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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Contribuição das Teorias Antropológicas para as Ciências Sociais

Olinda Fernandes Vasco


Código: 708191404

Curso: Licenciatura em Administração


Pública
Disciplina: Antropologia Cultural
Ano de Frequência: 2º

Pemba, Abril, 2020


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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1. Introdução................................................................................................................................. 1
1.1. Contribuição das Teorias Antropológicas para as Ciências Sociais ........................................ 2
1.1.1. O evolucionismo ............................................................................................................... 2
1.1.2. Difusionismo ..................................................................................................................... 2
1.1.3. Funcionalismo ................................................................................................................... 3
1.1.4. Estruturalismo ................................................................................................................... 3
1.2. Ganhos que as teorias antropológicas proporcionam às ciências sociais ................................. 3
Conclusão ........................................................................................................................................ 5
Referências bibliográficas ............................................................................................................... 6

iv
1. Introdução

A Antropologia é a ciência que estuda o homem, no sentido lato da palavra (género humano). Em
sua feição científica, ela surge na segunga metade do século XIX, na esteira do desenvolvimento
das Ciências Sociais. É nesta óptica que surge o presente com o intuito de dissertar acerca dos
ganhos que as Teorias Antropológicas proporcionam às Ciências Sociais. Para a materialização
deste trabalho, a autora recorreu à revisão bibliográfica, que consistiu na consulta de livros, cujos
autores abordam a temática em questão.

Todas as empresas nascem com uma finalidade. A grande maioria das empresas visa resultados
financeiros; outras buscam resultados sociais; outras buscam expansão. Mas no final, todas
buscam atingir os objectivos traçados. Neste sentido, a contabilidade é indispensável para que a
empresa realize negócios, por exemplo, com órgãos governamentais (por meio de contratos e
licitações), ou com os bancos, com fornecedores, etc.

Entretanto, realça-se que este trabalho é de relevante importância, na medida em que o mesmo
fornece-nos subsídios teóricos para a construção do nosso conhecimento, com vista a sua
implementação no nosso quotidiano.

Com vista a compreensão do conteúdo do presente trabalho, optamos por organizá-lo obedecendo
a seguinte sequência: introdução, desenvolvimento, conclusão, e para terminar e como em
qualquer trabalho desta natureza segue-se as referências bibliográficas.

Uma das características da ciência e do seu conhecimento é a continuidade e o dinamismo.


Assim, reconhecendo humildemente que o ponto de vista, pró ou contra algumas passagens ou
afirmações que se corporalizam em torno do trabalho vai significativamente à melhoria dos
próximos trabalhos.
1.1. Contribuição das Teorias Antropológicas para as Ciências Sociais

A Antropologia desenvolveu-se graças a existência de diversas teorias antropológicas que se


debruçaram sobre diversos temas referentes à ciência antropológica: o evolucionismo, o
difusionismo, o funcionalismo, o estruturalismo.

1.1.1. O evolucionismo

Esta teoria, de acordo com Santos (2002) afirma que, “a espécie humana evolui lentamente e que
se podem classificar todas as sociedades existentes em função do estádio de desenvolvimento
alcançado”. A ideia parte do princípio enunciado por Charles Darwin, segundo o qual, o mundo
vivo é resultado de uma longa acumulação de mutações e evolução das espécies. Isto é, tal como
as espécies animais evoluem, as culturas também evoluem com o tempo. As culturas evoluem
através de mutações, interagindo ou não com o meio exterior.

Etward Taylor, Lewis Morgan e Herbert Spencer são alguns dos autores associados ao
evolucionismo oficial e as suas teorias consituiram-se como uma tentativa de formalizar o
pensamento antropológico com linhas científicas modeladas conforme a teoria biológica da
evolução, ou seja, se os organismos podem se desenvolver com o passar do tempo com leis
compreensíveis e deterministas, parece então razoável que sociedades também o possam.

As principais caracterísiticas do evolucionismo resumem-se em: vastidão do objecto, factor


tempo, uso do método comparativo e a introdução de novos temas e conceitos.

1.1.2. Difusionismo

O difusionismo, também conhecido por historicismo, opunha-se à corrente evolucionista partindo


da ideia segundo a qual, na história da humanidade, as verdadeiras inovações são em número
reduzido e propagam-se a partir de centros culturais, ou seja, sustenta que as inovações são
iniciadas numa cultura específica, para só então serem difundidas de várias maneiras a partir
desse ponto inicial. É evidente que existe a difusão cultural: o nosso alfabeto veio dos fenícios, os
nossos algarismos são árabes, o cristianismo veio do Médio Oriente, etc.

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1.1.3. Funcionalismo

O funcionalismo opõe-se ao evolucionismo e ao difusionismo priviligiando, já não uma


abordagem diacrónica (ao longo do tempo), mas sim uma abordagem sincrónica da sociedade.
Trata-se de compreender como funciona uma sociedade. Para isso, o conhecimento da sua
história pode ser útil, mas não necessário.

Para se compreender como funciona uma língua, estuda-se a gramática, a fonética, a fonologia,
etc.; mas não é necessário estudar a história das palavras. Dois são os pólos mais salientes do
funcionalismo: o funcionalismo de Bronislaw Malinowski e o funcionalismo de Radcliffe-Brown.

1.1.4. Estruturalismo

C. Lévi-Strauss foi sem dúvida nos anos sessenta o grande representante do estruturalismo em
antropologia.

Para Lévi-Strauss o estruturalismo deve analisar a cultura como um todo, sem a preocupação com
os seus fundamentos individuais, pois é na sociedade e não no indivíduo que se hão-de encontrar
as posições essenciais aos indivíduos, aos grupos e às instituições, que são os elementos que
perfazem a cultura.

Lévi-Strauss chama à atenção para a existência de “culturas frias” e “cultura quentes”. Se, por um
lado, as culturas frias estão estaganadas na história, por outro lado, as culturas quentes são
contigentes, isto é, mudam historicamente, apresentando uma estrutura sucessivamente alterável
em função das necessidades e exigências da sociedade.

1.2. Ganhos que as teorias antropológicas proporcionam às ciências sociais

As teorias da Antropologia definiram de forma bastante satisfatória seus objectos de estudo, seus
objectivos e métodos, voltado para a descoberta das particularidades das sociedades que
estudavam. Tal delimitação teórico-metodológica foi um aspecto importante no alvorecer das
ciências humanas e sociais, pois permitiu o desenvolvimento singular dessas áreas de
conhecimento. Em contrapartida, essa delimitação fez essas ciências caírem num reducionismo
teórico tanto quanto à natureza das sociedades com as quais os pesquisadores entravam em
contacto como quanto à aparente integridade da cultura europeia.

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As teorias antropológicas colocam seu aparato teórico construído no passado, com possibilidade
de, no presente, explicar e compreender os intensos movimentos provocados pela globalização:
de um lado, os processos homogeneizantes da ordem social mundial e, de outro, contrariando tal
tendência, a reivindicação das singularidades, apontando para a constituição da humanidade
como una e diversa.

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Conclusão

Para a teoria da evolucionista, assim como os animais desenvolveram-se biologicamente, sendo


que alguns evoluíram e ficaram mais aptos ao meio, a cultura também tinha evoluído porque
alguns seres humanos, supostamente, teriam evoluído mais. Surge aí a noção etnocêntrica de
raça, que alegava que algumas “raças humanas” eram superiores a outras. Também surgem as
noções de cultura superior e cultura inferior, sendo que o padrão de medida de tais era o da
própria cultura europeia. Com isso, não causou espanto a ideia de que a cultura europeia
desenvolvida pelo homem branco era superior e que as culturas desenvolvidas por povos de
outras etnias eram inferiores. Para os evolucionistas, o facto de haver diferentes níveis
hierárquicos de desenvolvimento cultural evidenciava a justificação da dominação dos povos
“inferiores” pelos povos “superiores”.

O difusionismo sustenta que as inovações são iniciadas numa cultura específica, para só então
serem difundidas de várias maneiras a partir desse ponto inicial, opondo-se, deste modo, ao
evolucionismo.

O funcionalismo critica ao evolucionismo, considerando que nada numa sociedade ocorria por
acaso, pois que todos os hábitos e costumes desempenham necesaariamente uma função dentro
da sociedade de origem.

O estruturalismo analisa a cultura como um todo, sem a preocupação com os seus fundamentos
individuais, pois é na sociedade e não no indivíduo que se hão-de encontrar as posições
essenciais aos indivíduos, aos grupos e às instituições, que são os elementos que perfazem a
cultura.

As teorias da Antropologia definiram de forma bastante satisfatória seus objectos de estudo, seus
objectivos e métodos, voltado para a descoberta das particularidades das sociedades que
estudavam. Tal delimitação teórico-metodológica foi um aspecto importante no alvorecer das
ciências humanas e sociais, pois permitiu o desenvolvimento singular dessas áreas de
conhecimento.

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Referências bibliográficas

Gonçalves, António Custódio (2002). Trajectórias do Pensamento Antropológico.


Universidade Aberta.

Santos, Armindo dos (2002). Antropologia Geral: etnografia, Etnologia, Antropologia Socal.
Universiadade Aberta.

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