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Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação Subtota
do
máxima l
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos
2.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Folha de recomendações: A ser preenchida pelo tutor
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Índic
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e
Introdução......................................................................................................................1
Objectivos......................................................................................................................2
Gerais.............................................................................................................................2
Específicos.....................................................................................................................2
Metodologia...................................................................................................................2
Conclusão.....................................................................................................................14
Bibliografia..................................................................................................................15
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Introdução
A reforma da administração pública tem sido uma das prioridades governos não só em
Portugal como de todos os países, sobretudo naqueles onde o sector público, na óptica
das despesas, controla cerca de metade do produto nacional. De facto, temos
administrações públicas concebidas para as sociedades da época industrial, que se
tornaram desajustadas na era da informação e da economia global. A concorrência
global, a mobilidade do capital internacional, os surpreendentes avanços das
telecomunicações e da capacidade de armazenagem e processamento da informação
originaram uma economia do conhecimento, que alterou o modo de organização do
trabalho na função pública e os cidadãos exigem serviços e soluções de qualidade, com
uma ampla gama de escolha. Estes desafios chocam com as pesadas burocracias, as
quais foram organizadas para fornecer serviços homogéneos e estandardizados,
enquanto que, actualmente, enfrentam uma procura de produtos ‘por medida’
determinada por preferências e situações de mercado que estão sempre a mudar. Assim,
a desburocratização, a reestruturação orgânica, a racionalização e a inovação nos
serviços públicos tem sido vista como uma exigência por parte dos cidadãos e uma
condição essencial do desenvolvimento económico e social. As experiências de reforma
da Administração Pública desenrolaram-se desde os anos 80 e ao longo dos anos 90 em
vários países. Nas décadas anteriores já tinham sido introduzidas alterações de cariz
gestionário nos sistemas de planeamento, programação, orçamentação e controlo
públicos 3 cuja implementação, salvo o caso de alguns departamentos da administração
central ou local, ficou quase sempre muito aquém dos ambiciosos objectivos propostos.
Como é reconhecido na literatura, os novos modelos de gestão pública foram
consideravelmente inspiradas nos princípios gerais da reforma iniciada por Margareth
Thatcher no RU durante os anos 80, que ficou conhecida por New public management
(NPM) e pelo programa de reforma de Al Gore nos EUA, iniciada em 1993,
denominada de Reinvenção da Administração.
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Objectivos
Gerais
Contextualizar a Gestão pública, Governança Participativa e o Papel da
Liderança.
Específicos
Descrever as Características Comuns aos Modelos De Gestão Pública
Manageriais:
Entender o New Public Management, o Modelo De Qualidade e a Governança
Pública;
Falar das Dimensões da Governança: Os Princípios Éticos e o Papel Da
Liderança.
Metodologia
Para elaboração deste trabalho utilizou-se ao método bibliográfico que consistiu na
consulta de obras bibliográficas e internet, método descritivo que consistiu na descrição
de informações recolhidas nas diferentes obras.
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Gestão pública, Governança Participativa e o Papel da Liderança
A Nova Gestão Pública - New Public Management (NPM): é uma denominação que
abarca vários desenvolvimentos dos modelos manageriais mas, embora estes
mantenham as características essenciais do precursor public management foram
influenciados pelas teses das teorias das escolhas públicas (Public Choice)e, algumas,
também da teoria da agência (Principal-Agent), de modo a incorporarem os
comportamentos dos agentes que determinam as escolhas nas áreas das políticas e
gestão públicas. Baseavam-se nos seguintes objetivos para a organização: definir um
claro sentido de missão, delegar poderes e responsabilidades, reduzindo o staff dos
órgãos centrais de decisão (“pilotar menos remar mais”), substituir regulamentos por
incentivos, procurar soluções mercantis sempre que possível e abrir à concorrência
(nomeadamente através da concessão ou contratação com privados). As teses
identificadas pela denominação NPM foram divulgados sobretudo no Reino Unido e
nos países de origem anglosaxónica, tendo inspirado, posteriormente, as reformas
efetuadas em numerosos países ao longo dos anos 80 e 90.
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processos6(ou seja, a inovação nos processos) adaptadas ao contexto público
inicialmente por Gaebler e Osborne (1993)e ainda na restruturação do trabalho com
base em missões, no team-work e na capacitação dos funcionários (empowerment);
privilegiava a organização do trabalho segundo uma orientação horizontal, contrariando
a organização burocrática vertical (ou em silos) dominada por “feudos” departamentais
altamente hierarquizados e com pouca ligação entre si.
A gestão do valor público (Public value management) pode entender-se como uma
necessidade de substituição ou “renovação” do NPM, quer para fazer face às crescentes
pressões sociais contra os cortes nas despesas e a redução do peso do Estado advogadas
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pelas reformas, quer para acompanhar a evolução da literatura em gestão. Porém, Kelly
e Muers (2002) analisam a gestão do valor como um paradigma diferente da NPM de
acordo com uma série de parâmetros (nomeadamente, muda os objetivos, menor ênfase
sobre a contratualização da provisão pública para os métodos que potencializam a
manutenção eficaz dos sistemas, como o trabalho em rede - ver Quadro 1). Adaptando
teorias de gestão empresarial, como o modelo da cadeia de valor de Porter, ao contexto
da administração e à missão das entidades públicas, o valor público é entendido como
valor para a sociedade. Logo, deixa mais espaço para a concertação com os parceiros
sociais, sendo de natureza mais negocial. Assim, as reformas das administrações
públicas não deveriam colocar a ênfase em aumentar a eficiência pela redução de
despesas/actividades/serviços, mas no aumento de valor obtido por cada euro/libra
despendido. A reforma da administração Britânica no governo Trabalhista de Tony
Blair adoptou este lema. A OCDE, que tinha promovido a NPM, passou a incentivar o
modelo da gestão de Valor Público OCDE (2010), com propostas semelhantes às da
governança, mas, adaptada aos novos contextos.
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A seguinte citação, referindo-se ao modelo de reinvenção, expressa a orientação
reformista de outros modelos, como o NPM “A nossa meta é tornar a
administração federal menos dispendiosa e mais eficiente, e alterar a cultura da
burocracia do nosso país, libertando-a da apatia e da redução à tradicional
função de fonte de subsídios, rumo à iniciativa e à devolução de poder. É nossa
intenção reestruturar, reinventar e revitalizar toda a administração pública do
nosso país.
A gestão por resultados, a avaliação do desempenho, os sistemas de qualidade, a
orientação do serviço para a satisfação do cliente, são metodologias comuns, ou
sobrepostas, a todos estes métodos.
O New Public
Management O Modelo De Qualidade e a Governança Pública
Apesar de ter havido uma evolução do managerialismo para a governança, coexistem
elementos dos vários modelos nas reformas públicas identificadas genericamente como
sendo inspiradas no NPM: combinam sistemas e/ou instrumentos de gestão associados
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ao modelo de Qualidade, à Gestão Estratégica, à Gestão por Objetivos e ao PMS-
Performance Management Systems. Quase todas as reformas defendem a introdução de:
(1) uma estrutura horizontal de gestão onde os empregados e gestores são
responsabilizados e as decisões satisfazem os clientes/utente; (2) uma cultura de
aprendizagem em vez da cultura tradicional baseada na aplicação de regulamentos
intemporais e no controlo jurídico; (3) um sentido claro de direcção/ visão estratégica e
objectivos, e politicas orientadas para resultados; (4)um empenhamento em fornecer
serviços públicos de alta qualidade; (4)aposta na associação a terceiros para a provisão
ou gestão de serviços, nomeadamente a contratação com empresas privados.
Hood, and Peters, (2004:267), num conhecido artigo defendem que a NPM atingiu a sua
idade madura, questionando-se se não estaria a deixar o seu estatuto de paradigma na
literatura da gestão pública para dar lugar a outras abordagens. Referem que os
académicos parecem ter-se centrado na análise das surpresas e paradoxos que parecem
caraterizar as reformas recentes dos serviços públicos. De facto, a coexistência de
elementos do modelo tradicional ou burocrático com os modelos manageriais e, mais
recentemente, com o advento da governança, seria de esperar que surjam situações
paradoxais e, dada a instabilidade financeira e menores taxas de crescimento
económico, as políticas com pendor para a austeridade causam surpresas, no sentido que
alteram os comportamentos das pessoas e condicionam as previsões, o que até tem
justificado a inclusão de análise de riscos na maioria dos programas públicos .
O modelo de qualidade total oferece uma estrutura integradora que parte de quatro
componentes essenciais dos sistemas de gestão, comuns aos outros modelos, mas, dando
mais relevo à liderança e à articulação- integração desses componentes nos sistemas de
gestão do modelo. Essa integração apresenta-se de forma resumida na figura 1.
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O modelo de qualidade mais divulgado é o da European Foundation for Quality
Management (EFQM),que que teve grande importância na promoção da qualidade em
diversos sectores, privado público e social. É concebido como um modelo de Excelência
porque a utilização desta estrutura vai para além da qualidade dos processos e dos
resultados mas, recolhe também elementos de outras metodologias de gestão, como a
gestão estratégica e a gestão pelo desempenho e, oferecendo um guia para a
aprendizagem do sistema não só para servir de mapa detalhado para as equipas de
gestão mas para orientar todos as pessoas da organização, possibilitando que
desemvolvam espírito de missão, identifiquem o seu contributo para atingir os
resultados planeados. Influenciou as reformas em várias áreas e sectores da
administração pública, nomeadamente ao nível das entidades que, dentro do sector
público, possuem autonomia financeira, como os estabelecimentos de ensino superior,
os de formação profissional ou de cuidados de saúde.
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Impacto na sociedade: Satisfação das necessidades e expectativas da comunidade em
que se insere o Organismo e no aumento do valor para a sociedade.
A integração destes vários componentes ou critérios – que estão identificados uns como
sendo meios e outros como resultados – é apresentado frequentemente pelo esquema
que abaixo apresentamos na figura 2, que foi traduzido da literatura e reproduzido por
vários autores, ente os quais Carpeto e Fonseca (2006:58). Verifique que realça a
dinâmica dos meios para os resultados e a avaliação e reporte dos resultados e,
produzindo um feedback, assegura um processo de aprendizagem da organização. Os
sistemas de gestão que incorpora são comuns ao NPM mas, permite uma integração das
várias componentes e um processo de aprendizagem. Incluímos no diagrama os aspectos
do reporte e dos stakeholders, o que, em nossa opinião, compatibiliza mais
adequadamente o modelo de qualidade com o de governança, demonstrando que, na
prática, se podem, e devem, complementar.
Fonte:
elaborado pela autora baseado no esquema da CAF.
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Accountability). Contudo, esses princípios foram desenvolvidos pelo Committee on
Standards in Public Life (the Nolan Committee U.K.), ficando conhecido pelo Nolan
Report, que identificou sete princípios gerais de conduta que deveriam estar subjacentes
a toda a vida pública e recomendava que todas as entidades públicas elaborassem
códigos de conduta que incorporassem os referidos princípios:
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A Liderança: dela dependem essencialmente os padrões de comportamento e de
desempenho, pelo modo como a gestão da organização exerce a liderança, quer no que
respeita à definição dos valores e standards que determinam a cultura organizacional,
quer no que influencia o comportamento dos agentes envolvidos. O modelo de liderança
assenta bastante na liderança pelo exemplo, como a seguinte definição demonstra:
Leadership is seen as Members of governing bodies of public sector entities need to
exercise leadership by conducting themselves in accordance with high standards of
behavior, as a role model for others within the entity”. (IFAC, 2001:14).
Por outro lado, a gestão da mudança exige sempre uma liderança empenhada em
transformar e inovar, pelo que podemos aplicar também o conceito da liderança
transformacional. Em contextos de grande evolução tecnológica e do conhecimento, o
líder pode influenciar os comportamentos pelo exemplo não só dos valores como da
competência “O nível hierárquico dá autoridade ao líder, o seu comportamento inspira
respeito” (Duluc, 2000:83, cit. In Carapeto e Fonseca, 2006:127). Estes autores
apresentam um óptimo resumo das metodologias de análise da liderança no contexto da
gestão pública, pelo que nos isentamos de as repetir aqui. Contudo, é curioso os
resultados de um estudo dos anos 90 em 300 serviços na administração pública
americana, citado na sua revisão de literatura de Blaug (2006:49), que aponta para que
as principais causas do aumento da inovação eram atribuídas à alteração na liderança
em penas 8% dos casos, enquanto as oportunidades criadas por melhorias ligadas à
informatização eram 15% e a existência de problemas ou dificuldades em atingir metas
foi considerada a mais importante em 35% dos serviços inquiridos/analisados, talvez
pela pressão da tutela.
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numa universidade), os que são responsáveis pelo financiamento (tutela política,
credores) pelo fornecimento de bens e serviços (fornecedores), os funcionários, os
contribuintes, os grupos de pressão, os parceiros, as entidades responsáveis pela
avaliação do desempenho, ou pela qualidade dos serviços, os destinatários dos serviços
prestados por uma organização ou das políticas e programas públicos. Podem abranger
ainda, os analistas financeiros, as agências de rating e os media (IFAC, 2001:12).
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nível dos funcionários, das chefias e dos serviços, em termos de eficácia e eficiência;
auditoria externak faz parte da fiscalização.
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Conclusão
Ao longo deste artigo foi apresentada uma breve descrição dos modelos de gestão
pública, tecendo algumas reflexões sobre a evolução registada. O que parece evidente e
simples na análise teórica, é de facto difícil de aplicar na prática, o que se comprova
pela dificuldade em implementar estas abordagens de gestão de uma forma integrada,
usando, antes, receitas casuísticas, com avanços e recuos, quase nunca se traduzindo em
resultados marcantes nas reformas da administração pública. Aspectos relevantes das
metodologias inovadoras que referimos coexistem, na prática com modos de
organização do modelo burocrático tradicional, o que pode gerar incoerências. Apesar
das medidas casuísticas e avulsas, como vimos no caso do CAF, tem havido melhorias
consideráveis e a governança apresenta muitas potencialidades. Porém, a democracia
participativa requer novos arranjos institucionais e procedimentais, visto o número de
atores ser alargado, de molde a que facilitem o trabalho em rede e a consulta dos
stakeholders. Estamos no campo de sistemas sociais, económicos e políticos de grande
complexidade e referimos teorias recentes que investigam os dilemas e paradoxos que
implicam para a gestão. A eficácia das políticas requer uma integração e cooperação
interinstitucional aos níveis de administração local, regional e com outros setores da
sociedade, o que só pode ser feito com networks, ou redes; o sucesso destas está muito
dependente, não só de boas infraestruturas digitais, mas, da capacidade dos atores
interagirem em formas de organização e de liderança que tendem a ser informais, o que
choca com a tradicional formalidade e com esquemas de liderança baseados em
hierarquia vertical. Ora esse é também um desafio para a liderança.
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Bibliografia
Al Gore, “Reinvenção da AP” , Quetzal, 2000.
Blaug, R., Horner L. e Lekhi, R. ( ) Public value, politics and public management: A
literature review, The work Foundation, http://www.theworkfoundation.com/download
publication/report/117_117_politics_lit_review.pdf
Fernando Gil NOÉ, Manual de Gestão Autárquica, 1ª ed., UCM/ CED, rua Correia de
Hood, H. and Peters, G. (2004:), The middle aging of new public management: into the
age of paradox?, J Public Adm Research and Theory, 14,3: 267-282.
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