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Índice

Introdução......................................................................................................................1

Objectivos......................................................................................................................1

Geral...............................................................................................................................1

Específicos.....................................................................................................................1

GONORREIA E CONDILOMAS.................................................................................2

Função do sistema reprodutor........................................................................................2

Sistema reprodutor masculino.......................................................................................3

Sistema reprodutor feminino.........................................................................................4

GONORREIA................................................................................................................5

Complicações.................................................................................................................7

Diagnóstico....................................................................................................................7

Diagnóstico diferencial..................................................................................................7

Tratamento.....................................................................................................................8

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA.............................................................................8

MEDIDAS DE CONTROLE.........................................................................................8

PREVENIR A GONORREIA.......................................................................................9

INFECÇÃO PELO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) OU CONDILOMAS.....9

Complicações...............................................................................................................10

Diagnóstico..................................................................................................................10

Diagnóstico diferencial................................................................................................10

Tratamento...................................................................................................................10

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA...........................................................................12

MEDIDAS DE CONTROLE.......................................................................................12

Conclusão.....................................................................................................................13

Referências Bibliográficas...........................................................................................14
Introdução
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), atualmente chamadas de Infecções
Sexualmente Transmissíveis (IST), são infecções transmitidas, principalmente, por meio
do contato sexual com uma pessoa infectada.

Anteriormente, preferia-se adotar a denominação de Doenças Sexualmente


Transmissíveis, entretanto, doença remete a sintomas e sinais visíveis, o que nem
sempre é observado nesses casos, sendo algumas infecções assintomáticas por toda a
vida.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são principalmente transmitidas por


contato sexual, seja ele oral, vaginal ou anal, sem uso de preservativo. Algumas IST, no
entanto, podem ser transmitidas ainda de outras formas, como durante a gestação, parto
ou no momento da amamentação, compartilhamento de agulhas e outros objetos
cortantes contaminados, além de transfusão de sangue contaminado.

Condiloma acuminado: O condiloma acuminado é causado pelo vírus HPV


(Papilomavírus Humano), o qual é responsável por desencadear o surgimento de
verrugas na região do ânus e genital. É importante salientar que alguns tipos de HPV
estão relacionados com o desenvolvimento de câncer, entretanto, normalmente os HPV
responsáveis pelas verrugas não são cancerígenos.

Gonorreia: A gonorreia é causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae que pode causar
ou não sintomas. Nos homens pode causar ardência na hora de urinar e surgimento de
corrimento. Nas mulheres pode causar sangramento fora do período menstrual,
corrimento e dor ao urinar.

Objectivos
Geral
 Contextualizar sobre a Gonorreia e a Condiloma.

Específicos
 Entender sobre o Sistema reprodutor masculino e Sistema reprodutor feminino;
 Falar sobre a Gonorreia no homem e Gonorreia na mulher;
 Compreender a Função do sistema reprodutor.

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GONORREIA E CONDILOMAS
O sistema reprodutor, também chamado de sistema genital, é responsável por
proporcionar as condições adequadas para a nossa reprodução. O sistema reprodutor
masculino é responsável por garantir a produção da gameta masculina (espermatozoide)
e depositá-lo no interior do corpo da mulher. O sistema reprodutor feminino, por sua
vez, atua produzindo a gameta feminino (ovócito secundário) e também servindo de
local para a fecundação e desenvolvimento do bebê.

Função do sistema reprodutor


Os sistemas reprodutores masculino e feminino atuam juntos para garantir a
multiplicação da nossa espécie. Tanto o sistema genital masculino quanto o feminino
são responsáveis pela produção das gametas, ou seja, pela produção das células que se
unirão na fecundação e darão origem ao zigoto. As gametas são produzidas nas
chamadas gônadas, sendo os testículos as gônadas masculinas e os ovários as gônadas
femininas. Os testículos produzem os espermatozoides, enquanto os ovários produzem
os ovócitos secundários, chamados popularmente de óvulos.

O espermatozoide é depositado dentro do corpo da fêmea no momento da cópula, e a


fecundação ocorre no interior do sistema reprodutor feminino, mais frequentemente na
tuba uterina. Após a fecundação, forma-se o zigoto, o qual inicia uma série de divisões
celulares enquanto é levado em direção ao útero. O embrião implanta-se no endométrio
do útero, e ali é iniciado o seu desenvolvimento. A gestação humana dura cerca de 40
semanas.

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Sistema reprodutor masculino
O sistema reprodutor masculino garante a produção dos espermatozoides e a
transferência dessas gametas para o corpo da fêmea. Ele é formado por órgãos externos
e internos. O pênis e o saco escrotal são os chamados órgãos reprodutivos externos do
homem, enquanto os testículos, os epidídimos, os ductos deferentes, os ductos
ejaculatórios, a uretra, as vesículas seminais, a próstata e as glândulas bulbouretrais são
órgãos reprodutivos internos.

Testículos: são as gônadas masculinas e estão localizados dentro do saco escrotal,


também conhecido como escroto. Eles são formados por vários tubos enrolados
chamados de túbulos seminíferos, nos quais os espermatozoides serão produzidos. Além
de produzir as gametas, é nos testículos que ocorre a produção da testosterona,
hormônio relacionado, entre outras funções, com a diferenciação sexual e a
espermatogênese.

Epidídimo: após saírem dos túbulos seminíferos, os espermatozoides seguem para o


epidídimo, formado por tubos espiralados. Nesse local os espermatozoides adquirem
maturidade e tornam-se móveis."

Ducto deferente: no momento da ejaculação, os espermatozoides seguem do epidídimo


para o ducto deferente. Esse ducto encontra o ducto da vesícula seminal e passa a ser
chamado de ducto ejaculatório, o qual se abre na uretra.

Uretra: é o ducto que se abre para o meio externo. Ela percorre todo o pênis e serve de
local de passagem para o sêmen e para a urina, sendo, portanto, um canal comum ao
sistema urinário e reprodutor.

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Vesículas seminais: no corpo masculino observa-se a presença de duas vesículas
seminais, as quais formam secreções que compõem cerca de 60% do volume do sêmen.
Essa secreção apresenta várias substâncias, incluindo frutose, que serve de fonte de
energia para o espermatozoide.

Próstata: secreta um fluido que também compõe o sêmen. Essa secreção contém
enzimas anticoaguladoras e nutrientes para o espermatozoide.

Glândulas bulbouretrais: no corpo masculino observa-se a presença de duas glândulas


bulbouretrais. Elas são responsáveis por secretar um muco claro que neutraliza a uretra,
retirando resíduos de urina que possam ali estar presentes.

Pênis: é o órgão responsável pela cópula. Ele é formado por tecido erétil que se enche
de sangue no momento da excitação sexual. Além do tecido erétil, no pênis é possível
observar a passagem da uretra, pela qual o sêmen passará durante a ejaculação."

Sistema reprodutor feminino


O sistema reprodutor feminino servirá de local para a fecundação e também para o
desenvolvimento do bebê, além de ser responsável pela produção das gametas
femininos e hormônios. Assim como no masculino, o sistema reprodutor feminino
apresenta órgãos externos e internos. Os órgãos externos recebem a denominação geral
de vulva e incluem os lábios maiores, lábios menores, clitóris e as aberturas da uretra e
vagina. Já os órgãos internos incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina.

Ovários: no corpo feminino observa-se a presença de dois ovários, os quais são


responsáveis por produzir as gametas femininos. Nesses órgãos são produzidos também
os hormônios estrogênio e progesterona, relacionados com a manutenção do ciclo
menstrual, sendo o estrogênio relacionado também com o desenvolvimento dos
caracteres sexuais secundários."

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Tubas uterinas: no corpo da mulher, observa-se a presença de duas tubas uterinas, as
quais apresentam uma extremidade que atravessa a parede do útero e outra que se abre
próximo do ovário e tem prolongamentos denominados de fímbrias. A fecundação
ocorre, geralmente, na região das tubas uterinas.

Útero: é um órgão muscular, em forma de pera, no qual se desenvolve o bebê durante a


gravidez. A parede do órgão é espessa e possui três camadas. A camada mais espessa é
chamada de miométrio e é formada por grande quantidade de fibras musculares lisas. A
mais interna, chamada de endométrio, destaca-se por ser perdida durante a menstruação.
O colo do útero, também chamado de cérvice, abre-se na vagina.

Vagina: é um canal elástico no qual o pênis é inserido durante a relação sexual e o


espermatozoide é depositado. Esse canal é também por onde o bebê passa durante o
parto normal.

Vulva: é a genitália externa feminina. Fazem parte da vulva os lábios maiores, os lábios
menores, a abertura vaginal, a abertura da uretra e o clitóris. Esse último é formado por
um tecido erétil e apresenta muitas terminações nervosas, sendo um local de grande
sensibilidade.

GONORREIA
A Gonorreia é uma doença infecciosa do trato genital, de transmissão sexual, que pode
determinar desde infecção assintomática até doença manifesta, com alta morbidade.
Clinicamente, apresentasse de forma completamente diferente no homem e na mulher.
Nesta, cerca de 70 a 80% dos casos femininos, a doença é assintomática. Há Maior
proporção de casos em homens.
GONORREIA NO HOMEM
Consiste em um dos tipos mais frequentes de uretrite masculina do qual o sintoma mais
precoce e uma sensação de prurido na fossa navicular que vai se estendendo para toda a
uretra. Apos 1 a 3 dias, o doente já se queixa de ardência miccional (disúria), seguida
por corrimento, inicialmente mucoide que, com o tempo, vai se tornando, mais
abundante e purulento. Em alguns pacientes, pode haver febre e outras manifestações de

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infecção aguda sistémica. Se não houver tratamento, ou se esse for tardio ou
inadequado, o processo se propaga ao restante da uretra, com o aparecimento de
polaciúria e sensação de peso no períneo; raramente observa-se hematúria no final da
micção.

GONORREIA NA MULHER
Embora a infecção seja assintomática na maioria dos casos, quando a infecção e
aparente, manifesta-se sob a forma de cervicite que, se não for tratada corretamente,
resulta em serias complicações. Uma cervicite gonocócica prolongada, sem tratamento
adequado, pode se estender ao endométrio e as trompas, causando doença inflamatória
pélvica (DIP). Esterilidade, gravidez ectópica e dor pélvica cronica são as principais
sequelas dessas infeções. Em razão disso, e importante, como rotina, avaliação
criteriosa de riscos mediante realização da anamnese e sinais clínicos observáveis ao
exame ginecológico.
Alguns sintomas genitais leves, como corrimento vaginal, dispareunia ou disúria, são
frequentes na presença de cervicite mucopurulenta. O colo uterino pode ficar
edemaciado, sangrando facilmente ao toque da espátula. Verifica-se presença de
mucopus no orifício externo do colo. Os recém-nascidos de mães doentes ou portadoras
de infecção desta etiologia na cérvice uterina podem apresentar conjuntivite gonocócica
devido a contaminação no canal de parto.

Sinonímia - Blenorragia, blenorreia, esquentamento, pingadeira, purgação, fogagem,


gota matutina, gono e uretrite gonocócica.

Agente etiológico - Neisseria gonorrhoeae, diplococo gram-negativo.

Reservatório - O homem.

Modo de transmissão - Contato sexual.


Período de incubação - Geralmente, entre 2 e 5 dias.
Período de transmissibilidade - O risco de transmissão de um parceiro infectado a
outro e de 50% por ato. Pode durar de meses a anos, se o paciente não for tratado. O
tratamento eficaz rapidamente interrompe a transmissão.

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Complicações

Dentre as complicações da uretrite gonocócica no homem destacam-se: balanopostite,


prostatite, epididimite, estenose uretral (rara), artrite, meningite, faringite, pielonefrite,
miocardite, pericardite, septicemia.
A conjuntivite gonocócica em adultos não é um quadro raro e ocorre basicamente por
autoinoculação. Também pode ocorrer a síndrome de Fitz- Hugh-Curtis (peri-hepatite
gonocócica) na doença sistémica.
A orquiepididimite poderá provocar diminuição da fertilidade, levando ate mesmo
esterilidade. Na mulher, quando a Gonorreia não é tratada, a infecção ascendente de
trompas e ovários pode caracterizar a chamada doença inflamatória pélvica (DIP), a
mais importante complicação da infecção gonocócica na mulher.
A DIP pode estar relacionada com endometrite, salpingite e peritonite. Alterações
tubarias podem ocorrer como complicação dessa infecção, levando 10% dos casos a
oclusão das trompas de Falópio e a infertilidade. Naqueles casos onde não ocorre
obstrução, o risco de desenvolvimento de gravidez ectópica e bastante elevado.

Diagnóstico
Clínico, epidemiológico e laboratorial. Esse ultimo e feito pela coloração de Gram ou
pelos métodos de cultivo. No exame bacterioscópico dos esfregaços, devem ser
observados diplococos gram-negativos, arranjados aos pares. Thayer-Martin e o meio
especifico para a cultura. Pode-se utilizar também métodos de amplificação de ácidos
nucleicos, como a ligase chain reaction, mas tem custos mais elevados, quando
comparados com o gram e a cultura.

Diagnóstico diferencial
Infecção por clamídia, ureaplasma, micoplasma, tricomoniase, vaginose bacteriana e
artrite séptica bacteriana.

Tratamento
Deve ser utilizada uma das opções a seguir: Ciprofloxacina, 500mg, VO, dose única;
Ofloxacina, 400mg, VO, dose única; Ceftriaxona, 250mg, IM, dose única. Existem
evidencias de altos índices de resistência desse agente a antibioticoterapia convencional.

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O Ministério da Saúde recomenda tratar simultaneamente Gonorreia e clamídia, com
Ciprofloxacina, 500mg, dose única, VO, mais Azitromicina, 1g, dose única, VO, ou
Doxicclina, 100mg, de 12/12 horas, por 7 dias.

Características epidemiológicas - Doença de distribuição universal que afeta ambos os


sexos, principalmente adultos jovens sexualmente activo.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Objetivos - Interromper a cadeia da transmissão por meio da detecção e do tratamento


precoces dos casos e dos seus parceiros (fontes de infecção); prevenir novas ocorrências
por meio de acções de educação em saúde.
Notificação - Não é doença de notificação compulsória nacional. Os profissionais de
saúde devem observar as normas e procedimentos de notificação e investigação de
estados e municípios.

MEDIDAS DE CONTROLE
 Interrupção da cadeia de transmissão pela triagem e referencia dos pacientes
com DST e seus parceiros, para diagnostico e terapia adequados.
 Orientações ao paciente, fazendo com que observe as possíveis situações de
risco presentes em suas praticas sexuais e que desenvolva a percepção quanto a
importância do seu tratamento e de seus parceiros sexuais. Informações no que
se refere a comportamentos preventivos.
 Método mais eficaz para a redução do risco de transmissão do HIV e outras
DST. Convite aos parceiros para aconselhamento e promoção do uso de
preservativos (deve-se obedecer aos princípios de confiabilidade, ausência de
coerção e proteção contra a discriminação). Educação em saúde, de modo geral.

PREVENIR A GONORREIA
As medidas de prevenção da gonorreia evitam também outras infeções sexualmente
transmissíveis e são:
 Usar sempre preservativo nas relações sexuais;

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 Não ter relações sexuais, mesmo protegidas, sempre que haja corrimento
anormal ou ardor ao urinar;
 Evitar comportamentos sexuais de risco: não mudar parceiros sexuais com
frequência nem manter relações sexuais com pessoas que tenham outros
parceiros;
 Procurar cuidados médicos perante sintomas suspeitos;
 Em caso de infeção, identificar corretamente e permitir que todos os contactos
sexuais sejam rastreados e tratados.

INFECÇÃO PELO PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) OU CONDILOMAS

Doença viral que, com maior frequência, manifesta-se como infecção subclínica nos
genitais de homens e mulheres. Clinicamente, as lesões podem ser múltiplas, localizadas
ou difusas, e de tamanho variável, podendo também aparecer como lesão única. A
localização ocorre no pénis, sulco bálano-prepucial, região perianal, vulva, períneo,
vagina e colo do útero. Morfologicamente, são pápulas circunscritas, hiperquerotosicas,
ásperas e indolores, com tamanho variável. Condiloma gigante (Buschke-Loewenstein),
assim como papulose bowenoide, são raros.

Sinonímia - Verruga venérea, verruga genital, cavalo de crista, crista de galo e


condiloma acuminado.

Agente etiológico - Papiloma vírus humano (HPV). Vírus DNA não cultivável da
família do Papovavirus, com mais de 70 sorotipos. Esses agentes ganharam grande
importância epidemiológica e clinica por estarem relacionados ao desenvolvimento de
câncer. Os grupos dos sorotipos considerados de elevado risco oncogénico são o 16, 18,
31, 33, 45, 58, dentre outros.

Reservatório - O homem.

Modo de transmissão - Geralmente, por contato direto. Pode haver auto-inoculacao e


infecção por fomites.

Período de incubação - De 1 a 20 meses; em media, 3 meses.

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Período de transmissibilidade - Desconhecido. Entretanto, há transmissão enquanto
houver lesão viável.

Complicações
Cancerização, mais frequente na mulher, com localização em colo uterino. Nos
imunodeficientes, pode haver dificuldade terapêutica, alem do aparecimento de
papiloma de laringe, que também pode ocorrer em lactentes, por contaminação no canal
de parto.

Diagnóstico
Clinico, epidemiológico e laboratorial, observando as diversas formas:
 Através Da visão desarmada, geralmente representada pelo condiloma
acuminado.
 Através Da peniscopia, colpocitologia e colposcopia com biopsia.
 Através Dos testes para deteccao do HPV-DNA.

Diagnóstico diferencial
Condiloma plano da sífilis (sorologia e pesquisa do T. pallidum em campo escuro);
carcinoma espinocelular do pénis e da vulva e doença de Bowen (carcinoma in situ).
Nesses, a correlação clinico-histopatológica e de enorme valia para o diagnostico.

Tratamento

Objetiva a remoção das lesões condilomatosas visíveis e subclínicas, visto não ser
possível a erradicação do HPV. Recidivas são frequentes, mesmo com o tratamento
adequado. A escolha do método de tratamento depende do numero e da topografia das
lesões, bem como da associação ou não com neoplasia intra-epitelial. Podem ser
utilizadas as alternativas: acido tricloroacetico (ATA) a 80% ou 90%, nas lesões do
colo, vagina, vulva, períneo, região perianal e pénis.

A aplicação deve ser realizada com cuidado, no serviço de saúde, direcionada apenas ao
local da lesão, 1 a 2 vezes por semana, deixando-se secar para que a solução não atinja
outros locais, pois poderá causar queimaduras. Não devem ser feitas “embrocações”

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vaginais nas lesões difusas. Podofilina de 10 a 25% (solução alcoólica ou em tintura de
benjoim): somente deve ser utilizada nas lesões da vulva, períneo e região peri-anal;
lavar apos 2 a 4 horas. Nunca usar durante a gravidez.

A aplicação deve ser realizada no serviço de saúde. Para evitar a possibilidade de


complicações associadas com sua absorção sistémica e toxicidade, recomenda-se o uso
de ate 0,5ml em cada aplicação ou que se limite a área tratada em ate 10cm2 por sessão.
Para reduzir a irritação no local, sugere-se que a área tratada seja lavada com agua
morna e sabão neutro, 1 a 4 horas apos a aplicação da solução. Recomenda-se aplicar ao
redor das lesões que serão cauterizadas a vaselina liquida, isolando a pele circunjacente
a lesão. Repetir semanalmente, se necessário.

Eletrocauterização ou crioterapia: não se aplica nas lesões vaginais, cervicais e anais,


visto que o controle da profundidade do efeito e difícil, podendo levar a necrose tecidual
extensa e estenose em estruturas tubulares, como canal anal e vagina. Exérese com
cirurgia de alta frequência (CAF/LEEP): pode ser utilizada em lesões de qualquer
localização genital e na gestação. Apresenta como vantagem sobre os outros métodos a
retirada do tecido viável para estudo anatomopatológico.

Nas lesões exofiticas queratinizadas, pode ser utilizada a combinação do acido


tricloroacetico, a 90%, e podofilina, a 25% (solução alcoólica ou em benjoim).
As lesões condilomatosas podem atingir grandes proporções, seja pelo marcado
aumento da vascularização, seja pelas alterações hormonais e imunológicas que
ocorrem nesse período. A escolha do tratamento vai basear-se no tamanho e numero das
lesões (nunca usar nenhum método químico durante qualquer fase da gravidez): lesões
pequenas, isoladas e externas: termo ou criocauterização em qualquer fase da gravidez;
pequenas, colo, vagina e vulva:

termo ou criocauterização, apenas a partir do 2o trimestre; grandes e externas: ressecção


com eletrocautério ou cirurgia de alta frequência.
Se o tamanho e localização das lesões forem suficientes para provocar dificuldades
mecânicas e/ou hemorragias vaginais, deve-se indicar o parto cesáreo; não esta
estabelecido o valor preventivo da operação cesariana, não devendo ser indicada
baseando-se apenas na prevenção da transmissão do HPV para o recém-nascido.

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Mulheres com condilomatose durante a gravidez devem ser acompanhadas por meio de
citologia oncológica e colposcopia, apos o parto.
Na gestante, tratar apenas as lesões condilomatosas. As lesões subclínicas serão
acompanhadas com colpocitologia durante a gestação e reavaliadas para tratamento
após 3 meses do parto.
Características epidemiológicas - Doença de distribuição universal, acomete homens e
mulheres de qualquer raça e classe social. E uma infecção de transmissão
frequentemente sexual.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos - Diagnosticar e tratar precocemente todos os casos, evitando formas graves e
infecção no concepto.
Notificação - Não é doença de notificação compulsória.

MEDIDAS DE CONTROLE
Abstinência sexual logo apos o diagnostico e durante o período de tratamento;
encaminhamento de parceiros para o serviço de saúde, para exame e tratamento, se
necessário. Interrupção da cadeia de transmissão pela triagem e referencia dos pacientes
com DST e seus parceiros, para diagnostico e terapia adequados.

Orientações ao paciente, fazendo com que observe as possíveis situações de risco


presentes em suas praticas sexuais, desenvolva a percepção quanto a importância do seu
tratamento e de seus parceiros sexuais e promoção de comportamentos preventivos.
Promoção do uso de preservativos: método mais eficaz para a redução do risco de
transmissão do HIV e outras DST. Convite aos parceiros para aconselhamento e
promoção do uso de preservativos (deve-se obedecer aos princípios de confiabilidade,
ausência de coerção e protecção contra a discriminação). Educação em Saúde, de modo
geral.

Conclusão

Como sabemos, nem todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis apresentam


sintomas, sendo algumas delas completamente assintomáticas. Os sintomas são

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variados, a depender da infecção que foi contraída, porém algumas manifestações
clínicas podem nos acender o alerta de que estamos com alguma Infecção Sexualmente
Transmissível.

Os principais sintomas das IST, de acordo com o Ministério da Saúde, são: Corrimento:
O corrimento pode aparecer na região do pênis, vagina ou ânus e pode ter coloração
variada, como amarelado ou esverdeado. Além de diferente cor, pode ter cheiro forte e
provocar coceira. Feridas: as feridas decorrentes das IST podem aparecer na região
genital ou ainda em outras partes do corpo. As feridas podem causar dor ou não.
Verrugas: as verrugas geralmente indicam infecção pelo HPV. Essas verrugas de uma
maneira geral não causam dor e possuem uma aparência que lembra uma couve-flor. O
tratamento das Infecções Sexualmente Transmissíveis varia, uma vez que estamos
falando de diferentes infecções, sendo algumas causadas por vírus, bactérias ou fungos.
Naquelas doenças causadas por bactérias, como é o caso da sífilis, por exemplo, o
tratamento é baseado no uso de antibióticos.

Vale salientar que algumas IST possuem tratamento que levam à completa cura e outras
que não possuem cura, como é o caso da infecção por HIV. Nas IST que não possuem
cura, o tratamento visa ao controle da infecção.

Referências Bibliográficas
Brasil. Ministério da Saúde. [www.aids.gov.br/documentos/publicações] – busca:
conscritos do exército do Brasil, 2002

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Centers for Disease Control and Prevention: Sexually Transmitted Infections Treatment
Guidelines,2021: Gonococcal Infections Among Adolescents and Adults. Acessado em
27 de junho de 2022.
World Health Organization - Guidelines for the management of sexually transmitted
infections. 2003.
World Health Organization. Global Strategy for STI Prevention and Control Meeting.
Geneva, Nov. 2004.
World Health Organization - Sexually Transmited and Other reproductive tract
infections. A guide to essential practice. 2005.
Ministério Da Saúde, Secretaria De Vigilância Em Saúde Departamento De
Vigilância Epidemiológica, Doenças Infecciosas e Parasitárias, Guia De Bolso 8 a
Edição Revista Brasília – Df 2010.
Ministério da Saúde. Manual de controle das doenças sexualmente transmissíveis. 3ª
edição, Brasília, 1999.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Doenças Sexualmente Transmissíveis
(DSTs)"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/doencas/doenca-
sexualmente-transmissivel.htm. Acesso em 23 de maio de 2023.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Sistema reprodutor";Brasil Escola. Disponível
em:https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-reprodutor.htm. Acesso em 22 de
maio de 2023.

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