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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 5
1. Autarquias Locais moçambicanas ............................................................................................ 6
1.1. As funções das Autarquias Locais ........................................................................................... 7
1.2. Órgãos Locais do Estado .......................................................................................................... 7
1.3. Autarquia Local e o Estado ...................................................................................................... 8
1.4. Normas de Gestão nas Autarquias Locais ................................................................................ 9
1.5. Fins e Meios da Acção da Administração Autárquica ........................................................... 10
1.5.1. Os meios dos órgãos da tutela administrativa ................................................................. 11
1.5.2. Transferência de Funções e Competências do Estado para as autarquias locais ............ 11
1.5.3. Função dos Órgãos Locais do Estado ............................................................................. 12
Conclusão ...................................................................................................................................... 13
Referências bibliográficas ............................................................................................................. 14
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Introdução
As autarquias locais são neste sentido, uma forma de governo das populações locais que actua
com autonomia em relação ao poder central do Estado e com órgãos próprios e eleitos. Este
governo autárquico desenvolve as suas actividades no interesse da população residente, mas sem
prejudicar os interesses do Estado e a unidade nacional. É nesta perspectiva que o presente
trabalho tem como tema: Autarquias Locais moçambicanas. Em Moçambique esse poder local
encontra seu fundamento na constituição da república no seu artigo 272 que estabelece que as
autarquias locais são pessoas colectivas públicas dotadas de órgãos próprios, que visam a
prossecução dos interesses das populações respectivas, sem prejuízo dos interesses nacionais e da
participação do Estado.
Este trabalho é importante na medida em que contribui através de subsídios teóricos acerca do
tema em destaque.
Para facilitar a compreensão dos conteúdos deste trabalho, organizamo-lo iniciando com a
introdução, desenvolvimento do assunto em destaque, conclusão e por fim apresentamos as
referências bibliográficas.
Reconhecendo que em ciência nenhum trabalho é estanque, por isso, espera-se a apreciação
crítica desta edição para que as próximas possam se revestir de melhorias.
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1. Autarquias Locais moçambicanas
Em Moçambique, as autarquias locais foram instituídas por leis aprovadas entre 1996 e 1997 e as
primeiras eleições municipais decorreram em 1998, sete anos após os acordos de paz assinados
que abriu espaços para as transformações políticas. A maioria dos municípios herdou do
colonialismo e do governo central estruturas políticas, económicas e administrativas frágeis e
disfuncionais.
De acordo com Amaral (1997), autarquias locais são “pessoas colectivas públicas de população e
território, correspondentes aos agregados de residentes em diversas circunscrições de território
nacional, e que asseguram a prossecução dos interesses comuns resultantes da vizinhança
mediante órgãos próprios, representativos dos respectivos habitantes” (p. 480).
Na mesma linha, Caetano (2007), autarquias locais refere a “pessoa colectiva de direito público
correspondente ao agregado formado pelos residentes de certa circunscrição do território nacional
para que os interesses comuns resultantes da vizinhança sejam prosseguidos por órgãos próprios
dotados de autonomia dentro dos limites da lei” (p. 193).
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1.1. As funções das Autarquias Locais
Segundo Cistac (2001, p.98), refere que “na prática concreta das competências atribuídas aos
seus órgãos, a autarquia local desempenha várias e numerosas funções” e, fazendo suas
classificações, ele distingue duas funções centrais: função de regulação e função de prestação.
As autarquias locais são fornecedoras de bens e serviços aos munícipes. Para tal, levam avante 3
acções:
Os órgãos locais do Estado têm a função de representação do Estado ao nível local para a
administração e desenvolvimento do respectivo território e contribuem para a unidade e
integração nacionais, (Lei nº 8/2003 de 19 de Maio de 2003).
No âmbito das suas funções de direcção estatal, exercem competência de decisão e execução e
controlo no respectivo escalão. Estes sem prejuízo da autonomia das autarquias locais garantem a
realização das tarefas e programas económicos sociais e culturais de interesse local e nacional,
observando a constituição, as deliberações da assembleia da república e as decisões do Conselho
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de Ministro e dos órgãos do Estado de escalões superior (conforme o disposto no nº 1 do artigo 2
da Lei dos órgãos locais do Estado (LOLE).
De acordo com a lei dos órgãos locais do estado, a organização e funcionamento dos Órgãos
Locais do Estado obedecem aos princípios da desconcentração e da desburocratização
administrativas, visando o descongestionamento do escalão central e aproximação dos serviços
públicos as populações, de modo a garantir a celeridade e a adequação das decisões as realidades
locais. Estes mesmos observam o princípio da estrutura integrada verticalmente hierarquizada.
Nas autarquias moçambicanas, o Estado é representado pelos Órgãos Locais do Estado. Neste
sentido, em Moçambique o processo de descentralização traz um novo parâmetro de
relacionamento entre o governo central e o governo local, criando oportunidade de coabitação de
diferentes actores dentro do mesmo espaço político, com atribuições e competências distintas,
com um único objectivo, maior flexibilidade na administração pública e consequentemente
melhor prestação de bens e serviços públicos. Este processo foi criado e configurado com base na
Lei n.º 2/97 de 18 de Fevereiro de 1997. De acordo com Alves & Cossa (1998), esta lei é criada,
como forma da decisão já não ser tomada em nome e por conta do Estado, mas sim em nome e
por conta de uma autarquia local por um órgão que emana dele e que tem autonomia financeira,
patrimonial e administrativa.
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O quadro normativo estabelecido define que as autarquias locais, gozam de autonomia
administrativa, que tem o poder de praticar actos definitivos e executórios na área da sua
circunscrição territorial, criar, organizar e fiscalizar serviços destinados a assegurar a prossecução
das suas atribuições; autonomia financeira que tem como poderes elaborar, aprovar, alterar e
executar planos de actividades e orçamento, bem como elaborar e aprovar as contas de gerência.
As autarquias locais devem também dispor de receitas próprias, ordenar e processar as despesas e
arrecadar as receitas que por lei forem destinadas as autarquias; e autonomia patrimonial que tem
como poder gerir o património autárquico para a prossecução das suas atribuições. Entretanto, o
artigo 9 da Lei nº . 2/97, de 28 de Maio estabelece que:
De acordo com a Lei n.º8/2003 art.º 9 (Lei dos Órgãos Locais do Estado - LOLE), estes devem
respeitar a autonomia, as atribuições e competências das autarquias locais. Assim sendo, exige-se
que estes coordenem os seus planos, programas e acções com os Órgãos das Autarquias Locais,
visando a prossecução harmoniosa das suas atribuições e competências.
Segundo enfatiza a Lei n.º 2/97, “a prossecução das atribuições das autarquias locais é feita de
acordo com os recursos financeiros ao seu alcance e respeita a distribuição de competências entre
os órgãos autárquicos e o Estado”.
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Representantes do Estado no Município e nos municípios de vilas esta função é desempenhada
pelo Administrador do distrito respectivo.
De acordo com o Artigo 46 da referida Lei, no âmbito da administração geral, são competências
do governo distrital:
As atribuições das autarquias locais respeitam os interesses próprios, comuns e específicos das
respectivas populações, e essas mesmas atribuições são feitas com recursos financeiros ao seu
alcance e respeita a distribuição de competências entre os órgãos autárquicos e os de outras
pessoas colectivas de direito público, nomeadamente o Estado, determinadas pela Lei.
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1.5.1. Os meios dos órgãos da tutela administrativa
Mais particularmente, no que diz respeito ao procedimento “de ratificação”, a eficácia jurídica de
alguns actos administrativos depende “da ratificação” preliminar das autoridades administrativas
competentes (Ministros da Administração Estatal e das Finanças). Trata-se do plano de
desenvolvimento da autarquia local, do orçamento, do plano de ordenamento do território, do
quadro do pessoal, da contratação de empréstimos e de amortização plurianual e as introduções
ou modificações de taxas, subsídios e remunerações (Artigo 6 da Lei n.° 7/97, de 31 de Maio).
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1.5.3. Função dos Órgãos Locais do Estado
Os Órgãos Locais do Estado têm a função de representação do Estado ao nível local para a
administrar o processo de desenvolvimento do respectivo território e contribuem para a unidade e
integração nacional.
No âmbito das suas funções de direcção estatal, exercem competências de decisão, execução e
controlo no respectivo escalão. Estes sem prejuízo da autonomia das autarquias locais, garantem
a realização de tarefas e programas económicos, sociais e culturais de interesse local e nacional,
observando a constituição, as deliberações da Assembleia da República e as decisões do
Conselho de Ministros e dos órgãos do Estado de escalão superior (Artigo 2 da Lei n.º 8/2003).
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Conclusão
Nas autarquias moçambicanas, o Estado é representado pelos Órgãos Locais do Estado. Neste
sentido, em Moçambique o processo de descentralização traz um novo parâmetro de
relacionamento entre o governo central e o governo local, criando oportunidade de coabitação de
diferentes actores dentro do mesmo espaço político, com atribuições e competências distintas,
com um único objectivo, maior flexibilidade na administração pública e consequentemente
melhor prestação de bens e serviços públicos.
Os Órgãos Locais do Estado têm a função de representação do Estado ao nível local para a
administrar o processo de desenvolvimento do respectivo território e contribuem para a unidade e
integração nacional. No âmbito das suas funções de direcção estatal, exercem competências de
decisão, execução e controlo no respectivo escalão.
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Referências bibliográficas
Alves, Armando Teixeira & Cossa, Benedito Ruben (1998). Guião das Autarquias Locais.
Maputo.
Cistac G. (2001). Manual de Direito das Autarquias Locais. Maputo, Livraria Universitária.
Lei n.º 3/1994 de 13 de Setembro. Cria a o quadro legal e institucional de reforma dos órgãos
locais. Maputo, 1994.
Lei n.º 2/1997 de 18 de Fevereiro. Estabelece o quadro jurídico-legal para a implantação das
Autarquias Locais. Maputo, 1997.
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