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ATIVIDADES DE ESTUDOS MONITORADOS – EJA

Período de 06 a 28 de maio de 2021 – 1º Semestre


ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL CATULINO PEREIRA DA ROSA
Totalidade: 5 Componente Curricular: Ciências Professor: Tiago Stelmaszczyk
Aluno(a): __________________________________________________________

Seja persistente nos seus objetivos. Bons estudos!


* Ler e entender os textos; * Ler e resolver as atividades propostas.
AULA 11 – 06.5
O Sistema Reprodutor Humano
O sistema reprodutor, também chamado de genital, garante a reprodução. Nesse sistema,
encontramos estruturas que produzem os gametas, especializadas em garantir a cópula e, no caso do sistema
reprodutor feminino, o órgão em que é gerado o bebê.
Sistema reprodutor masculino
É no sistema reprodutor masculino que são produzidos os
espermatozoides.
No sistema reprodutor masculino, existem órgãos externos e
internos. Externamente, há duas estruturas: o pênis e o saco escrotal.
Pênis: O pênis é o órgão responsável pela cópula e caracteriza-se
por possuir um tecido erétil que se enche de sangue no momento da excitação sexual.
Saco escrotal: É a região onde estão localizados os testículos. Sua temperatura é cerca de 2°C abaixo
da temperatura do restante do corpo.
Internamente, os órgãos do sistema reprodutor masculino são: testículo, epidídimo, ducto deferente,
ducto ejaculatório e uretra. Além dessas estruturas, existem as glândulas acessórias.
Testículo: O testículo é a gônada masculina, onde são formados os espermatozoides. Esses gametas
são produzidos mais precisamente em túbulos enrolados, denominados de túbulos seminíferos. Os testículos
também produzem a testosterona. O homem apresenta dois testículos.
Epidídimo: Local logo acima dos testículos onde os espermatozoides completam sua maturação e
adquirem mobilidade.
Ducto deferente e ejaculatório: É um vaso que parte de cada epidídimo e encontra-se com o ducto da
vesícula seminal, formando os ductos ejaculatórios, os quais se abrem na uretra.
Uretra: Percorre o pênis e é comum ao sistema excretor e reprodutor. Isso significa que pela uretra
saem o sêmen e a urina.
Glândulas acessórias:
Vesículas seminais: Formam cerca de 60% do sêmen. Essa secreção destaca-se pela presença de
frutose que garante energia para os espermatozoides.
Próstata: Produz uma secreção rica em enzimas anticoagulantes e citrato que também é nutriente para
os espermatozoides.
Glândulas bulbouretrais: Produz uma secreção que limpa a uretra antes da ejaculação.
Sistema reprodutor feminino
É no sistema reprodutor feminino que o bebê se desenvolve.
Assim como o sistema reprodutor masculino, o sistema reprodutor
feminino apresenta órgãos internos e externos. Os órgãos externos formam a
chamada vulva e são constituídos por lábios maiores, lábios menores e
clitóris.
Vulva: A vulva é formada pelos lábios menores, que protegem a entrada da vagina e da uretra, por
lábios maiores que circundam os menores e pelo clitóris, que está localizado acima dos lábios menores. O
clitóris é formado por tecido erétil e também recebe sangue no momento da excitação sexual. É um dos pontos
mais sensíveis da mulher.
Os órgãos internos são: ovários, tuba uterina, útero e vagina.
Ovários: São as gônadas femininas, onde são produzidos os ovócitos. É nos ovários também que são
produzidos os hormônios estrogênio e progesterona. As mulheres apresentam dois ovários.
Tuba uterina: A tuba uterina são dois tubos que se estendem dos ovários até o útero.
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Útero: Um órgão muscular em forma de pera onde o bebê se desenvolve.
Vagina: Local onde o pênis se insere na hora da cópula e é também o canal por onde o bebê sai na hora
do parto.

Atividades propostas:
1) O sistema reprodutor feminino desempenha as seguintes funções, exceto:
a) produz óvulos, também chamados de gametas femininos
b) produz óvulos diariamente a fim de garantir a fecundação
c) permite a implantação do embrião e condições para o seu desenvolvimento

2) Alguns órgãos que compõem o sistema reprodutor masculino são:


a) uretra, pênis e vesícula seminal
b) próstata, pênis e tubas uterinas
c) testículos, pênis e vesícula

3) No sistema reprodutor masculino, a próstata é uma glândula localizada sob a bexiga que têm como função:
a) produzir os espermatozoides
b) produzir a urina
c) produzir o líquido prostático

Cite: 4) os órgãos do sistema reprodutor masculino: 5) os órgãos do sistema reprodutor feminino:


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AULA 12 – 13.5
Métodos Contraceptivos
Atualmente, existem diversos métodos contraceptivos disponíveis para evitar uma gravidez indesejada
e até mesmo infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Os mais modernos e populares são a pílula e a camisinha, porém há outras opções. Eles são classificados
por: métodos de barreira e métodos hormonais.
Métodos de Barreira
Os métodos de barreira são removíveis, que evitam a entrada do esperma no útero. Esses contraceptivos
são indicados às mulheres que não podem tomar algum tipo de hormônio ou que desejam proteção de ISTs.
São eles:
Preservativo masculino: popularmente conhecido como camisinha, é um contraceptivo utilizado no
pênis, para recolher o esperma, impedindo-o de entrar no corpo da mulher. A camisinha é descartável e o
material do preservativo é composto por látex ou poliuretano. Além de prevenir uma gravidez indesejada,
previne também contra doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Preservativo feminino: conhecido também como “camisinha feminina” é um contraceptivo inserido
na vagina antes da penetração do pênis, para impedir a entrada do esperma no útero. O preservativo é pré-
lubrificado com silicone, porém, outros lubrificantes, à base de água ou óleo, podem ser usados, para melhorar
o desconforto e o ruído que o preservativo feminino pode causar. Esse método contraceptivo também reduz o
risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Diafragma: é um contraceptivo composto por uma membrana de silicone, em forma de cúpula,
envolvido por um anel flexível. Existem diafragmas de vários tamanhos, podendo variar entre 50 mm a 105
mm. O diafragma é inserido na vagina antes da relação sexual, impedindo a entrada do esperma no útero. É
recomendável que o diafragma seja utilizado junto a um creme ou geleia espermicida, para oferecer maior
lubrificação e também para aumentar a eficácia contraceptiva. O diafragma deve permanecer no lugar durante
seis a oito horas depois do coito para poder evitar a gravidez, mas deve ser removido dentro de 24 horas.
Espermicidas: são substâncias químicas em forma de geleia, creme, comprimido, tablete ou espumas,
que devem ser colocadas na vagina 15 minutos antes da relação sexual. Os espermicidas servem como barreira
para impedir o contato dos espermatozoides com o útero. Usados isoladamente, os espermicidas não oferecem
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grande eficácia, mas associados a outros métodos de barreira, como o diafragma, são úteis e oferecem mais
proteção. Em algumas mulheres, a substância pode provocar reações alérgicas.
Dispositivo Intrauterino (DIU): é um método anticoncepcional constituído por um aparelho pequeno
e flexível que é inserido dentro do útero. Ele só pode ser utilizado em pacientes saudáveis e que apresentem
exames ginecológicos normais; ausência de vaginites, tumores pélvicos, doença inflamatória pélvica (DIP),
etc. Existem vários modelos de DIU e é um contraceptivo que deve ser colocado por um profissional da saúde.
Métodos Hormonais
Os métodos hormonais servem para controlar ou interromper a ovulação, evitando a gravidez, mas não
previnem contra doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Pílula contraceptiva oral combinada: ou simplesmente pílula, como é conhecida popularmente, é um
método contraceptivo composto por diferentes tipos de hormônios, que servem para inibir a ovulação e evitar
a gravidez. O uso de pílulas anticoncepcionais não é recomendado para mulheres fumantes, ou com pressão
arterial elevada, histórico de câncer de mama, fígado, ou câncer endometrial. O melhor tipo de pílula para cada
paciente deve ser indicado por um ginecologista.
Contraceptivo hormonal injetável: esse método contraceptivo é feito com uma injeção de hormônios,
que é administrada uma vez por mês ou a cada três meses, dependendo do tipo de contraceptivo injetável. Esse
método é muito eficaz para evitar gravidez.
Anel vaginal: é um anel fino e flexível e deve ser colocado na vagina, durante três semanas. Na quarta
semana, o anel vaginal deve ser removido e, assim, reinserir um novo anel depois de sete dias de pausa. O
diâmetro externo é de 54 mm e a espessura é de 4 mm. O anel vaginal contém hormônios como estrogênio e
progesterona, que são absorvidos para a circulação e levam à inibição da ovulação. Sua indicação e uso devem
ser feitos com o acompanhamento de um ginecologista. Esse método contraceptivo não pode ser utilizado por
mulheres que apresentem histórico de coágulos de sangue, derrame ou ataque cardíaco, ou algum tipo de
câncer.
Adesivos cutâneos com hormônios: são pequenos selos que contêm estrogênio e progesterona. Esses
dois hormônios são absorvidos pela pele e vão diretamente para a circulação sistêmica. Os adesivos devem ser
usados por 21 dias, seguido de pausa de sete dias. Os benefícios, eficácia e contraindicações são as mesmas
para os anéis vaginais e as pílulas.

Atividades propostas:
→ Associe o nome do método à sua descrição: →Nomeie cada uma das imagens:

* Para realização desta atividade, é necessário pesquisar sobre alguns métodos contraceptivos.

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AULA 13 – 20.5

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)


As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), atualmente chamadas de Infecções Sexualmente
Transmissíveis (IST), são infecções transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual com uma pessoa
infectada.
Anteriormente, preferia-se adotar a denominação de Doenças Sexualmente Transmissíveis, entretanto,
doença remete a sintomas e sinais visíveis, o que nem sempre é observado nesses casos, sendo algumas
infecções assintomáticas por toda a vida.
→ Transmissão das Infecções Sexualmente Transmissíveis
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são principalmente transmitidas por contato sexual,
seja ele oral, vaginal ou anal, sem uso de preservativo. Algumas IST, no entanto, podem ser transmitidas
ainda de outras formas, como durante a gestação, parto ou no momento da amamentação, compartilhamento
de agulhas e outros objetos cortantes contaminados, além de transfusão de sangue contaminado.
→ Sintomas das Infecções Sexualmente Transmissíveis
Como sabemos, nem todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis apresentam sintomas, sendo
algumas delas completamente assintomáticas. Os sintomas são variados, a depender da infecção que foi
contraída, porém algumas manifestações clínicas podem nos acender o alerta de que estamos com alguma
Infecção Sexualmente Transmissível.
Os principais sintomas das IST, de acordo com o Ministério da Saúde, são:
Corrimento: O corrimento pode aparecer na região do pênis, vagina ou ânus e pode ter coloração
variada, como amarelado ou esverdeado. Além de diferente cor, pode ter cheiro forte e provocar coceira.
Feridas: As feridas decorrentes das IST podem aparecer na região genital ou ainda em outras partes do
corpo. As feridas podem causar dor ou não.
Verrugas: As verrugas geralmente indicam infecção pelo HPV. Essas verrugas de uma maneira geral
não causam dor e possuem uma aparência que lembra uma couve-flor.
O tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis varia, uma vez que estamos falando de
diferentes infecções, sendo algumas causadas por vírus, bactérias ou fungos. Naquelas doenças causadas por
bactérias, como é o caso da sífilis, por exemplo, o tratamento é baseado no uso de antibióticos.
Vale salientar que algumas IST possuem tratamento que levam à completa cura e outras que não
possuem cura, como é o caso da infecção por HIV. Nas IST que não possuem cura, o tratamento visa ao controle
da infecção.
A prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis é feita principalmente com o uso da
camisinha, seja ela feminina, seja masculina, em qualquer tipo de relação sexual. Isso significa que a prevenção
deve ser feita quando houver contato vaginal, anal ou oral. Outra forma de prevenção contra IST envolve
vacinar-se contra as doenças que oferecem essa opção. Entre as vacinas disponíveis, podemos destacar a vacina
contra hepatite B e contra HPV.
→ Exemplos de Infecções Sexualmente Transmissíveis
Várias são as Infecções Sexualmente Transmissíveis que afetam a população, algumas são muito graves
e podem até mesmo levar à morte e outras são relativamente simples de serem tratadas. Fato é que essas
infecções podem ser facilmente prevenidas com sexo seguro. Veja, a seguir, alguns exemplos de Infecções
Sexualmente Transmissíveis muito comuns no Brasil e também em todo mundo:
Aids: A aids é uma doença sem cura que é causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência
Humana). Esse vírus atua comprometendo o sistema imunológico do indivíduo, fazendo com que ele fique
mais suscetível a infecções oportunistas. Vale salientar que ter HIV não é a mesma coisa que a aids, uma vez
que aids é um estágio mais avançado da infecção por HIV, em que o indivíduo está bastante vulnerável a
doenças.
Condiloma acuminado: O condiloma acuminado é causado pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano),
o qual é responsável por desencadear o surgimento de verrugas na região do ânus e genital. É importante
salientar que alguns tipos de HPV estão relacionados com o desenvolvimento de câncer, entretanto,
normalmente os HPV responsáveis pelas verrugas não são cancerígenos.

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Gonorreia: A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae que pode causar ou não
sintomas. Nos homens pode causar ardência na hora de urinar e surgimento de corrimento. Nas mulheres pode
causar sangramento fora do período menstrual, corrimento e dor ao urinar.
Sífilis: A sífilis é uma doença causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. É uma doença
grave que se não tratada pode evoluir e causar complicações. A sífilis pode ser classificada em diferentes
estágios.
Na sífilis primária, observa-se a presença de uma ferida no local de entrada da bactéria, geralmente única, que
não causa dor, nem coceira ou nem ardência. Essa ferida desaparece sem deixar marcas, o que leva muitas
pessoas a acharem que estão curadas.
Na sífilis secundária, observa-se manchas no corpo, febre e mal-estar, sendo esses sintomas observados
semanas após a cicatrização da ferida. Posteriormente, temos a sífilis latente, que é uma fase assintomática de
duração variável.
A sífilis terciária, por sua vez, pode surgir até 40 anos após a infecção e desencadeia sintomas mais
graves, acometendo o sistema cardiovascular e nervoso, podendo até mesmo levar à morte.
Hepatite B: A hepatite pode ser definida como uma inflamação que atinge o fígado. A hepatite
chamada de hepatite B é causada pelo vírus HBV e geralmente não causa sintomas. Algumas vezes, no entanto,
os sintomas podem surgir, sendo os mais frequentes: tontura, vômito, dor abdominal coloração amarelada na
pele, mucosas e olhos.

Atividades propostas:
1) Nem todas as doenças sexualmente transmissíveis possuem sintomas, sendo assim, não é possível descobrir
se uma pessoa apresenta alguma DST apenas olhando para ela. Baseando-se nessa informação, marque a única
alternativa que não garante a prevenção contra uma dessas doenças:
a) ( ) Usar camisinha em toda relação sexual
b) ( ) Nunca compartilhar seringas
c) ( ) Utilizar sempre métodos comportamentais nas relações sexuais

2) Segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, as doenças sexualmente transmissíveis (DST)
são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa infectada e,
geralmente, manifestam-se por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Analise as alternativas a
seguir e marque aquela que indica uma informação incorreta a respeito das DSTs.
a) ( ) Toda DST apresenta sintomas característicos na região genital
b) ( ) A gonorreia e a tricomoníase são exemplos de DST
c) ( ) A camisinha é uma das melhores formas de se evitar o contágio por alguma DST

3) A Aids é uma doença que se caracteriza pelo enfraquecimento do sistema imunológico, o que desencadeia
o surgimento de doenças oportunistas. Sobre a Aids, marque a alternativa correta:
a) ( ) A Aids é causada por um vírus chamado de HPV
b) ( ) A Aids é transmitida exclusivamente por via sexual
c) ( ) O uso de medicamentos antirretrovirais ajuda a aumentar a sobrevida dos soropositivos

AULA 14 – 27.5
Diversidade Sexual, Preconceito e Sofrimento
Sexualidade e gênero. Por que ainda existe polêmica nas
diversas formas de viver?
A discussão de sexualidade e gênero, atualmente, ainda
se configura como um tabu social. Por conta disso, falar desses
temas é um desafio extremamente complexo e delicado,
justamente por trazerem consigo uma vasta gama de estereótipos, construções históricas e preconceitos
enraizados por parte do senso comum.
Portanto, buscamos nesta aula uma descrição instrutiva das múltiplas possibilidades de expressão da
sexualidade e de gênero, com o objetivo de desconstruir ideias estagnadas, reproduzidas, muitas vezes, sem o
cuidado de acolher as singularidades daqueles que diferem da norma. Pretende-se aqui fomentar a reflexão e

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discussão acerca destes temas complexos esperando que estes sirvam como disparadores para instigar maiores
debates e atitudes integralmente respeitosas nos encontros entre as pessoas.
Falar sobre sexualidades, por exemplo, é ir além da associação com o ato sexual em si. Sexualidades,
no plural para enfatizar a sua pluralidade, é um termo amplo, que tem relação com toda a estrutura de um
sujeito: pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, a saúde física e mental. Relaciona-se,
também, à energia de satisfação, ao afeto e ao desejo, sendo assim, um fenômeno particular para cada pessoa.
Não são raras as ocasiões em que as diferentes sexualidades são colocadas no campo da reprodução e
analisadas unicamente a partir de bases biologicistas e morais. A sociedade sempre esteve preocupada com as
possibilidades de expressão destas sexualidades, evidenciando históricas inquietações frente a isto, em geral,
de maneira descontextualizada e acrítica. E é aí que mora o perigo...
Esta perspectiva afirma valores ético-morais de uma cultura entranhada na tradição religiosa cristã que
hostiliza o corpo e, especialmente, o prazer. Essa lógica vem sendo arrastada ao longo dos séculos, carregando
ideologias reducionistas que elegem um tipo ideal e universal de indivíduo: homem cis, branco, heterossexual
e classe média.
É interessante pensar que essa referência de ser humano representa uma relação de poder dominante e
estrutural que fomenta desigualdades, exclusões, intolerância e sofrimento que perpassam a vida de cada pessoa
nos âmbitos sociais e individuais. Se trata de algo tão forte que nem mesmo nos damos conta da grandeza desse
sistema que molda nossos comportamentos, insatisfações estéticas, ideais de beleza, privilégios e demasiada
violência velada.
As consequências são diversas, entre elas está o preconceito, que tem como base três elementos: o
medo, a desinformação e as violências, que são diversas em sua manifestação, podendo ser física, psicológica
e institucional, por exemplo. A expressão do preconceito pode acarretar sofrimento psíquico para o alvo do
mesmo, na medida em que aprisiona diferentes sujeitos na arrogante e ignorante lógica da hegemonia.
Entretanto, o cenário contemporâneo está cada vez mais sendo ocupado por movimentos que lutam
contra a padronização e estigmatização dos corpos, como o potente e pertinente Feminismo, ressaltando que
este é um movimento plural.
Um ponto de constante confusão no âmbito da sexualidade e gênero é a orientação sexual, que se difere
completamente de uma questão de escolha. Refere-se à atração voltada para alguém, e por não ser passível de
controle não há como moldar ou impor uma mudança. É válido ressaltar também que não existe relação
determinante entre orientação sexual e gênero, pois respectivamente, a primeira tem a ver com o afeto voltado
para o outro, enquanto a segunda diz sobre a sua identidade.
A identidade de gênero está relacionada à forma como um indivíduo se enxerga e se autodenomina.
O grande problema está em considerar o corpo cis como sendo o padrão a ser seguido e todas as pessoas
que fogem dessa imposição social acabam tendo seus corpos estigmatizados por um outro que, ao supor que
sabe mais da pessoa do que ela própria, acaba desconsiderando sua subjetividade.
Se considerarmos apenas a singularidade como referência da existência humana, estas classificações
seriam mesmo dispensáveis. Entretanto, somos seres sociais, estas nomenclaturas se colocam como
pertencentes a identidade de cada pessoa, sendo encaradas por algumas como bandeiras para uma luta política
contra uma lógica opressora que ao longo da história vem causando muito sofrimento. Portanto, outra forma
de se dizer, nas sexualidades, enfrenta a cultura que desconsidera o direito da diversidade de se expressar
coletivamente, acerca dos sentimentos, dos desejos e modos de operar no mundo.
E quem somos nós para exigir que as pessoas se enquadrem no que acreditamos ser o certo?

Atividades propostas:
1) O que significa preconceito para você?
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2) A violência pode ocorrer de diversas maneiras. Quais são elas?
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3) Comente sobre o slogan ao lado:
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