos recessivos, porque todos eles manifestam o caráter recessivo. Depois disso, podemos começar a
descobrir os genótipos das outras pessoas. Devemos nos lembrar de duas coisas:
1ª) Em um par de genes alelos, um veio do pai e o outro veio da mãe. Se um indivíduo é homozigoto
recessivo, ele deve ter recebido um gene recessivo de cada ancestral.
2ª) Se um indivíduo é homozigoto recessivo, ele envia o gene recessivo para todos os seus filhos. Dessa
forma, como em um “quebra-cabeças”, os outros genótipos vão sendo descobertos. Todos os genótipos
devem ser indicados, mesmo que na sua forma parcial (A_, por exemplo).
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5.6 - Dominância incompleta ou Codominância
Nem todas as características são herdadas como a cor da semente da ervilha, em que o gene para a
cor amarela domina sobre o gene para cor verde. Muito frequentemente a combinação dos genes alelos
diferentes produz um fenótipo intermediário. Essa situação ilustra a chamada dominância incompleta ou
parcial. Um exemplo desse tipo de herança é a cor das flores maravilha. Elas podem ser vermelhas, brancas
ou rosas. Plantas que produzem flores cor-de-rosa são heterozigotas, enquanto os outros dois fenótipos são
devidos à condição homozigota. Supondo que o gene V determine a cor vermelha e o gene B, cor branca,
teríamos:
VV = flor vermelha BB = flor branca VB = flor cor-de-rosa
Apesar de anteriormente usarmos letras maiúsculas para indicar, respectivamente, os genes
dominantes e recessivos, quando se trata de dominância incompleta muitos autores preferem utilizar apenas
diferentes letras maiúsculas.
Fazendo o cruzamento de uma planta de maravilha que produz flores vermelhas com outra que
produz flores brancas e analisando os resultados fenotípicos da geração F1e F2, teríamos:
Probabilidade é a chance que um evento tem de ocorrer, entre dois ou mais eventos possíveis. Por
exemplo, ao lançarmos uma moeda, qual a chance dela cair com a face “cara” voltada para cima? E em um
baralho de 52 cartas, qual a chance de ser sorteada uma carta do naipe ouros?
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A probabilidade de sortear uma carta de espadas de um baralho de 52 cartas é de ¼
A probabilidade de sortear um rei qualquer de um baralho de 52 cartas é de 1/13.
A probabilidade de sortear o rei de espadas de um baralho de 52 cartas é de 1/52.
A formação de um determinado tipo de gameta, com um outro alelo de um par de genes, também é
um evento aleatório. Um indivíduo heterozigoto Aa tem a mesma probabilidade de formar gametas
portadores do alelo A do que de formar gametas com o alelo a (1/2 A: 1/2 a).
Quando a ocorrência de um evento não afeta a probabilidade de ocorrência de um outro, fala-se em
eventos independentes. O nascimento de uma criança com um determinado fenótipo é um evento
independente em relação ao nascimento de outros filhos do mesmo casal. Por exemplo, imagine um casal
que já teve dois filhos homens; qual a probabilidade que uma terceira criança seja do sexo feminino? Uma
vez que a formação de cada filho é um evento independente, a chance de nascer uma menina, supondo que
homens e mulheres nasçam com a mesma frequência, é 1/2 ou 50%, como em qualquer nascimento.
O sexo de uma pessoa é determinado por um par de cromossomos chamados cromossomos sexuais.
Genes situados nesses cromossomos determinam se o embrião vai desenvolver testículos ou ovários. Os
testículos e os ovários, por sua vez, fabricam hormônios masculinos e femininos, respectivamente, que
controlam diversas características sexuais do homem e da mulher.
As mulheres apresentam dois cromossomos sexuais,
chamados cromossomos X. Já o homem apresenta um
cromossomo X e um cromossomo Y, este com tamanho bem
menor que o cromossomo X.
Os óvulos que as garotas começam a produzir na
puberdade contêm, todos eles, um cromossomo X. Já a
metade dos espermatozoides produzidos pelo garoto terá um
cromossomo X, enquanto a outra metade será portadora do
cromossomo Y.
Agora veja o que pode acontecer na fecundação:
o óvulo é fecundado por um espermatozoide X — a
célula-ovo dará origem a uma menina (XX):
o óvulo é fecundado por um espermatozoide Y — a
célula-ovo dará origem a um menino (XV).
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A herança dos tipos sanguíneos do sistema ABO constitui um exemplo de alelos múltiplos na espécie
humana.
Por volta de 1900, o médico austríaco Karl Landsteiner (1868 – 1943) verificou que, quando
amostras de sangue de determinadas pessoas eram misturadas, as hemácias se juntavam, formando
aglomerados semelhantes a coágulos. Landsteiner concluiu que determinadas pessoas têm sangues
incompatíveis, e, de fato, as pesquisas posteriores revelaram a existência de diversos tipos sanguíneos, nos
diferentes indivíduos da população.
Quando, em uma transfusão, uma pessoa recebe um tipo de sangue incompatível com o seu, as
hemácias transferidas vão se aglutinando assim que penetram na circulação, formando aglomerados
compactos que podem obstruir os capilares, prejudicando a circulação do sangue.
Aglutinogênios e aglutininas
No sistema ABO existem quatro tipos de sangues: A, B, AB e O. Esses tipos são caracterizados pela
presença ou não de certas substâncias na membrana das hemácias, os aglutinogênios, e pela presença ou
ausência de outras substâncias, as aglutininas, no plasma sanguíneo.
Existem dois tipos de aglutinogênio, A e B, e dois tipos de aglutinina,
anti-A e anti-B. Pessoas do grupo A possuem aglutinogênio A, nas
hemácias e aglutinina anti-B no plasma; as do grupo B têm
aglutinogênio B nas hemácias e aglutinina anti-A no plasma; pessoas do
grupo AB têm aglutinogênios A e B nas hemácias e nenhuma aglutinina
no plasma; e pessoas do grupo O não tem aglutinogênios na hemácias,
mas possuem as duas aglutininas, anti-A e anti-B, no plasma.
A partir desses conhecimentos fica claro que se uma pessoa do tipo sanguíneo A recebe sangue tipo
B as hemácias contidas no sangue doado seriam aglutinadas pelas aglutininas anti-B do receptor e vice-
versa.
Um terceiro sistema de grupos sanguíneos foi descoberto a partir dos experimentos desenvolvidos
por Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero Rhesus. Esses pesquisadores
verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco em cobaias, havia produção de anticorpos para
combater as hemácias introduzidas. Ao centrifugar o sangue das cobaias obteve-se o soro que continha
anticorpos anti-Rh e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As conclusões daí obtidas
levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh (Rhesus), que existia nesta
espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto, estimulavam a produção anticorpos,
denominados anti-Rh.
Há neste momento uma inferência evolutiva: se as proteínas que existem nas hemácias de vários
animais podem se assemelhar isto pode ser um indício de evolução. Na espécie humana, por exemplo, temos
vários tipos de sistemas sanguíneos e que podem ser observados em outras espécies principalmente de
macacos superiores.
Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou que, ao misturar
gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca de 85% dos indivíduos apresentavam
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aglutinação (e pertenciam a raça branca) e 15% não apresentavam. Definiu-se, assim, “o grupo sanguíneo
Rh+” ( apresentavam o antígeno Rh), e “o grupo Rh-” ( não apresentavam o antígeno Rh).
No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh. O anticorpo, no entanto, pode ser formado
se uma pessoa do grupo Rh-, recebe sangue de uma pessoa do grupo Rh +. Esse problema nas transfusões de
sangue não são tão graves, a não ser que as transfusões ocorram repetidas vezes.
A Herança do Sistema Rh
Três pares de genes estão envolvidos na herança do fator Rh, tratando-se portanto, de casos de alelos
múltiplos.
Para simplificar, no entanto, considera-se o envolvimento de apenas um desses pares na produção do
fator Rh, motivo pelo qual passa a ser considerado um caso de herança mendeliana simples. O gene R,
dominante, determina a presença do fator Rh, enquanto o gene r, recessivo, condiciona a ausência do
referido fator.
Fenótipos Genótipos
Rh+ RR ou Rr
Rh -
rr
Doença hemolítica do recém-nascido ou eritroblastose fetal
Uma doença provocada pelo fator Rh é a eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido,
caracterizada pela destruição das hemácias do feto ou do recém-nascido. As consequências desta doença são
graves, podendo levar a criança à morte.
Durante a gestação ocorre passagem, através da placenta, apenas de plasma da mãe para o filho e
vice-versa devido à chamada barreira hemato-placentária. Pode ocorrer, entretanto, acidentes vasculares na
placenta, o que permite a passagem de hemácias do feto para a circulação materna. Nos casos em que o feto
possui sangue fator Rh positivo os antígenos existentes em suas hemácias estimularão o sistema imune
materno a produzir anticorpos anti-Rh que ficarão no plasma materno e podem, por serem da classe IgG,
passar pela BHP provocando lise nas hemácias fetais. A produção de anticorpos obedece a uma cascata de
eventos e por isto a produção de anticorpos é lenta e a quantidade pequena num primeiro. A partir da
segunda gestação, ou após a sensibilização por transfusão sanguínea, se o filho é Rh+ novamente, o
organismo materno já conterá anticorpos para aquele antígeno e o feto poderá desenvolver eritroblastose
fetal.
O diagnóstico pode ser feito pela tipagem sanguínea da mãe e do pai precocemente e durante a
gestação o teste de Coombs que utiliza anti-anticorpo humano pode detectar se esta havendo a produção de
anticorpos pela mãe e providências podem ser tomadas. Uma transfusão, recebendo sangue Rh -, pode ser
feita até mesmo intra-útero. O sangue Rh- não possui hemácias com fator Rh e não podem ser reconhecidas
como estranhas e destruídas pelos anticorpos recebidos da mãe. Após cerca de 120 dias, as hemácias serão
substituídas por outras produzidas pelo próprio indivíduo. O sangue novamente será do tipo Rh +, mas o feto
já não correrá mais perigo.
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Após o nascimento da criança toma-se medida profilática injetando, na mãe Rh-, soro contendo anti-
Rh. A aplicação logo após o parto, destrói as hemácias fetais que possam ter passado pela placenta no
nascimento ou antes. Evita-se, assim, a produção de anticorpos “zerando o placar de contagem”. Cada vez
que um concepto nascer e for Rh+ deve-se fazer nova aplicação, pois novos anticorpos serão formados.
Os sintomas no recém-nascido que podem ser observados são anemia (devida à destruição de
hemácias pelos anticorpos), icterícia (a destruição de hemácias aumentada levará a produção maior de
bilirrubina indireta que não pode ser convertida no fígado), e após sua persistência o aparecimento de uma
doença chamada Kernicterus que corresponde ao depósito de bilirrubina nos núcleos da base cerebrais o que
gerará retardo no RN.
Exercícios de Fixação
1 - (UNESP) Uma mulher com útero infantil, Rh+ homozigota, casa-se com um homem Rh-. Impedida de
ter filhos, o casal decide ter um “bebê de proveta” e contrata uma “mãe de aluguel” para receber em seu
útero o zigoto formado por aquele casal. O que o casal não sabia é que a “mãe de aluguel” tivera três filhos,
e que o último apresentara a doença hemolítica do recém-nascido. A probabilidade de o “bebê de proveta”
nascer com a doença hemolítica do recém-nascido é:
( ) mínima, visto que seu pai é Rh-.
( ) mínima, visto que sua mãe genética é Rh+.
( ) alta, já que o “bebê de proveta”, com absoluta certeza, será Rh+.
( ) nula, visto que a doença hemolítica do recém-nascido só ocorre quando a mãe é Rh- e o pai Rh+.
( ) alta, pois a “mãe de aluguel” é Rh+.
2 - Uma mulher pretende ter um filho e teme que seu filho tenha a doença hemolítica do recém-nascido. Essa
mulher fez os exames necessários para descobrir qual seu tipo sanguíneo e descobriu que era O+. Qual a
probabilidade do filho dessa mulher ter a doença?
( ) A probabilidade dependerá do fator Rh do pai da criança.
( ) 50% de chance de ter a doença, pois a mulher é Rh positiva.
( ) Nenhuma, pois o sangue dessa mulher é O, o que impossibilita a doença.
( ) Nenhuma, pois a eritroblastose fetal só ocorre em mulheres com Rh-.
( ) 100% de chance de ter a doença, pois a mulher é Rh positiva.
3 - (UEL) Os tipos sanguíneos do sistema ABO de três casais e três crianças são mostrados a seguir.
CASAIS CRIANÇAS
I. AB X AB a. A
II. B x B b. O
III. A X O c. AB
Sabendo-se que cada criança é filha de um dos casais, a alternativa que associa corretamente cada casal a seu
filho é:
( ) I-a; II-b; III-c; ( ) I-a; II-c; III-b; ( ) I-b; II-a; III-c;
( ) I-c; II-a; III-b; ( ) I-c; II-b; III-a
4 - Assinale a afirmativa incorreta:
( ) Pessoas pertencentes ao grupo sanguíneo B possuem aglutinogênios B em suas hemácias e aglutinina
anti-A em seu plasma sanguíneo.
( ) Pessoas do grupo sanguíneo AB podem ser chamadas de receptores universais por não apresentarem
nenhum tipo de aglutininas em seu plasma sanguíneo.
( ) Pessoas do grupo sanguíneo do tipo B podem doar sangue para pessoas com os tipos sanguíneos do tipo
B e AB e podem receber de B e O.
( ) Pessoas do tipo sanguíneo do tipo O apresentam aglutinogênios do tipo anti-A e anti-B e por isso são
chamados de doadores universais.
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5 - (CESESP-PE) O gene para albinismo somente se expressa quando está em par, e situa-se no mesmo locus
de cromossomos que possuem cargas genéticas semelhantes, sendo a cor de pele, o caráter normal,
transmitida por um gene que se expressa, mesmo em dose simples. De acordo com as palavras grifadas,
assinale o conceito que lhe parece correto, respectivamente:
( ) homólogos, alelos, recessivos, dominantes ( ) alelos, recessivos, alelos, homólogos
( ) recessivos, dominantes, alelos, homólogos ( ) recessivos, alelos, dominantes, homólogos
( ) recessivos, alelos, homólogos, dominantes
6 - (CESESP-PE) A Marabilis jalapa, uma flor vulgarmente conhecida por "maravilha", apresenta plantas
com flores vermelhas e plantas com flores brancas. Cruzadas entre si, a geração F1 dará flores de coloração
rósea. Intercruzando-se elementos dessa geração, na geração F2 aparecerão flores brancas, rosadas, e
vermelhas, na proporção de 1:2:1, respectivamente. De acordo com o enunciado, você pode concluir que se
trata de um caso de:
( ) polimeria ( ) interação gênica ( ) pleiotropia
( ) recessividade ( ) codominância
7 - (FUC-MT) Cruzando-se ervilhas verdes vv com ervilhas amarelas Vv, os descendentes serão:
( ) 100% vv, verdes;
( ) 100% VV, amarelas;
( ) 50% Vv, amarelas; 50% vv, verdes;
( ) 25% Vv, amarelas; 50% vv, verdes; 25% VV, amarelas;
( ) 25% vv, verdes; 50% Vv, amarelas; 25% VV, verdes.
8 - Tendo em vista que a miopia é considerada uma doença recessiva, determine a probabilidade de nascer
uma criança míope de um casal normal, heterozigoto para miopia.
( )¾ ( )½ ( )1 ( )¼
Mendel concluiu que a segregação independente dos fatores para duas ou mais características era um
princípio geral, constituindo uma segunda lei da herança. Assim, ele denominou esse princípio segunda lei
da herança ou lei da segregação independente, posteriormente chamada segunda lei de Mendel:
Os fatores para duas ou mais características segregam-se no híbrido,
distribuindo-se independentemente para os gametas, onde se combinam ao
acaso.
Veja:
9/16 amarelo-lisas
3/16 amarelo-rugosas
3/16 verde-lisas
1/16 verde-rugosas
Ao estudar 3 pares de características simultaneamente, Mendel verificou que a distribuição dos tipos
de indivíduos em F2 seguia a proporção de 27: 9: 9: 9: 3: 3: 3: 1. Isso indica que os genes para as 3
características consideradas segregam-se independentemente nos indivíduos F1, originando 8 tipos de
gametas.
Em um dos seus experimentos, Mendel considerou simultaneamente a cor (amarela ou verde), a
textura da casca (lisa ou rugosa) e a cor da casca da semente (cinza ou branca).
O cruzamento entre uma planta originada de semente homozigota dominante para as três
características (amarelo-liso-cinza) e uma planta originada de semente com traços recessivos (verde-rugosa-
branca) produz apenas ervilhas com fenótipo dominante, amarelas, lisas e cinza. Esses indivíduos são
heterozigotos para os três pares de genes (VvRrBb). A segregação independente desses três pares de alelos,
nas plantas da geração F1, leva à formação de 8 tipos de gametas.
Os gametas produzidos pelas plantas F1 se combinam de 64 maneiras possíveis (8 tipos maternos X 8
tipos paternos), originando 8 tipos de fenótipos.
ii) Como desejamos considerar as duas características simultaneamente, vamos calcular a probabilidade de
obtermos sementes amarelas e lisas, já que se trata de eventos independentes. Assim,
32
sementes amarelas E sementes lisas
Exercícios de Fixação
1 - A Segunda Lei de Mendel, também chamada de lei da segregação independente, diz que os fatores para
duas ou mais características segregam-se de maneira independente, distribuindo-se para os gametas e
recombinando-se ao acaso. De acordo com essa lei, podemos concluir que um indivíduo de genótipo BBCc
terá gametas:
( ) B, C e c. ( ) BB e Cc.
( ) BC e Bc. ( ) BB, BC, Bc e Cc.
2 - Imagine que uma mulher com olhos escuros e visão normal (CcMm) case-se com um homem de olhos
claros e míope (ccmm). Sabendo que os olhos escuros e a visão normal são determinados por genes
dominantes (C e M), marque a alternativa que indica a probabilidade de nascer uma criança de olhos claros e
visão normal.
( )½
( ) 1/3
( )¼
( ) 1/5
( ) 1/6
3 - (UFC-CE) Um homem albino com sangue tipo AB casou-se com uma mulher normal também com
sangue tipo AB. O casal pretende ter filhos. Qual a probabilidade de nascer uma criança albina do sexo
masculino e com tipo sanguíneo AB, sabendo-se que a mãe é normal heterozigótica para albinismo?
( ) 1/8.
( ) 1/4.
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( ) 1/2.
( ) 1/12.
( ) 1/16.
4 - (Mack-2007) Suponha que, em uma planta, os genes que determinam bordas lisas das folhas e flores com
pétalas lisas sejam dominantes em relação a seus alelos que condicionam, respectivamente, bordas
serrilhadas e pétalas manchadas. Uma planta diíbrida foi cruzada com uma de folhas serrilhadas e de pétalas
lisas, heterozigota para esta característica.
Foram obtidas 320 sementes. Supondo que todas germinem, o número de plantas, com ambos os caracteres
dominantes, será de:
( ) 120.
( ) 160.
( ) 320.
( ) 80.
( ) 200
2 - (Fgv) - Trata-se de um líquido constituinte do esperma que apresenta aspecto leitoso e é alcalino,
contribui para neutralizar a acidez das secreções vaginais além de promover um aumento da motilidade dos
espermatozoides. Esse líquido é produzido:
( ) pelo epidídimo. ( ) pelo testículo.
( ) pela próstata. ( ) pela vesícula seminal.
( ) pelas glândulas bulbouretrais.
3 - UFMG - A vasectomia tem sido um dos recursos procurados atualmente por homens que não desejam ter
filhos. A eficácia desse método anticoncepcional deve-se a:
( ) ausência de espermatozoides no sêmen. ( ) alteração do controle hormonal.
( ) impedimento da produção de espermatozoides. ( ) impedimento da ejaculação.
4 - (UFU-MG) - A ilustração a seguir representa parte do sistema reprodutor feminino e as etapas iniciais da
gestação.
Considere as informações representadas e assinale a alternativa
CORRETA.
( ) Na ovulação, o ovócito secundário rompe a parede do ovário e se fixa
na parede da tuba uterina (trompa de Falópio).
( ) Nidação é o nome dado ao processo de implantação do embrião na
parede do útero.
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( ) A fecundação acontece no ovário.
( ) A placenta é responsável pela nutrição do óvulo.
5 - Na espécie humana podemos distinguir quatro tipos sanguíneos diferentes: A, B, AB e O. Imagine que
uma pessoa possui tipo sanguíneo O. Marque a alternativa que indica as características desse tipo sanguíneo.
( ) Possui aglutinogênios A e aglutinina anti-B.
( ) Possui aglutinogênio B e aglutinina anti-A.
( ) Possui aglutinogênio AB e não possui aglutininas.
( ) Não possui aglutinogênio e possui aglutininas anti-A e anti-B.
6 - (UDESC, 2009) Assinale a alternativa correta relacionada à lei de segregação independente estabelecida
por Gregor Mendel.
( ) Gametas parentais são aqueles que apresentam as novas combinações gênicas resultantes da permutação.
Gametas recombinantes são os que apresentam as combinações gênicas não-resultantes da permutação.
( ) Os filhos de um homem de olhos castanho-claros (AaBb) e de uma mulher, poderão apresentar para a
mesma característica fenótipo castanho-claro, castanho-escuro, castanho-médio, azul e verde .
( ) A proporção genotípica é 9:3:3:1.
( ) A herança da cor dos olhos na espécie humana é explicada pela primeira Lei de Mendel.
( ) A cor da pelagem dos cães e da plumagem dos periquitos é uma situação de herança quantitativa.
7 - Sabemos que pessoas do tipo AB são também chamadas de receptoras universais. Marque a alternativa
que explica corretamente o motivo pelo qual elas recebem essa denominação.
( ) Pessoas com sangue do tipo AB apresentam aglutininas anti-A e anti-B e, por isso, não ocorre
aglutinação em contato com nenhum tipo sanguíneo.
( ) Pessoas com sangue do tipo AB não apresentam nenhuma aglutinina e, por isso, não ocorre nenhuma
reação de aglutinação.
( ) Pessoas com sangue do tipo AB possuem os aglutinogênios A e B, além de aglutininas anti-A e anti-B,
podendo assim receber qualquer tipo sanguíneo.
( ) Pessoas com sangue do tipo AB não possuem nenhum aglutinogênio, sendo assim não ocorre reações de
aglutinação.
8 - (Mackenzie) - O DIU (dispositivo intrauterino) é um contraceptivo que tem como ação principal:
( ) matar os espermatozoides.
( ) impedir que os espermatozoides cheguem ao óvulo.
( ) impedir a ovulação.
( ) matar o óvulo no momento da ovulação.
( ) impedir que o embrião se fixe à parede interna do útero.
9 - Imagine que você é um professor de biologia e seus alunos lhe pediram para que realizasse uma aula a
respeito de tipagem sanguínea. Você comprou todos os reagentes necessários e fez as reações de aglutinação.
Observe os resultados abaixo:
Reação com soro anti-A: não aglutinou
Reação com soro anti-B: aglutinou
Baseando-se nesses dados, é possível concluir que o sangue é do tipo:
( )A ( )B ( ) AB ( )O
11 - (UFC-CE-93) Olhos castanhos são dominantes sobre os olhos azuis. Um homem de olhos castanhos,
filho de pai de olhos castanhos e mãe de olhos azuis, casa-se com uma mulher de olhos azuis. A
probabilidade de que tenham um filho de olhos azuis é de:
( ) 25%
( ) 50%
( ) 0%
( ) 100%
( ) 75%
12 - Quando falamos em evolução, referimo-nos às mudanças que ocorreram nos organismos ao longo de
milhares de anos. Existem diferentes teorias que explicam essas mudanças, como é o caso da teoria proposta
por Lamarck. Para esse pesquisador, a evolução ocorre em razão da ação de duas leis:
( ) Mutação e seleção natural. ( ) Uso e desuso e caracteres adquiridos.
( ) Ancestralidade comum e seleção natural. ( ) Caracteres adquiridos e fluxo gênico.
( ) Recombinação genética e uso e desuso.
13 - O HPV provoca uma doença que ocasiona uma verruga genital, além de ter relação direta com o câncer
do colo do útero. Analise as alternativas a seguir e marque o nome da DST provocada pelo HPV.
( ) Herpes genital. ( ) Gonorreia.
( ) Sífilis. ( ) Condiloma acuminado.
( ) Cancro mole.
14 - Após estudar sobre evolução na escola, Michele resolveu explicar para sua mãe o motivo pelo qual
algumas lagartas são verdes. Segundo a aluna, algumas lagartas são verdes porque essa cor favorece sua
sobrevivência em folhas, uma vez que são mais dificilmente avistadas por predadores. A explicação de
Michele obedece à teoria evolucionista proposta por:
( ) Lamarck. ( ) Mendel. ( ) Darwin.
( ) Crick. ( ) Pasteur.
15 - (Mack-2007) Um homem daltônico e com pigmentação normal se casa com uma mulher de visão
normal e albina. A primeira criança desse casal é uma menina daltônica e albina. Sabendo que o daltonismo
é devido a um gene recessivo ligado ao sexo e que o albinismo é devido a um gene autossômico recessivo, a
probabilidade de esse casal ter uma criança de sexo masculino normal para as duas características é:
( ) 1/8
( ) 1/6
( )¾
( )½
( )¼
16 - Nem todas as doenças sexualmente transmissíveis possuem sintomas, sendo assim, não é possível
descobrir se uma pessoa apresenta alguma DST apenas olhando para ela. Baseando-se nessa informação,
marque a única alternativa que não garante a prevenção contra uma dessas doenças:
( ) Usar camisinha em toda relação sexual.
( ) Nunca compartilhar seringas.
( ) Não compartilhar objetos de uso pessoal, como lâmina de barbear.
( ) Não compartilhar roupas íntimas.
( ) Utilizar sempre métodos comportamentais nas relações sexuais.
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17 - (FUCMT-MS-83) Nos coelhos, a cor preta dos pelos é dominante em relação à cor branca. Cruzaram-se
coelhos pretos heterozigotos entre si e nasceram 360 filhotes. Destes, o número de heterozigotos
provavelmente é:
( ) zero
( ) 90
( ) 180
( ) 270
( ) 360
19 - Nas cobaias, o gene B para pelagem preta é dominante sobre b, que condiciona pelagem branca. Duas
cobaias pretas heterozigotas são cruzadas. Calcule:
a) a proporção genotípica;
b) a proporção fenotípica
20 - No milho, um gene produz grãos vermelhos se a espiga for exposta à luz, mas, se as espigas ficarem
cobertas, os grãos permanecem brancos. O fenômeno descrito ilustra:
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REFERÊNCIAS:
https://jucienebertoldo.files.wordpress.com/2014/02/biologia4.pdf
https://jucienebertoldo.files.wordpress.com/2014/02/biologia5.pdf
https://jucienebertoldo.files.wordpress.com/2014/02/biologia6.pdf
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel.php
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel4.php
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel3.php
http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/2leidemendel.php
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